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DIREITO CIVIL III

AULA 2: INTERPRETAÇÃO E FORMAÇÃO DOS CONTRATOS


Direito Civil III
Introdução à Teoria Contratual

INTERPRETAÇÃO DOS CONTRATOS


OFERTA

1 2 3 4

PRÓXIMOS
NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES ACEITAÇÃO
PASSOS

AULA 2: INTERPRETAÇÃO E FORMAÇÃO DOS CONTRATOS


Direito Civil III
Formação dos Contratos

• Formação dos contratos

A formação dos contratos estuda o iter contractus, ou seja, o caminho percorrido pelas partes para
formação do vínculo contratual.

A formação dos contratos é um processo que decorre de uma série de atos e comportamentos das
partes que visam à realização de um interesse comum.

Considerando a obrigação como um processo, pode-se identificar três grandes fases do processo
contratual: fase pré-contratual; fase contratual e fase pós-contratual.

São fases (não obrigatórias) da formação dos contratos:


 Negociações preliminares;
 Oferta;
 Aceitação;
 Contrato preliminar;
 Contrato definitivo ou conclusão do contrato.

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Formação dos Contratos

• Formação dos contratos

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Formação dos Contratos

• Negociações preliminares (puntuação, tractaus, trattative, pourparlers)

Configuram-se as negociações preliminares a partir da aproximação das partes, estabelecendo suas


primeiras intenções, investigando vantagens e desvantagens e avaliando a conveniência da futura
contratação.

Trata-se de fase eventual que pode ter início com a inquirição do preço da coisa ou até mesmo a
elaboração de uma minuta. Portanto, é fase que antecede à oferta.

As tratativas não foram expressamente previstas pelo Código Civil, justamente porque, em regra, não
geram vínculo quanto à futura celebração do contrato definitivo.

Excepcionalmente, o rompimento das tratativas pode gerar responsabilidade civil pré-contratual


(aquiliana) por violação dos deveres anexos de conduta.

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Formação dos Contratos

• Negociações preliminares (puntuação, tractaus, trattative, pourparlers)

Enunciado 24, I Jornada de Direito Civil – Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé, positivado no
art. 422 do novo CC, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento,
independentemente de culpa.

Enunciado 25, I Jornada de Direito Civil – Art. 422: o art. 422 do CC não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.

Enunciado 170, II Jornada de Direito Civil – Art. 422: A boa-fé objetiva deve ser observada pela partes
na fase das negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da
natureza do contrato.

As tratativas não se confundem com a proposta! “As tratativas são atos tendentes à análise da
viabilidade do contrato. A proposta, por sua vez, é a exteriorização do projeto de contrato, a
manifestação de uma vontade definida em todos os seus termos, dependente apenas da concordância
da parte contrária para o aperfeiçoamento do contrato” (FARIAS; ROSENVALD, 2015, p. 75).

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Formação dos Contratos

• Negociações preliminares (puntuação, tractaus, trattative, pourparlers)

Enunciado 24, I Jornada de Direito Civil – Art. 422: em virtude do princípio da boa-fé, positivado no
art. 422 do novo CC, a violação dos deveres anexos constitui espécie de inadimplemento,
independentemente de culpa.

Enunciado 25, I Jornada de Direito Civil – Art. 422: o art. 422 do CC não inviabiliza a aplicação pelo
julgador do princípio da boa-fé nas fases pré-contratual e pós-contratual.

Enunciado 170, II Jornada de Direito Civil – Art. 422: A boa-fé objetiva deve ser observada pela partes
na fase das negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da
natureza do contrato.

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• Negociações preliminares (puntuação, tractaus, trattative, pourparlers)

As tratativas não se confundem com a proposta! “As tratativas são atos tendentes à análise da
viabilidade do contrato. A proposta, por sua vez, é a exteriorização do projeto de contrato, a
manifestação de uma vontade definida em todos os seus termos, dependente apenas da concordância
da parte contrária para o aperfeiçoamento do contrato” (FARIAS; ROSENVALD, 2015, p. 75).

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Formação dos Contratos

• Oferta (proposta, policitação, oblação)

“É declaração receptícia de vontade dirigida por uma pessoa a outra (com quem pretende celebrar o
contrato), por força da qual a primeira manifesta sua intenção de se considerar vinculada, se a outra
parte aceitar” (Carlos Roberto Gonçalves, 2013, p. 51).

A oferta traduz uma vontade definitiva de contratar – art. 427, CC.

Trata-se de negócio jurídico unilateral (escrito ou verbal) que deve conter todos os elementos
essenciais à formação do negócio proposto para ter força obrigatória.

• Policitante (ofertante, oferente, proponente, solicitante) – aquele que realiza a proposta;


• Oblato (aceitante, policitado, solicitado) – aquele que recebe a proposta.

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• Oferta (proposta, policitação, oblação)

A oferta não terá força obrigatória quando (art. 427, CC):

1. Se o contrário resultar dos termos dela;

2. Dependendo da natureza do negócio (ex.: propostas abertas ao público que limitam à existência
de estoque – art. 429, CC);

3. Dependendo das circustâncias do caso – hipóteses do art. 428, CC:


a) Se, feita sem prazo a pessoa presente, não for imediatamente aceita;
b) Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao
conhecimento do proponente;
c) Se, antes da apresentação da oferta, ou simultaneamente, chegar ao conhecimento da outra
parte a retratação do proponente.

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Formação dos Contratos

• Aceitação

É negócio jurídico unilateral pelo qual alguém concorda com os termos da oferta. Trata-se de direito
potestativo do oblato que vincula o proponente a cumprir o que foi ofertado.

A aceitação pura e simples faz com que o contrato seja considerado concluído (formado).

A aceitação realizada fora do prazo, com adições, restrições ou modificações será considerada
contraproposta (art. 431, CC) e, neste caso, os papeis do oblato e do proponente se inverterão.

A aceitação pode ser escrita ou verbal; expressa ou tácita.

O silêncio (aceitação tácita) do oblato excepcionalmente será considerado aceitação quando


(art. 432, CC):
a) O negócio for daqueles em que não seja costume a aceitação expressa;
b) O proponente tiver dispensado a aceitação expressa.

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Formação dos Contratos

• Aceitação

Não terá força vinculante quando:

a) Embora expedida a tempo, por motivos imprevistos, chegar tarde ao conhecimento do


proponente (art. 430, CC);

b) Antes da aceitação, ou com ela, chegar ao proponente a retratação do aceitante (art. 433, CC).

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Direito Civil III
Formação dos Contratos

• Tempo de formação dos contratos

Identificar o momento em que o contrato foi formado é importante para se estabelecer a sua força
vinculante.

Quanto ao tempo de formação dos contratos, o Código Civil diferencia a contratação entre presentes e
entre ausentes:

a) O contrato entre pessoas presentes reputa-se formado imediatamente ao tempo da aceitação da


oferta (art. 428, I, CC), se o policitante não tiver estabelecido prazo para esta manifestação.

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Direito Civil III
Formação dos Contratos

• Tempo de formação dos contratos

b) Entre pessoas ausentes, quatro teorias se destacam:


i. Teoria da declaração propriamente dita (agnição): o contrato reputa-se formado quando o
oblato escreve a resposta.

ii. Teoria da expedição: o contrato reputa-se formado no momento em que o oblato envia
sua resposta (art. 434, caput, CC).

iii. Teoria da recepção: o contrato reputa-se concluído no momento em que a aceitação é


entregue ao proponente.

iv. Teoria da informação (cognição): o contrato reputa-se concluído no momento em que o


proponente é cientificado da aceitação.

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Formação dos Contratos

• Tempo de formação dos contratos

Que teoria deve prevalecer?

Veja as exceções contidas no art. 434, CC: “os contratos entre ausentes tornam-se perfeitos desde que
a aceitação é expedida, exceto: I- no caso do artigo antecedente [retratação]; II- se o proponente se
houver comprometido a esperar resposta; III- se ela não chegar no prazo convencionado”.

Diante dessas exceções é possível afirmar que o Código Civil adotou como regra a teoria da expedição
e como exceção a teoria da recepção.

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Direito Civil III
Formação dos Contratos

• Lugar de formação dos contratos

Determinar o lugar de formação dos contratos é importante para as situações em que este não
coincide com o foro de eleição contratual.

O lugar de formação dos contratos é aquele em que se realiza a proposta, conforme disposto no art.
435, CC.

A norma contida no art. 435, CC é dispositiva, ou seja, admite previsão em contrário.

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Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos

Toda manifestação de vontade necessita de interpretação para que se identifique o seu alcance e
significado, bem como, para que se possa executá-la corretamente.

Portanto, interpretar um contrato é determinar seu sentido e alcance, é dar sentido às palavras
(escritas ou faladas).

Ensina Caio Mário (2010, p. 51) que “a interpretação é, portanto, uma atividade voltada a reconhecer e
a reconstruir o significado das fontes de valoração jurídica que constituem o seu objeto”.

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Direito Civil III
Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos

A interpretação contratual pode ser:

• Declaratória: quando tem como único escopo a descoberta da intenção comum dos
contratantes no momento da celebração do contrato;

• Construtiva ou integrativa quando objetiva o aproveitamento do contrato, mediante o


suprimento das lacunas e pontos omissos deixados pelas partes.

O Código Civil não enumerou regras de interpretação de forma sistemática.

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Direito Civil III
Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos - Regras de caráter SUBJETIVO:

 A intenção dos contratantes prevalece sobre o sentido literal da linguagem;

 A interpretação do contrato não pode jamais colidir com o seu conteúdo;

 Deve-se interpretar uma cláusula pelas outras contidas no ato;

 Por mais gerais que sejam as expressões usadas no contrato, ele só compreende coisas que as
partes tinham em vista contratar;

 Quando há referência a um caso a título de esclarecimento, não se presumem excluídos os casos


não expressos;

 O instrumento de contrato contém expressa e clara declaração de vontade, eventual declaração


enunciativa existente em papel anexo não altera o sentido da disposição principal;

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Direito Civil III
Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos - Regras de caráter OBJETIVO:

 Quando o contrato ou cláusula apresenta duplo sentido, deve-se interpretá-lo de maneira que
possa gerar algum efeito. As expressões que se apresentam sem sentido nenhum devem ser
rejeitadas;

 As cláusulas ambíguas se interpretam de acordo com o costume do lugar em que foram


estipuladas;

 As expressões com mais de um sentido devem, em caso de dúvida, ser entendidas da maneira que
mais se conforme à natureza e ao objeto do contrato;

 As cláusulas inscritas nas condições gerais do contrato, impressas ou formuladas por um dos
contratantes, interpretam-se, na dúvida, em favor do outro;

 Nos contratos gratuitos a interpretação deve se favorecer o devedor; e nos onerosos, no de se


alcançar um equilíbrio equitativo entre os interesses das partes.

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Direito Civil III
Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos - Regras de caráter OBJETIVO:

 Quando o objeto da convenção é uma universalidade, compreendem-se nela todas as coisas que a
compõem, inclusive as que as partes não tiveram conhecimento;

 Uma cláusula concebida no plural distribui-se, muitas vezes, em diversas cláusulas singulares;

 Contratos celebrados na vigência do Código Civil de 1916 – deve-se observar a regra contida no
art. 2.035, CC.

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Direito Civil III
Interpretação dos Contratos

• Interpretação dos contratos – Princípios Básicos:

 Art. 111, CC: o silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e
não for necessária a declaração de vontade expressa;

 Art. 112, CC: nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do
que ao sentido literal da linguagem;

 Art. 113, CC: os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar
da sua celebração;

 Art. 114, CC: os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente;

 Art. 423, CC: quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou contraditórias, dever-
se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente;

 Art. 424, CC: nos contratos de adesão, são nulas as cláusulas que estipulem a renúncia antecipada
do aderente a direito resultante da natureza do negócio.
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Direito Civil III
Leitura Complementar

Para conhecer os efeitos da oferta e da


aceitação nas relações de consumo (CDC)
assista ao vídeo disponível em: <
http://www.conteudojuridico.com.br/aula-em-vi
deo,direito-do-consumidor-diogenes-carvalho-a
-oferta-do-cdc-programa-saber-direito-aula-03
,50922.html
>, acesso em 21/06/2016.

ASCENSÃO, José de Oliveira. Cláusulas


contratuais gerais, cláusulas abusivas e o novo
código civil. Disponível em: <
http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs/index.php/direito/ar
ticle/viewFile/1744/1441
>, acesso em 21/06/2016.

AULA 2: INTERPRETAÇÃO E FORMAÇÃO DOS CONTRATOS


Direito Civil III
Leitura Complementar

LISBOA, Roberto Senise; BIONI, Bruno Ricardo. A


formação e a conclusão dos contratos
eletrônicos. Disponível em: <
http://www.revistaseletronicas.fmu.br/index.
php/FMUD/article/download/86/84
>, acesso em 21/06/2016.

SOUZA, Vinicius Roberto Prioli. Formação,


pressupostos e a classificação dos contratos
eletrônicos. Disponível em: <
http://www.ambito-juridico.com.br/site/index.p
hp?n_link=revista_artigos_leitura&artigo_id=63
95
>, acesso em 21/06/2016.

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CONTEÚDO DA PRÓXIMA AULA

Classificação dos contratos;

Promessa de fato de terceiro;

Estipulação em favor de terceiro;

Contrato com pessoa a declarar.

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