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LESÕES COROPORAIS
RIXA
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Outros crimes contra a pessoa: na sequência do CP, estão dispostos outros crimes contra a pessoa.
Nesses, há variedade de bens jurídicos diferentes, que são tutelados sob a ameaça da pena criminal.
Lesões corporais:
1) Noção: ocorre quando uma pessoa ofende a integridade física ou à saúde de outra pessoa. Implica
na agressão, em suas diversas formas, à integridade corporal ou à saúde de um ser humano, por meio
da conduta de outro ser humano.
• Para a configuração do tipo é preciso que a vítima sofra algum dano ao seu corpo, alterando-se
interna ou externamente, podendo, ainda, abranger qualquer modificação prejudicial à sua saúde,
transfigurando-se qualquer função orgânica ou causando-lhe abalos psíquicos comprometedores.
5) Tipo objetivo: o núcleo do tipo é ofender (lesar, ferir) e pode ser praticado por qualquer meio
(crime de forma livre), por ação ou omissão.
• Constitui lesão corporal qualquer dano à normalidade funcional do corpo humano, quer do ponto
de vista anatômico, fisiológico ou mental (atividade intelectiva, volitiva ou sentimental). Excluem-
se, porém, as bagatelas.
• Dano à integridade corporal é a alteração, anatômica ou funcional, interna ou externa, que lese o
corpo (ex. luxações, ferimentos, cortes, fraturas, entre outras), enquanto que dano à saúde pode
ser uma alteração fisiológica ou psíquica.
• Não há necessidade de derramamento de sangue, até porque a hemorragia pode ser interna, bem
como não precisa haver dor para que se configure lesão corporal.
6) Tipo subjetivo: o crime de lesão corporal admite tanto a modalidade dolosa – dolo direto ou
eventual, isto é, a intenção de gerar a ocorrência do resultado – quanto a modalidade culposa. A
vontade de causar lesão corporal é denominada animus laedendi.
• Se a intenção do agente for atingir a honra, tratar-se-á de injúria real (art. 140, § 2º, CP). Se o dolo não é
de dano, mas de perigo, pode ocorrer o delito de perigo à vida ou à saúde de outrem (vide artigo 130 e ss.).
8) Consumação e tentativa: estará consumado com a efetiva ofensa à integridade física ou psíquica da
vítima (crime material). Ainda que a vítima sofra mais de uma lesão, o crime será único. Admite-se
tentativa.
9) Confronto
1) Se há sofrimento físico ou mental: crime de tortura (art. 1º, Lei 9.455/97).
2) No caso de um beliscão ou arranhão, sem efetiva lesão: contravenção das vias de fato (art. 21, LCP).
3) Se o cidadão se autolesiona para receber seguro ou indenização: art. 171, § 2º, V.
4) Se a pessoa se autolesiona para fugir ao serviço militar: art. 184, Código Penal Militar.
10) Lesão corporal leve: por exclusão, aquela que não possui qualquer causa que a torne mais grave
(art. 129, caput).
11) Lesão corporal grave: os primeiros parágrafos do Artigo 129, CP, se referem a lesão grave, embora
a doutrina faça a distinção entre lesão grave (§ 1º) e lesão gravíssima (§ 2º).
• Nesse caso, o agente responde pelo resultado mais grave doloso ou culposo (exceção: lesão grave
pelo resultado aborto, em que necessariamente este resultado é culposo: artigo 129, § 2º, V).
São elas:
1) incapacidade para as ocupações habituais por mais de 30 dias;
2) perigo de vida;
3) debilidade permanente de membro, sentido ou função;
4) aceleração do parto.
13) Lesão corporal seguida de morte: forma preterdolosa, em que o agente querendo apenas ofender
a integridade física da vítima, acaba causando a sua morte de forma culposa (Art. 129, § 3º).
14) Diminuição de pena: se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou
moral ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz
pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
15) Substituição da pena: a pena de detenção pode ainda ser substituída pela de multa se ocorrer
qualquer das hipóteses de diminuição de pena ou se as lesões forem recíprocas.
16) Lesão corporal culposa: é a lesão que resulta de imprudência, negligência ou imperícia (§ 6º). A
ela, não se aplicam os §§ 1º e 2º.
• As lesões culposas no trânsito estão previstas no art. 303 do CBT (Lei nº 9.503/97).
18) Perdão judicial: o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as consequências da infração atingirem
o próprio agente de forma tão grave que a sanção penal se torne desnecessária (§ 8º).
• A pena pode ser aumentada de 1/3 quando ocorrer o resultado lesões grave, gravíssima ou
seguida de morte (§10) ou se o crime for cometido contra pessoa portadora de deficiência
(§11).
20) Ação penal: pública incondicionada, com exceção da lesão leve, que depende de representação.
Tipos:
1) Perigo de contágio venéreo – artigo 130
2) Perigo de contágio de moléstia grave – artigo 131
3) Perigo para a vida ou a saúde de outrem – artigo 132
4) Abandono de incapaz – artigo 133
5) Exposição ou abandono de recém nascido – artigo 134
6) Omissão de socorro – artigo 135
7) Maus tratos – artigo 136
5) Tipo objetivo: a ação de expor deve ser praticada mediante relações sexuais (cópula, conjunção
carnal normal), ou qualquer ato libidinoso (qualquer ação atentatória ao pudor, praticada com o fim de
satisfazer a própria concupiscência, ou por lascívia) capaz de produzir o contágio – delito de forma
vinculada.
8) Classificação: crime comum quanto ao sujeito; doloso (dolo direto ou eventual), de perigo (caput), ou
formal com dolo de dano (§ 1o), comissivo e instantâneo.
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, homem ou mulher, contaminada por moléstia grave.
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa, homem ou mulher, desde que não esteja contaminado.
4) Tipo objetivo: praticar ato capaz de produzir o contágio. Trata-se de forma livre, que abrange
qualquer ato, desde que idôneo a transmitir a doença; a conduta pode ser direta ou indireta. O perigo
deve ser direto e iminente.
5) Tipo subjetivo: dolo de dano (direto e não eventual) e elemento subjetivo do tipo (especial fim de
agir): “com o fim de transmitir”. É o dolo específico da doutrina tradicional. Não há forma culposa.
6) Consumação e tentativa: consuma-se com ato capaz de contagiar, sendo indiferente que a
transmissão ocorra. A tentativa é possível teoricamente.
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa, mas deve haver uma vítima determinada.
4) Tipo objetivo: a conduta é expor a perigo e o comportamento pode ser comissivo ou omissivo. O
perigo deve ser direto e iminente.
6) Consumação e tentativa: na efetiva superveniência de perigo para a vida ou para a saúde da vítima.
Admite-se a tentativa.
7) Forma qualificada: há aumento de pena de 1/6 a 1/3 se a exposição da vida ou da saúde de outrem a
perigo decorre do transporte de pessoas para a prestação de serviços em estabelecimento de qualquer
natureza, em desacordo com as normas legais.
1) Bem jurídico: a segurança da pessoa humana que não pode, por si própria, defender-se.
2) Sujeito ativo: o agente tenha especial relação de assistência com o sujeito passivo (cuidado, guarda,
vigilância ou autoridade), ou tenha a posição de garantidor.
3) Sujeito passivo: o menor, o adulto incapaz de defender-se por si próprio ou a pessoa idosa.
4) Tipo objetivo: A ação incriminada é abandonar, largar, deixar sem assistência e se exige a especial
relação de assistência entre os sujeitos ativo e passivo.
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo, direto ou eventual; e elemento subjetivo do tipo: a vontade de expor
a perigo. Não há punição a título de culpa.
6) Consumação e tentativa: consuma-se com o abandono, desde que ponha em perigo o ofendido,
ainda que momentaneamente. Tentativa é possível.
7) Figuras qualificadas:
a) se resulta lesão corporal grave (forma preterdolosa);
b) se resulta morte (forma preterdolosa);
c) abandono em lugar ermo, ou seja, habitualmente solitário;
d) relação específica entre sujeito ativo e passivo, que acarreta um dever legal ou moral mais imperioso.
4) Tipo objetivo: expor, abandonar, largar, deixar sem assistência. O perigo deve ser concreto e não
presumido, é preciso que a vítima fique exposta a risco de vida ou de saúde por tempo
juridicamente relevante.
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo direto e elemento subjetivo do tipo “ocultar desonra própria”.
Não há forma culposa.
• Omissão de socorro
3) Sujeito passivo: somente a criança abandonada ou extraviada, ou a pessoa inválida, ferida ou em grave e
iminente perigo.
6) Consumação e tentativa: como crime omissivo próprio não admite tentativa, ou o agente se abstém
do socorro e o crime se consuma, ou não há crime algum. Consuma-se com o inadimplemento do
dever de assistência.
2) Sujeito ativo: aquele que tem o sujeito passivo sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para fim
de educação, ensino, tratamento ou custódia.
3) Sujeito passivo: qualquer pessoa submetida à guarda, vigilância ou autoridade de outra, para fim
de educação, ensino.
5) Tipo subjetivo: dolo de perigo ou a aceitação do risco de tal exposição ao perigo (dolo eventual).
Não há forma culposa.
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa (delito comum). É crime plurissubjetivo, que somente se configura
com o concurso de três ou mais pessoas.
4) Tipo objetivo: participar de rixa, que é o embate violento, travado entre três ou mais pessoas, tendo
como essência a confusão e a reciprocidade das agressões. Não é suficiente para a configuração do
delito a mera altercação, a discussão acalorada ou a troca de ofensas ou ameaças, mesmo se exaltados
os ânimos. É indispensável a existência de violência física.
Calúnia
Difamação
Injúria
Disposições comuns