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DIREITO PENAL III

AULA 6: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO


DIREITO PENAL III
Crimes contra o patrimônio

CRIMES CONTRA O FURTO MEDIANTE ARREBATAMENTO


PATRIMÔNIO E FURTO NOTURNO

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FURTO FURTO PRIVILEGIADO E CRIMES CONTRA


FURTO QUALIFICADO O PATRIMÔNIO II

AULA 6: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO


DIREITO PENAL III
Crimes contra o patrimônio

Crimes contra o patrimônio: entende-se por patrimônio o complexo das relações jurídicas de uma
pessoa apreciável em dinheiro ou tendo valor econômico. O sentido fundamental do patrimônio
consiste no conteúdo econômico das coisas ou relações que o integram, as quais devem ser
apreciáveis em dinheiro.

• O conceito penal de patrimônio é mais amplo, abrangendo bens de valor meramente afetivo,
constituindo-se, também, objeto material de crimes contra o patrimônio.

• As coisas de ínfimo valor podem ser objeto de crime contra o patrimônio, muito embora se deva
agir com extrema cautela nesse contexto, em face do princípio da insignificância.

A tutela penal é exercida sobre:


a) direitos reais;
b) direitos obrigacionais ou de crédito.

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Crimes contra o patrimônio

Furto

1) Bem jurídico: patrimônio (posse ou propriedade).

2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, menos o proprietário. O condômino, coerdeiro ou sócio podem praticar
furto de coisa comum (art. 156), desde que a coisa furtada ultrapasse o valor da quota parte pertencente
de direito ao autor da conduta.

3) Sujeito passivo: a pessoa física ou jurídica, titular da posse, detenção ou propriedade.

4) Tipo objetivo: Subtrair a coisa do poder de fato de alguém, para submetê-la ao seu próprio poder de
disposição. O agente não tenha a posse ou livre disposição da coisa, pois isto distingue o furto da
apropriação indébita. A tutela penal recai sobre a coisa móvel, ou seja, toda substância corpórea,
suscetível de apreensão e transporte, e a coisa deve ter valor econômico ou de afeição. As coisas
abandonadas (res derelicta), as que não pertençam a ninguém (res nullius) e as coisas comuns (luz, ar,
mar etc.), não podem ser objeto de furto, uma vez que não integram o patrimônio de outrem. Já com
relação às coisas perdidas (res desperdita), há tipo específico (art. 169, § único, II, CP).

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5) Tipo subjetivo: dolo (vontade livre e consciente de subtrair coisa alheia móvel) e o especial fim de
agir (vontade de apossamento do que não lhe pertence). Não existe a forma culposa.

6) Furto de uso: não há crime, se a intenção do agente é somente usar passageiramente a coisa,
seguindo-se a reposição desta, intacta, sob o poder de disposição do dono.

7) Consumação e tentativa: atualmente, há duas correntes fundamentais sobre a consumação do furto:


a) ocorre no momento em que o objeto material é retirado da esfera de disponibilidade da vítima,
ingressando na posse do autor, ainda que por breve momento;
b) é necessário que a coisa saia da esfera de disponibilidade do ofendido e fique em poder (posse
mansa e tranquila) – mesmo que passageiro – do agente.

Os Tribunais Superiores têm adotado, de maneira geral, a tese da desnecessidade da posse mansa e
tranquila sobre a coisa. Há, no entanto, decisões em sentido contrário. Haverá, ainda, tentativa punível
se a ausência da coisa é apenas acidental (ex. ladrão encontra vazio o bolso do lesado), enquanto que
haverá crime impossível quando inexiste a coisa que o agente pretendia furtar (ex.: a vítima deixou em
casa todo seu dinheiro).

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8) Ação penal: pública incondicionada, com exceção das hipóteses do art. 182 do CP, quando é
condicionada à representação.

Furto mediante arrebatamento:

Trata-se de questão controvertida, a subtração de coisa mediante arrebatamento das mãos (bolsa
etc.), do pulso (relógio e joias) ou do pescoço (colares).

Quando a vítima não sofre lesão corporal em decorrência da ação de arrebatar a coisa, caracteriza-
se o furto. Se houver violência à pessoa, haverá roubo e, se houver rompimento de obstáculo,
haverá furto qualificado.

Caso a vítima fique acidentalmente ferida, há divergência, uns considerando que há furto e outros
que há roubo.

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Furto noturno
A pena aumenta-se de 1/3 (um terço), se o crime é praticado durante o repouso noturno. A lei não
se trata de um critério físico-astronômico (noite), mas de critério psicossociológico (hora em que as
pessoas descansam).

O STJ entende que basta que seja realizado no período do repouso noturno, sendo irrelevante o fato
de se tratar de estabelecimento comercial ou de residência, habitada ou desabitada, bem como a
vítima estar ou não efetivamente dormindo.

A jurisprudência tradicionalmente entendeu que furto noturno somente incide sobre o furto
simples, mas há decisão recente, aplicando também ao furto qualificado.

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Furto privilegiado

Se o criminoso é primário e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode substituir a pena de
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a pena de multa. É
direito público subjetivo do agente.

Por pequeno valor, deve ser entendido até um salário-mínimo vigente na época do crime.

O furto privilegiado se diferencia do furto de bagatela, pois enquanto naquele o valor da coisa
subtraída é pequeno, no segundo é inexpressivo, juridicamente irrelevante, tratando-se de causa
supralegal de exclusão da tipicidade material.

A aplicação do princípio da insignificância não depende somente do valor da res furtiva, mas também
devem ser analisadas as circunstâncias do fato e o reflexo da conduta do agende na sociedade.

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Crimes contra o patrimônio

A Súmula 511, do STJ, estabelece que é possível o reconhecimento do privilégio nos casos de furto
qualificado.

Não deve ser confundida com o chamado furto necessitado ou furto famélico (estado de necessidade).
Furto qualificado
a) com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa: trata-se de violência contra a
coisa, é preciso que o dano seja causado a um objeto, ao empecilho para se chegar à coisa;
b) com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
c) com emprego de chave falsa;
d) mediante concurso de duas ou mais pessoas: basta que duas pessoas concorram para o furto, uma
como mandante outra como executora para que ocorra a forma qualificada.
Furto de veículo automotor
A pena é de reclusão de 3 a 8 anos se a subtração for de veículo automotor que venha a ser
efetivamente transportado para outro Estado ou para o exterior.

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CONTEÚDO
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da PRÓXIMA
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AULA:

Roubo

Extorsão

Extorsão mediante sequestro

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