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• Dano
1) Bem jurídico: o patrimônio móvel ou imóvel, incluindo o semovente, não pertencente ao infrator.
4) Tipo objetivo: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (tipo misto alternativo). A pichação
encontra-se, atualmente, tipificada no art. 65 da Lei 9.605/98, desde que atinja “edificação ou
monumento urbano”.
6) Consumação e tentativa: consuma-se com o efetivo dano ao objeto alheio, total ou parcial. A
tentativa é admissível.
7) Formas qualificadas:
a) com o emprego de violência à pessoa ou grave ameaça à pessoa;
b) se há o emprego de substância inflamável ou explosivo;
c) se dano for praticado contra o patrimônio da União, Estado ou Município, empresa concessionária
de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
d) se o dano for praticado por motivação egoística ou acarretar prejuízo considerável para a vítima.
8) Ação penal: o dano simples e o qualificado por motivo egoístico são de ação penal privada. Nos
demais casos, a ação penal é pública incondicionada.
• Apropriação indébita
2) Sujeito ativo: quem tem a posse ou detenção lícita da coisa. Se for funcionário público, no
exercício de sua função, o crime será o de peculato (art. 312).
4) Tipo objetivo: apropriar-se de coisa alheia móvel, quem tem, previamente, a posse ou
detenção legítima do objeto material. Ou seja, em dado momento, o agente inverte o título da
posse, comportando-se como se dono fosse. Se a posse for vigiada, haverá delito de furto. As
coisas fungíveis dadas em depósito ou empréstimo, com obrigação de restituição da mesma
espécie, qualidade ou quantidade, não podem ser objeto material de apropriação indébita, pois,
nesses casos, há transferência de domínio.
5) Tipo subjetivo: o dolo, que deve ser contemporâneo à apropriação, conquanto posterior ao
recebimento regular e legítimo da coisa.
6) Consumação: com a inversão, pelo agente, da posse sobre a coisa. A tentativa é admissível na
apropriação indébita propriamente dita (por comportamento comissivo), mas inadmissível no
caso de negativa de restituição. Contudo, na prática, a tentativa é sempre de difícil ocorrência.
7) Formas qualificadas:
a) se o agente recebe a coisa em depósito necessário;
b) se o agente recebe a coisa na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,
testamenteiro ou depositário judicial;
c) se o agente recebe a coisa em razão de emprego, ofício ou profissão.
1) Bem jurídico: o interesse patrimonial da Previdência Social, bem como processo de arrecadação e
sua distribuição na despesa pública.
2) Sujeito ativo: é o substituto tributário (caput), que por lei tem o dever de recolher do
contribuinte e repassar as contribuições à previdência social. No § 1o, há outras hipóteses de
sujeito ativo, titulares de firma individual, sócios-gerentes etc.
4) Tipo objetivo: deixar de repassar ao INSS as contribuições previdenciárias retiradas dos contribuintes,
na forma e prazo legal. Cuida-se de norma penal em branco, complementada pela Lei n. 8.212/90. O
deixar de repassar denota conduta omissiva própria.
5) Tipo subjetivo: o dolo, ou seja, vontade consciente de deixar de repassar aos cofres públicos as
contribuições recolhidas do trabalhador.
6) Condutas equiparadas
1) Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social
que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
2) Deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;
3) Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido
reembolsados à empresa pela previdência social.
9) Perdão judicial e multa: é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que já tenha iniciado, e antes da denúncia
recebida, o pagamento de todo o débito, inclusive acessórios; e o valor inferior àquele estabelecido
para cobrança da dívida ativa da previdência social.
• Apropriação indébita de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza
3) Tipo objetivo: o verbo é o mesmo “apropriar-se” do art. 168. A coisa, porém, não foi confiada ao
agente, mas veio a ele por erro, caso fortuito ou força da natureza.
6) Apropriação de coisa achada: o crime fica caracterizado pela não restituição imediata ao legítimo
dono ou, alternativamente, à autoridade policial, após o decurso do prazo legal de 15 dias.
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. Observe-se que a qualidade especial do sujeito ativo pode acarretar
a tipificação de uma forma derivada do estelionato, como, por exemplo, o delito de gestão fraudulenta
de instituição financeira (art. 4º, caput, da Lei n. 7.492/86).
3) Sujeito passivo: a pessoa física ou jurídica que sofre a lesão patrimonial; normalmente, é aquele
que vem a ser enganado, nada impedindo, porém, que seja terceira pessoa. Nesse sentido, a
expressão “prejuízo alheio”.
4) Tipo objetivo: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. A forma se
de obter a vantagem é por meio do “expediente fraudulento”, desde que idôneo para lesar o bem
jurídico. Fraude é qualquer ação ou omissão humana apta a enganar outrem. Não há que excluir o
delito o fato de ocorrer torpeza bilateral, como nos chamados “contos do vigário”.
9) Estelionato contra idoso: trata-se de alteração determinada pela Lei nº 13,228, de 28 de dezembro
de 2015, que criou mais uma causa especial de aumento de pena, no caso do estelionato ser praticado
contra idoso. Idoso, para fins de reconhecimento da majorante, é aquele com idade igual ou superior a
60 (sessenta) anos, conforme o Estatuto do Idoso.
2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, menos autor, coautor ou partícipe do delito antecedente.
4) Tipo objetivo: adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime (receptação própria), ou influir para que terceiro, de boa-fé, a
adquira, receba ou oculte (receptação imprópria).
5) Tipo subjetivo: a forma básica de receptação pressupõe o dolo direto, com o especial fim de agir:
proveito próprio ou alheio. No § 1o, o delito pode ser também praticado com dolo eventual, pois
refere-se à coisa que deve saber (ser produto de crime), agregado, igualmente, do especial fim de
atuar para proveito próprio ou de terceiro.
9) Forma privilegiada: o privilégio na receptação é idêntico ao do furto: réu primário e pequeno valor
da coisa.
10) Perdão judicial: nos casos de culpa levíssima ou pelo valor irrisório da coisa adquirida, pode o juiz
deixar de aplicar a pena.
1) Escusas absolutórias: é isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título,
em prejuízo:
a) do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
b) de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.
Disposições gerais