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DIREITO PENAL III

AULA 8: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO III


DIREITO PENAL III
Crimes contra o patrimônio III

DANO ESTELIONATO ESCUSAS


ABSOLUTÓRIAS

1 2 3 4 5

APROPRIAÇÃO RECEPTAÇÃO DEMAIS CRIMES


INDÉBITA CONTRA A VIDA

AULA 8: CRIMES CONTRA O PATRIMÔNIO III


DIREITO PENAL III
Crimes contra o patrimônio III

• Dano

1) Bem jurídico: o patrimônio móvel ou imóvel, incluindo o semovente, não pertencente ao infrator.

2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, salvo o proprietário.

3) Sujeito passivo: o proprietário ou possuidor da coisa destruída, inutilizada ou deteriorada.

4) Tipo objetivo: destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia (tipo misto alternativo). A pichação
encontra-se, atualmente, tipificada no art. 65 da Lei 9.605/98, desde que atinja “edificação ou
monumento urbano”.

5) Tipo subjetivo: dolo, direto ou eventual. Dano Culposo é atípico.

6) Consumação e tentativa: consuma-se com o efetivo dano ao objeto alheio, total ou parcial. A
tentativa é admissível.

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Crimes contra o patrimônio III

7) Formas qualificadas:
a) com o emprego de violência à pessoa ou grave ameaça à pessoa;
b) se há o emprego de substância inflamável ou explosivo;
c) se dano for praticado contra o patrimônio da União, Estado ou Município, empresa concessionária
de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
d) se o dano for praticado por motivação egoística ou acarretar prejuízo considerável para a vítima.

8) Ação penal: o dano simples e o qualificado por motivo egoístico são de ação penal privada. Nos
demais casos, a ação penal é pública incondicionada.

• Apropriação indébita

1) Bem jurídico: a posse e a propriedade.

2) Sujeito ativo: quem tem a posse ou detenção lícita da coisa. Se for funcionário público, no
exercício de sua função, o crime será o de peculato (art. 312).

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3) Sujeito passivo: aquele que sofre o prejuízo (proprietário ou possuidor).

4) Tipo objetivo: apropriar-se de coisa alheia móvel, quem tem, previamente, a posse ou
detenção legítima do objeto material. Ou seja, em dado momento, o agente inverte o título da
posse, comportando-se como se dono fosse. Se a posse for vigiada, haverá delito de furto. As
coisas fungíveis dadas em depósito ou empréstimo, com obrigação de restituição da mesma
espécie, qualidade ou quantidade, não podem ser objeto material de apropriação indébita, pois,
nesses casos, há transferência de domínio.

5) Tipo subjetivo: o dolo, que deve ser contemporâneo à apropriação, conquanto posterior ao
recebimento regular e legítimo da coisa.

6) Consumação: com a inversão, pelo agente, da posse sobre a coisa. A tentativa é admissível na
apropriação indébita propriamente dita (por comportamento comissivo), mas inadmissível no
caso de negativa de restituição. Contudo, na prática, a tentativa é sempre de difícil ocorrência.

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7) Formas qualificadas:
a) se o agente recebe a coisa em depósito necessário;
b) se o agente recebe a coisa na qualidade de tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante,
testamenteiro ou depositário judicial;
c) se o agente recebe a coisa em razão de emprego, ofício ou profissão.

8) Ação penal: pública incondicionada.

• Apropriação indébita previdenciária

1) Bem jurídico: o interesse patrimonial da Previdência Social, bem como processo de arrecadação e
sua distribuição na despesa pública.

2) Sujeito ativo: é o substituto tributário (caput), que por lei tem o dever de recolher do
contribuinte e repassar as contribuições à previdência social. No § 1o, há outras hipóteses de
sujeito ativo, titulares de firma individual, sócios-gerentes etc.

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3) Sujeito passivo: a União Federal.

4) Tipo objetivo: deixar de repassar ao INSS as contribuições previdenciárias retiradas dos contribuintes,
na forma e prazo legal. Cuida-se de norma penal em branco, complementada pela Lei n. 8.212/90. O
deixar de repassar denota conduta omissiva própria.

5) Tipo subjetivo: o dolo, ou seja, vontade consciente de deixar de repassar aos cofres públicos as
contribuições recolhidas do trabalhador.

6) Condutas equiparadas
1) Deixar de recolher, no prazo legal, contribuição ou outra importância destinada à previdência social
que tenha sido descontada de pagamento efetuado a segurados, a terceiros ou arrecadada do público;
2) Deixar de recolher contribuições devidas à previdência social que tenham integrado despesas
contábeis ou custos relativos à venda de produtos ou à prestação de serviços;
3) Deixar de pagar benefício devido a segurado, quando as respectivas cotas ou valores já tiverem sido
reembolsados à empresa pela previdência social.

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7) Consumação: quando se inverte o título da posse dos valores.

8) Extinção da punibilidade: se o agente declara, confessa e efetua, espontaneamente, o pagamento


das contribuições, antes do início da ação fiscal.

9) Perdão judicial e multa: é facultado ao juiz deixar de aplicar a pena ou aplicar somente a de multa
se o agente for primário e de bons antecedentes, desde que já tenha iniciado, e antes da denúncia
recebida, o pagamento de todo o débito, inclusive acessórios; e o valor inferior àquele estabelecido
para cobrança da dívida ativa da previdência social.

10) Ação penal: pública incondicionada.

• Apropriação indébita de coisa havida por erro, caso fortuito ou força da natureza

1) Bem jurídico: patrimônio, particularmente o direito de propriedade.

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2) Sujeitos do delito: sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, sem qualquer condição especial. Sujeito
passivo é qualquer pessoa, física ou jurídica, titular do direito patrimonial atingido pela ação delitiva.

3) Tipo objetivo: o verbo é o mesmo “apropriar-se” do art. 168. A coisa, porém, não foi confiada ao
agente, mas veio a ele por erro, caso fortuito ou força da natureza.

4) Tipo subjetivo: dolo.

5) Apropriação de tesouro: tesouro é o depósito antigo de moeda ou coisa preciosa, enterrado ou


oculto, de cujo dono não se tem notícia. Tesouro é, enfim, coisa de valor sem dono. O ato de encontrar
o tesouro deve ter ocorrido “por acaso”.

6) Apropriação de coisa achada: o crime fica caracterizado pela não restituição imediata ao legítimo
dono ou, alternativamente, à autoridade policial, após o decurso do prazo legal de 15 dias.

7) Ação penal: pública incondicionada.

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• Estelionato

1) Bem jurídico: o patrimônio da vítima e, mediatamente, a sua boa-fé.

2) Sujeito ativo: qualquer pessoa. Observe-se que a qualidade especial do sujeito ativo pode acarretar
a tipificação de uma forma derivada do estelionato, como, por exemplo, o delito de gestão fraudulenta
de instituição financeira (art. 4º, caput, da Lei n. 7.492/86).

3) Sujeito passivo: a pessoa física ou jurídica que sofre a lesão patrimonial; normalmente, é aquele
que vem a ser enganado, nada impedindo, porém, que seja terceira pessoa. Nesse sentido, a
expressão “prejuízo alheio”.

4) Tipo objetivo: Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou
mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento. A forma se
de obter a vantagem é por meio do “expediente fraudulento”, desde que idôneo para lesar o bem
jurídico. Fraude é qualquer ação ou omissão humana apta a enganar outrem. Não há que excluir o
delito o fato de ocorrer torpeza bilateral, como nos chamados “contos do vigário”.

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5) Tipo subjetivo: o dolo, agregado do elemento subjetivo do tipo, consistente na vontade de obter a
ilícita vantagem patrimonial, para si ou para outrem.

6) Consumação e tentativa: consuma-se com o proveito patrimonial (a vantagem econômica ilícita), e


o correspondente prejuízo alheio. A tentativa é possível.

7) Estelionato privilegiado: se o criminoso é primário, e é de pequeno valor o prejuízo, o juiz pode


substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar somente a
pena de multa.

8) Causa de aumento de pena: se o crime é cometido em detrimento de entidade de direito público


ou de instituto de economia popular, assistência social ou beneficência.

9) Estelionato contra idoso: trata-se de alteração determinada pela Lei nº 13,228, de 28 de dezembro
de 2015, que criou mais uma causa especial de aumento de pena, no caso do estelionato ser praticado
contra idoso. Idoso, para fins de reconhecimento da majorante, é aquele com idade igual ou superior a
60 (sessenta) anos, conforme o Estatuto do Idoso.

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10) Estelionato e falsidade: há o reconhecimento do concurso aparente de normas ou do concurso
real de normas (concurso material ou formal). O STJ sumulou o tema, afirmando que o estelionato
absorve o falsum, quando a falsidade é meio para meio para obtenção da vantagem ilícita, exaurindo-
se, assim, na fraude, esta absorve aquela (Súmula 17, STJ).

11) Modalidades especiais


• Disposição de coisa alheia como próprio: o agente vende, como próprio, a terceiro de boa-fé,
coisa obtida, fraudulentamente, vez que age com inequívoco ardil, logrando induzir a vítima em
erro e dela obtendo vantagem indevida.
• Alienação ou oneração fraudulenta de coisa própria (inalienável): é o silêncio do vendedor, do
permutante ou do devedor a respeito dos ônus ou encargos que pesam sobre a coisa ou sobre a
anterior promessa de venda de imóvel feita a outra pessoa, mediante pagamento em prestações.
• Defraudação de penhor: caracteriza-se a defraudação de penhor pela pretensão de obter
vantagem ilícita, decorrente diretamente da violação do direito do credor pela venda, permuta,
dação, locação, dissipação ou escondimento do bem dado em garantia.

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• Fraude na entrega da coisa: a defraudação de substância, qualidade ou quantidade de coisa
que o sujeito ativo tem a obrigação de entregar a outrem.
• Fraude para o recebimento de indenização ou valor de seguro: a figura se desdobra em várias
condutas: 1ª destruir total ou parcialmente coisa própria; 2ª ocultar coisa própria; 3ª lesar o
próprio corpo ou a saúde (autolesão) que, no caso, é punível porque afeta o patrimônio de
outrem; e 4ª agravar lesão ou doença já existente. Observa-se, ainda, que o “recebimento da
indenização ou do valor do seguro” representa mero exaurimento da atividade criminosa.
• Fraude no pagamento por meio de cheque: o título de crédito denominado cheque é ordem
de pagamento a vista. Pratica aquele que emite o cheque sem a correspondente provisão de
fundos ou, alternativamente, aquele que frustra o seu pagamento. É sujeito passivo qualquer
pessoa que venha a receber o título de crédito para pagamento de dívida. Contemplam-se
duas condutas: emitir e frustrar. No momento da sua emissão, é preciso que o
estabelecimento bancário, encarregado da compensação, já não possua fundo suficiente para
cobrir o pagamento. Se o valor emitido supera o que se chama de cheque especial, o delito
ficará caracterizado. O tipo subjetivo é o dolo, ou seja, a vontade consciente de empregar
fraude no pagamento por meio de cheque. O comportamento culposo, como, por exemplo, um
descontrole das finanças não caracteriza o ilícito penal.

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• Receptação

1) Bem jurídico: patrimônio.

2) Sujeito ativo: qualquer pessoa, menos autor, coautor ou partícipe do delito antecedente.

3) Sujeito passivo: é a vítima do crime antecedente.

4) Tipo objetivo: adquirir, receber, transportar, conduzir ou ocultar, em proveito próprio ou alheio,
coisa que sabe ser produto de crime (receptação própria), ou influir para que terceiro, de boa-fé, a
adquira, receba ou oculte (receptação imprópria).

5) Tipo subjetivo: a forma básica de receptação pressupõe o dolo direto, com o especial fim de agir:
proveito próprio ou alheio. No § 1o, o delito pode ser também praticado com dolo eventual, pois
refere-se à coisa que deve saber (ser produto de crime), agregado, igualmente, do especial fim de
atuar para proveito próprio ou de terceiro.

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6) Modalidade culposa: utiliza-se, o legislador, da expressão “coisa que deve presumir-se” para indicar
que o agente atua violando o dever de cuidado exigido. A culpa pode ser consciente ou inconsciente.

7) Consumação: na receptação própria, consuma-se com a entrega e admite a tentativa. Na


receptação imprópria, trata-se de crime formal, não se exigindo que o terceiro efetivamente adquira,
receba ou oculte o objeto material. Diante disso, não cabe a tentativa.

8) Autonomia da receptação: para que possa haver receptação, é imprescindível a prática de um


crime anterior, havendo, pois, uma acessoriedade material. Não é preciso, porém, a punição do delito
antecedente, bastando somente a certeza jurídica de sua existência.

9) Forma privilegiada: o privilégio na receptação é idêntico ao do furto: réu primário e pequeno valor
da coisa.

10) Perdão judicial: nos casos de culpa levíssima ou pelo valor irrisório da coisa adquirida, pode o juiz
deixar de aplicar a pena.

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11) Ação penal: pública incondicionada

• Disposições finais dos crimes patrimoniais

1) Escusas absolutórias: é isento de pena quem comete qualquer dos crimes previstos neste título,
em prejuízo:
a) do cônjuge, na constância da sociedade conjugal;
b) de ascendente ou descendente, seja o parentesco legítimo ou ilegítimo, seja civil ou natural.

2) Ação penal condicionada: somente se procede mediante representação, se o crime previsto é


cometido em prejuízo de: a) cônjuge desquitado ou judicialmente separado; b) irmão, legítimo ou
ilegítimo; c) de tio ou sobrinho, com quem o agente coabita.

3) Exceções às imunidades absoluta e relativa: não se aplicam as escusas absolutórias e a ação


penal condicionada a crimes patrimoniais com violência ou grave ameaça, estranho que participa
do crime e contra pessoa com idade igual ou superior a 60 anos.

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CONTEÚDO
Assuntos DA
da PRÓXIMA
próxima aula:
AULA:

Crimes contra a dignidade sexual

Crimes contra a liberdade sexual

Crimes sexuais contra vulneráveis

Disposições gerais

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