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DIREITO PENAL III

AULA 11: CRIMES CONTRA A FAMÍLIA


Direito Penal III
Conteúdo desta Aula

CRIMES CONTRA CRIMES CONTRA A CRIMES CONTRA


O CASAMENTO ASSISTÊNCIA FAMILIAR A FAMÍLIA

1 2 3 4 5

CRIMES CONTRA O CRIMES CONTRA O PODER PROXIMO


ESTADO DE FILIAÇÃO FAMILIAR, TUTELA E CURATELA ASSUNTO

AULA 11: CRIMES CONTRA A FAMÍLIA


Direito Penal III
Bigamia

1) Bem jurídico - a organização da família;

2) Sujeito ativo - a pessoa que, casada, contrai novo matrimônio, ou que, solteira, viúva ou divorciada,
se casa com pessoa que sabe ser casada;

3) Sujeito passivo - o Estado, o cônjuge do primeiro casamento e o contraente do segundo;

4) Tipo objetivo - alguém contrair, sendo casado, novo casamento. É pressuposto do delito a existência
formal de casamento anterior. Se anulados, por qualquer motivo, o matrimônio anterior ou posterior –
este por razão diversa da bigamia – inexiste o delito;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a celebração do novo casamento. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Induzimento a Erro Essencial e Ocultação de Impedimento

1) Bem jurídico - a regular formação da família, especialmente a ordem matrimonial;

2) Sujeito ativo - qualquer um dos cônjuges;

3) Sujeito passivo - o Estado e o cônjuge enganado;

4) Tipo objetivo - contrair casamento, induzindo, aliciando, persuadindo em erro essencial o outro
contraente, ou ocultando-lhe impedimento que não seja casamento anterior;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a celebração do novo casamento. É inadmissível a


tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Conhecimento Prévio de Impedimento

1) Bem jurídico - a regular formação da família;

2) Sujeito ativo - qualquer pessoa que contraia casamento ciente da existência de impedimento
absoluto. Se ambos os cônjuges conhecem o impedimento, são coautores do delito;

3) Sujeito passivo - o Estado e o cônjuge desconhecedor do impedimento;

4) Tipo objetivo - contrair casamento, conhecendo a existência de impedimento que lhe cause nulidade
absoluta. Os impedimentos que tornam o matrimônio nulo estão previstos no Código Civil. Se o
impedimento for casamento anterior, será crime de bigamia;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a celebração do novo casamento. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Simulação de Autoridade para Celebração de Casamento

1) Bem jurídico - a ordem jurídica matrimonial;

2) Sujeito ativo - qualquer pessoa;

3) Sujeito passivo - o Estado e o(s) cônjuge(s) de boa-fé;

4) Tipo objetivo - atribuir-se falsamente autoridade para celebração de casamento. O matrimônio


realizado perante autoridade incompetente é nulo. Porém, a nulidade, quando não alegada, considera-
se sanada em dois anos, o que não obsta a configuração do delito. Trata-se de delito expressamente
subsidiário, excluído se o fato constituir crime mais grave;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a prática, pelo agente, de qualquer ato próprio da função
que falsamente se atribui. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Simulação de Casamento

1) Bem jurídico - a ordem jurídica matrimonial;

2) Sujeito ativo - qualquer pessoa;

3) Sujeito passivo - o Estado e o cônjuge enganado ou seu representante legal;

4) Tipo objetivo - simular casamento mediante engano de outra pessoa. É preciso que o casamento seja
simulado por meio de engano de outra pessoa. Trata-se de delito expressamente subsidiário, excluído se
constituir elemento de crime mais grave;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a efetiva simulação. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Registro de Nascimento Inexistente

1) Bem jurídico - o estado de filiação;

2) Sujeito ativo - qualquer pessoa;

3) Sujeito passivo - o Estado e todas as pessoas eventualmente prejudicadas pelo registro;

4) Tipo objetivo: promover no registro civil a inscrição de nascimento inexistente. Trata-se de registro
de nascimento inexistente, isto é, de nascimento que não ocorreu ou de nascimento de natimorto. O
delito de falsidade é absorvido pelo registro de nascimento inexistente;

5) Tipo subjetivo - dolo (direto ou eventual);

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a efetiva inscrição, no Registro Civil, de nascimento


inexistente. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Parto Suposto, Supressão ou Alteração de Direito Inerente ao Estado Civil de
Recém-Nascido (Art. 242)
1) Bem jurídico - o estado de filiação;

2) Sujeito ativo - na modalidade dar parto alheio como próprio, apenas a mulher (crime próprio); nas
demais modalidades, qualquer pessoa;

3) Sujeito passivo - na modalidade dar parto alheio como próprio, o Estado e os herdeiros prejudicados;
na modalidade registrar como seu o filho de outrem, o Estado e as pessoas eventualmente prejudicadas
pelo registro; nas modalidades ocultar recém-nascido ou substituí-lo, o Estado e os recém-nascidos;

4) Tipo objetivo - dar parto alheio como próprio; registrar como seu o filho de outrem; ocultar recém-
nascido ou substituí-lo, suprimindo ou alterando direito inerente ao estado civil. É nesse dispositivo que
se insere a chamada adoção à brasileira, que se caracteriza pelo reconhecimento voluntário da
maternidade/paternidade, na qual, fugindo das exigências legais pertinentes ao procedimento de
adoção, o casal (ou apenas um dos cônjuges/companheiros) simplesmente registra o menor como seu
filho, sem as cautelas judiciais impostas pelo estado, necessárias à proteção especial que deve recair
sobre os interesses da criança, que é prática ainda frequente no Brasil;

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Direito Penal III
Parto Suposto, Supressão ou Alteração de Direito Inerente ao Estado Civil de
Recém-Nascido (Art. 242)
5) Tipo subjetivo - o dolo e, nas modalidades ocultar recém-nascido ou substituí-lo, também o elemento
subjetivo do injusto consubstanciado no especial fim de agir para suprimir ou alterar direito inerente ao
estado civil;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a situação que altera o estado de filiação; com o efetivo
registro. Com a supressão ou alteração de direito inerente ao estado civil. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Sonegação de Estado de Filiação (Art. 243)
1) Bem jurídico - o estado de filiação;
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa;
3) Sujeito passivo - o Estado e, em particular, a criança prejudicada em seu estado de filiação;
4) Tipo objetivo - deixar em asilo de expostos ou outra instituição de assistência filho próprio ou alheio,
ocultando-lhe a filiação ou atribuindo-lhe outra, com o fim de prejudicar direito inerente ao estado civil.
Abandonada a criança em local distinto daqueles descritos no tipo, é possível a caracterização dos
delitos previstos nos arts. 133 ou 134, CP;
5) Tipo subjetivo - o dolo e o elemento subjetivo do injusto consubstanciado no especial fim de
prejudicar direito inerente ao estado civil;
6) Consumação e tentativa - consuma-se com o efetivo abandono nos locais alternativamente previstos,
acompanhado da ocultação da filiação ou da atribuição de outra. É admissível a tentativa;
7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Abandono Material

1) Bem jurídico - como, aqui, tem início os crimes contra a assistência familiar, esse ilícito protege o
organismo familiar;

2) Sujeito ativo - os cônjuges, ascendentes ou descendentes;

3) Sujeito passivo - o cônjuge, o filho menor de 18 anos ou inapto para o trabalho, o ascendente
inválido ou valetudinário, o descendente ou ascendente gravemente enfermo;

4) Tipo objetivo - deixar, sem justa causa, de prover a subsistência do cônjuge, ou de filho menor de 18
(dezoito) anos ou inapto para o trabalho, ou de ascendente inválido ou maior de 60 (sessenta) anos, não
lhes proporcionando os recursos necessários ou faltando ao pagamento de pensão alimentícia
judicialmente acordada, fixada ou majorada; deixar, sem justa causa, de socorrer descendente ou
ascendente, gravemente enfermo. Também incorre no mesmo delito o devedor que, embora solvente,
frustra ou ilide, de qualquer modo, inclusive por abandono injustificado de emprego ou função, o
pagamento de pensão alimentícia judicialmente acordada, fixada ou majorada.

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Direito Penal III
Abandono Material

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a recusa do agente em proporcionar os recursos


necessários à subsistência da vítima, com a falta de pagamento da pensão ou com a não prestação
do socorro, já que se trata de crime permanente. É admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Entrega de Filho Menor a Pessoa Inidônea
1) Bem jurídico - a assistência familiar;
2) Sujeito ativo - os pais, legítimos, naturais ou adotivos;
3) Sujeito passivo - o filho menor de 18 anos;
4) Tipo objetivo - entregar filho menor de 18 anos à pessoa em cuja companhia saiba ou deva saber que
o menor fica moral ou materialmente em perigo. Se o agente pratica delito para obter lucro, ou se o
menor é enviado para o exterior, a pena é de reclusão, de 1 a 4 anos, conforme o § 1º. Nessa pena,
incorra também quem, embora excluído o perigo moral ou material, auxilia a efetivação de ato
destinado ao envio de menor para o exterior, com o fito de obter lucro;
5) Tipo subjetivo - o dolo e, nas modalidades previstas nos§§ 1º e 2º, também a fim de obter lucro;
6) Consumação e tentativa - consuma-se com a efetiva entrega do menor à pessoa inidônea ou com a
prestação de auxílio. É admissível a tentativa;
7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Lenocínio, Tráfico de Pessoas e Ultraje Público ao Pudor
Abandono Intelectual:
1) Bem jurídico - a educação primária das crianças;
2) Sujeito ativo - os pais, legítimos, naturais ou adotivos;
3) Sujeito passivo - o filho, natural ou adotivo, em idade escolar. Se anteriormente a idade escolar se
estendia dos 7 aos 14 anos, a Lei nº 9.394/1996, que fixa as diretrizes e bases da educação nacional, fixou
em 6 anos a idade mínima para o ensino fundamental obrigatório;
4) Tipo objetivo - deixar, sem justa causa, de prover a instrução primária de filho em idade escolar. É crime
omissivo próprio. Não se configura delito a educação ministrada em casa, em razão das características do
local em que se encontra;
5) Tipo subjetivo - o dolo;
6) Consumação e tentativa - consuma-se quando, por tempo juridicamente relevante, o agente não
providencia a instrução primária do filho em idade escolar (crime permanente). É inadmissível a tentativa;
7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Lenocínio, Tráfico de Pessoas e Ultraje Público ao Pudor
Abandono Moral:
1) Bem jurídico - a formação moral do menor de 18 anos;
2) Sujeito ativo - os pais ou qualquer pessoa a quem o menor tenha sido confiado;
3) Sujeito passivo - o menor de 18 anos;
4) Tipo objetivo - permitir alguém que menor de dezoito anos, sujeito a seu poder ou confiado à sua
guarda ou vigilância, frequente casa de jogo ou de má fama, ou conviva com pessoa viciosa ou de
má vida; frequente espetáculo capaz de pervertê-lo ou de lhe ofender o pudor, ou participe de
representação de igual natureza; resida ou trabalhe em casa de prostituição; mendigue ou sirva a
mendigo para excitar a comiseração pública;
5) Tipo subjetivo - o dolo e, na figura descrita no IV, também o especial fim de agir para excitar a
comiseração pública;
6) Consumação e tentativa - consuma-se no caso de permissão anterior, quando o menor pratica
qualquer uma das condutas previstas; na hipótese de anuência posterior, com o assentimento do
agente. É admissível a tentativa apenas em se tratando de permissão prévia;
7) Ação penal - pública incondicionada.

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Direito Penal III
Lenocínio, Tráfico de Pessoas e Ultraje Público ao Pudor
Induzimento a Fuga, Entrega Arbitrária ou Sonegação de Incapazes:
1) Bem jurídico - o poder familiar, a tutela ou a curatela;
2) Sujeito ativo - qualquer pessoa;
3) Sujeito passivo - os pais, o tutor ou curador, assim como o menor de 18 anos;
4) Tipo objetivo - induzir menor de dezoito anos, ou interdito, a fugir do lugar em que se acha por
determinação de quem sobre ele exerce autoridade, em virtude de lei ou de ordem judicial; confiar
a outrem sem ordem do pai, do tutor ou do curador algum menor de dezoito anos ou interdito, ou
deixar, sem justa causa, de entregá-lo a quem legitimamente o reclame.
5) Tipo subjetivo - o dolo;
6) Consumação e tentativa - consuma-se com a efetiva fuga do menor ou interdito, com a sua
entrega ou com a recusa do agente em entregá-lo a quem legitimamente o reclame. É admissível a
tentativa apenas no induzimento a fuga e na entrega arbitrária;
7) Ação penal - ação penal pública incondicionada.

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Direito Penal III
Lenocínio, Tráfico de Pessoas e Ultraje Público ao Pudor
Subtração de Incapazes:

1) Bem jurídico - a proteção da guarda do menor ou do interdito;

2) Sujeito ativo - qualquer pessoa, inclusive o pai, o tutor ou o curador destituído ou


temporariamente privado do poder familiar, da guarda, da tutela ou da curatela;

3) Sujeito passivo - os pais, o tutor ou curador, assim como o menor ou o interdito;

4) Tipo objetivo - subtrair menor de dezoito anos ou interdito ao poder de quem o tem sob sua
guarda em virtude de lei ou de ordem judicial;

5) Tipo subjetivo - o dolo;

6) Consumação e tentativa - consuma-se com a efetiva subtração do menor ou interdito. É


admissível a tentativa;

7) Ação penal - pública incondicionada.

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Assuntos DA
CONTEÚDO da PRÓXIMA
próxima aula:
AULA:

Crimes de perigo;

Crimes de perigo comum ;

Crimes contra a saúde pública.

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