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Культура Документы
1
Contabilidade
Âmbito e objectivos
2
Contabilidade
Âmbito e objectivos
Actividade Tomada de
económica decisão
3
Contabilidade
Âmbito e objectivos
4
Contabilidade
Utilizadores e finalidades
5
Contabilidade
Utilizadores e finalidades
6
Contabilidade
Principais Divisões
Contabilidade financeira:
recolhe e processa a informação
necessária à preparação das
demonstrações financeiras tendo em
vista a sua divulgação aos interessados
Objectivo: comunicação externa
7
Contabilidade
Principais Divisões
Contabilidade de gestão:
procede à mensuração, acumulação e controlo
dos custos dos produtos/serviços fabricados e
vendidos para apoio à tomada de decisão
Objectivo: divulgação interna
• Estrutura de custos
• Orçamentação
• Controlo da execução
8
Contabilidade
Normalização
9
Contabilidade
Normalização-organismos
CNC – Comissão de Normalização Contabilística
(PORTUGUESE ACCOUNTING STANDARDS BOARD)
10
Contabilidade
Normalização-organismos
• IASC-International Accounting Standards Committee:
formado por 16 associações de profissionais de todo o
mundo, emite regularmente as NIC (Normas
Internacionais de Contabilidade)
11
Contabilidade
Processo contabilístico
A contabilidade regista todas as transacções comerciais
13
Contabilidade
Princípios contabilísticos
Continuidade:
A empresa opera de forma contínua, com duração
ilimitada
Consistência:
A empresa não altera as suas políticas
contabilísticas de um exercício para o outro
Custo histórico:
Os registos contabilísticos devem basear-se em
custos de aquisição ou de produção
14
Contabilidade
Princípios contabilísticos
Especialização ou acréscimo:
Os proveitos e os custos são reconhecidos quando
obtidos, devendo incluir-se nas demonstrações
financeiras do período a que respeitam,
independentemente do seu recebimento ou
pagamento
Materialidade:
As demonstrações financeiras devem evidenciar todos
os elementos que possam ser relevantes para avaliar
a situação financeira da empresa
15
Contabilidade
Princípios contabilísticos
Prudência:
Pode-se integrar nas contas um certo grau de
precaução, sem que tal leve à criação de reservas
ocultas ou provisões excessivas
Substância sobre a forma:
As operações devem ser contabilizadas de acordo com
a sua realidade financeira e não apenas pela sua
forma legal
16
Contabilidade
Características qualitativas
18
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
19
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
20
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
21
Contabilidade
Fluxos gerados pela actividade económica
Fluxo económico Fluxo financeiro
Fornecedores
Matérias- Primas Despesas
(CUSTOS) (OBRIGAÇÕES)
Aprovisionamento
Pagamentos
Produção
23
Contabilidade
Património
24
Contabilidade
Património
CLASSES DE ELEMENTOS PATRIMONIAIS:
ACTIVO: Bens e direitos
PASSIVO: Encargos e obrigações
VALOR DO PATRIMÓNIO:
É a diferença entre o ACTIVO e o PASSIVO
25
Contabilidade
Património
FACTOS PATRIMONIAIS: São variações no património da
empresa que podem alterar somente a composição do
património (factos permutativos) ou a composição e o valor
(factos modificativos)
26
Contabilidade
Património
SITUAÇÃO PATRIMONIAL pode ser:
Activa, Positiva
sse ACTIVO > PASSIVO
Nula
sse ACTIVO = PASSIVO
Passiva, Negativa
sse ACTIVO < PASSIVO
27
Contabilidade
Equação Fundamental
ACTIVO = PASSIVO + CAPITAIS PRÓPRIOS
CAPITAL
PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
28
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
29
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
*Considere que fundou um gabinete de venda de computadores e
impressoras. Registe as seguintes transacções que ocorreram
durante o primeiro mês de actividade:
1 - Investimento de 5000€, por depósito dum cheque pessoal na
conta da empresa
5000 5000
31
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
3 - Aquisição a crédito de impressoras para venda no valor de 750€
32
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
4 - Aquisição a crédito de computador, para utilização própria, no valor de
650€
33
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
5 – Venda de metade dos computadores, a pronto pagamento, no valor de
3000€
34
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
6 - Pagamento de 250€ de salários
35
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
7 – Venda dos restantes computadores e de todas as impressoras a crédito
no total de 3000€
36
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
8 – Pagamento, no final do mês, de 650€ do computador próprio. As
impressoras serão pagas a 15 do próximo mês.
37
Contabilidade
Mapa de Registo de Transacções
9 - Recebimento de um cheque de 1500€ para pagamento da transacção 7
Imobilizado Existências Clientes Dep.Ordem Capital Resultados Forneced
=Proveitos
-Custos
5000 5000
3000 -3000
750 750
650 650
-1500 3000 1500
-250 -250
-2250 3000 750
-650 -650
-1500 1500
REQUISITOS DA CONTA:
HOMOGENEIDADE: só deve conter elementos que
obedeçam à característica comum que a conta
define
INTEGRALIDADE: deve incluir todos os elementos
que tenham essa característica comum
39
Contabilidade
Conta
Representação Gráfica da CONTA:
Título da conta
40
Contabilidade
Conta
SALDO DA CONTA:
É a diferença apurada entre o DÉBITO e o CRÉDITO
TIPOS DE SALDOS:
•Saldo Devedor (Sd) quando o DÉBITO > CRÉDITO
•Saldo Nulo (S0) quando o DÉBITO = CRÉDITO
•Saldo Credor (Sc) quando o DÉBITO < CRÉDITO
41
Contabilidade
Classificação das Contas
43
Contabilidade
Classes de Contas (POC)
1 - Disponibilidades (caixa, depósitos bancários, títulos negociáveis)
44
Contabilidade
Balanço
INVENTÁRIO: é uma relação (rol, lista) de elementos patrimoniais
com a indicação do seu valor. Pode ser Geral (quando é
constituído por todos os valores do património) ou Parcial.
BALANÇO
1º Membro 2º Membro
CAPITAL
PRÓPRIO
ACTIVO
PASSIVO
45
Contabilidade
Contas do Balanço(POC)
ACTIVO CAPITAIS PRÓPRIOS
4-Imobilizado 51-Capital
43-Incorpóreo 56/57-Reservas
3-Existências
PASSIVO
2-Dívidas de Terceiros
29-Provisões para Riscos e Encargos
Médio/Longo prazo
2-Dívidas a Terceiros
Curto prazo
Médio/Longo prazo
1-Disponibilidades
Curto prazo
27-Acréscimos e Diferimentos
27-Acréscimos e Diferimentos
271-Acréscimos de Proveitos
273-Acréscimos de Custos
272-Custos Diferidos
274-Proveitos Diferidos 46
Contabilidade
Balanço
47
Contabilidade
Balanço
-
- Activo Capital Próprio
Imobilizado Capital
Reservas
Circulante Resultados transitados
Existências Resultado do Exercício Grau de
Grau de Exigibilidade
Liquidez Dívidas de terceiros
m.l.p
c.p
Disponibilidades Passivo
Acréscimos e Diferimentos Dívidas a terceiros
m.l.p
+ c.p +
Acréscimos e Diferimentos
48
Contabilidade
Demonstração dos Resultados
49
Contabilidade
Demonstração dos Resultados (por naturezas)
CUSTOS E PERDAS PROVEITOS E GANHOS
53
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo)1/4
ACTIVIDADES OPERACIONAIS
Recebimentos de clientes(a) +X
Pagamentos a fornecedores (b) -X
Pagamentos ao pessoal -X
Fluxo das operações -/+X
Pag/Rec de imposto s/lucros -/+X
Out. Pag/Rec operacionais -/+X
Fluxo antes activ. Extraod. -/+X
Pag/Rec de act. Extraord. -/+X
Fluxo das act. Operacionais (1) +/-X
54
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 2/4
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Inv. Financeiros (a) +X
Imobil. Corpóreas +X
Imobil. Incorpóreas +X
Subsídios de investim. +X
Juros e proveitos similares +X
Dividendos +X
Pagamentos respeitantes a:
Inv. Financeiros -X
Imobil. Corpóreas -X
Imobil. Incorpóreas -X
Fluxo das act. Investimento (2) +/-X
55
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 3/4
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos +X
Aumentos capital, prest. supl e prémios emissão +X
Subsídios e doações +X
Venda acções (quotas) próprias +X
Cobertura de prejuízos +X
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos -X
Amortização contratos loc. financ. -X
Juros e custos similares -X
Dividendos
Reduções capital e prest. supl. -X
Aquisição acções (quotas) próprias -X
Fluxo das act. Financiamento (3) +/-X
56
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Directo) 4/4
57
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 1/4
58
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 2/4
ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO
Recebimentos provenientes de:
Inv. Financeiros (a): +X
Imobil. Corpóreas +X
Imobil. Incorpóreas +X
Subsídios de investim. +X
Juros e proveitos similares +X
Dividendos +X
Pagamentos respeitantes a:
Inv. Financeiros -X
Imobil. Corpóreas -X
Imobil. Incorpóreas -X
Fluxo das act. Investimento (2) +/-X
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Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 3/4
ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO
Recebimentos provenientes de:
Empréstimos obtidos +X
Aumentos capital, prest. supl e prémios emissão +X
Subsídios e doações +X
Venda acções (quotas) próprias +X
Cobertura de prejuízos +X
Pagamentos respeitantes a:
Empréstimos obtidos -X
Amortização contratos loc. financ. -X
Juros e custos similares -X
Dividendos
Reduções capital e prest. supl. -X
Aquisição acções (quotas) próprias -X
Fluxo das act. Financiamento (3) +/-X
60
Contabilidade
Demonstração dos Fluxos de Caixa
(met. Indirecto) 4/4
61
Contabilidade
Demonstração da Origem e Aplicação de
Fundos (DOAF*)
62
Contabilidade
Origem e Aplicação de Fundos
ACTIVO = PASSIVO + CAPITAIS PRÓPRIOS
capital total capitais alheios capitais próprios
64
Contabilidade
DOAF
ORIGENS DE FUNDOS APLICAÇÕES DE FUNDOS
Internas: Distribuições:
Res. Líquido do Exercício X Por aplic. Resultados X
Amortizações X Por aplic. Reservas X
Provisões X
Diminui. Cap. Próp. X
Externas:
Aument. Inv. Financ X
Aument. cap. Próp. X
Diminui. Inv. Financ. X Aument. Div. de 3ºs MLP X
Diminui. Div. de 3ºs MLP X Diminui. Div. a 3ºs MLP X
Aument. Div. a 3ºs MLP X Aument. Trab. Prop. Emp. X
Diminui. Imobil. (valor liq.) X Aquisição imobiliz. X
67
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
68
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
69
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
70
Contabilidade
Acréscimos e Diferimentos
71
Contabilidade
Existências
São activos que se destinam:
a ser vendidos (mercadorias, produtos acabados,
produtos intermédios, subprodutos)
a ser integrados na produção para venda
(matérias- primas)
ser consumidos na produção de bens ou serviços
para venda (mat. subsidiárias, materiais de
consumo, embalagens de consumo)
a ser vendidos mas ainda não estão concluídos
(produtos em curso)
72
Contabilidade
Movimentação de Existências
Compras:
A conta compras regista o valor de aquisição
das mercadorias, matérias primas e
subsidiárias destinados ao consumo ou venda,
bem como as despesas adicionais necessárias
para que os bens estejam aptos para a sua
função
A conta compras não aparece nem no Balanço,
nem na Dem. Resultados. É uma conta
transitória que é saldada por contrapartida das
contas de existências
73
Contabilidade
Movimentação de Existências
31 – Compras
74
Contabilidade
Movimentação de Existências
Existências:
Nas contas de existências consideram-se os
valores das mercadorias, produtos acabados
ou em curso, matérias-primas ou
subsidiárias adquiridas pela empresa, para
venda ou consumo, que deram ou irão dar
entrada em armazém (contas de inventário)
75
Contabilidade
Movimentação de Existências
Regularização de Existências:
Contas que servem de contrapartida ao
registo de variações das existências que não
tenham origem em compras, vendas ou
consumos (ofertas, quebras, sobras,
sinistros,...)
76
Contabilidade
Sistemas de inventário
77
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
Dispon/Fornecedores/Clientes
Valor compra
Valor venda
79
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
Proveitos Custos
80
Contabilidade
Sistemas de inventário
(periódico)
81
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Inventário permanente
Com este sistema, o custo das existências vendidas e
consumidas é conhecido a todo o momento, já que a
movimentação das contas de existências é feita
sistematicamente
É um sistema que implica a existência de fichas de
armazém, discriminando as quantidades e valores
unitários dos lotes, apurando-se assim o valor das
existências finais, bem como o CEVC
É o que melhor serve os propósitos da gestão, já que
sabendo-se sempre o CEVC, a informação sobre os
resultados da empresa está sempre disponível
82
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Ficha de Armazém
ENTRADAS SAÍDAS EXISTÊNCIAS
83
Contabilidade
Sistemas de inventário
(permanente)
Inventário permanente*
Compras Existências Vendas
Entrada de existências:
Critério geral: as entradas valorizam-se pelo
custo de aquisição ou de produção (princípio
do custo histórico)
Custo de aquisição inclui o preço de compra,
impostos suportados, direitos aduaneiros,
custos de transporte, etc.
Custo de produção é a soma dos custos das
matérias-primas e outros materiais directos,
mão obra directa, custos indirectos variáveis e
fixos
85
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
Excepções ao critério geral: se o custo original
(custo aquisição ou produção) for superior ao
preço de mercado, utiliza-se este último para
valorizar as existências
Se à data do Balanço o preço de mercado for
inferior ao custo original, a redução do valor
das existências é feita por uma conta de
regularização do activo – Provisões para
depreciação de existências
86
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
Preço de Mercado=Custo de reposição quando
se trata de bens adquiridos p/a produção
(matérias-primas e out. materiais)
Preço de mercado = Valor realizável líquido
quando se trata de bens adquiridos para
venda (mercadorias e produtos)
87
Contabilidade
Valorimetria das existências
(entradas)
Entrada de existências:
Custo de reposição:custo que a empresa teria
de suportar para substituir o bem nas
mesmas condições, qualidade, quantidade e
locais de aquisição e utilização
Valor realizável líquido: preço de venda
esperado para o bem, deduzido dos
necessários custos previsíveis de acabamento
e de venda
88
Contabilidade
Valorimetria das existências
(saídas)
89
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo específico)
90
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo específico)
Custo específico:
Vantagens
É o método melhor pois a valorização das
existências é feita a custos reais e não com base
em custos atribuídos
Desvantagens
De difícil aplicação quando há grande quantidade e
variedade de existências
Custos administrativos podem não compensar o
benefício da informação
91
Contabilidade
Valorimetria das existências
(FIFO)
92
Contabilidade
Valorimetria das existências
(FIFO)
FIFO
Vantagens
O valor das existências finais é mais aproximado do
valor de mercado
Desvantagens
Com inflação provoca distorções nos resultados
Maiores resultados implicam mais imposto
s/rendimento
93
Contabilidade
Valorimetria das existências
(LIFO)
94
Contabilidade
Valorimetria das existências
(LIFO)
LIFO
Vantagens:
As vendas são balanceadas c/custos de saída mais próximos
dos valores de reposição, minimizando-se assim os efeitos da
inflação
Proporciona economias fiscais pelo diferimento do pagamento
de impostos sobre os rendimentos
Desvantagens:
O valor das existências finais é mais distante do valor de
mercado, não traduzindo adequadamente a situação da
empresa
Do ponto de vista do investidor é pior haver resultados mais
baixos
95
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo médio)
96
Contabilidade
Valorimetria das existências
(custo médio)
97
Contabilidade
Valorimetria das existências
(Custo Padrão)
98
Contabilidade
Imobilizações
Imobilizados são activos com carácter
permanente (+ 1 ano) que não se destinam a
venda ou transformação no decurso normal de
exploração, que sejam da propriedade da
empresa ou estejam em regime de locação
financeira
Devem ser contabilizados ao custo de aquisição
ou de produção
As alterações ao seu valor reflectem-se através
amortizações/reintegrações e/ou nas provisões
(diminuição de valor) ou nas reavaliações
(aumento de valor) 99
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
4.2 – Imobilizações corpóreas:
São imobilizações tangíveis (têm existência
física) que a empresa utiliza na sua actividade
operacional, que não se destinam a ser
vendidas ou transformadas e com permanência
superior a 1 ano
Incluem-se também as benfeitorias ou grandes
reparações que aumentem os benefícios
económicos futuros da empresa
Incluem-se também bens em regime de locação
financeira (princípio da substância sobre a forma)
100
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
Principais imobilizações corpóreas:
421 Terrenos e recursos naturais
422 Edifícios e out. construções
423 Equipamento básico
424 Equipamento de transporte
425 Ferramentas e utensílios
426 Equipamento administrativo
...
101
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
A classificação dos imobilizados corpóreos
depende da actividade (principal) da empresa
Ex: Uma empresa de transportes considera os
veículos afectos a essa actividade como
equipamento básico e os computadores como
equipamento administrativo
Ex: Uma software house considera os
computadores afectos à produção de sw como
equipamento básico e os veículos como
equipamento de transporte
102
Contabilidade
Imobilizações Corpóreas
As aquisições de imobil. corpóreo registam-se na conta
261 – Outros devedores e credores-fornecedores de
imobilizado e as alienações (vendas) registam-se na
conta 268-Outros devedores e credores- Devedores
diversos
Os adiantamentos por conta de imobil. corpóreo
registam-se:
Se o preço estiver fixado: 448-Imobil. em curso-
adiantamentos
Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced. imobil.-
adiantamentos
As imobiliz. corpóreas em curso (ainda não concluídas)
registam-se na conta 44-Imobiliz. em curso
103
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
4.3 Imobilizações incorpóreas: são activos
intangíveis (sem existência física), cuja
produção de benefícios económicos para a
empresa é superior a um ano e que não se
destinam a ser vendidos ou transformados
Englobam, nomeadamente, direitos e
despesas de constituição, arranque e
expansão
104
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
105
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
106
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
432 - Despesas de investigação e
desenvolvimento: compreende as despesas
associadas à investigação original e planeada
para obtenção de novos conhecimentos
científicos e técnicos, bem como as que
resultam da aplicação tecnológica das
descobertas anteriores à fase de produção
Ex: despesas de investigação para o fabrico de novos
produtos, estudos de racionalização da produção ou
comercialização, ...
107
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
433 - Propriedade industrial e outros direitos:
compreende as despesas associadas à
obtenção e manutenção dos direitos de
propriedade industrial e de outros direitos e
contratos assimilados
Ex: patentes, modelos, marcas, alvarás, licenças,
concessões, denominações de origem, nomes de
estabelecimentos, direitos de autor, ...
108
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
434 Trespasses: compreende as despesas
correspondentes à aquisição de um conjunto
de activos e passivos que constituam uma
actividade empresarial (trespasse/goodwill)
tendo em vista a continuidade dessa mesma
actividade
O valor do trespasse corresponde à diferença negativa
entre o custo de aquisição e o justo valor dos activos
e passivos identificáveis (goodwill), ou seja, há
goodwill quando o justo valor dos activos e passivos
for inferior ao custo de aquisição
109
Contabilidade
Imobilizações Incorpóreas
As aquisições de imobil. incorpóreo registam-se na
conta 261 – Outros devedores e credores-
fornecedores de imobilizado e as alienações (vendas)
registam-se na conta 268-Outros devedores e
credores- Devedores diversos
Os adiantamentos por conta de imobil. incorpóreo
registam-se:
Se o preço estiver fixado: 449-Imobil. em curso-
adiantamentos
Caso contrário: 2619-Out. dev. e cred.-forneced.
imobil.- adiantamentos
As imobiliz. incorpóreas em curso (ainda não
concluídas) registam-se na conta 44-Imobiliz. em
curso 110
Contabilidade
Investimentos Financeiros
111
Contabilidade
Investimentos Financeiros
112
Contabilidade
Investimentos Financeiros
411- Partes de capital: são as participações (acções
ou quotas) detidas em empresas do grupo (a empresa
participante detém mais de 50% do capital), em
empresas associadas (a participante detém de 20 a
50%) e noutras empresas
412 – Obrigações e títulos de participação: são os
investimentos financeiros em obrigações ou título de
participação emitidos por outras empresas
413 – Empréstimos de financiamento: correspondem
aos empréstimos concedidos a empresas participadas
113
Contabilidade
Investimentos Financeiros
414 - Investimentos em imóveis: compreende os
edifícios e terrenos adquiridos para obtenção de
rendimentos e não para utilização na actividade
operacional da empresa
415 - Outras aplicações financeiras: compreende
todas as aplicações financeiras que não sejam de
considerar nas disponibilidades, bem como os bens
detidos pela empresa, cujos rendimentos servem para
fazer face a compromissos de longo prazo (fundos de
pensões)
114
Contabilidade
Imobilizações em curso
115
Contabilidade
Imobilizações em curso
Principais imobilizações em curso:
441 Obras em curso
...
447 Adiantamentos por conta de
investimentos financeiros
448 Adiantamentos por conta de
imobilizações corpóreas
449 Adiantamentos por conta de
imobilizações incorpóreas
116
Contabilidade
Amortizações
Amortizações: correspondem ao
reconhecimento sistemático do custo dos
activos imobilizados, tendo em conta a
respectiva vida útil (ou económica) esperada
A vida útil corresponde ao período ao longo do
qual se espera que a empresa tenha
benefícios económicos com a utilização do
imobilizado
Só se amortizam os bens imobilizados
sujeitos a deperecimento (p.ex.,os terrenos que não
sejam objecto de exploração não se amortizam)
117
Contabilidade
Amortizações
As amortizações são custos dos vários
exercícios que respeitam à vida útil do
imobilizado
As amortizações do imobilizado destinado à
actividade operacional da empresa são custos
operacionais; as amortizações dos
investimentos em imóveis são custos
financeiros
O imobilizado sujeito a deperecimento deve ser
amortizado a partir da sua aquisição
(incorpóreo) ou entrada em funcionamento
(corpóreo) 118
Contabilidade
Amortizações
As amortizações vão diminuindo o valor
contabilístico (ou líquido) do imobilizado
Valor contabilístico ou líquido do imobilizado =
Valor de aquisição – Amortizações acumuladas
Amortizações do exercício (Dem. Resultados): valor
amortizado em cada exercício (amortizações anuais ou
mensais)
Amortizações acumuladas (Balanço): somatório das
amortizações dos exercícios já decorridos
No final da vida útil do imobilizado (e não
existindo valor residual) o seu valor líquido é
nulo (não implica necessariamente que o bem deixe de
estar ao serviço da empresa) 119
Contabilidade
Amortizações
As amortizações lançam-se a crédito em
contas do activo e a débito na respectiva
conta de custos
Métodos de amortização:
Directo: as amortizações creditam-se na conta do
imobilizado respectivo (tem a desvantagem de se
perder a informação sobre o valor bruto do imobilizado)
Indirecto: as amortizações creditam-se na conta
48 – Amortizações acumuladas
120
Contabilidade
Amortizações
Métodos de cálculo das amortizações:
Quotas constantes
Quotas degressivas
Soma dos dígitos
Unidades de produção (ou uso efectivo)
Para calcular as amortizações, qualquer que
seja o método, é necessário estimar a vida útil
do imobilizado (em tempo ou utilização) e o
respectivo valor amortizável = Valor bruto –
Valor residual (valor estimado de venda no final da
vida útil)
121
Contabilidade
Amortizações
Método das quotas constantes: é um dos
métodos mais utilizados e pressupõe que o
imobilizado se vai depreciando linearmente ao
longo da sua vida útil
Calcula-se dividindo (valor de aquisição-valor
residual) pelo nº períodos de vida útil do bem
122
Contabilidade
Amortizações
Cálculo quotas constantes: um equipamento foi
adquirido por 1200 em 1/Jan. Estima-se uma vida
útil de 5 anos e valor residual de 200 . Qual o valor
da amortização anual? Qual o valor contabilístico ao
fim de 3 anos?
Amortização anual= (1 200 – 200) / 5 = 200
Valor Contabilístico = Valor aquisição – Amortizações
acumuladas
VC ano3 = 1200 – 200*3 = 600
123
Contabilidade
Amortizações
124
Contabilidade
Amortizações
Cálculo quotas degressivas: um equipamento foi
adquirido por 1800 em 1/Jan. Estima-se uma vida útil
de 3 anos. Qual a taxa de amortização anual? Qual o
valor das amortizações anuais?
Valor da taxa = 100% / 3 = 33,33%
Ano Valor Amortização anual Amortização Valor
amortizável acumulada contabilístico
126
Contabilidade
Amortizações
Cálculo quota pela soma dos dígitos: um equipamento
foi adquirido por 2000 em 1/Jan. Estima-se uma vida
útil de 3 anos. Qual a fracção a aplicar anualmente?
Qual o valor das amortizações anuais?
Fracção= Nº anos de vida útil nesse ano/ (1+2+3)
Ano Valor Amortização anual Amortização Valor
amortizável acumulada contabilístico
127
Contabilidade
Amortizações
Método das unidades de produção: as
amortizações são efectuadas de acordo com a
utilização do bem (km percorridos,
horas/máquina,...)
A sua aplicação implica a estimativa do total
de unidades que se espera que o activo possa
proporcionar ao longo da sua vida útil
Em cada exercício amortiza-se o valor
resultante do produto do quociente das
unidades produzidas no exercício/nº total de
unidades estimadas com o valor amortizável
128
Contabilidade
Amortizações
Cálculo quota pelas unidades de produção: um
equipamento foi adquirido por 1500 em 1/Jan. Estima-
se uma produção total de 100 000 unidades, repartidas
por 50 000 no 1º ano, 30 000 no 2º e 20 000 no 3º.
Qual o valor das amortizações anuais?
131
Contabilidade
Mais/Menos valias
Conceito de mais/menos valia: quando se
procede à retirada de activos imobilizados, o
resultado da operação pode ser positivo
(+valia), negativo (-valia) ou nulo
O resultado da operação corresponde à
diferença entre o valor obtido pela retirada do
imobilizado e o seu valor contabilístico
132
Contabilidade
Mais/Menos valias
Retirada de imobilizações: as imobilizações
podem ser retiradas do activo por motivo de
alienação, sinistro ou abate
Alienação: quando se procede à venda de um
activo imobilizado
Sinistro: quando o activo fica total ou
parcialmente inutilizável por motivos
imprevistos
Abate: quando um activo imobilizado se
esgota ou deixa de ter utilidade económica
para a empresa
133
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
Primeiro é preciso determinar se a retirada vai
originar uma +/- valia
Existe +/- valia quando o valor obtido com a
retirada (valor de venda, valor de
indemnização) é superior/inferior ao valor
contabilístico do bem
Retirada com ganhos (+valia): toda a operação
é registada na conta 794-Proveitos e ganhos
extraordinários-Ganhos em imobilizações
134
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
Retirada com perdas (-valia): toda a operação
é registada na conta 694-Custos e perdas
extraordinários-Perdas em imobilizações
Sabendo se existe ganho ou perda na retirada
de imobilizações, procede-se à anulação do
valor bruto do imobilizado, por crédito da
respectiva conta e débito da 794 ou 694
135
Contabilidade
Mais/Menos valias
Operações contabilísticas relacionadas com a
retirada de imobilizado:
Seguidamente procede-se à anulação das
amortizações acumuladas, por débito da
respectiva conta e crédito da 794 ou 694
Finalmente procede-se ao registo do valor
obtido pela retirada, por débito da conta
disponibilidades ou outros devedores,
consoante o recebimento seja a pronto ou a
prazo, por contrapartida de crédito da 794 ou
694
136
Contabilidade
Mais/Menos valias
Aplicações financeiras: a respectiva alienação
pode gerar +/-valias
Se se tratar de aplicações de curto prazo
registadas nas contas da classe 1, as
operações contabilísticas relativas à alienação
destes activos passam pelas contas de ganhos
financeiros (787) ou perdas financeiras (687)
Se se tratar de aplicações financeiras da
classe 4, as perdas ou ganhos são de carácter
extraordinário, logo registam-se na 694 ou
794
137
Contabilidade
Provisões
Provisões : servem para registar
potenciais perdas de valor dos activos
ou passivos contingentes
Tipos de provisões:
Para depreciação de existências
Para cobranças duvidosas
Para aplicações financeiras
Para riscos e encargos
138
Contabilidade
Provisões
Provisões para depreciação de existências:
Constituem-se (ou reforçam-se) quando à data
da elaboração do Balanço se verifica que o valor
de mercado é inferior ao valor de aquisição ou
produção
A perda potencial do valor das existências é
considerado um custo do exercício em que a
provisão é constituída ou reforçada
A redução das provisões é considerada como
um ganho extraordinário
139
Contabilidade
Provisões
Provisões para depreciação de existências:
Debitam-se na conta 673-Provisões do
exercício para depreciação de existências por
crédito da conta 39-Provisões para
depreciação de existências
A anulação ou redução de provisões regista-se
a débito na conta 39 e a crédito na conta
7962-Prov. Extraordinários-Reduções de
provisões
140
Contabilidade
Provisões
Provisões para cobranças duvidosas:
Constituem-se quando há risco de não
recebimento de bens/serviços facturados
São consideradas custos do exercício em que
são constituídas ou reforçadas
A dívida de cobrança duvidosa é diferente da
dívida incobrável (esta última deixa de constar
do activo e é levada a custos extraordinários
conta 692)
141
Contabilidade
Provisões
Provisões para cobranças duvidosas:
A constituição destas provisões implica a passagem
dos valores em dívida da conta corrente para uma
conta específica 218-Clientes de cobrança duvidosa, no
caso de se tratar de clientes
Debitam-se na conta 671-Provisões do exercício para
cobranças duvidosas por crédito da conta 28-Provisões
para cobranças duvidosas
A anulação ou redução de provisões regista-se a débito
na conta 28 e a crédito na conta 7962-Prov.
Extraordinários-Reduções de provisões
142
Contabilidade
Provisões
Em termos fiscais só são aceites como custos
as provisões para cobranças duvidosas em
que se verifique:
Que o devedor tenha pendente processo de
recuperação ou falência
Que os créditos tenham sido reclamados
judicialmente
Que os créditos estejam em mora há mais de 6
meses
Que os créditos não respeitem ao Estado ou
equiparado, não estejam cobertos por seguro,...
143
Contabilidade
Provisões
Provisões para aplicações financeiras:
Constituem-se no caso de o valor de aquisição
das aplicações financeiras ser inferior ao valor
de mercado
São consideradas custos do exercício em que
são constituídas ou reforçadas
Podem-se provisionar as aplicações de curto
prazo ou os investimentos financeiros
(excepto os imóveis, que são amortizados)
144
Contabilidade
Provisões
Provisões para aplicações tesouraria (c.prazo):
Debitam-se na conta 684-Custos financeiros-
Provisões para aplicações financeiras por crédito da
conta 19-Provisões para aplicações tesouraria
A anulação ou redução de provisões regista-se a
débito na conta 19 e a crédito na conta 7962-Prov.
Extraordinários-Reduções de provisões
145
Contabilidade
Provisões
Provisões para investimentos financeiros em
partes de capital de empresas do grupo e
associadas:
Debitam-se na conta 55-Ajustamentos em partes de
capital-depreciações por crédito da conta 491-
Provisões para investimentos financeiros-Partes de
capital (a anulação corresponde ao lançamento
inverso nas mesmas contas)
Utiliza-se uma conta de capital próprio (55) no caso
de se tratar de participações em empresas detidas
em mais de 20% pela empresa
146
Contabilidade
Provisões
Provisões para investimentos financeiros que
não sejam partes de capital em empresas do
grupo e associadas:
Debitam-se na conta 684-Custos financeiros-
Provisões para aplicações financeiras por crédito da
conta 49X-Provisões para investimentos financeiros
A anulação ou redução de provisões regista-se a
débito na respectiva conta 49X e a crédito na conta
7962-Prov. Extraordinários-Reduções de provisões
147
Contabilidade
Provisões
Provisões para riscos e encargos:
Servem para registar responsabilidades
derivadas de riscos de natureza específica e
provável (contingências)
Enquanto que as provisões anteriores servem
para proceder a ajustamentos de elementos
do activo e são inscritas no activo, estas são
inscritas no passivo por se tratar de
responsabilidades
148
Contabilidade
Provisões
Provisões para riscos e encargos:
As contas 29- Provisões para riscos e encargos
creditam-se pela constituição da provisão por débito
das contas 67 – Provisões do exercício – Para riscos e
encargos ou 6962-Custos extraordinários - aumentos
de provisões, se tiverem carácter extraordinário
Pela redução ou cessação dos riscos que lhes deram
origem, as contas 29 são debitadas por crédito da
conta anteriormente debitada (67 ou 69) ou se
respeitarem a exercícios anteriores, por crédito da
7962-Prov. Extraordinários – redução de provisões
149
Contabilidade
Provisões
29 - Provisões para riscos e encargos:
291 – Pensões
292 – Impostos
293 – Processos judiciais em curso
294 – Acid. Trabalho e doenças profissionais
295 – Garantias a clientes
...
298 – Outros riscos e encargos
150
Contabilidade
Provisões
291 – Pensões: destina-se a fazer face a
responsabilidades presentes derivadas de
acontecimentos passados.
É o caso dos benefícios relacionados com as pensões de
reforma concedidos pelas empresas aos seus
trabalhadores. Durante a vida activa, os trabalhadores
vão constituindo direitos a uma determinada pensão de
reforma. Quando atingem as condições pré-
determinadas adquirem o direito a receber os benefícios
A responsabilidade assumida pela empresa perante os
trabalhadores é registada a crédito na conta 291 por
contrapartida da 644 – Custos c/pessoal – benefífios de
reforma (se o gasto é imediato) ou 2725 – Custos
diferidos – benefícios de reforma (se o gasto é diferido)
151
Contabilidade
Provisões
292 – Impostos: movimenta-se pelos impostos cuja
obrigação esteja pendente de eventos ou decisões
futuras (excepção ao imposto sobre o rendimento que
não é provisionável).
A conta 292 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6722-Provisões do
exercício-Impostos ou 6962-Custos extraord.-
aumentos de provisões
A conta 292-Impostos debita-se pela anulação ou
redução da provisão por crédito da anteriormente
debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios
anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários
– redução de provisões
152
Contabilidade
Provisões
293 – Processos judiciais em curso: movimenta-se
pela existência de processos judicias e pelo valor
estimado dos custos a incorrer
A conta 293 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6723-Provisões do
exercício-Proc. judiciais ou 6962-Custos extraord.-
aumentos de provisões
A conta 293 debita-se pela anulação ou reposição da
provisão por crédito das contas anteriormente
debitadas ou, se respeitarem a exercícios anteriores,
por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução
de provisões
153
Contabilidade
Provisões
294 – Acidentes de trabalho e doenças
profissionais: constitui-se se a empresa
pretende fazer face a gastos (indemnizações)
com este tipo de eventualidade
A conta 294 credita-se pela constituição ou reforço
por contrapartida de débito da 6724-Provisões do
exercício-Ac. Trab. e doenças profiss. ou 6962-Custos
extraord.-aumentos de provisões
A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da
provisão por crédito da anteriormente debitada (67 ou
69) ou se respeitarem a exercícios anteriores, por
crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de
provisões
154
Contabilidade
Provisões
295 – Garantias a clientes: destina-se a provisionar os
encargos decorrentes das garantias previstas em
contratos de venda
É o caso dos produtos vendidos com garantia de determinado período
de tempo, durante o qual a empresa terá que suportar as despesas
previstas contratualmente (peças, nmão de obra, deslocações,...)
Esta provisão constitui-se com base numa percentagem sobre o valor
das vendas dos produtos com garantia
A conta 295 credita-se pela constituição ou reforço por contrapartida de
débito da 6725-Provisões do exercício-Garantias a clientes ou 6962-
Custos extraord.-aumentos de provisões
A conta 294 debita-se pela anulação ou redução da provisão por crédito
da anteriormente debitada (67 ou 69) ou se respeitarem a exercícios
anteriores, por crédito da 7962-Prov. Extraordinários – redução de
provisões
155
Contabilidade
Apuramento de resultados
156
Contabilidade
Apuramento de resultados
Os resultados têm um significado económico e
não financeiro, pelo que um resultado positivo
(lucro) não implica a existência de
disponibilidades para a sua distribuição
A decisão relativa à aplicação de resultados é
tomada pela Assembleia Geral de
sócios/accionistas
A distribuição dos resultados afecta a
composição e/ou valor dos capitais próprios
mas não afecta os Resultados Líquidos do
Exercício
157
Contabilidade
Apuramento de resultados
Os dividendos correspondem à remuneração do
capital investido pelos accionistas
Podem distribuir-se dividendos antes do final do
exercício contabilístico mas com restrições
Os dividendos são duplamente tributados:
primeiro, em sede de IRC, aquando da
liquidação do imposto sobre os resultados da
empresa; depois, em sede de IRC/IRS –
rendimentos de capitais, consoante o accionista
seja pessoa colectiva ou pessoa singular
158
Contabilidade
Apuramento de resultados
Para o apuramento do resultado Líquido do
exercício (RLE) concorrem todos os custos e
perdas e todos os proveitos e ganhos
reconhecidos no período respectivo
O RLE é constituído pelos seguintes
componentes:
Resultados Operacionais
Resultados Financeiros
Resultados Extraordinários
Imposto sobre o rendimento do exercício
159
Contabilidade
Apuramento de resultados
+ 71 a 76 Prov. Operacionais
+ Variação da Produção
- 61 a 67 Cust. Operacionais
+79 Prov. Extraord.
- 69 Custos Extraord.
81 - Res.
Operacionais
83 - Res. 84 - Res.
Correntes Extraord.
+ = +
=
82 - Res.
Financeiros 85 - Res. 86 - Imposto
Antes Imposto - Sobre Rendim.
=
+ 78 Proveitos Financeiros
- 68 Custos Financeiros 88 - Res.
Líquido
160
Contabilidade
Modelo CVR
A análise Custo-Volume-Resultado considera a
inter-relação entre os preços de venda,
volumes de vendas e produção, custos e
resultados
A sua utilidade é essencialmente para a
tomada de decisões de curto prazo
A aplicação deste modelo implica desde logo
que seja possível separar os custos em fixos e
variáveis
161
Contabilidade
Modelo CVR
A análise CVR faz-se tendo em conta a estrutura
de custos existente para uma determinada
capacidade instalada (relevant range)
A mudança na capacidade total normalmente
implica novos investimentos, alterando-se assim
a estrutura de custos anterior
Deve então tomar-se a nova estrutura de custos
para efectuar a análise CVR
162
Contabilidade
Modelo CVR
Custos variáveis: são os custos que
variam directamente e no mesmo
sentido que o volume de actividade de
vendas ou produção
Custos fixos: são custos independentes
do volume de actividade
Custos semi-variáveis: têm uma
componente fixa e outra variável
163
Contabilidade
Modelo CVR
Custos variáveis: matérias-primas,
comissões de vendas, combustível de
veículos de transporte, energia dos
equipamentos industriais,...
Custos fixos: rendas, amortizações,
vencimentos base, ...
Custos semi-variáveis: remuneração dos
vendedores (vencimento base+comissões),
encargos com viaturas
(combustíveis+amortizações),...
164
Contabilidade
Modelo CVR
Custos totais vs custos unitários: para um
determinado volume de actividade temos o
montante global de custos incorridos (custos
totais) e temos o custo unitário incorrido por
unidade vendida ou produzida (Custos
Totais/nº unidades produzidas ou vendidas)
Com o aumento do volume de actividade:
Totais Unitários
C.Fixos mantêm-se diminuem
C.Variáveis aumentam mantêm-se
C.Semi-variáveis aumentam diminuem
165
Contabilidade
Modelo CVR
A relação entre os preços de venda, volumes de
vendas e produção, custos e resultados pode
expressar-se da seguinte forma:
Resultado = Proveitos – Custos
Resultado = Proveitos – C.Variáveis – C.Fixos
Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
Q = Quantidade vendida ou produzida
pv = preço de venda unitário
cv=custo variável unitário
CF=custos fixos totais
166
Contabilidade
Modelo CVR
O resultado pode também apurar-se graficamente:
Resultado = Vendas – Custos Totais
Vendas V=pv*Q
Valor
CVariáveis CV=cv*Q
CFixos CF=CF
167
Quantidade
Contabilidade
Modelo CVR
Ponto crítico das vendas (break even point)
Em quantidade (Qc): Quantidade crítica é a
quantidade vendida que gera proveitos de igual
valor aos custos totais
Em valor (Vc): Vendas críticas são os proveitos
gerados pela venda de Qc Vc = pv*Qc
Qual o resultado obtido para um nível de
actividade = Qc?
Se Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
e se pv*Qc = cv*Qc + CF
então Resultado = 0
168
Contabilidade
Modelo CVR
Gráfico do Ponto Crítico Vendas
Valor
Lucro CTotais
CVariáveis
Vc
CFixos
Prejuízo
Qc Quantidade
169
Contabilidade
Modelo CVR
Cálculo do Ponto Crítico em quantidade:
Resultado = pv*Q – cv*Q – CF
Resultado = (pv-cv)*Q – CF
Resultado + CF = (pv – cv) *Q
Q = Resultado + CF
pv – cv
Como em Qc o Resultado=0 então
Qc = CF__
pv-cv
170
Contabilidade
Modelo CVR
174
Contabilidade
Modelo CVR
Margem de Segurança (ms): é diferença entre as
vendas actuais e as vendas críticas
ms (valor absoluto) = Vendas actuais – Vendas Críticas
ms (em %) = Vendas actuais – Vendas Críticas
Vendas actuais
Exemplo: As vendas actuais de uma empresa são de 2000
unidades com pv=20€ e Qc = 600.
ms=2000-600=1400 ou ms =(2000-600)/2000=0,7
ou ms=(2000-600)*20 = 28000€
Para atingir o Qc, a empresa teria de vender –1400 unidades do que
as vendidas actualmente (ou -28000€), ou seja, teria de diminuir as
vendas em 70%
175
Contabilidade
Modelo CVR
Através da ms pode calcular-se a quebra nas
vendas possível de suportar pela empresa antes
de ter resultados negativos. É uma forma de
medir o risco económico: quanto maior for ms
maior é a distância até ao ponto crítico e menor
é risco de ter prejuízos
Exemplo: no caso anterior a ms=70% o que reflecte um
risco económico pequeno já que era preciso uma quebra
enorme (de 70%) das vendas para a empresa estar em
risco de ter prejuízo
176
Contabilidade
Modelo CVR
Ponto crítico multiproduto: no caso de existir
mais do que um produto, deve calcular-se o
sales mix e a margem de contribuição de cada
produto
O ponto crítico total é o quociente dos custos
fixos com a margem de contribuição dos
vários produtos ponderada pelo respectivo
peso nas vendas totais (mcup)
177
Contabilidade
Modelo CVR
Exemplo: uma empresa produz os produtos A e B, com custos de
estrutura de 200 000€. Pretende-se apurar Qc e Vc. A informação
disponível é:
pv cv sales mix
A 90 70 80% (80% das unidades vendidas são de A)
B 140 95 20% (20% das unidades vendidas são de B)
Cálculo da mcu de A e B e da mcup
mcuA=90-70= 20 20*80%=16
mcuB=140-95= 45 45*20% =9 mcup=16+9=25€
Qc = CF/mcup = 200000/ 25 = 8000
QcA = 80% * 8000 = 6400
QcB = 20% * 8000 = 1600
VcA = 6400*90 = 576000
VcB = 1600*140 = 224000 Vc = 576000+224000=800000€ 178
Contabilidade
Objectivos da CG
A CG tem por objectivo o apuramento e análise dos
custos (classificação e imputação dos custos de
acordo com os critérios e sistemas seguidos na
empresa, de modo a obterem-se custos que sirvam
para o controlo da gestão)
A CG apresenta as seguintes características:
Está organizada em função das necessidades específicas de cada
empresa e não está sujeita a constrangimentos de forma
Destina-se a servir todos os responsáveis da empresa
Utiliza as informações da Contabilidade financeira e os
documentos que lhe servem de base
A contabilidade de gestão deve estar permanentemente
actualizada e fornecer as informações em tempo oportuno
deve ser organizada para por em relevo as responsabilidades
179
Contabilidade
Custos Directos e Indirectos
CUSTOS DIRECTOS: são custos que podem ser
especificamente e exclusivamente identificados com o
objecto do custo, de forma economicamente viável.
Os custos que não tenham estas características são
CUSTOS INDIRECTOS.
A classificação em directos ou indirectos depende do
objecto do custo: por exemplo se o objecto do custo
for o departamento de produção, o salário do director
fabril será um custo directo. Se o objecto do custo
forem os produtos desse departamento, o salário do
director já não pode ser especificamente identificado
com cada produto, pelo que será um custo indirecto.
180
Contabilidade
Custos Reais e custos básicos
Custos reais: são os custos efectivamente suportados para
produzir o produto ou serviço. Só podem ser determinados à
posteriori.
Custos Básicos: São custos teóricos, definidos à priori, para
valorização interna dos produtos e serviços. Há vários tipos
de custos básicos: custos padrão ou standard (quando se
consideram as normas técnicas atribuídas aos vários factores
da área fabril – consumos de matérias, mão de obra,
máquinas,... – para a definição do custo do produto, tendo em
conta as condições óptimas de exploração); custos
orçamentados (obtidos através do processo de orçamentação
das actividades da empresa, pelo que já têm em conta as
condições de exploração para o período em causa).
181
Contabilidade
Custos do Produto
O custo do produto (ou custo industrial) é a soma
de todos os custos incorridos para fabricação do
produto acabado. Incluem os custos com a aquisição
das matérias-primas e outros materiais directos
consumidos, da mão-de-obra directa e dos restantes
custos gerais necessários ao processo produtivo,
sejam fixos ou variáveis.
Ex: Aquisição de matérias-primas, salários dos
operários, amortizações do equipamento produtivo,
energia utilizada no processo produtivo, salários do
supervisor de produção,...
182
Contabilidade
Custos do Produto
Mão de obra directa: são as remunerações e encargos do
pessoal fabril que trabalha directamente na produção e cujos
custos possam ser especificamente e exclusivamente
identificados com o produto final. Por exemplo os operários
de uma linha de montagem consideram-se mão de obra
directa porquanto os respectivos custos são inequivocamente
identificáveis com os produtos que saiem da linha. Já o
salário do condutor da empilhadora ou do director fabril são
custos que só de forma indirecta se podem identificar com os
produtos.
Quando o objecto de custo é o produto, os materiais directos
e a mão de obra directa são aqueles cuja existência física se
pode verificar no produto final (a madeira nas mesas e a
MOD na forma das mesas)
183
Contabilidade
Custos do Produto
184
Contabilidade
Custos do Produto
Gastos gerais de fabrico (manufacturing overhead
ou custos comuns): são os restantes custos de
fabricação que não respeitam a matérias directas ou
MOD. Estes custos já não são fisicamente
identificáveis nos produtos. Podem ser fixos ou
variáveis.
Ex: Direcção fabril, departamentos técnicos,
electricidade, água, mão de obra indirecta, matérias
subsidiárias, amortizações,...
A repartição deste tipo de custos pelos objectos de
custo (produtos ou departamentos) constituem o
principal problema no processo de imputação de
custos
185
Contabilidade
Custos do Produto
Custo do produto
= MOD + MP + GGF
Custos primos
= MP+MOD
Custos de conversão ou transformação
= MOD+GGF
186
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Os Custos do Produto englobam os custos com
MP+MOD+GGF. São todos os custos directa ou
indirectamente relacionados com a fabricação dos produtos.
Os restantes custos incorridos no período contabilístico são os
Custos do Período. Incluem-se nesta classificação os custos
provenientes das outras funções da empresa: vendas,
distribuição, financeira, administrativa,...
Podemos então dizer que os Custos dos produtos são os
custos das existências vendidas ou consumidas (inventoriable
costs) que fazem parte do activo (inventário) até serem
reconhecidos, ou seja, até as unidades serem vendidas.
187
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Custos inventariáveis:
Matérias primas adquiridas são contabilizadas em existências
de matérias primas (activo)
Matérias primas consumidas na produção: são contabilizadas
nas existências de produtos em vias de fabrico (activo)
Mão de Obra Directa utilizada na produção: é contabilizada
em existências de produtos em vias de fabrico (activo)
Gastos gerais de fabrico imputados à produção: são
contabilizados em existências de produtos em vias de fabrico
(activo)
188
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Quando os produtos estiverem concluídos, o correspondente
valor constante nas existências de produtos em vias de fabrico
(PVF) passará para as existências de produtos acabados (PA). E
lá permanecerá até que os respectivos produtos sejam vendidos.
É nesta altura (da venda dos produtos) que se reconhecem os
custos dos produtos vendidos (só se leva a custos a parte
respeitante às unidades vendidas, permanecendo o restante nas
existências PA
Os Custos do Período não são inventariáveis (não passam pelo
Activo)mas correspondem a despesas imediatamente
reconhecidas como custos e incluídas directamente na
Demonstração de Resultados. São então os custos que não
respeitam ao processo de fabrico propriamente dito (comerciais,
administrativos, financeiros, ...)
189
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
190
Contabilidade
Custos do Produto vs Custos do Período
Vendas
-
Custos Compra de Mercadorias Existências de Mercadorias
Custos dos
do Produto Produtos Vendidos
=
Resultados Brutos
-
Custos de Distribuição e
Custos do Período Administrativos
Resultado Operacional
191
Contabilidade
Objectivos dos custos
OBJECTIVO (OU OBJECTO) DOS CUSTOS: Os custos são recursos
consumidos para atingir um determinado objectivo. Para orientar as
decisões, os gestores necessitam de dados pertinentes referentes a
determinada finalidade. Necessitam de saber o custo duma
actividade, de um determinado produto ou serviço. É necessário que
os custos referentes à actividade ou produto objecto do custo sejam
medidos separadamente dos restantes.
Na contabilidade financeira sabemos os tipos de custos que foram
reconhecidos num período. A acumulação dos vários tipos de custos
são os custos totais da empresa nesse período. Para a gestão é
necessário saber dessa acumulação de custos quais as parcelas que
devem ser imputadas a cada objecto de custo - conjunto de custos
associados a um ou vários objectos de custos. Por exemplo, o custo
total das matérias primas é imputado aos departamentos que as
consumiram e aos produtos onde foram incorporadas.
Departamentos e produtos são neste caso objectos de custo
192
Contabilidade
Centros de custos
Centros de custos ou responsabilidade: são
unidades orgânicas descentralizadas (ex:
departamentos da empresa) dotadas de objectivos
específicos e de um conjunto de meios materiais e
humanos que permitem ao responsável do centro
realizar o seu programa de actividade com a maior
autonomia possível. A contabilidade de gestão deve
apurar os custos de cada centro de responsabilidade,
analisá-los e transmiti-los aos respectivos
responsáveis, tendo em vista o seu controlo e
adequação aos objectivos da empresa.
193
Contabilidade
Imputação de custos
194
Contabilidade
Imputação de custos
Método para imputação de custos:
• Escolher o objecto de imputação (departamento, produto,
serviço,...)
• Identificar o maior nº possível de custos directos (Ex.
produto: matérias-primas, componentes, mão de obra
directa, ...)
• Identificar os custos indirectos (Ex. produto: amortizações
do equipamento produtivo, renda da fábrica, energia,
manutenção industrial,...)
• Agrupar os custos indirectos por centro de custo
• Escolher método de imputação dos centros de
custos/custos indirectos ao objecto de imputação
195
Contabilidade
Imputação de custos
Tipos de imputação de custos:
Imputação dos custos aos departamentos:os custos
directos+ os GGF, com base numa taxa de imputação,
são imputados aos vários departamentos da empresa
Imputação dos custos dos departamentos de suporte
aos departamentos operacionais: os dep. de suporte
prestam serviços aos dep. Operacionais pelo que os
seus custos são completamente realocados a estes
Imputação dos custos dos dep. operacionais aos
produtos/serviços: nos dep. Operacionais acumulam-
se todos os custos incorridos com a produção pelo
que importa agora imputá-los aos produtos
196
Contabilidade
Imputação de custos
Imputação dos Gastos Gerais de Fabrico: atendendo à
heterogeneidade das rubricas que integram os GGF, torna-se
necessário definir coeficientes, taxas ou quotas de imputação
Taxa de imputação: é o quociente entre os GGF e a base de
repartição escolhida para a imputação.
Base de Repartição: é a quantidade ou valor que expressa a
actividade a que respeitam aqueles gastos (pode ser matérias
primas, mão obra directa, horas-máquina,...).
A diferença entre os GGF reais e os que foram imputados à produção
com base em taxas pré-determinadas originam as diferenças de
imputação que serão posteriormente distribuídas pelos produtos
acabados em armazém, pelos produtos em curso e pelo custo dos
produtos vendidos, tudo na respectiva proporção ou, caso as
diferenças não sejam de valor significativo, são totalmente
imputadas ao custo dos produtos vendidos.
197
Contabilidade
Imputação de custos
As bases de repartição podem ser únicas ou múltiplas:
198
Contabilidade
ABC
ABC – Activity Based Costing é um processo de repartir os GGF
pelas quantidades produzidas com base nos benefícios que resultam
de uma determinada actividade indirecta. Com este método de
custeio pretende-se relacionar os GGF com as actividades que os
originaram.
A diferença deste método de custeio com os métodos tradicionais
reside na imputação dos GGF aos produtos, que tradicionalmente
utilizam como base de repartição dos GGF as horas-homem ou
horas-máquina e no caso do método ABC procura-se utilizar bases
de repartição que traduzam os processos geradores de custo (cost
drivers) das actividades
A utilização de bases de repartição múltiplas acarreta mais custos
do que a utilização de uma única base de repartição. É necessário
que os benefícios decorrentes da utilização do método ABC sejam
superiores aos custos da sua implementação e utilização.
199
Contabilidade
ABC
Para aplicar o método de custeio ABC é necessário:
Identificar as actividades (compras, movimentação de materiais,
montagem,...)
Identificar os cost drivers da cada actividade (nº unidades
compradas, nº unidades movimentadas, nº unidades montadas,...)
Estimar o total de GGF de cada actividade
Identificar a taxa de imputação para cada actividade: (tx.
Imputação compras=custo das compras/nº unidades
compradas,...)
Imputar os custos ao produto com base na respectiva utilização de
cada actividade (Imputação dos custos das compras=Tx. imputação
compras*quantidade comprada,...)
200
Contabilidade
Dep. operacionais e dep. suporte
Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais
Os custos podem ser fixos ou variáveis. Sendo possível a sua
separação, podem utilizar-se diferentes critérios para a sua
imputação (método dual)
Imputação ideal dos C. Variáveis: deve atender-se aos custos
orçamentados e à quantidade realmente utilizada (utilizando os
custos reais, os dep. consumidores estarão a suportar ineficiências
dos dep. suporte; ao utilizar as quantidades reais garante-se que
só se pagou aquilo que efectivamente se utilizou)
Imputação ideal dos C. Fixos: deve atender-se aos custos
orçamentados e à quantidade orçamentada (garantindo a
cobertura dos c.fixos do dep. suporte)
201
Contabilidade
Dep. operacionais e dep. suporte
Imputação de custos entre dep. Suporte e Operacionais
Método Directo: ignora os custos entre os dep.
suporte
Método step-down: considera uma imputação parcial
dos custos entre dep. Suporte. Primeiro imputam-se
os custos do dep. suporte que mais custos dá aos
restantes dep. suporte. Depois imputam-se os custos
ao dep. operacional.
Método recíproco: considera todos os custos entre os
dep. suporte
202
Contabilidade
Políticas de qualidade
Objectivo a atingir em qualquer empresa de sucesso
O que é a qualidade ??
203
Contabilidade
Custos de qualidade
Custos de não responder aos requisitos do cliente
§ Redução de custos
§ Aumento de vendas
205
Contabilidade
Pontos de inspecção
O quê e onde inspeccionar ?
• Identificar os aspectos mais importantes da qualidade (ter em conta
requisitos dos clientes)
• Matérias-primas
• Processo
• Produto Final
206
Contabilidade
Pontos de inspecção
Matérias-Primas: garantir a qualidade dos “Inputs”
207
Contabilidade
Pontos de inspecção
208
Princípios para implementar a qualidade total
209
Os cinco grandes princípios da qualidade total:
210
Benefícios:
211
Diferenças entre controlo de qualidade e
qualidade total
Anos 60 e 70 – CONTROLO DE QUALIDADE Anos 90 – QUALIDADE TOTAL
212
Características dos dois tipos de gestão na análise
do cliente
213
Características dos dois tipos de gestão na análise
no processo de produção
A produção está hierarquicamente estruturada com A produção é um processo baseado na relação entre
fornecedores externos, gestores, trabalhadores, o fornecedor e o cliente.
clientes externos.
Dar ênfase à velocidade e flexibilidade Dar ênfase à velocidade e flexibilidade
Aperfeiçoamento é importante mas por vezes difícil Acredita na avaliação constante com vista ao
de avaliar aperfeiçoamento
214
Gráfico de Pareto
O gráfico de Pareto é
um histograma onde
se pode visualizar,
com facilidade, a
importância de cada
classe de uma
variável expressa no
eixo X.
Este procedimento é
uma das ferramentas
estatísticas básicas
para a gestão de
processos .
215
Gráfico de Controle de Qualidade
Gráfico c
DEFEITO POR AMOSTRA
Gráfico c
216
FLUXOGRAMA
217
Gráficos de Dispersão
218
Folha de Verificação
Ocorrências
Problema
Segunda Terça Quarta Quinta Sexta
Falta de Papel
Cópias muito claras
Falta de Toner
Separador não funciona
Alimentador de documentos
Alimentação de transparências
Outros: A copiadora parou
Painel confuso
Copiadora sem energia
219
HISTOGRAMA
Freq
Frequ Inter Inter
uênci
ência valo valo
a
50 a 43 a
56 2 49 2
57 a 50 a
63 4 56 7
64 a 57 a
70 4 63 5
71 a 64 a
77 1 70 1
78 a
84 2
85 a
91 2
220
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
DE ISHIKASWA (espinha de peixe)
Os M’s:
Mão de obra
Método
Material
Máquina
Meio ambiente
Medição
"Management"
(gestão)
4Ps:
políticas
Procedimentos
Pessoal
Planta
221
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
DE ISHIKASWA (espinha de peixe)
222
Contabilidade
Valorização do PA
Métodos de valorização do produto acabado:
Custeio por obra (job costing):
• Utiliza-se quando a produção é diversificada (descontínua) e
cada produto ou lote de produtos é distinguível dos outros
(ex: construção naval e aeronáutica, construção civil, ind.
Móveis, reparação automóvel, serviços de consultora,...)
Custeio por processo (process costing):
• Utiliza-se quando se produzem grandes quantidades de
produtos iguais, de forma contínua, através de várias fases
de fabrico (ex: produção industrial, química, farmacêutica,
pasta de papel, refinarias ...)
Custeio Híbrido:
• quando se utilizam os dois métodos anteriores
223
Contabilidade
Valorização do PA
Custeio por obra: neste método, os vários custos de
produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as
respectivas obras (ordens de produção). No final da obra,
somam-se todos os custos incorridos e divide-se pelo nº de
produtos acabados, obtendo-se assim o custo unitário de
produção. O objecto de custo é o produto ou obra.
Custeio por processo: neste método, os vários custos
de produção (MP+MOD+GGF) vão-se apurando consoante as
respectivas fases de produção (processos). No final de cada fase,
os custos já incorridos são transferidos para a fase seguinte até
que todas as fases de produção estejam concluídas. No final,
divide-se os custos de produção assim calculados pelo nº de
produtos acabados, obtendo-se o custo unitário de produção. O
objecto de custo é o processo.
224
Contabilidade
Custeio por obra vs custeio por processo
Obra 100
Materiais directos
Mão-de-obra directa Obra 101 Produtos acabados Custos prod. vendidos
Gastos Gerais
Obra 102
Produtos acabados Custos prod. vendidos
Unidades em Produção
Obra 100
xx xx xx xx
xx xx
Processo A
Materiais directos
Mão-de-obra directa Processo B
Gastos Gerais
226
Contabilidade
Custeio por obra
Imputação dos GGF às obras:
Quotas teóricas: orçamentam-se os GGF do ano e
quantidade de Horas MOD ou HMáquina (ou outra
quantidade que corresponda à base de repartição
escolhida). A quota será o quociente entre GGF
orçamentados e a base de repartição orçamentada.
A imputação dos GGF corresponderá ao produto
entre a quantidade real da base de repartição de
cada obra pela quota teórica pré calculada.
227
Contabilidade
Custeio por obra
Exemplo de imputação GGF com quotas teóricas:
• GGF orçamentados=90 000
• Custo MOD orçamentado=60 000
• GGF incorridos=100 000
• Custos MOD incorridos=64 000
Quota teórica de imputação com base nos custos de
MOD = 90 000/60 000=1,5
GGF a imputar = 1,5*64 000=96 000
Diferença de imputação 100 000-96 000=4 000 a ser
levada ao Custo do Produto Vendido
228
Contabilidade
Custeio por processo
Custeio por processo:
Requer cálculo de custos por fases de produção
A cada fase de produção devem ser atribuídos os
seus custos directos com materiais e mão de obra
Os custos indirectos (materiais, mão de obra e
gastos gerais de fabrico), serão imputados a cada
fase através da taxa de imputação pré-determinada
229
Contabilidade
Custeio por processo
230
Contabilidade
Custeio por processo
Unidades Equivalentes: é o valor da relação
entre os custos já imputados para ter o
produto no estado em que se encontra e os
custos necessários para o produto estar
acabado
O grau de acabamento que se calcula respeita
ao grau de acabamento médio de todos os
PVF, calculados factor a factor (MP, MOD e
GGF)
231
Contabilidade
Custeio por processo
Custo Médio: por este método os
produtos acabados (PA) e as existências
finais em curso (PVFf) são valorizadas
ao custo médio de cada unidade
equivalente. O custo médio calcula-se
dividindo o somatório do custo dos PVFi
e os custos de produção do período pelo
somatório das respectivas unidades
equivalentes.
232
Contabilidade
Custeio por processo
234
Contabilidade
Produção conjunta
Custos de produção conjuntos: são os custos incorridos na
produção de 2 ou mais produtos, que só podem ser produzidos
conjuntamente (produtos conjuntos) até ao ponto de separação.
Produtos conjuntos são 2 ou mais produtos que têm valor
significativo de venda e não são possíveis de identificação
individual até ao ponto de separação (split off point).
Ponto de separação: é o momento no processo de fabrico a
partir do qual os produtos já se podem identificar
individualmente. Os custos incorridos a partir do ponto de
separação já se podem afectar a cada produto individualmente
(custos disjuntos, por oposição a custos conjuntos).
235
Contabilidade
Produção conjunta
Coprodutos: São os produtos principais que se
obtêm da produção conjunta.
Sub-produtos: são os produtos que também se
obtêm da produção conjunta mas que têm um valor
muito inferior relativamente aos produtos principais
Desperdícios ou resíduos: São os sub-produtos que
não têm qualquer valor comercial.
Semi-produtos: São produtos que após o ponto de
separação ainda necessitam de processamento para
se transformarem em produtos acabados
236
Contabilidade
Produção conjunta
Métodos para valorizar a produção conjunta
Unidades físicas no ponto de separação
Valor das vendas no ponto de separação
Preço de Venda Relativo
Margem Bruta
Margem Bruta Constante
237
Contabilidade
Produção conjunta
Unidades físicas no ponto de separação: por este
critério os custos conjuntos são repartidos em função
das quantidades produzidas
Ex: Uma empresa produz os produtos A, B e C
Custos (€): Produção 960Kg: O custo de cada produto:
MP 46 600 A 100
57 600 = 60€
MOD 4 800 B 500
960
GGF 6 200 C 360
Total 57 600 Total 960 + custo do
processamento
adicional
238
Contabilidade
Produção conjunta
Valor das vendas no ponto de separação:
Preço de venda relativo: o custo é repartido com
base na importância de cada produto em termos do
valor das vendas
Margem Bruta: o custo é repartido em função da
margem bruta de cada produto relativamente à margem
bruta total
Margem Bruta Constante: o custo é repartido em
função da manutenção da mesma margem bruta para
os vários produtos
239
Contabilidade
Produção conjunta
Exemplo:Uma empresa fabrica dois produtos A e B. O
custo conjunto é 1 000€ e o valor das vendas no
ponto de separação é de 1€ para A e 1,5€ para B. No
ponto de separação obtêm-se 750 Kg de A e 250 Kg
de B, ambos produtos semiacabados. Para obter os
produtos finais é necessário processar adicionalmente
cada um, sendo os custos de processamento
específico de 375€ para obtenção de 600Kg de A e
350€ para obtenção de 200Kg de B. O preço de venda
dos produtos finais A e B é, respectivamente, de
2,5€/Kg e 3,5€Kg. Reparta os custos conjuntos pelos
3 métodos.
240