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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

DISTAL 7ª Edição, Turma C

Transtorno de Défice de Atenção/ Hiperactividade

DIAGNÓSTICO, AVALIAÇÃO E INTERVENÇÃO EM EDUCAÇÃO ESPECIAL

Docente: Professor Doutor Horácio Saraiva

Trabalho realizado por:

Cândida Pinheiro, nº 7502


Maria do Céu Ferreira, n.º 7531
Sofia Alves, n.º 7392
Vasco Pinheiro, n.º 7455
Ponta Delgada
14 de Setembro de 2011
Transtorno de Défice de Atenção/ Hiperactividade

Várias designações:

TDAH (Transtorno de Défice de


Atenção/Hiperactividade);

PHDA (Perturbação de Hiperactividade e Défice de


Atenção);

DDAH (Desordem por Défice de Atenção com Atenção);


Hiperactividade);

THDA (Transtorno Hiperactivo e de Défice de Atenção);


Transtorno de Défice de Atenção/
Hiperactividade

 Fourth Edition of the Diagnostic and Statistical Manual


for Mental Disorders (DSM-IV TR) de 2002:

 “Desordem por Défice de Atenção /Hiperactividade,


tipo predominantemente caracterizado pela
desatenção;”

 “Desordem por Défice de Atenção /Hiperactividade,


tipo predominantemente caracterizado pela
hiperactividade – impulsividade;”

 “Desordem por Défice de Atenção /Hiperactividade,


tipo misto.”
Transtorno de Défice de Atenção/ Hiperactividade

Still salienta:

- “deficiência do controlo mental”;


- baixos níveis de “inibição volitiva” e de atenção;
- agressividade, hiperactividade e, como problemas
associados, a desonestidade, a crueldade, a
desobediência sistemática e problemas de aprendizagem
escolar”

(Lopes, 2004:16)
Transtorno de Défice de Atenção/
Hiperactividade
Definição:
Patologia do foro neuro-biológico,
possivelmente associada a uma lesão
cerebral mínima.
Vallet (1980) refere que
“Hiperactividade é um termo que
descreve um conjunto de transtornos
característicos. É frequente nas
crianças que apresentam alterações nas
aprendizagens e emoções associadas”.
Diagnóstico:
São características do TDAH, as seguintes:
- Irrequietude;
- desorganização;
- a irresponsabilidade;
- agitação;
- dificuldades de relacionamento social;
- falta de resiliência;
- preguiça.
Lopes (2004:22)
Características Primárias
 Desatenção
 Impulsividade
 Hiperactividade
 Desatenção

A atenção de uma criança com esta


perturbação afasta-se facilmente, com
estímulos irrelevantes, da tarefa que está
a realizar.

A criança tem problemas em orientar a


sua atenção de acordo com um processo
organizado de prioridades a conceder aos
estímulos que o meio lhe vai fornecendo.
Diagnóstico - Défice de atenção
Segundo o DSM-IV, são demonstradores de falta de
atenção, a qual ganhará características patológicas se,
com frequência, forem verificados pelo menos seis deles:

 “Não dedicar atenção satisfatória aos pormenores ou


cometer erros por descuido nas tarefas escolares, nos
trabalhos ou noutras actividades lúdicas.
 Ter dificuldade em manter a atenção em tarefas ou
actividades.
 Parecer não ouvir quando se lhe dirigem directamente.
 Não seguir as instruções e não terminar os trabalhos
escolares ou outras tarefas.
 Ter dificuldade em organizar-se.
 Evitar as tarefas que requerem esforço mental continuado.
 Perder objectos essenciais a tarefas ou actividades que terá
de realizar.
 Distrair-se facilmente com estímulos irrelevantes.
 Esquecer-se com frequência de actividades quotidianas ou
de algumas rotinas.”
Impulsividade

A impulsividade reside na dificuldade de inibir o


comportamento em resposta das exigências
situacionais e tem uma natureza
multidimensional.
Hiperactividade
-Dificuldade no controlo da movimentação do corpo;

- desmesurada actividade motora;

- indispensabilidade de estar em constante movimento.


Diagnóstico - Hiperactividade
Segundo o DSM-IV TR, uma criança hiperactiva deverá apresentar
persistentemente os seguintes sintomas:

 Mover excessivamente as mãos e os pés e mover-se quando está


sentado.

 Erguer-se na sala ou noutras situações em que se espera que esteja


sentado.

 Correr ou saltear excessivamente em situações em que é inadequado


fazê-lo.

 Ter embaraço para se dedicar tranquilamente a um jogo.

 Agir como se andasse ligado a um motor.

 Falar em descomedimento.
Perspectiva histórica
Meyer, (1904) & Still, (1902) (cit. in Lopes, 2004)
afirmam que os primeiros estudo sobre crianças com
comportamentos desafiantes datam do final do século
XIX e início do século XX.

Ao longo dos tempos o TDAH já conheceu vários


adjectivos para descrever os mesmos sinais e
sintomas, sendo eles a Lesão Cerebral Mínima,
Disfunção Cerebral Mínima, Reacção Hipercinética da
Infância ou ainda Distúrbio de Défice de Atenção.

Em 1902, George Fredick Still foi talvez o primeiro a


descrever crianças portadoras de “…defeitos mórbidos
do controlo moral…”
Prevalência
 Sexo:

Mattos e Rohde (2003) levaram a cabo testes neurológicos e


psiconeurológicos que demonstraram que o TDAH é mais
frequente no sexo masculino. Para além disso, as meninas
com este transtorno tendem a mostrar-se menos agressivas
e impulsivas.

Segundo a OMS, 80 a 90% dos casos são diagnosticados em


rapazes.

 Faixa etária:

Segundo os autores supra referidos, há uma maior prevalência


deste transtorno na faixa estária dos sete aos catorze anos e,
segundo os estudos actuais, cerca de 60 a 70% dos casos de TDAH
mantêm-se na idade adulta.
Causas
- Controvérsia sobre a possível origem deste
transtorno. Na maior parte dos casos, a causa
específica do TDAH é frequentemente indetectável e
permanece inexplicada.
- Estudos mais específicos a partir dos anos 80.
- Barckley (2002) salienta que “ o TDAH tem enfocado
transtornos cerebrais – lesões cerebrais ou
desenvolvimento cerebral anormal”.
- Factores bioquímicos, cerebrais, genéticos ou
psicossociais poderão estar na base do transtorno,
sendo que o mesmo pode ser transmitido de uma
geração para outra ou exacerbado por factores
ambientais.
Causas
 genéticas – familiares com problemas psicológicos, tais
como depressão, alcoolismo, perturbações de personalidade,
entre outros transtornos que podem ser herdados pela
criança e influenciar o seu comportamento;

 cerebrais – imaturidade no desenvolvimento cerebral ou


deficiência no mecanismo de dopamina (um
neurotransmissor relacionado com a inibição comportamental
e auto-controle);

 ambientais – consumo de álcool e substâncias tóxicas


durante a gravidez, bem como a exposição ao chumbo;

 psicossociais – ambiente familiar adverso, elevados níveis


de stress, comportamentos parentais negativos, exposição à
criminalidade, baixo estatuto socioeconómico, etc.
A Criança com TDAH na Escola

Crianças com este transtorno, apesar das


dificuldades de concentração, apresentam
muitas vezes uma inteligência igual ou
superior à média. Um dos seus maiores
obstáculos é muitas vezes o
relacionamento com os outros e a
adaptação ao meio escolar.
A Criança com TDAH na Escola
 A criança com TDAH apresenta como principais características as
seguintes:

 não conseguir estar quieta por muito tempo;


 falar muito e rapidamente em situações inoportunas, interrompendo
muitas vezes o seu interlocutor;
 não conseguir acabar uma tarefa, precipitando-se logo para outra;
 agir impulsivamente, provocando, por vezes, acidentes, partindo
objectos, etc.;
 responder antes de ouvir a questão;
 ser intolerante;
 estar em estado de permanente observação do que a rodeia, distraindo-
se, portanto, muitas vezes;
 discutir e provocar muitas vezes com as figuras de autoridade.
Dificuldades – Características Secundárias
- a nível cognitivo:
 dificuldade em organizar e planificar uma actividade;
 possíveis lacunas no nível de inteligência e na memória;
 atrasos na aprendizagem da linguagem, matemática, leitura e produção
escrita.

- a nível linguístico:
 dificuldades na fala;
 atrasos na aquisição e desenvolvimento da linguagem;
 o falar em excesso;
 problemas na organização e expressão das suas ideias, bem como na
argumentação;
 dificuldades no auto-controle do seu comportamento.

- ao nível da adaptação:
 dificuldades na sociabilização e adaptação a contextos situacionais
diferentes.

- ao nível do desenvolvimento motor:


 lentidão nos movimentos da praxia global;
 dificuldades na coordenação motora e movimentos globais;
 atraso no desenvolvimento da motricidade global e fina.
-a nível emocional:
•dificuldade em controlar as suas emoções;
•intolerância à frustação.

- a nível académico:
•baixo rendimento escolar;
•possíveis retenções;
•comportamentos inadequados ao contexto de sala de aula.

- ao nível da realização de tarefas:


•desmotivação e falta de persistência;
•dificuldade em terminar uma tarefa, precipitando-se logo para outra;
•baixo rendimento;
•dificuldades de concentração;
•dificuldades em aceitar os tempos de espera;
•menor rendimento quando não há reforço.

- ao nível da saúde:
•problemas de sono e dificuldade em adormecer;
•atraso no crescimento;
•maior propensão para acidentes.
A Avaliação do TDAH
 Deve ter em conta os seguintes factores:

 estado clínico da criança;


 nível intelectual e rendimento académico;
 factores biológicos;
 condições sociais e familiares;
 influência do quadro escolar.
Procedimentos de Avaliação
 1. entrevista com a criança e com os pais,
realizada por um psicólogo, ou profissional da
área;

 2. exames médicos, quando necessários;

 3. preenchimento de um questionário pelos pais;

 4. entrevistas com os professores ou o Director


de Turma;

 5. observação directa dos comportamentos da


criança em diferentes contextos situacionais.

Lopes (2004)
Intervenção
acompanhamento médico;
 planeamento educacional;
 modificação de comportamento;
 aconselhamento psicológico.

Farmacologia
 Uso de psicoestimulantes,
antidepressivos, agonistas alfa 2 centrais,
agentes colinérgicos.
Intervenção em contexto escolar
1. Observação;
2. Avaliação directa – determinar as alterações que o aluno
desenvolve, quer a nível motor, quer a nível perceptivo;
3. Obter ajuda de um psicólogo;
4. Atitude e conduta positivas;
5. Planificação das aulas segundo as dificuldades de aprendizagem;
6. Sessões terapêuticas;
7. Exercício físico e entretenimento;
8. Entretenimento e inibição perceptivo-muscular;
9. Entretenimento na atenção e concentração.
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