Programa de Pós-Graduação em Produção Vegetal

(PPGPV)

INFLUÊNCIA DA TEMPERATURA NO FLORESCIMENTO DO CAFEEIRO

ANARELLY COSTA; JOAB PEDROSA; VANESSA BARROS

Alegre- ES
INTRODUÇÃO

MORFOFISIOLÓGICOS E BIOQUÍMICOS

TEMPERATURA

FOTOPERÍODO SUPRIMENTO DE ÁGUA

 AUSÊNCIA DE SINCRONIA
INTRODUÇÃO
FLORAL

COMPORTAMENTO NÃO UNIFORME DOS BOTÕES

FENOLÓGICO FLORAIS

EVENTOS DE FLORAÇÃO
ANTESE EM TEMPOS
DISTINTOS IDENTIFICADA
(ÚNICO RAMO OU NÓ)

NÍVEIS DE DESENVOLVIMENTO
EM CONJUNTO COM FLORES

MATURAÇÃO DESUNIFORME DOS

GEMAS FLORAIS
FRUTOS
 INTRODUÇÃO

DURANTE TODAS AS FASES FENOLÓGICAS DO CAFEEIRO, O CLIMA EXERCE GRANDE

INFLUÊNCIA SOBRE A INCIDÊNCIA DE PRAGAS E DOENÇAS E, CONSEQUENTEMENTE,
ATUA SOBRE A PRODUTIVIDADE DO CAFEEIRO E A QUALIDADE DA BEBIDA.

ADVERSIDADES CLIMÁTICAS

ACENTUADA DEFICIÊNCIA HÍDRICA EXTREMOS DE TEMPERATURA DO AR

 EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE A INICIAÇÃO FLORAL

A TEMPERATURA DO AR É UM DOS FATORES MAIS ESTUDADOS CONSIDERANDO A

RELAÇÃO CLIMA-PLANTA, POIS EXERCE FORTE INFLUÊNCIA NOS PROCESSOS
FISIOLÓGICOS DAS PLANTAS, INTERFERINDO EM TODO CICLO.

UNIDADES TÉRMICAS
FERRAMENTAS OU

GRAUS-DIA

TEMPERATURAS NOTURNAS PARECEM SER

ZAMBOLIM (2000) MAIS IMPORTANTES QUE TEMPERATURAS
DIURNAS PARA A INICIAÇÃO FLORAL.
 EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE A INICIAÇÃO FLORAL

TEMPERATURAS NOTURNAS BAIXAS PODEM

PREJUDICAR A INICIAÇÃO FLORAL, MEDIANTE
(DAMATTA; RAMALHO, SEU EFEITO NO PROCESSO DE DIVISÃO E
2006).
DIFERENCIAÇÃO CELULAR E/OU
INDIRETAMENTE PELA REDUÇÃO NAS
RESERVAS E CARBOIDRATOS DA PLANTA.

OBSERVARAM QUE, EM CONDIÇÕES

FAVORÁVEIS DE TEMPERATURA, PLANTAS
THOMAZIELLO et al. DE CAFÉ TORNAM-SE MAIS VIGOROSAS E
(2000)
DESENVOLVEM MAIOR NÚMERO DE
GEMAS POR NÓ PRODUTIVO.
 EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE A INICIAÇÃO FLORAL
Temperaturas acima do ótimo para o
cafeeiro, causam vários tipos de
Segundo Camargo e
Camargo (2001), desordens metabólicas, dentre essas
baixas taxas de polinização, formação
floral anormal (flores-estrelas) entre
outras desordens fisiológicas

Observa-se queda na produtividade do café, em

decorrência da floração coincidir com períodos de altas
temperaturas. No entanto, esse efeito negativo pode variar
de acordo com a intensidade do aumento da temperatura,
bem como o tempo de permanência, em dias (ASSAD e
PINTO, 2001).
 EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE A INICIAÇÃO FLORAL

Nas regiões cafeeiras do Brasil, a

RENA & MAESTRI iniciação floral se acentua com a
(1985) entrada da estação seca em abril, ou
seja, quando as plantas começam a
sofrer estresse hídrico. Na mesma
época coincide com a diminuição
das temperaturas.
 FASES DO PROCESSO DE FLORAÇÃO

DE ACORDO COM GOUVEIA (1984) O FENÔMENO DE FLORESCIMENTO DO

CAFEEIRO É UM PROCESSO COMPLEXO, DEVIDO AS GEMAS FLORAIS, APÓS
ALCANÇAREM UM TAMANHO DEFINIDO, ENTRAM EM REPOUSO PARA
POSTERIORMENTE INICIAR A ANTESE.

SEGUNDO THOMAZIELLO ET AL. (2000), O CAFEEIRO

APRESENTA UM ÚNICO CICLO ANUAL DE CRESCIMENTO E
FRUTIFICAÇÃO.
FASES DO PROCESSO DE FLORAÇÃO

RENA E BARROS
(2004)

DIVIDIDA EM QUATRO FASES DISTINTAS:

(I) INICIAÇÃO FLORAL;

(II) DIFERENCIAÇÃO;

(III) PERÍODO DE DORMÊNCIA DO BOTÃO FLORAL;

(IV) ABERTURA DA FLOR (ANTESE).

 INICIAÇÃO FLORAL

DE ACORDO COM KRAJEWSKI E RABE (1995) A INICIAÇÃO FLORAL PODE SER

ENTENDIDA COMO UM EVENTO QUE ATIVA PROCESSOS, POSSIBILITANDO QUE
A PLANTA ESTEJA APTA PARA O FLORESCIMENTO.
DIFERENCIAÇÃO FLORAL

WINTGENS (2004):
 HORMÔNIOS VEGETAIS;
 FOTOPERIODISMO;
 QUEDA DE TEMPERATURA DO AR.
 PERÍODO DE DORMÊNCIA DO BOTÃO FLORAL

O PERÍODO DE DORMÊNCIA OCORRE DURANTE A ESTAÇÃO SECA,

COINCIDINDO COM UM BAIXO CRESCIMENTO VEGETATIVO, PODENDO DURAR
SEMANAS OU MESES, DEPENDENDO DAS CONDIÇÕES AMBIENTAIS.

IRRIGAÇÃO

INIBIDORES

ÁCIDO ABSCÍSICO
 ABERTURA DA FLOR (ANTESE).

APÓS A OCORRÊNCIA DE CHUVAS SUFICIENTES PARA A ANTESE, O NÚMERO DE

FLORES NORMAIS ABERTAS ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADO COM O DE FOLHAS
POR NÓ E POR RAMO, COM A RESERVA DE AMIDO DO LENHO DOS RAMOS E COM
AS CONDIÇÕES GERAIS DA PLANTA (THOMAZIELLO ET AL. 2000).

SECA PROLONGADO

CHUVAS INSUFICIENTE

TEMPERATURA
EXTREMAS

REGULADORES DE
CRESCIMENTO
ESPECIFICIDADE DO Coffea Arabica L.
 ESPECIFICIDADE DO Coffea Arabica L.

O COFFEA ARABICA L. É UMA ESPÉCIE TROPICAL DE FLORAÇÃO GREGÁRIA, OU

SEJA, TODAS AS PLANTAS, NUMA CERTA EXTENSÃO GEOGRÁFICA, FLORESCEM
SIMULTANEAMENTE, COM SURTOS DE FLORADAS VARIÁVEIS, DESDE POUCOS,
NAS REGIÕES CAFEEIRAS DE LATITUDES MÉDIAS, COM ÉPOCA SECA BEM DEFINIDA
(BRASIL), ATÉ VÁRIOS AO LONGO DO ANO, EM REGIÕES EQUATORIAIS CHUVOSAS.

(Guimarães e Mendes,
1996)
 ESPECIFICIDADE DO Coffea Arabica L.

AS CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS AFETAM FORTEMENTE OS ESTÁDIOS

FENOLÓGICOS DO CAFEEIRO ARÁBICA (PICINI ET AL., 1999).

AMARELECIMENTO DAS FOLHAS E ATÉ À

TEMPERATURAS ACIMA REDUÇÃO DO CRESCIMENTO
DE 30ºC (DAMATTA; RAMALHO, 2006).

FAVORÁVEL PARA A SINCRONIZAÇÃO DA

10ºC FLORADA
 ESPECIFICIDADE DO Coffea Arabica L.
MEIRELES, 2008.

SE CULTIVADO EM ÁREAS COM TEMPERATURAS MÉDIAS ANUAIS ACIMA DE 23 °C, O

DESENVOLVIMENTO E A MATURAÇÃO DOS FRUTOS SÃO ACELERADOS,
ACARRETANDO PERDAS NA QUALIDADE DO PRODUTO FINAL.

AS FOLHAGENS DOS CAFEEIROS SÃO

30 °C (PROLONGADOS) DANIFICADAS POR ESCALDADURAS (DAMATTA;

RENA, 2002).

PODEM OCASIONAR ABORTAMENTO DOS

BOTÕES FLORAIS, REDUZINDO SEU VIGAMENTO
FASE DE FLORESCIMENTO E NÃO PRODUZINDO FRUTOS (CAMARGO,
1985).
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ESPECIFICIDADES CAFEEIRO CONILON (Coffea canephora)

ESPECIFICIDADES CAFEEIRO CONILON (Coffea canephora)

REGIÕES QUENTES

ALTITUDE ABAIXO
22 A 26ºC CONILON / ES
DE 400-500M

REGIÃO
NORTE/NOROESTE
(77%) E NO SUL
(11%)
 ESPECIFICIDADES CAFEEIRO CONILON (Coffea canephora)

(BUNN et al., 2015).

AUMENTO DE TEMPERATURA SEJA UM DOS FATORES IMPORTANTES NA ATUAÇÃO DA

PRODUÇÃO DE CAFÉ CONILON NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO.

PODE, POR OUTRO LADO, ELEVAR A

AUMENTO DA DEMANDA EVAPORATIVA (AUMENTO DO
TEMPERATURA DO AR DÉFICIT DE PRESSÃO DE VAPOR DO AR -
DPV),

FECHAMENTO DECRÉSCIMO DA TAXA

ESTOMÁTICO DE FOTOSSÍNTESE
LÍQUIDA
 ESPECIFICIDADES CAFEEIRO CONILON (Coffea canephora)

(RODRIGUES et al., 2016).

CONTUDO, SE A DISPONIBILIDADE HÍDRICA FOR ADEQUADA E O DPV DO AR FOR

MANTIDO RELATIVAMENTE BAIXO, O CAFEEIRO CONILON PODE APRESENTAR TAXAS
FOTOSSINTÉTICAS INALTERADAS ATÉ 37 ºC, REVELANDO UMA BOA TOLERÂNCIA A
TEMPERATURAS SUPRA-ÓTIMAS.

MICROCLIMA
CONSORCIAÇÃO DO CAFEEIRO COM ESPÉCIES
ARBÓREAS

TEMPERATURA IRRADIÂNCIA UMIDADE RELATIVA DO

AR
 CONSIDERAÇÕES FINAIS

DIANTE DO EXPOSTO, PRESUME-SE QUE HÁ EVIDÊNCIA, SUFICIENTES, QUE

VARIAÇÕES DE TEMPERATURA PODEM INFLUENCIAR NO FLORESCIMENTO DO

CAFEEIRO, AFETANDO TODAS AS FASES DESSE PROCESSO. NO ENTANTO, OUTROS

FATORES EDAFOCLIMÁTICOS PODEM ESTAR ASSOCIADOS, PRINCIPALMENTE NO

QUE REFERE ÀS ALTERAÇÕES NO ESTADO HÍDRICO DAS PLANTAS DE CAFÉ.

 CONSIDERAÇÕES FINAIS

ASSIM, EM RELAÇÃO ÀS ATUAIS PROJEÇÕES DE AQUECIMENTO GLOBAL TORNA-SE

NECESSÁRIOS A REALIZAÇÃO DE MAIS ESTUDOS, QUE AVALIEM DE FORMA

ISOLADA OS EFEITOS DA TEMPERATURA SOBRE O FLORESCIMENTO DO CAFEEIRO

ARÁBICA E CONILON.