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SISTEMA

INTERAMERICANO DE
DIREITOS HUMANOS
• A Organização dos Estados Americanos é o mais antigo
organismo regional do mundo.
• Foi fundada em 1948 com a assinatura, em Bogotá, Colômbia,
da Carta da OEA que entrou em vigor em dezembro de 1951.
• São pilares da OEA: democracia, direitos humanos, segurança e
desenvolvimento.

Artigo 4 da Carta da OEA


São membros da Organização todos os Estados americanos que
ratificarem a presente Carta.
*Hoje, a OEA congrega os 35 Estados independentes das
Américas e constitui o principal fórum governamental político,
jurídico e social do Hemisfério.
Membros da OEA
Países Membros originais (21):
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba,
Equador, El Salvador, Estados Unidos da América, Guatemala, Haiti,
Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República
Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Países que se tornaram Membros posteriormente:


Barbados, Trinidad e Tobago (1967), Jamaica (1969), Grenada
(1975), Suriname (1977), Dominica, Santa Lúcia (1979), Antígua e
Barbuda, São Vicente e Granadinas (1981), Bahamas (1982), St.
Kitts e Nevis (1984), Canadá (1990), Belize, Guiana (1991).
Órgãos da OEA
Artigo 53 da Carta da OEA: A Organização dos Estados
Americanos realiza os seus fins por intermédio:
a) Da Assembleia Geral;
b) Da Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores;
c) Dos Conselhos (Conselho Permanente da Organização e
Conselho Interamericano de Desenvolvimento Integral);
d) Da Comissão Interamericana de Direitos Humanos;
e) Da Corte Jurídica Interamericana;
f) Da Secretaria Geral;
g) Das Conferências Especializadas; e
h) Dos Organismos Especializados.
COMISSÃO INTERAMERICANA DE
DIREITOS HUMANOS - CIDH
• É o órgão da OEA dedicado à promoção e à proteção dos
Direitos Humano no continente americano. Tem sede em
Washington/EUA e é composta por 07 membros.

• Seus membros devem ser pessoas da mais elevada


autoridade moral, e reconhecido saber jurídico em Direitos
Humanos (o atual brasileiro é a Flavia Piovesan).

• NÃO podem compor a Comissão mais de um nacional de um


mesmo Estado.
• “A CIDH realiza seu trabalho com base em 3 pilares:
- a atenção a linhas temáticas prioritárias
- o Sistema de Petição Individual;
- o monitoramento da situação dos direitos humanos nos Estados
Membros (inclusive com investigações in loco*)”.

*OBS: ao promulgar, via Decreto 678/92, o Pacto de São José da


Costa Rica, o Brasil fez a seguinte reserva:
Art. 2° Ao depositar a carta de adesão a esse ato internacional, em
25 de setembro de 1992, o Governo brasileiro fez a seguinte
declaração interpretativa: "O Governo do Brasil entende que os
arts. 43 e 48, alínea d, não incluem o direito automático de visitas
e inspeções in loco da Comissão Interamericana de Direitos
Humanos, as quais dependerão da anuência expressa do Estado".
Requisitos de admissibilidade das petições e comunicações
individuais:

• Ter sido interposto e esgotados os recursos de jurisdição


interna. (OBS: essa exigência é dispensada em caso de demora
injustificada na decisão);
• A petição ou a comunicação tem que ser apresentada à CIDH
no prazo de 6 meses a partir da intimação da decisão definitiva
da jurisdição interna;
• A matéria não pode estar pendente de outra solução
internacional (sem litispendência internacional);
• A petição não pode ser anônima devendo conter a qualificação
da pessoa (a confidencialidade será mantida).
(a petição não tem custo, nem necessidade de advogado)
Meios de Envio da Petição
- Pode ser apresentada pessoalmente ou enviada por uma das
seguintes formas:
• e-mail: <cidhdenuncias@oas.org>
• formulário eletrônico: <www.cidh.org> (redação e
retransmissão da petição)
• fax: + 1 (202) 456-3993 ou 6215
• Correios: Comissão Interamericana de Direitos
Humanos. 1889 F. Street, N. W. Washington, D.C. 20006, Estados
Unidos
Maria da Penha na CIDH
Em1983, o marido de Maria a deixou paraplégica, com um tiro, e,
dias depois, tentou eletrocutá-la.
Depois disso, Maria da Penha conseguiu contato com o Centro
para a Justiça e o Direito Internacional (CEJIL) e com o Comitê
Latino-Americano do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher
(CLADEM). Ambos encaminharam, em 1998, à Comissão Inter-
americana de Direitos Humanos, uma petição individual contra o
Estado brasileiro, sobre a tolerância do Estado à violência
doméstica por ela sofrida.
O marido de Maria ficou livre por mais de 18 anos, e foi preso
somente em 2002 (6 meses antes da prescrição), tendo cumprido
1/3 da pena em regime fechado.
Informe 54/2001 – Maria da Penha
Informe 54/2001, Caso 12.051, em que a CIDH apreciou o caso: “A
Comissão concluiu que houve um padrão discriminatório a
respeito da tolerância de violência doméstica contra as mulheres
no Brasil por ineficácia de ação judicial, recomendando ao Brasil
que envide uma investigação séria, imparcial e exaustiva para
determinar a responsabilidade penal do autor do delito, bem
como para determinar se há outros fatos ou ações de agentes
estatais que tenham impedido o processamento rápido e efetivo
do responsável; recomenda também a reparação efetiva e rápida
da vítima, assim como a adoção de medidas, em âmbito nacional,
para eliminar essa tolerância estatal frente à violência doméstica
contra mulheres.”
Reflexos Maria da Penha
- A Comissão Interamericana de Direitos Humanos da
Organização dos Estados Americanos exigiu do nosso governo
um parecer sobre tal evento, porém o parecer nunca foi emitido.
- Em 2001, a Corte condenou internacionalmente o Brasil a
indenizar Maria da Penha em 20 mil dólares, além de
responsabiliza-lo por negligência e omissão em relação à
violência doméstica.
- Em 2006, a Lei 11.340 (Lei Maria da Penha) é promulgada.
A Corte Interamericana de Direitos Humanos já decidiu que a lei da
anistia de 1979, editada pelo Brasil, é manifestamente incompatível
com a Convenção Americana de Direitos Humanos. (CERTA. Segundo
decisão da Corte no caso “Julia Gomes Lund e outros” (caso “Guerrilha
do Araguaia”)
CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS
A corte é o órgão jurisdicional do sistema interamericano.

Artigo 61 - 1. Somente os Estados-partes e a Comissão têm


direito de submeter um caso à decisão da Corte (petições
individuais só na CIDH!!).

Artigo 67 - A sentença da Corte será definitiva e inapelável.


Em caso de divergência sobre o sentido ou alcance da
sentença, a Corte interpretá-la-á, a pedido de qualquer das
partes, desde que o pedido seja apresentado dentro de
noventa dias a partir da data da notificação da sentença.
A competência para receber petições é da Comissão Interamericana de Direitos
Humanos, conforme previsto no artigo 44 da Convenção Americana de Direitos
Humanos:
“Art. 44 - Qualquer pessoa ou grupo de pessoas, ou entidade não-governamental
legalmente reconhecida em um ou mais estados-membros da Organização, pode
apresentar à Comissão petições que contenham denúncias ou queixas de violação
desta Convenção por um Estado-parte.”

Mas, em casos excepcionais, pessoas e organizações não-governamentais podem


solicitar à Corte Interamericana de Direitos Humanos medidas provisórias, em
casos que já estejam sob sua análise. Diz o artigo 63 da Convenção Americana de
Direitos Humanos:

“Art. 63 (...) 2. Em casos de extrema gravidade e urgência, e quando se fizer


necessário evitar danos irreparáveis às pessoas, a Corte, nos assuntos de que
estiver conhecendo, poderá tomar as medidas provisórias que considerar
pertinentes. Se se tratar de assuntos que ainda não estiverem submetidos ao seu
conhecimento, poderá atuar a pedido da Comissão.”
Composição: 07 juízes, nacionais de qualquer dos Estados-
membros da OEA, não podendo haver 02 juízes da mesma
nacionalidade.

- Os juízes são eleitos na Assembleia Geral da OEA.

- O mandato é de 6 anos, admitida 1 recondução.

- Quórum para deliberação: 5 juízes.


Artigo 62 do Pacto de São José da Costa Rica
A Corte tem competência para conhecer de qualquer caso,
relativo à interpretação e aplicação das disposições desta
Convenção, que lhe seja submetido, desde que os Estados-
partes no caso tenham reconhecido a referida competência,
seja por declaração especial, como preveem os incisos
anteriores, seja por convenção especial.

- Ou seja, a competência da corte é FACULTATIVA (não


automática quando da ratificação da carta pelo membro, ao
contrário da ONU).
Principais Instrumentos Normativos da OEA
1) Declaração Americana dos Direitos e Deveres do Homem (1948).
- Tem direitos (cap.01), e também deveres individuais (cap.02).

2) Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Pacto de São José


da Costa Rica, 1969).
- Principal documento normativo da OEA.
- 1º dimensão dos DH  aplicação imediata (art. 5º, §1º da CF).
- Reserva do Brasil sobre inspeções in loco (já visto); Depositário infiel
na CF/88 (ainda neste arquivo); e Jus solis (próximo arquivo).

3) Convenção Americana em Matéria de Direitos Econômicos, Sociais


e Culturais (Protocolo de São Salvador, 1988).
- 2ª dimensão de DH  aplicação progressiva (art. 1º. “[...] até o
máximo dos recursos disponíveis [...]”).
Sobre o Depositário Infiel
- Art. 5º, LXVII CF/88 - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do
responsável pelo inadimplemento voluntário e inescusável de
obrigação alimentícia e a do depositário infiel.

- Em 92, via Decreto 678, promulga-se o Pacto de São José da Costa


Rica, que possui o seguinte texto:
Artigo 7º - Direito à liberdade pessoal.
7. Ninguém deve ser detido por dívidas. Este princípio não limita os
mandados de autoridade judiciária competente expedidos em
virtude de inadimplemento de obrigação alimentar.
"Precedente Representativo: "[...] diante da SUPREMACIA DA CONSTITUIÇÃO
sobre os atos normativos internacionais, a previsão constitucional da prisão
civil do depositário infiel (...) DEIXOU DE TER APLICABILIDADE diante do
EFEITO PARALISANTE DESSES TRATADOS em relação à legislação
infraconstitucional que disciplina a matéria (...). Tendo em vista o caráter
supralegal desses diplomas normativos internacionais, a legislação
infraconstitucional posterior que com eles seja conflitante também tem sua
EFICÁCIA PARALISADA. (...) Enfim, desde a adesão do Brasil, no ano de 1992,
ao PACTO INTERNACIONAL DOS DIREITOS CIVIS E POLÍTICOS (art. 11) e à
CONVENÇÃO AMERICANA SOBRE DIREITOS HUMANOS 'Pacto de San José da
Costa Rica (art. 7º, 7), não há base legal par aplicação da parte final do
art.5º, inciso LXVII, da Constituição, ou seja, para a prisão civil do depositário
infiel." (RE 466343, Voto do Ministro Gilmar Mendes, Tribunal Pleno,
julgamento em 3.12.2008, DJe de 5.6.2009)"
- Resultado  Súmula Vinculante nº 25 (2009): É ilícita a prisão
civil de depositário infiel, qualquer que seja a modalidade de
depósito.

- Razões e argumentos:
- A noção de supralegalidade surge apenas com a EC 45/04.
- Portanto, até esta data, todos os tratados de DH
promulgados seriam constitucionais (voto Celso de Mello).
* Contudo, o único tratado recepcionado segundo o art. 5º,
§3º da CF continua sendo o da pessoa com deficiência.
- Além disso, foi aplicada a noção provinda da Teoria do
Diálogo das Fontes, beneficiando os DH.
ORGANISMOS ESPECIALIZADOS
Há, ainda, outros órgãos na comunidade internacional, mais
especializados em certas áreas.

A) ORGANISMOS VINCULADOS À ONU.


“Essa vinculação, contudo, não induz pensar que tais organismos
são instituições subsidiárias da ONU. Trata-se de vinculação
institucional (formal) apenas, que NÃO retira de tais entidades
sua autonomia, apesar das críticas atualmente existentes, no
sentido de estarem tais organismos cada vez mais politizados.”
(MAZZUOLI, 2015, p.696)
Exs: BIRD; FMI; OMC; OIT; UNESCO; OMS; OPAQ (proibição de armas
químicas); e UNCTAD (comércio e desenvolvimento), dentre várias outras.
2) ORGANIZAÇÃO DO TRATADO DO ATLÂNTICO NORTE (OTAN).
- Criada em 1949, pelo Tratado do Atlântico Norte.
- Não faz parte da ONU, e nem a ela é vinculada.
- Brasil não é membro da OTAN.
- Art. 1º. Reconhece supremacia da Carta da ONU.
1º. As Partes comprometem-se, de acordo com o estabelecido na Carta das Nações
Unidas, a regular por meios pacíficos todas as divergências internacionais em que
possam encontrar-se envolvidas, por forma que não façam perigar a paz e a
segurança internacionais [...].
- Mas no Art. 5º...
Art. 5º. As Partes concordam em que um ataque armado contra uma ou várias delas
na Europa ou na América do Norte será considerado um ataque a todas, e,
consequentemente, concordam em que, cada uma, no exercício do direito de
legítima defesa, individual ou coletiva, reconhecido pelo artigo 51.° da Carta da ONU,
prestará assistência à Parte ou Partes atacadas, praticando sem demora,
individualmente e de acordo com as restantes Partes, a ação que considerar
necessária, inclusive o emprego da força armada, para restaurar e garantir a
segurança na região do Atlântico Norte.
3) ORGANIZAÇÕES REGIONAIS.
- São as já mencionadas Organização dos Estados Americanos
(OEA); União Africana (UA); e Conselho da Europa (CE).

4) ORGANIZAÇÃO SUPRANACIONAL.
“A União Europeia é, atualmente, a única organização
supranacional existente, o que é devido ao fato de estar dotada de
um poder superior ao das autoridades estatais dos seus respectivos
Estados-membros.” (MAZZUOLI, 2015, p.709)

***Não confundir o CE (47 membros, com objetivo de


defender DHs) com a UE (28 membros, com objetivos políticos,
econômicos, jurídicos comuns)!
5) BLOCOS ECONÔMICOS.
5.1) MERCOSUL – Mercado comum do sul
- Criado pelo Tratado de Assunção de 1991.
- Membros efetivos: Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
- Atualmente, a Bolívia está em processo de adesão, e a
Venezuela encontra-se suspensa.

5.2) UNASUL – União de nações sul-americanas.


- Firmado pelo Tratado Constitutivo da Unasul de 2008.
- Todos Estados independentes da América do Sul são membros!
- Só que, em abril de 2018, seis deles (inclusive Brasil)
suspenderam sua participação do bloco.

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