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INCÊNDIO NO PRÉDIO WILTON PAES DE ALMEIDA

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Nome: Wilton Paes de Almeida

Endereço completo: Esquina da Antônio


Godoy com Av. Rio Branco, Largo do
Paissandu, São Paulo.

Ano do projeto: 1961

Construção: entre 1961 e 1968

Arquiteto responsável: Roger Zmekhol


(1928-1976), que era filho de imigrantes
sírios e nasceu em Paris, vindo ainda
criança ao Brasil. Ele foi professor da
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
(FAU) da USP. 5
Característica do edifício: modernista
(estrutura livre, com aço, vidro e
concreto), um dos primeiros da cidade a
ter uma "pele de vidro" na fachada por
adotar uma estratégia arquitetônica de
deslocar para o miolo do prédio para os
banheiros, elevadores, escadas e
infraestrutura hidráulica e elétrica etc.

Número de andares: 24

Área do terreno: 660 metros quadrados

Área construída: 11.083 metros


quadrados
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Detalhes do prédio: Os halls de
circulação geral são tratados com
mármore e aço inoxidável e os pisos de
Ipê, por onde passam canaletas com fios
telefônicos e elétricos, permitindo total
flexibilidade na arquitetura interna.

Tipo do imóvel: edifício Comercial

Tombamento: em 1992, o Conselho


Municipal de Preservação do Patrimônio
Histórico, Cultural e Ambiental de São
Paulo tombou o prédio. Ele foi classificado
como bem de interesse histórico,
arquitetônico, paisagístico ou ambiental.
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O que já funcionou no edifício:
Construído para ser sede da Cia.
Comercial Vidros do Brasil (CVB). Outras
empresas funcionaram ali, até que o
Estado tomou posse em razão de dívidas.
Entre o começo da década de 1980 e
2003, foi sede da Polícia Federal. No
Wilton Paes de Almeida, também
funcionou o INSS. Estava desocupado
desde que a PF se mudou para a sede da
Lapa, em 2003; depois disso, passou ser
ocupado irregularmente.

Quando passou a pertencer à


União: em 17 de setembro de 2002.
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Quando foi colocado à venda: em
fevereiro de 2015, foi lançado um edital
para a venda do prédio; poderiam
participar pessoas físicas e jurídicas.

Valor estimado para venda em


2015: R$ 21.595.779,08.

Quantas pessoas viviam ali: Em nota, a


prefeitura de São Paulo informou que
foram cadastradas 248 pessoas de 92
famílias no local. Imagens mostram que,
ao menos entre 2015 e 2017, havia ali
uma faixa do Movimento Social de Luta
por Moradia (MSLM).
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O que disse a prefeitura: o prefeito
Bruno Covas afirmou que não podia
obrigar as famílias a deixar o local nem
pedir reintegração, porque o prédio é da
União.

O que disse a União: em nota, o


Ministério do Planejamento informou que
o edifício Wilton Paes de Almeida não
estava na programação de vendas de
imóveis da União e que ele foi cedido
provisoriamente à prefeitura em 2017.

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• Data: 01/05/2018;
• Local: Esquina da avenida Rio Branco com a
rua Antônio de Godói, no Largo do Paissandu;
• Ocupado por 372 moradores de 146
famílias;
• Inicio do sinistro: 1h15 da manhã no quinto
andar da edificação;
• Os bombeiro são acionados às 1h27, cerca de
20 viaturas e 45 homens vão ao local;
• Três prédios foram atingidos;
• Desabamento: 2h50 da manhã;
• Encerramento das buscas: 13/05/2018 13
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Desde o início da ocorrência,
o Corpo de Bombeiros seguiu
trabalhando initerruptamente
no local. Num primeiro
momento apagando os focos
de incêndio, depois resfriando
as estruturas, para então
iniciar o trabalho de buscas
das vítimas. Passaram pelo
local uma média de 350
bombeiros, divididos em
turnos de 12 horas, com
média de 70 bombeiros por
turno.
Principais Equipes Envolvidas:
O sistema de hidrantes
encontrava-se inoperante, não
havendo mangueiras e acessórios
necessários ao funcionamento.
Falta de luzes de emergência, de
alarmes e também de corrimão
nas escadarias.

Equipe de bombeiros iniciam


o combate às chamas pelo
processo de resfriamento,
utilizando caminhões ABT e
caminhões auto tanque e auto
escada (Magirus).
No momento do
desabamento, trabalhavam no
local 84 bombeiros, sendo que
nenhum estava no interior do
edifício, pois o único acesso,
aberto pela própria liderança
da invasão, era pequeno e
Foram encontradas algumas estava tomado pelo fogo.
células de sobrevivência,
pequenos espaços nos
quais uma pessoa poderia
permanecer viva mesmo
soterrada, porém a
temperatura nos escombros,
que chegou a girar entre 300
e 400°C, praticamente anula
essa possibilidade.
Às 11h30min, buscas manuais foram realizadas nos
escombros. Devido às condições térmicas e estruturais da
área, buscas complexas com retroescavadeiras e cães
farejadores foram iniciadas após 48 horas do ocorrido.
Em 4 de maio de 2018, bombeiros encontraram o primeiro
corpo no local do desabamento do edifício. Através de um
exame de papiloscopia o cadáver foi identificado: Ricardo
Oliveira Galvão Pinheiro.
Às 04h15min, servidores da
Defesa Civil e do Ministério
da Integração Nacional
realizaram uma sessão de
cadastramento a fim de
investigar as famílias
alocadas no imóvel.
Recursos Técnologicos

Drones com câmeras térmicas capazes de detectar


pessoas com sobrevida foram utilizados para facilitar o
trabalho das corporações de resgate

A câmera térmica é capaz


de separar o calor da pele
humana e detectar
pessoa com sobrevida.
Encerramento das buscas

Após o trabalho massivo de resgate que durou 13 dias no


Largo do Paiçandu, o Corpo de Bombeiros encerrou, em 13
de maio, as buscas pelos desaparecidos nos escombros do
edifício que entrou em colapso em 1º de maio. Os bombeiros
já haviam descartado a existencia de sobreviventes, porque
não havia mais células de sobrevivencia nos escombros
Ao menos sete pessoas foram identificadas entre os
escombros: a catadora de papelão Selma Almeida da
Silva, 40, o advogado Alexandre de Menezes, 40,
Walmir Sousa Santos, 47, Ricardo O. Galvão Pinheiro,
38, Francisco Lemos Dantas, 56, e os gêmeos Wendel
e Werner da Silva Saldanha, 10, filhos da Selma.
Duas pessoas foram
notificadas como
desaparecidas, mas
não foram
localizadas.
Por que o prédio INCENDIOU ?
• O incêndio que atingiu o edifício e provocou o
desabamento do foi causado por um curto-circuito em
uma tomada no quinto andar, segundo depoimento de
uma sobrevivente à polícia. O Secretário de Segurança
Pública, Mágino Alves, confirmou a versão da moradora
afirmando que o curto-circuito provocou o incêndio.

• A sobrevivente, Walkiria do
Nascimento, disse em
depoimento que o fogo
começou na tomada onde
estavam ligados três
aparelhos eletro-
eletrônicos: micro-ondas,
geladeira e TV.
O prédio não tinha condições mínimas de segurança contra
incêndio, segundo relatório da prefeitura realizado por dois
engenheiros. O documento foi finalizado pela Secretaria
Municipal de Licenciamento em 26 de janeiro do ano
passado.
O laudo indicou:
•Ausência de extintores;
•Sistema de hidrantes inoperante;
•Ausência de mangueiras;
•Ausência de luzes de emergências;
•Ausência de sistema de alarme;
•Instalações elétricas irregulares: fios sem isolamento
adequado e expostos, além entrada de energia
improvisada;
•Elevadores inoperantes e fechados por tapumes;
•Ausência de corrimão nas escadas;
•Instalações do sistema de para-raios não puderam ser
avaliadas, pois acesso estava bloqueado.
• A defesa civil informou que dos 5 prédios interditados, dois
serão escorados para evitar desabamentos;
• Os bombeiros usam um
equipamento à laser,
para monitorar a
movimentação dos
edifícios.
• Um dos edifícios ao lado
se movimentou, mas
ainda não foi decidido se
precisará ser demolido.
Importância da elaboração de um projeto de prevenção e
proteção contra incêndios:

Atualmente, dispomos de legislações que exigem a


compartimentação vertical da edificação. Cada estado possui
suas próprias instruções técnicas, sendo a que rege SP a IT 09:
• Um sistema avançado de proteção contra
incêndio consegue minimizar o risco à
vida além de evitar perdas patrimoniais;
• O risco à vida deve ser entendido como a
exposição à fumaça e ao calor do fogo,
bem como ao desabamento de estruturas
construtivas;
• Os sistemas de segurança têm a função
de facilitar a desocupação do ambiente
em chamas;
• Edifícios antigos precisam ter suas
saídas de emergência sinalizadas com
placas fluorescentes e luzes que sejam
resistentes ao fogo;
• É obrigatória a realização de uma
vistoria profissional a cada 5 anos.
• O incêndio que atingiu o sexto andar do Bloco A da
Ocupação Prestes Maia no dia 21/11/18 não deixou uma
vítima humana sequer, apesar de devastar praticamente
todo o pavimento e atingir parte dos andares
desocupados acima. O motivo foi o trabalho de
prevenção feito voluntariamente pela bombeiro civil Ana
Flores.

• Os prédios (Prestes Maia e Wilton Paes) têm as mesmas


características de materiais. Antes de iniciar os trabalhos
de vistoria e prevenção a incêndios, o imóvel da Prestes
Maia possuía apenas dois extintores e ninguém
capacitado para manuseá-los.
Depois do curso de prevenção e
combate a incêndio, a ocupação
recebeu mais de 20 extintores, hidrantes
e ainda foi equipada com sirene de
emergência, tudo feito paralelamente ao
treinamento de moradores que se
tornaram brigadistas.
BBC, New. Polícia contabiliza 9 vítimas de desabamento de
edifício em SP; quatro foram identificadas. 2018. Disponível em: <
https://www.bbc.com/portuguese/brasil-43963449>. Acesso em 30
Nov. 2018.
CREA, Sp. Edifício Wilton Paes de Almeida: incêndio e
desabamento. 2018. disponível em
<http://www.creasp.org.br/noticia/fiscalizacao/2018/05/01/edificio-
wilton-paes-de-almeida-incendio-e-desabamento/2823>. Acesso em
30 Nov. 2018.
NETO, Antonio. Bombeiros vão usar drones com câmera de calor
na busca por vítimas de prédio que desabou em SP. Blognetto,
Maranhão. 01/05/2018. Disponível em:
<http://netdia.blogspot.com/2018/05/bombeiros-vao-usar-drones-com-
camera-de.html>. Acesso em 30 Nov. 2018.
GALLUZZI, Tania. Tragédia no Paissandu. Revista FUNDABOM,
Maio de 2018. Disponível em: <https://fundabom.org.br/wp-
content/uploads/2018/06/Revista-FUNDABOM-09.pdf>. Acesso em 30
Nov. 2018.
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