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DOR CRÓNICA

CONCEITOS GERAIS
DEFINIÇÃO DE DOR

Experiência sensorial e emocional desagradável


associada a uma lesão tecidular, efectiva ou
potencial, ou descrita é em função de tal lesão

[The International Association for the Study of Pain - IASP]


CLASSIFICAÇÃO DA DOR
A Dor pode ser classificada com base na sua patogénese,
intensidade, curso temporal, tipo de tecidos afectados e síndroma
em que se integre.

CURSO TEMPORAL: Aguda, Crónica, Recorrente, Irruptiva


PATOGÉNESE: Nocicetiva, Neuropática, Disfuncional, Mista
INTENSIDADE: leve-moderada-intensa; escala numérica 0-10
TOPOGRAFIA: Focal, Radicular, Referida, Central
TECIDOS ENVOLVIDOS: Musc.-esquelética, Visceral, Osteo-articular
SINDROMA: Cancro, Fibromialgia, Enxaqueca, Outros
DOR AGUDA
Dor de início recente e de provável duração limitada, havendo
normalmente uma definição temporal e causal.

É provocada por uma lesão externa ou interna.

A sua intensidade correlaciona-se com o estímulo desencadeante

Pode ser bem localizada.

Tem uma função clara de advertência e proteção.

Em muitos casos, a dor aguda inadequadamente tratada


é a causa da doença dolorosa crónica subsequente
DOR CRÓNICA
É uma dor prolongada no tempo, normalmente com difícil identificação
temporal ou causal, que produz sofrimento, podendo manifestar-se com
várias características e gerar diversos estádios patológicos.

Apresenta uma duração ≥ 3 meses ou que persiste para além do


período expectável de cura da lesão
Pode não estar associada à lesão ou doença que a provocou
A sua intensidade deixa de estar correlacionada com o estímulo
causal
Perdeu a sua função de advertência e proteção
Associada a alteração da personalidade, estilo de vida, diminuição
das capacidades, alteração do sono, irritabilidade

Considerada por si só uma doença


DOR IRRUPTIVA

Exacerbação transitória da dor crónica

Dor de Intensidade Moderada a Grave

Início Rápido (< 3 min em cerca metade dos doentes)

Curta Duração (cerca de 30 min)

Frequência de 1 a 4 episódios por dia


DOR FISIOLÓGICA

DOR NOCICETIVA

Devida a lesão tecidular estando o sistema nervoso integro.


Resulta da estimulação directa de receptores nocicetivos integros.
Representa a sensação associada à detecção de estimulos nóxicos
potencialmente lesivos para os tecidos.
Tem uma função protetora.
Pode ser somática ou visceral.
DOR PATOLÓGICA
É um estado de doença causada por danos ao sistema nervoso ou pelo seu
funcionamento anormal
Impulso doloroso origina-se nas vias nervosas não nos receptores nóxicos
Projectada para a área de enervação do respectivo nervo
Manifesta-se por disestesia, parestesia, hiperalgesia, alodinia

DOR NEUROPÁTICA: Lesão do SN Periférico - NPH; Lesão do SNC – AVC/TVM


DOR DISFUNCIONAL: Sem lesão neuronal, sem inflamação mas com
sintomatologia positiva – Fibromialgia
DOR MISTA: Componente nocicetiva e neuropática – Lombociatalgia
PREVALÊNCIA DA DOR CRÓNICA
Prevalência da dor em Portugal foi estudada pela 1ª vez em 2002
pelo Observatório Nacional de Saúde através de entrevistas
telefónicas.

Conclusões:
- 74% dos entrevistados tinham tido algum tipo dor nas duas
semanas prévias
- Dores mais referidas: lombalgia, dor osteo-articular e cefaleias

Maiores problemas do estudo:


- Reduzida amostra
- Incapacidade em determinar a intensidade da dor
- Incapacidade em tipificar a dor
O maior estudo Europeu sobre Dor Crónica
Afecta cerca de um em cinco
adultos na Europa
20% (75 milhões de pessoas)
Maior na Noruega (30%) e menor
em Espanha (11%)
Um terço das mulheres Europeias
sofre de Dor Crónica

Com base neste relatório é


estimável que cerca de
2 Milhões de Portugueses sofram
de Dor Crónica
Relatório publicado em 2003 no European Journal of Pain– Entrevistas entre Out/2002-Jun/2003
Prevalência da Dor Crónica em Portugal
Estudo de Prevalência da Dor Crónica na
População Portuguesa (n=5094):
36% da população adulta portuguesa sofre
de dor crónica.
16% sofre de dor moderada a intensa.
Destes, 49% vêem as sua actividades
domésticas ou laborais afectadas, 4%
perderam o emprego e 13% obtiveram
reforma antecipada.
17% foi diagnosticada depressão.

35% considera que a sua dor não está a ser


bem tratada ou controlada .

Tratamento: Maioria CSP, 22% especialidades


hospitalares, 1% Unidades de Dor.
Prof João Castro Lopes (FMUP) – Estudo de Prevalência da Dor Crónica na População Portuguesa – Maio/2008
Dor Crónica – Impacto Socioeconómico

A dor crónica afecta 30% da população portuguesa e


custa ao Serviço Nacional de Saúde e aos doentes 3 mil
milhões de euros por ano, o equivalente a 1,7% do PIB.

É responsável por 35 % das reformas antecipadas, que


custam ao País 980 milhões de euros por ano.

O absentismo no trabalho custa 610 milhões de euros.


DOR EM PORTUGAL
O reconhecimento da repercussão individual e familiar da dor
crónica bem como o seu impacto social e económico tem produzido
políticas de saúde destinadas ao combate à dor.

1999 – Dia Nacional de Luta Contra a Dor


Criado por despacho da Ministra da Saúde.
Forma de sensibilizar a opinião púbica e os profissionais de saúde
para a importância do controlo da dor

2001 – Plano Nacional de Luta Contra a Dor


Publicado pela DGS e elaborado em colaboração com a APED.
Plano inovador. Descreve o modelo organizacional para a criação de
unidades de dor crónica e aguda (pos-op. e analgesia de parto).
Inclui directrizes genéricas sobre tratamento de doentes com dor.
DOR EM PORTUGAL
2003 – Dor – 5º Sinal Vital
A DGS emite uma circular normativa extremamente importante para
o combate à dor. Trata-se de uma norma que “institui/equipara” a
“Dor a 5º Sinal Vital”.
De acordo com a referida norma, passa a ser boa prática nos serviços
públicos prestadores de cuidados de saúde, nomeadamente hospitais
e centros de saúde, o registo sistemático e regular da intensidade da
dor, à semelhança do que já se verifica para os 4 sinais vitais (FC, FR,
TA, TC).

2006 – Competência em Medicina da Dor


Criada pela OM como forma de reconhecer a diferenciação dos
médicos que possuem formação específica nesta área.
Curriculum inclui componentes teórico, prático e de investigação.
DOR EM PORTUGAL
2008 – Plano Nacional de Controlo da Dor
Publicado pela DGS. Fim da vigência do PNLCD.
Alteração da estrutura hospitalar: agregação em centros hospitalares,
conversão em SA e EPE e requalificação dos hospitais em 4 plataformas (A,
B, C e E).
Os critérios definidos para a classificação das UD tendo como base o
estabelecido pela IASP segundo o modelo americano não adequados à
realidade europeia.
Horizonte temporal de 10 anos e Objectivos gerais reduzir a prevalência de
dor na população portuguesa, melhorar qualidade de vida das pessoas
afectadas e racionalizar recursos e custos associados ao tratamento.

2008 – Utilização de Medicamentos Opióides


DGS publica orientações técnicas sobre prescrição de medicamentos
opióides fortes na dor crónica não oncológica
Definições da IASP

Alodinia Dor devida a estímulos que habitualmente não provocam


dor
Analgesia Ausência de dor em resposta a estímulos que
habitualmente causariam dor
Hiperalgesia Resposta exagerada a estímulos que habitualmente
causam dor
Hiperestesia Sensibilidade aumentada aos estímulos cutâneos
Hipoalgesia Resposta diminuida a estímulos que habitualmente
causam dor
Hipoestesia Diminuição da sensibilidade aos estímulos cutâneos
Dor fantasma Dor, a partir de um local específico do corpo que já não
está presente ou onde não há lesão actual (ex.: membro amputado)
Dor referida Dor que ocorre numa região distante da fonte

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