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FUNDAÇÕES

CURSO: ENGENHARIA CIVIL

DISCIPLINA: FUNDAÇÕES

PROF. Msc. FABIANO PIMENTEL


fabiano.pimentel@usu.edu.br
FUNDAÇÕES

AULA 4 – Fundações Superficiais

• As situações de projeto a serem verificadas


quanto aos estados limites últimos (ELU) e de
serviço (ELS):
– Estados Limites Últimos: Associados a colapso
parcial ou total da obra;
– Estados Limites de Serviço: Associados a
deformações, fissuras e vibrações que comprometem
o uso da obra.
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Generalidades:
– Peso próprio de fundação: Deve ser considerado o
peso próprio das sapatas, ou no mínimo 5 % da
carga vertical permanente
• Determinação da tensão admissível ou da
tensão resistente de cálculo a partir do estado
limite último
– A tensão admissível ou a tensão resistente de cálculo
deve ser fixada a partir da utilização e interpretação
de um ou mais dos procedimentos descritos a seguir:
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Prova de carga sobre placa:


– Ensaio realizado de acordo com a ABNT NBR 6489;

• Métodos Teóricos (Terzaghi, Vesic, Skempton,


Meyerhof, Brinch-Hansen)
– Podem ser empregados métodos analíticos (teorias
de capacidade de carga) nos domínios de validade
de sua aplicação, desde que contemplem todas as
particularidades do projeto, inclusive a natureza do
carregamento (drenado ou não drenado).
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Métodos Semiempíricos
– São métodos que relacionam resultados de ensaios
(tais como o SPT, CPT etc.) com tensões admissíveis
ou tensões resistentes de cálculo. Devem ser
observados os domínios de validade de suas
aplicações, bem como as dispersões dos dados e as
limitações regionais associadas a cada um dos
métodos.
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• Capacidade de Carga
“Capacidade de carga é a tensão que provoca a ruptura
do maciço de solo em que a fundação está embutida.”
Ana Paula Moura, UFVJM
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AULA 4 – Fundações Superficiais


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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Segundo Terzaghi (1943), a curva carga versus recalque de


uma prova de carga em uma fundação superficial pode
assumir uma forma situada entre as curvas c1 e c2

Qrup Qrup Carga, Q

Tipos de ruptura - Tipos de ruptura segundo Terzaghi (1943).


Curvas carga
versus recalque
solos de alta resistência
Page 118:
Theoretical Soil Mechanics. ruptura verdadeira
Karl Terzaghi (1943) c1
John Wiley & Sons
solos de baixa resistência
c2 ruptura convencional
Recalque, 
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AULA 4 – Fundações Superficiais

A curva c1 constitui o que se poderia


denominar de ruptura verdadeira.
Carga, Q
Nesta curva, a fundação apresenta um
bom comportamento, ou seja, os
deslocamentos são pequenos à
medida que se acresce o
carregamento. Num determinado valor
de carga, a tangente à curva muda
abruptamente de inclinação para uma
tangente vertical, ou seja, não se
consegue mais fazer com que a
Recalque, 
fundação ganhe carga, e os recalques
crescem indefinidamente. É a
ruptura clássica ou conceitual.
Segundo Terzaghi (1943), este tipo de
comportamento é próprio de solos de Terzaghi (1943)
alta resistência.
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AULA 4 – Fundações Superficiais

Segundo Terzaghi (1943), este tipo de


comportamento é próprio de solos de
alta resistência.
Recalque,  Carga, Q

Terzaghi (1943)
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AULA 4 – Fundações Superficiais

Na curva c2 observa-se que desde o


início do carregamento a fundação já
Carga, Q
vai sofrendo
deslocamentos significativos.

É definida a ruptura - nesse caso,


portanto, convencional - no ponto
onde a curva se torna uma reta de
elevada inclinação.

Segundo Terzaghi (1943), este tipo de Recalque, 


comportamento é próprio de solos de
baixa resistência.
Terzaghi (1943)
Critério difícil na prática...
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Prova de Carga:
Segundo Critérios da NBR-6489.
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• Prova de Carga:
Segundo Critérios da NBR-6489.
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• Prova de Carga:
Atenção: Placa de 80 cm de diâmetro para prova de
carga
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Métodos teóricos: As fórmulas de capacidade de


carga sao determinadas a partir do conhecimento
do tipo de ruptura que o solo pode sofrer,
dependendo das condicões de carregamento.
– Teoria De Terzaghi:
• Hipóteses básicas:
1) Sapata corrida: comprimento (A) bem maior que largura (B)
→ A/B > 5
2) Profundidade de assentamento inferior à largura da sapata
(D ≤ B) → desprezar a resistência ao cisalhamento da
camada de solo situada acima da cota de apoio da sapata→
substituir a camada de solo de espessura h e peso específico g por
uma sobrecarga q = g.h
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3) Solo sob a base da sapata é compacto/rijo → Ruptura geral


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Métodos Teóricos - Teoria De Terzaghi:

𝑁𝑐 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 ∅ . 𝑒 𝜋.𝑡𝑔 ∅ . 𝑡𝑔2 45° + ∅ൗ2 − 1

𝑁𝑞 = 𝑒 𝜋𝑡𝑔∅ 𝑡𝑔2 (45° + ∅ൗ2)

4. 𝐸𝑝
𝑁𝛾 = 2
. cos(𝛼 − ∅)
𝛾. 𝐵
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Métodos Teóricos - Teoria De Terzaghi:


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Métodos Teóricos - Teoria De Terzaghi:


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• Métodos Teóricos - Teoria De Terzaghi:


– Assim, a tensão máxima suportada pelo solo é
resumida em três parcelas:
Coesão + Sobrecarga + Atrito
𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾
Onde:
– qu é a tensão máxima suportada pelo solo;
– c é a coesão do solo;
– q é a tensão efetiva ao nível da base da fundação (g.H);
– g é o peso específico do solo;
– N c , N q e N g;
– B é a menor dimensão da sapata;
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Métodos Teóricos - Teoria De Terzaghi:


Generalizando a fórmula de Terzaghi:

𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
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• Métodos Teóricos: Observações:

– Solos puramente coesivos (Φ=0) → capacidade de carga


independe da dimensão da sapata;

– Solos não coesivos (c=0) → capacidade de carga depende


diretamente das dimensões da fundação, mas a profundidade é
mais importante que o tamanho da fundação;
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• Métodos Teóricos: Proposição De Vesic: Trata-se


de uma adaptação da Teoria de Terzaghi, com:
– Novos fatores de capacidade de carga;
– Novos fatores de forma;
– Nova proposição para a ruptura local:
• Ruptura generalizada [Caquot (1934), Buisman (1935), Terzaghi (1943)]

• Ruptura localizada Terzaghi (1943), De Beer and Vesic (1958)

• Ruptura por puncionamento De Beer and Vesic (1958), Vesic (1963)


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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Ruptura generalizada: Caracterizada pela existência de


um padrão de ruptura sob a fundação bem definido,
consistindo de uma superfície de ruptura partindo de
um bordo da fundação até o nível do terreno.
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• Ruptura generalizada: A curva carga versus recalque


apresenta um bom comportamento, ou seja,
pequenos deslocamentos para valores crescentes
de carga, até que a ruptura acontece, de modo
brusco. Portanto, em havendo a ruptura de uma dada
fundação, esta acontece sem aviso, de forma
repentina e catastrófica.
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• Ruptura generalizada em conjunto de silos (Vesic,


1975).
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• A menos que a estrutura impeça de algum modo a


rotação da fundação, a ruptura é acompanhada de
significativa inclinação. Por ocasião da ruptura, o solo
adjacente sofre intumescimento
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• Ruptura localizada: Caracterizada pela existência de um


padrão de ruptura sob a fundação bem definido
apenas imediatamente abaixo da fundação.
– Há a tendência de intumescimento na região adjacente à
fundação;
– Mesmo a grandes valores de deslocamento não ocorre a
rotação da fundação;
– A ruptura localizada representa uma situação intermediária
entre a ruptura generalizada e a ruptura por
puncionamento.
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• Ruptura por puncionamento: Caracterizada por um


padrão de ruptura que não é fácil de se visualizar.
– O solo em torno da fundação permanece relativamente
inalterado;
– Rotação da fundação também não acontece;
– Mais do que no caso da ruptura localizada, a fundação ganha
carga mesmo com grandes deslocamentos da fundação
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• Métodos Teóricos - Proposição De Vesic -


Fatores de capacidade de carga:

𝑁𝑐 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 ∅ . 𝑒 𝜋.𝑡𝑔 ∅ . 𝑡𝑔2 45° + ∅ൗ2 − 1

𝑁𝑐 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 ∅ . 𝑁𝑞 − 1

𝑁𝑞 = 𝑒 𝜋.𝑡𝑔 ∅ . 𝑡𝑔2 45° + ∅ൗ2

𝑁γ = 2. 𝑁𝑞 + 1 . 𝑡𝑔∅
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• Fatores de capacidade de carga:


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• Fatores de capacidade de carga:


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• Fatores de capacidade de carga:


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• Fatores de capacidade de carga:


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• Proposição De Vesic - Fatores de forma:


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• Proposição De Vesic - Fatores de correção: Tipo


de ruptura:
– Formulação → sapatas corridas em solos possíveis de ruptura
geral;
– Para os solos com ruptura por puncionamento, solução analítica
através do índice de rigidez do solo;
– Para efeitos práticos não há necessidade de cálculos
aprimorados de capacidade de carga pois prevalecerá o critério
de recalque;
– É comum adotar a mesma redução proposta por Terzaghi;
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• Métodos Teóricos: Skempton:


– VALIDADE: Argilas saturadas na condição não drenada Φ = 0
Da teoria de Terzaghi:
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• Métodos Teóricos: Skempton:


– Argilas saturadas na condição não drenada Φ = 0:
Da teoria de Terzaghi:

𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾

Se: 𝑁𝑞 = 1, 𝑁𝛾 = 1 𝑒 𝑆𝑞 = 1

𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞
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• Métodos Teóricos: Skempton:


– Argilas saturadas na condição não drenada Φ = 0:
Determinação de Sc:
• Sapata corrida → Sc = 1;
• Sapata retangulares ou quadradas → Sc = 1+ 0,2 (B/L);
Determinação de Nc:
• Função de h/B → embutimento relativo da sapata → gráfico abaixo:
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• Métodos Teóricos: Skempton:


– Argilas saturadas na condição não drenada Φ = 0:
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• Métodos Teóricos: Meyerhof:

Enquanto a teoria de Terzaghi despreza a resistência ao


cisalhamento da camada de solo situada acima da cota
de apoio da sapata, Meyerhof considera a contribuição
da sobrecarga e da resistência do solo na camada de
solo situada acima da cota de apoio da sapata.
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• Métodos Teóricos: Meyerhof:


Carga vertical excêntrica:
Dimensões fictícias;
B' = B – 2eb
L' = L – 2el

Area efetiva de apoio com centro de


gravidade coincidente com o ponto
de aplicacao da carga
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• Método Teóricos: Brinch-hansen/Vesic:


Contribuição de Hansen:
Fatores de profundidade - dc;
Fatores de inclinação de carga - ic.

𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑑𝑐 . 𝑖𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑑𝑞 . 𝑖𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑑𝛾 . 𝑖𝛾

Contribuição de Vesic:

𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑆𝑐𝑑 . 𝑆𝑐𝑖 . 𝑆𝑐𝑏 . 𝑆𝑐𝑔 . 𝑆𝑐𝑟 +


𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑆𝑞𝑑 . 𝑆𝑞𝑖 . 𝑆𝑞𝑏 . 𝑆𝑞𝑔 . 𝑆𝑞𝑟
+ 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑆𝛾𝑑 . 𝑆𝛾𝑖 . 𝑆𝛾𝑏 . 𝑆𝛾𝑔 . 𝑆𝛾𝑟
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• Métodos Teóricos: Brinch-hansen/Vesic:


Contribuição de Vesic:
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• Métodos Teóricos: Brinch-hansen/Vesic:


Contribuição de Vesic: Fatores de correção para a forma da sapata
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• Métodos semiempíricos:
– Correlações com o SPT:

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
50

Com:
- N é o valor médio no bulbo de tensões
- N deve ser estar entre 5 e 20;
- Pode-se adicionar uma parcela q referente a
sobrecarga;
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Métodos semiempíricos:
– Meyerhof (1956):
Solos arenosos: qu = 32N(B+D)
Solos argilosos: qu = 16N

Com:
qu em kN/m² e D e B em m;
N é a média do NSPT em uma espessura 1,5B abaixo do
nível da fundação;
qu deve ser divido por 2 quando ocorrer presença do nível
d'água no solo;
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• Métodos semiempíricos:
– Mello (1975):

𝜎𝑎 = 0,1 + ( 𝑁 − 1) (𝑀𝑃𝑎)

Para:
- Sem distinção de solo;
- Limitado a N entre 4 e 16;
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• Métodos semiempíricos:
– Teixeira (1996):

𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎 = 0,05 + (1 + 0,4. 𝐵) (𝑀𝑃𝑎)
100

Para:
- Sapatas quadradas de B = A = 1,5 m;
- Areias com peso específico 18 kN/m³;
- Ângulo de atrito igual a (20.N)1/2 + 15°;
- Fator de segurança igual a 3.
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• Métodos semiempíricos:
– Correlações com o CPT* - Teixeira & Godoy (1996):

𝑞𝑐
𝜎𝑎 = ≤ 4,0 𝑀𝑃𝑎 (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠)
15

𝑞𝑐
𝜎𝑎 = ≤ 4,0 𝑀𝑃𝑎 (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎𝑠)
10
Onde:
- qc é o valor médio no bulbo de tensões, e deve ser
maior ou igual a 1,5 MPa
* Ensaio de penetração de cone
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• Segurança no ELU de fundação rasa (direta ou


superficial):
– Na compressão:
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Segurança no ELU de fundação rasa (direta ou


superficial):
– Verificação de tração e deslizamento:
• Devem ser adotados os seguintes coeficientes de ponderação:
• γm = 1,2 (minoração) para a parcela favorável do peso;
• γm = 1,4 (minoração) para a resistência do solo;
• γf = 1,4 (majoração) para o esforço atuante, se disponível apenas o seu
valor característico; se já fornecido o valor de cálculo, nenhum coeficiente
de ponderação deve ser aplicado a ele.

– Fator de segurança global para verificação de


flutuação:
• Consideradas todas as combinações mais desfavoráveis (por exemplo, a
elevação do lençol freático), tanto nos esforços atuantes quanto nos
resistentes, deve ser observado um fator de segurança global mínimo de
1,1.
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Segurança no ELS de fundação rasa (direta ou


superficial):
– Devem ser considerados:
a)Recalques excessivos - (NBR-15575);
b)Levantamentos excessivos decorrentes, por
exemplo, de expansão do solo ou outras causas - com
expansão não superior a 0,1 %;
c)Vibrações inaceitáveis - (NBR-15575)
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Dimensionamento Geométrico
– Cargas centradas: A área da fundação solicitada por cargas
centradas deve ser tal que as tensões transmitidas ao terreno,
admitidas uniformemente distribuídas
– Cargas excêntricas: Uma fundação é solicitada por carga
excêntrica quando estiver submetida a qualquer composição de
forças que incluam ou gerem momentos na fundação. O
dimensionamento geotécnico de uma fundação rasa solicitada
por carregamento excêntrico deve ser feito considerando-se que
o solo é um elemento não resistente à tração. No
dimensionamento da fundação superficial, a área comprimida
deve ser de no mínimo 2/3 da área total.
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Dimensionamento Geométrico
– Dimensão mínima: Em planta, as sapatas isoladas ou os blocos
não podem ter dimensões inferiores a 60 cm.
– Profundidade mínima: Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo
quando a fundação for assente sobre rocha, a profundidade de
apoio não pode ser inferior a 1,5 m. Em casos de obras cujas
sapatas ou blocos tenham, em sua maioria, dimensões
inferiores a 1,0 m, essa profundidade mínima pode ser reduzida.
– Lastro: Todas as partes da fundação rasa (direta ou superficial)
em contato com o solo ou rocha (sapatas, vigas de equilíbrio
etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de concreto não
estrutural com no mínimo 5 cm de espessura, a ser lançado
sobre toda a superfície de contato solo-fundação.
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• Dimensionamento Geométrico
– Fundações em cotas diferentes: No caso de fundações
próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior
declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical,
um ângulo α, como mostrado abaixo, com os seguintes valores.
• solos pouco resistentes: α ≥ 60°
• solos resistentes: α ≥ 45°
• rochas: α ≥ 30°
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• Fundação rasa (direta ou superficial) –


Procedimentos executivos
– Escavação das cavas: Para escavação em solo, caso se
utilizem equipamentos mecânicos, a profundidade de escavação
com esses equipamentos deve ser paralisada a no mínimo 30
cm acima da cota de assentamento prevista, sendo a parcela
final removida manualmente
– Preparação para a concretagem: Caso haja necessidade de
aprofundar a cava da sapata, a diferença entre cota de
assentamento prevista e cota “de obra” pode ser eliminada com
preenchimento de concreto não estrutural (consumo mínimo de
cimento de 150 kg/m3), ou aumentar o pilar. No caso de
preenchimento com concreto, ele deve ocupar todo o fundo da
cava e não só a áreade projeção da sapata, devendo
obrigatoriamente ser efetuado antes da concretagem da sapata.
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• Exemplo 1: Estimar a capacidade de carga de um


elemento de fundação por sapata, com as seguintes
condições de solo e valores médios no bulbo de
tensões:
a) Argila rija com NSPT = 15
b) Areia compacta com NSPT = 30
c) Areia argilosa com F = 25° e c = 50 kPa (valores não
drenados)
Características geométricas:
B = 2 m, A = 3 m, H = 1 m, NA = -1 m;
Usar a equação de terzaghi com proposição de vesic e
correlação de godoy para cálculo do ângulo de atrito.
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Exemplo 1: RESOLUÇÃO
FUNDAÇÕES

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• Exemplo 1: RESOLUÇÃO
– Correlação de Godoy: F = 28° + 0,4.N = 28 + 0,4.15 = 34°
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AULA 4 – Fundações Superficiais

• Exemplo 2: Estimar a capacidade de carga de um


elemento de fundação por sapata, com as seguintes
condições de solo e valores médios no bulbo de
tensões:
a) Argila mole com NSPT = 4
b) Areia pouco compacta com NSPT = 6
c) Areia argilosa com F = 20° e c = 10 kPa (valores
não drenados)
Características geométricas:
B = 2 m, A = 3 m, H = 1 m; NA = -1 m.
Usar a equação de terzaghi com proposição de
vesic e correlação de godoy para cálculo do ângulo
de atrito.
FUNDAÇÕES

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• Exemplo 3: Estimar a capacidade de carga de um


elemento de fundação por sapata, com as seguintes
condições de solo e valores médios no bulbo de
tensões:
a) Argila média com NSPT = 8
b) Areia medianamente compacta com NSPT = 12
c) Argila arenosa com F = 20° e c = 40 kPa
(valores não drenados)
Características geométricas:
B = 2 m, A = 3 m, H = 1 m, NA = -1 m;
Usar a equação de terzaghi com proposição de
vesic e correlação de godoy para cálculo do ângulo de
atrito.
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• Exemplo 4:
– Sapata retangular
– B=8,5 m
– L=25,6 m
– D=3,0 m
NA
– Argila saturada
– γsat=16,8 kN/m3
– NA a 2,4 m abaixo do NT
– Su = 23,7 kN/m2 (ensaio UU)
– cd = 4 kN/m2 e φ = 23° (ensaio CD)

Analisar duas condições: (a) não drenada e (b) drenada


FUNDAÇÕES

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• Exemplo 4: RESOLUÇÃO
– Tensão efetiva no nível da base da fundação
– Para γsat=16,8 kN/m3 e NA a 2,4 m abaixo do NT
– σv = γ . Z = 16,8 kN/m3 . 3 m = 50,4 kN/m2
– u = γw . Zw = 10 kN/m3 . 0,6 m = 6 kN/m2
– q = σ’v = σv – u = 50,4 kN/m2 - 6 kN/m2 = 44,4 kN/m2

qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ .  . B . N . Sγ
FUNDAÇÕES

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• Exemplo 4: RESOLUÇÃO

qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ .  . B . N . Sγ

Forma da base
e Sγ
Sc Sq
condição de
carregamento
retangular 1+(B/L).(Nq/ Nc) 1+(B/L) . tgØ 1- 0,4 . (B/L)
1 + (8,5/25,6).tg 0 1 – 0,4 . (8,5/25,6)
1 + (8,5/25,6).(1/5,14)
Retangular p/ Ø=0
= 1,0 = 0,87
= 1,06

1 + (8,5/25,6).(8,66/18,05) 1 + (8,5/25,6).tg 23o 1 – 0,4 . (8,5/25,6)


Retangular p/ Ø=230
= 1,16 = 1,14 = 0,87
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• Exemplo 4: RESOLUÇÃO – CONDIÇÃO DRENADA

qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ .  . B . N . Sγ

γsub
qrup = 4 . 18,05 . 1,16 + 44,4 . 8,66 . 1,14 + ½ . (16,8-10) . 8,5 . 8,2 . 0,87

qrup = 83,75 + 438,33 + 206, 17 = 728,25 kN/m2


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• Exemplo 4: RESOLUÇÃO – CONDIÇÃO NÃO DRENADA

qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ .  . B . N . Sγ

γsub
qrup = 23,7 . 5,14 . 1,06 + 44,4 . 1 . 1 + ½ . (16,8-10) . 8,5 . 0 . 0,87

qrup = 129,12 + 44,4 + 0 = 173,53 kN/m2


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• Exemplo 4: RESOLUÇÃO – RESUMO

qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ .  . B . N . Sγ

Condição de Desprezando Considerando


carregamento os S (forma) os S (forma)

qrup (kN/m2) Qrup (kN) qrup (kN/m2) Qrup (kN)


Não drenada Ø=0 166,2 36 169,5 173,5 37 753,6
Drenada Ø=230 693,7 150 949,1 728,3 158 478,1

Qrup = qrupt . (B.L)


A = B.L = 8,5 . 25,6 = 217,6 m2
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Bibliografia:

1) ABEF/ABMS (1996) Fundacoes - Teoria e Pratica. Sao Paulo: Pini, 1998. 751 p.
2) ALONSO, U. R. Exercicios de fundacoes. Sao Paulo: Blucher, 2010.
3) ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6122:2018 – Projeto e
execucao de fundacoes. Rio de Janeiro, 2018.
4) REBELO, Y. C. P. Fundacoes – guia pratico de projeto, execucao e dimensionamento.
Sao
Paulo: Zigurate, 2008.
5) VELLOSO, D. & LOPES, F. R. Fundacoes. Sao Paulo: Oficina de textos, 2010. 568 p.
6) CINTRA, J. C. A, AOKI N., ALBIERO, J. H. Fundacoes diretas: projeto geotecnico.
Sao Paulo:Oficina de textos, 2011.
7) Material de aula do professor Marcelo Medeiros – UFPR.
8) Material de aula do professor Douglas Bittencourt – PUC Goias.
9) Material de aula do professor Sergio Paulino Mourthe – Faculdades Kennedy.
10) Material de aula da professora Ana Paula Moura, UFVJM, 2018
11) Material de aula da professora Alessandra Conde de Freitas, UFRJ-PEP, 2015

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