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DISCIPLINA: FUNDAÇÕES
• Generalidades:
– Peso próprio de fundação: Deve ser considerado o
peso próprio das sapatas, ou no mínimo 5 % da
carga vertical permanente
• Determinação da tensão admissível ou da
tensão resistente de cálculo a partir do estado
limite último
– A tensão admissível ou a tensão resistente de cálculo
deve ser fixada a partir da utilização e interpretação
de um ou mais dos procedimentos descritos a seguir:
FUNDAÇÕES
• Métodos Semiempíricos
– São métodos que relacionam resultados de ensaios
(tais como o SPT, CPT etc.) com tensões admissíveis
ou tensões resistentes de cálculo. Devem ser
observados os domínios de validade de suas
aplicações, bem como as dispersões dos dados e as
limitações regionais associadas a cada um dos
métodos.
FUNDAÇÕES
• Capacidade de Carga
“Capacidade de carga é a tensão que provoca a ruptura
do maciço de solo em que a fundação está embutida.”
Ana Paula Moura, UFVJM
FUNDAÇÕES
Terzaghi (1943)
FUNDAÇÕES
• Prova de Carga:
Segundo Critérios da NBR-6489.
FUNDAÇÕES
• Prova de Carga:
Segundo Critérios da NBR-6489.
FUNDAÇÕES
• Prova de Carga:
Atenção: Placa de 80 cm de diâmetro para prova de
carga
FUNDAÇÕES
4. 𝐸𝑝
𝑁𝛾 = 2
. cos(𝛼 − ∅)
𝛾. 𝐵
FUNDAÇÕES
𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
FUNDAÇÕES
𝑁𝑐 = 𝑐𝑜𝑡𝑔 ∅ . 𝑁𝑞 − 1
𝑁γ = 2. 𝑁𝑞 + 1 . 𝑡𝑔∅
FUNDAÇÕES
𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾
Se: 𝑁𝑞 = 1, 𝑁𝛾 = 1 𝑒 𝑆𝑞 = 1
𝑞𝑢 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞
FUNDAÇÕES
𝜎𝑟 = 𝑐. 𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 . 𝑑𝑐 . 𝑖𝑐 + 𝑞. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 . 𝑑𝑞 . 𝑖𝑞 + 1ൗ2 . 𝛾. 𝐵. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 . 𝑑𝛾 . 𝑖𝛾
Contribuição de Vesic:
• Métodos semiempíricos:
– Correlações com o SPT:
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎𝑑𝑚 = (𝑀𝑃𝑎)
50
Com:
- N é o valor médio no bulbo de tensões
- N deve ser estar entre 5 e 20;
- Pode-se adicionar uma parcela q referente a
sobrecarga;
FUNDAÇÕES
• Métodos semiempíricos:
– Meyerhof (1956):
Solos arenosos: qu = 32N(B+D)
Solos argilosos: qu = 16N
Com:
qu em kN/m² e D e B em m;
N é a média do NSPT em uma espessura 1,5B abaixo do
nível da fundação;
qu deve ser divido por 2 quando ocorrer presença do nível
d'água no solo;
FUNDAÇÕES
• Métodos semiempíricos:
– Mello (1975):
𝜎𝑎 = 0,1 + ( 𝑁 − 1) (𝑀𝑃𝑎)
Para:
- Sem distinção de solo;
- Limitado a N entre 4 e 16;
FUNDAÇÕES
• Métodos semiempíricos:
– Teixeira (1996):
𝑁𝑠𝑝𝑡
𝜎𝑎 = 0,05 + (1 + 0,4. 𝐵) (𝑀𝑃𝑎)
100
Para:
- Sapatas quadradas de B = A = 1,5 m;
- Areias com peso específico 18 kN/m³;
- Ângulo de atrito igual a (20.N)1/2 + 15°;
- Fator de segurança igual a 3.
FUNDAÇÕES
• Métodos semiempíricos:
– Correlações com o CPT* - Teixeira & Godoy (1996):
𝑞𝑐
𝜎𝑎 = ≤ 4,0 𝑀𝑃𝑎 (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠)
15
𝑞𝑐
𝜎𝑎 = ≤ 4,0 𝑀𝑃𝑎 (𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑟𝑔𝑖𝑙𝑎𝑠)
10
Onde:
- qc é o valor médio no bulbo de tensões, e deve ser
maior ou igual a 1,5 MPa
* Ensaio de penetração de cone
FUNDAÇÕES
• Dimensionamento Geométrico
– Cargas centradas: A área da fundação solicitada por cargas
centradas deve ser tal que as tensões transmitidas ao terreno,
admitidas uniformemente distribuídas
– Cargas excêntricas: Uma fundação é solicitada por carga
excêntrica quando estiver submetida a qualquer composição de
forças que incluam ou gerem momentos na fundação. O
dimensionamento geotécnico de uma fundação rasa solicitada
por carregamento excêntrico deve ser feito considerando-se que
o solo é um elemento não resistente à tração. No
dimensionamento da fundação superficial, a área comprimida
deve ser de no mínimo 2/3 da área total.
FUNDAÇÕES
• Dimensionamento Geométrico
– Dimensão mínima: Em planta, as sapatas isoladas ou os blocos
não podem ter dimensões inferiores a 60 cm.
– Profundidade mínima: Nas divisas com terrenos vizinhos, salvo
quando a fundação for assente sobre rocha, a profundidade de
apoio não pode ser inferior a 1,5 m. Em casos de obras cujas
sapatas ou blocos tenham, em sua maioria, dimensões
inferiores a 1,0 m, essa profundidade mínima pode ser reduzida.
– Lastro: Todas as partes da fundação rasa (direta ou superficial)
em contato com o solo ou rocha (sapatas, vigas de equilíbrio
etc.) devem ser concretadas sobre um lastro de concreto não
estrutural com no mínimo 5 cm de espessura, a ser lançado
sobre toda a superfície de contato solo-fundação.
FUNDAÇÕES
• Dimensionamento Geométrico
– Fundações em cotas diferentes: No caso de fundações
próximas, porém situadas em cotas diferentes, a reta de maior
declive que passa pelos seus bordos deve fazer, com a vertical,
um ângulo α, como mostrado abaixo, com os seguintes valores.
• solos pouco resistentes: α ≥ 60°
• solos resistentes: α ≥ 45°
• rochas: α ≥ 30°
FUNDAÇÕES
• Exemplo 1: RESOLUÇÃO
FUNDAÇÕES
• Exemplo 1: RESOLUÇÃO
– Correlação de Godoy: F = 28° + 0,4.N = 28 + 0,4.15 = 34°
FUNDAÇÕES
• Exemplo 4:
– Sapata retangular
– B=8,5 m
– L=25,6 m
– D=3,0 m
NA
– Argila saturada
– γsat=16,8 kN/m3
– NA a 2,4 m abaixo do NT
– Su = 23,7 kN/m2 (ensaio UU)
– cd = 4 kN/m2 e φ = 23° (ensaio CD)
• Exemplo 4: RESOLUÇÃO
– Tensão efetiva no nível da base da fundação
– Para γsat=16,8 kN/m3 e NA a 2,4 m abaixo do NT
– σv = γ . Z = 16,8 kN/m3 . 3 m = 50,4 kN/m2
– u = γw . Zw = 10 kN/m3 . 0,6 m = 6 kN/m2
– q = σ’v = σv – u = 50,4 kN/m2 - 6 kN/m2 = 44,4 kN/m2
qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ . . B . N . Sγ
FUNDAÇÕES
• Exemplo 4: RESOLUÇÃO
qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ . . B . N . Sγ
Forma da base
e Sγ
Sc Sq
condição de
carregamento
retangular 1+(B/L).(Nq/ Nc) 1+(B/L) . tgØ 1- 0,4 . (B/L)
1 + (8,5/25,6).tg 0 1 – 0,4 . (8,5/25,6)
1 + (8,5/25,6).(1/5,14)
Retangular p/ Ø=0
= 1,0 = 0,87
= 1,06
qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ . . B . N . Sγ
γsub
qrup = 4 . 18,05 . 1,16 + 44,4 . 8,66 . 1,14 + ½ . (16,8-10) . 8,5 . 8,2 . 0,87
qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ . . B . N . Sγ
γsub
qrup = 23,7 . 5,14 . 1,06 + 44,4 . 1 . 1 + ½ . (16,8-10) . 8,5 . 0 . 0,87
qrup = c . Nc . Sc + q . Nq . Sq + ½ . . B . N . Sγ
Bibliografia:
1) ABEF/ABMS (1996) Fundacoes - Teoria e Pratica. Sao Paulo: Pini, 1998. 751 p.
2) ALONSO, U. R. Exercicios de fundacoes. Sao Paulo: Blucher, 2010.
3) ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6122:2018 – Projeto e
execucao de fundacoes. Rio de Janeiro, 2018.
4) REBELO, Y. C. P. Fundacoes – guia pratico de projeto, execucao e dimensionamento.
Sao
Paulo: Zigurate, 2008.
5) VELLOSO, D. & LOPES, F. R. Fundacoes. Sao Paulo: Oficina de textos, 2010. 568 p.
6) CINTRA, J. C. A, AOKI N., ALBIERO, J. H. Fundacoes diretas: projeto geotecnico.
Sao Paulo:Oficina de textos, 2011.
7) Material de aula do professor Marcelo Medeiros – UFPR.
8) Material de aula do professor Douglas Bittencourt – PUC Goias.
9) Material de aula do professor Sergio Paulino Mourthe – Faculdades Kennedy.
10) Material de aula da professora Ana Paula Moura, UFVJM, 2018
11) Material de aula da professora Alessandra Conde de Freitas, UFRJ-PEP, 2015