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Aula 3

Projeto de Promoção da Saúde:


uma experiência com idosos do
ambulatório NAI/UnATI
Liliane Pacheco
Mônica de Assis
- UERJ -

Curso de Especialização em Geriatria e Gerontologia


28 de julho de 2004
Motivações do Projeto

 Demanda de idosos para assistência de caráter


preventivo / interesse da equipe interdisciplinar
em atuar com promoção da saúde no envelhecimento
=> Integralidade da Assistência

Ações integradas
Atividade educativa (Grupo Encontros com a Saúde)
conjugada com atenção individual: educação, prevenção
e assistência (Avaliação de saúde e qualidade de vida)
= Pesquisa sobre saúde no envelhecimento =
Perspectiva teórico-metodológica do Projeto
de Promoção da Saúde do NAI / UnATI
“Bom envelhecimento” é uma experiência desejável,
relacionada à oportunidade de condições e práticas
favoráveis à saúde e ao bem-estar:

 garantia de direitos básicos


 inserção social e ocupação dotadas de significado
 alimentação equilibrada e atividade física
 uso prazeroso do corpo e lazer gratificante
 apoio e satisfação nas relações familiares e sociais
 acesso a ações preventivas e a acompanhamento assistencial

Abertura de espaços educativos nos serviços


Objetivos
Promover a SAÚDE no processo de envelhecimento

 Compartilhar informações sobre envelhecimento e saúde

  autoconhecimento e  auto-estima  autocuidado

  vínculos sociais e afetivos /  redes suporte social

 Reflexão sobre envelhecimento, cidadania, qualidade de


vida e políticas sociais
Grupo Encontros com a Saúde
Atividade física
Alimentação Estresse
SAÚDE / CIDADANIA
Sexualidade
ENVELHECIMENTO Memória

Outros
Política do Idoso Doenças comuns

• Duração: 14 encontros de duas horas semanais


• Coordenação: profissionais e alunos das diversas áreas
• Média de 4 grupos por semestre + Encontros de Egressos
Projeto de Promoção da Saúde
- NAI / UnATI -
Grupo Encontros com a Saúde
Práticas
14 encontros (semanal / duas horas)
3 coordenadores de áreas diferentes
educativas
10 a 15 idosos por grupo
Dinâmicas grupais: informação / reflexão

Temas: envelhecimento, alimentação, atividade física, Encontros de Egressos


estresse, memória, sexualidade, direitos dos idosos,
saúde oral, doenças mais comuns (hipertensão arterial,
do Projeto
diabetes, artrose e osteoporose, depressão) Continuidade do processo
educativo Reavaliação
Debate de temas diversos de
Periódica
saúde
Socialização dos dados da
pesquisa
Avaliação multidimensional
Avaliação individual de saúde e qualidade
de vida
Ações educativas e preventivas Avaliação Nutricional
Orientações assistenciais
Pesquisa sobre saúde e envelhecimento (Interface com o projeto Nutrição e
Terceira Idade)
Avaliação Multidimensional
de saúde e qualidade de vida
 Avaliação sobre fatores
que influenciam a saúde:
Família, trabalho, renda
Atividade física, quedas
Sexualidade
Morbidade e uso de medicamentos
Utilização de serviços / prevenção
Lazer, inserção social, satisfação
com a vida
Problemas do cotidiano
Exames:
 Glicose,
Colesterol, HDL e
Triglicerídeos
 Verificação da
Pressão Arterial;
 Peso e Altura
/IMC

Orientações e encaminhamentos
de acordo com as necessidades
Avaliação
Nutricional
(Parceria com o projeto
Nutrição e Terceira
Idade)
“Uma Ética para a Promoção da Saúde: - Buchanan, D.
Repensando as origens do bem-estar humano” (2000)
Bem-Estar 

Individual Comunitário
Cultivo de certas virtudes
• Autoconhecimento (disposições de caráter)
• Civilidade (confiança/
(mindfullness) responsabilidade
• Solidariedade social
• Temperança
Matéria fundamentalmente • Cuidado e respeito
(Sophrosine)
ética e política • Justiça

 Não resulta da  fatores de risco, mas de viver uma vida de integridade:


“processo de atualizar um modo integrado de perceber e agir”

Propõe o exercício da razão prática na sociedade civil


Que pessoa queremos ser?
(projetos, aspirações, crenças, escolhas)

Em que sociedade queremos viver?

(justiça, cidadania, direitos sociais,


políticas, ambientes saudáveis)
A Proposta Educativa

Começar de onde as pessoas estão

Inspiração nas concepções pedagógicas de Paulo Freire


Educação Popular em Saúde
- Interação com a cultura popular - diálogo -
- informação - reflexão - participação - expressão -
- criatividade - justiça social - afeto - humanização -

Construção compartilhada do conhecimento



enfrentamento das questões sócio-econômicas e culturais da saúde
(Limites da biomedicina diante da  influência de variáveis
emocionais e sócio-ambientais na saúde)
 Opção filosófico-política pela não opressão (eqüidade social, gênero,
etnia, ecologia,...)
 Além da técnica, processo formativo do humano
“renovação sócio-cultural e sócio-psíquica do cotidiano dos cidadãos”
(Eymard MourãoVasconcelos, 1998)
Exercício de
relações mais
democráticas
entre os
profissionais e a
população

Busca de
diálogo/interação
com a cultura
popular

Experiência de
vida <=> saber
técnico-
científico
“Estilo de Vida” x Condições de Vida:
produção social da saúde/doença
processo de envelhecimento

Politização da Saúde
Dinâmicas de Grupo

Informação
Reflexão e debate

Exercício da participação
Leitura em grupo / discussão das experiências
envolvimento dos coordenadores nas dinâmicas
Estímulo à CRIAÇÃO individual e coletiva
(recorte-colagem, discussão em subgrupos, etc.)
Vivências lúdicas e de relaxamento /
percepção corporal
afeto / amorosidade
Total de grupos e participantes do PPS
do NAI/UnATI - 1996 a 2004

ANOS 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 TOTAL
N° grupos 12 10 05 04 07 06 05 06 02 57
N° idosos 122 95 41 45 65 60 55 67 26 576
E a conversa continua ...
Os Encontros do Projeto (ABERTO A TODOS!)

 4 encontros por ano (educação continuada)


 Temas sugeridos pelos idosos do projeto
 Devolução dos dados da pesquisa de acordo com o tema

Construção do sentido de COMUNIDADE


Temas debatidos
1. Saúde e qualidade de vida (nov/96)
2. Nutrição e envelhecimento (out/97)
3. Atividade física e consciência ecológica (mar/98)
4. Envelhecimento saudável: um bate-papo com a equipe de saúde (dez/08)
5. Saúde oral (jun/99)
6. A pele e envelhecimento: como prevenir os problemas mais comuns (nov/99)
7. Futuro e sentido de vida no envelhecimento (dez/01)
8. ParticipAÇÃO por um mundo melhor (abr/02)
9. Fatores de risco cardiovascular em idosos (06/02)
10. Postura, movimento e bem-estar corporal (09/02)
11. Finitude: perdas e possibilidades no processo de envelhecimento (nov/02)
12. Perda involuntária de urina: problema inevitável na velhice? (jun/03)
13. Envelhecimento e Solidão? Um bate-papo com a equipe do NAI/UnATI (set/03)
14. O convívio entre as gerações (nov/03)
15. Avaliação do Projeto de Promoção da Saúde junto aos idosos
valorização de produções artísticas dos idosos
(coral, poesias, histórias..)
Avaliação do Projeto
O que pensam os idosos?
O que muda ao longo do tempo?
Quem são os idosos do projeto?
 Mulheres são a maioria (93%)
 Idade e escolaridade variadas
 Quase 30% mora na Grande Tijuca mas há
pessoas de todas as áreas do município
 Quase 70% têm moradia própria
 66% são aposentados
 Renda variada (dá na conta certa e sempre
falta um pouco)
saúde

econômico

moradia

transporte

medo violência

preocupação com
filhos e netos

familiar

isolamento/solidão
(Idosos do PPS, em 2001 e 2003)

2003
2001
PROBLEMAS IMPORTANTES DO COTIDIANO
O GES oportunizou novas formas de vivência
do processo de envelhecimento?

 Mudança positiva na maneira de perceber e lidar com a velhice


 Estímulo ao autocuidado
 Reforço da auto-estima / postura diante da vida
 Incentivo e oportunidade de ingresso em novas atividades
 Crescimento pessoal por partilhar problemas e experiências de outros
 Reforço da postura positiva já adotada quanto ao envelhecimento

O valor de “ter uma turma”


Indicadores de saúde e qualidade de vida
dos Idosos do PPS - 2001 / 2003

Atividade física
 Pequena  mas 67% de resposta afirmativa • Maior oferta de programas
(caminhada (39,5%), ginástica (15,8%), biodança (10,5%) mas aquém da demanda

• Espaço urbano desfavorável


80 63 58,5
60
37 41,5 • Interesse / motivação
40

• Cotidiano desestimulador
sim
20
não
0
2001 2003

MOTIVOS DA NÃO REALIZAÇÃO: fazer tudo em casa, falta


de companhia, lugar inadequado para caminhadas, limites do corpo.
IMC - Índice de massa corporal

 Pequena  do sobrepeso mas % de ± 50%;


 Predomínio de variações positivas

• Suporte nutricional
48,8 46,3 Mas,
50
40 29,3 • prazer de comer
26,8
30 21,9
sobrepeso • escape para frustrações
17,5 normal
20 obesidade I • o preparo influencia + ou -
4,8 obesidade II
10 2,4 2,4 obesidade III
• acesso aos alimentos
0
2001 2003
Utilização de serviços preventivos, 2001-2003
Preventivo ginecológico ou urológico
sim não
 Acesso aos
2001 53,7 46,3
serviços

2003 68,3 31,7  Não percepção da


necessidade (idosas)
0 20 40 60 80 100

Avaliação odontológica
sim não

2001 63,4 36,6  Acesso à odontologia NAI

 Restrição da oferta pública


2003 78 22 deste serviço

0 20 40 60 80 100
Saúde e bem-estar subjetivos, 2001-2003
Autopercepção da saúde
Depressão
 Mantém-se alta, em torno de 70%; dores crônicas
 Cresce grupo que passa a responder câncer
negativamente (9,8 para 17,1%);
 Grupo que responde negativamente se mantém
assim. Mas ganhos do acompanhamento
Dificuldades
não revelados por este indicador. de suporte das
famílias
Satisfação com atividades no tempo livre
Insegurança
urbana
 Mantém-se alta mas  90,2 para 82,9%;
 Motivos de insatisfação: falta de cia., falta de motivação,
custo, vontade de mudar a rotina, falta de um “serviço social”.
Saúde e bem-estar subjetivos
Sentimento em relação à vida

100
• Relação com
80 85,4 87,5 autopercepção
60 positiva da saúde e
40 manutenção da
12,2 7,5
20 2,4 5 autonomia de ação
0
2001 2003
• Influência
satisfeito insatisfeito ns/nr
religiosa

“Eu tô andando, faço tudo...”


“A pessoa com 71 anos, andar, raciocinar... É muito gostoso”.
Saúde e bem-estar subjetivos
Sentimento / expectativa em relação ao futuro
80
58,5 62,5
60 menciona expectativas
39
40 30
não menciona mas também não faz
20 afirmações negativas
2,4 3
0 menciona o futuro como negativo
2001 2003

 Percepção de alcance de patamar pouco modificável.

 Insegurança gerada pelo avançar da idade em contexto de


insuficiente ou problemático suporte familiar.
Participação social - 2003
não Espaços formais de participação:
22% • Educação (n=24)
• Serviço religioso (n=23)
• Práticas coletivas ativ. física (n=14)
• Grupos de auto-ajuda e
sim
78% trabalhos voluntários (n=6)

• A maioria freqüenta cultos religiosos


• Barreira acesso a programas (UnATI, pe.)

 Suporte que os grupos e os serviços podem proporcionar >>


elaboração de lutos, perdas, retomadas de perspectivas, aberturas...
Participação política - 2003

 É nula a participação em associações políticas:


visões negativas acerca do “político”.

 Mas as pessoas não estão paradas: experiências de


solidariedade a partir da fé / ações coletivas

Como transformar a força da


participação dos idosos em ações
que concretizem DIREITOS já garantidos
para esta população?
Em síntese:

Certa estabilização das condições


dos idosos pode ser considerada
positiva em função do tempo e das
características positivas do grupo
estudado.
O projeto e os campos
centrais da Promoção da Saúde
 Desenvolvimento de habilidades pessoais
aprendizagem
auto-estima
motivação para a vida
 Reorientação dos serviços de saúde
humanização/afetividade
integralidade da atenção
conceito amplo de saúde
interdisciplinaridade
intersetorialidade (saúde – educação – cultura)
Limites e Desafios

 Políticas públicas saudáveis


 Ambientes favoráveis à saúde
 Reforço da ação comunitária

Desgaste do sentido de política para a população


Experiência histórica dos idosos
Percepção dos limites de melhoria
Não delimitação de um território
Perspectivas

Grupo de Trabalho: equipe e idosos do projeto

planejamento e execução das ações

Capacitar idosos multiplicadores e


desenvolver grupos de base local
Ação sobre o meio
(Qualidade de Vida)

Desafio de pensar e
fazer avançar a
relação indivíduo /
sociedade

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