Вы находитесь на странице: 1из 18

Aristóteles

nmmoreira@anhembi.br
Filosofia Ocidental (linha do tempo)
4000 a.C.: Antiguidade Oriental [Egito, Mesopotâmia, Hebreus, Fenícia,
Pérsia], marca o início da escrita (4000 a.C., o sumério, escrita cuneiforme).

1700 a.C.: Abraão, Isaac e Jacob, patriarcas do povo judeu, estabelecem-se


em Israel.

1100 a.C.: Antiguidade Ocidental, marca o início da civilização grega até sua
dominação pelo Império Romano em 146 a.C. Vai de fato terminar em 476 d.C.
com a queda desse mesmo império.

476 d.C.: até por volta do século XV, marca uma série de eventos e períodos
da história do Ocidente. Desde o início do cristianismo, passando pelo
surgimento do islamismo (16 de julho de 622, Hégira, ou a fuga de Maomé), o
feudalismo, a Igreja Católica e suas cruzadas, o Império Bizantino
Filosofia Ocidental (linha do tempo)
1456: Tomada de Constantinopla, marca o início da Idade Moderna.
Renascimento, grandes navegações, Reforma Protestante, Contra-Reforma,
Iluminismo, Independência dos EUA e a Revolução Industrial.

1789: no dia 26 de agosto aprova-se a Declaração dos Direitos do Homem e do


Cidadão, documento resultante da Revolução Francesa, marca o início do que
entendemos como contemporaneidade ou Idade Contemporânea, com o início
do sistema capitalista. A partir daí temos as revoluções burguesas, as
independências nas Américas, o Congresso de Viena, a 2ª Revolução Industrial,
marcada pelas reivindicações das causas operárias, a I Guerra Mundial, a
Revolução Russa, a II Guerra Mundial, o início da popularização dos meios de
comunicação de massa, a Guerra Fria, a corrida espacial, a queda do muro de
Berlim, o fim do socialismo. E, com a entrada do século XXI, a popularização da
internet, o ataque as Torres Gêmeas e o início de uma nova forma de terrorismo
global.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).

Estagíra, (384-322 a.C.) Fundou a escola Peripatética.

 Nasceu em Estagíra, na Calcídica (região dependente da Macedônia). Seu


pai era médico de Filipe, rei da Macedônia. Mais tarde. Alexandre, filho de
Felipe, foi discípulo de Aristóteles até o momento em que precisou assumir
precocemente poder e continuar a expansão do império.

 Frequentou a Academia de Platão e a fidelidade ao mestre foi entremeada


por críticas que mais tarde justificaria dizendo: "Sou amigo de Platão, mas
mais amigo da verdade". Sua extensa obra forma um dos grandes sistemas
filosóficos cuja importância se encontra tanto na abrangência dos assuntos
abordados como na interligação rigorosa e nas partes constitutivas.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
 Aristóteles retoma a problemática do conhecimento e se preocupa em definir
a ciência como conhecimento verdadeiro, conhecimento pelas causas, capaz
de superar enganos da opinião e de compreender a natureza do devir. Mas
ao analisar a oposição entre o mundo sensível e o inteligível segundo a
tradição de Heráclito, Parmênides e Platão, Aristóteles recusa as soluções
apresentadas e critica pormenorizadamente o mundo "separado" das ideias
platônicas.

 A teoria aristotélica se baseia em três distinções fundamentais, que


passamos a descrever simplificadamente: substância-essência-acidente-
potencia; forma-matéria, que por sua vez desembocam na teoria das quatro
causas. Aristóteles "traz as ideias do céu à terra": o mundo das ideias de
Platão, fundindo o mundo sensível e o inteligível no conceito da substância,
enquanto "aquilo que é em si mesmo, ou enquanto suporte dos atributos.
Ora, quando dizemos algo de uma substância podemos nos referir a
atributos que lhe convém de tal forma que, se lhe faltassem, a substância
não seria o que é.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
 Designamos esses atributos de essência propriamente dita, e chamamos de
acidente o atributo que a substância pode ter ou não, sem deixar de ser o
que é então, a substância individual "este homem" tem como características
essenciais os atributos pelos quais este homem é homem (Aristóteles diria, a
essência do homem é a racionalidade) e outros, acidentais (como ser gordo,
velho ou belo), atributos esses que não mudam o ser do homem em si.

 No entanto, o problema das transformações dos seres ainda não se resolve


com os conceitos de essência e acidente, e por isso Aristóteles recorre às
noções forma e matéria. Matéria é o princípio indeterminado de que o mundo
físico é composto, é "aquilo de que é feito algo", o que não coincide
exatamente com o que nós entendemos por matéria, na física, por se
caracterizar pela indeterminação. Forma é "aquilo que faz com que uma
coisa seja o que é".
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
 Todo ser é constituído de matéria e forma, princípios indissociáveis.
Enquanto a forma é o princípio inteligível, a essência comum aos indivíduos
da mesma espécie, pela qual todos são o que são, a matéria é pura
passividade, contendo a forma em potência. Numa estátua, por exemplo, a
matéria (que nesse caso é a matéria segunda, pois já tem alguma
determinação) é o mármore; a forma é a ideia que o escultor realiza na
estátua.
 É através da noção de matéria e forma que se explica o devir. Todo ser tende
a tornar atual a forma que tem em si como potência. Assim, a semente,
quando enterrada, tende a se desenvolver e se transformar no carvalho que
era em potência.
 Percebe-se aí o recurso aos dois outros conceitos, de ato e potência, que
explicam como dois seres diferentes podem entrar em relação, agindo um
sobre o outro. O conceito de potência não deve ser confundido com força,
mas sim com a ausência de perfeição em um ser capaz de vir a possuí-la,
Pois uma potência é a capacidade de tornar-se alguma coisa e, para tal, é
preciso que sofra a ação de outro ser já em ato. A semente que contém o
carvalho em potência foi gerada por um carvalho em ato.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
 O movimento é, pois, a passagem da potência para o ato. O movimento é "o
ato de um ser em potência enquanto tal", é a potência se atualizando. Tais
considerações levam à distinção dos diversos tipos de movimento e às
causas do movimento ou teoria das quatro causas: as mudanças derivam da
causa material, da causa formal, da causa eficiente e da causa final.

 Mesmo ainda considerando o postulado parmenídeo de que o ser é idêntico


ao pensar, Aristóteles pôde superar Parmênides e Platão ao usar os
conceitos acima expostos, pelos quais se compreende a imutabilidade e a
mudança, o acidental e o essencial, o individual e o universal. Se conhecer é
lidar com conceitos universais, é também aplicar esses conceitos a cada
coisa individual. Com isso, nem é preciso justificar a imobilidade do ser, nem
criar o mundo das essências imutáveis,
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
DEUS COMO ATO PURO

 Toda a estrutura teórica da filosofia aristotélica desemboca na teologia. A


descrição das relações entre as coisas leva ao reconhecimento da existência
de um ser superior e necessário, ou seja, Deus. Isso porque, se as coisas
são contingentes, já que não têm em si mesmas a razão de sua existência, é
preciso concluir que são produzidas por causas a elas exteriores. Assim, todo
ser contingente foi produzido por outro ser, que também é contingente e
assim por diante.

 Para não ir ao infinito na sequência de causas, é preciso admitir uma


primeira causa, por sua vez incausada, um ser necessário (e não
contingente). Esse Primeiro Motor (imóvel, por não ser movido por nenhum
outro) é também um puro ato (sem nenhuma potência). Chamamos Deus ao
Primeiro Motor Imóvel, Ato Puro, Ser Necessário, Causa Primeira de todo
existente.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 Vimos como a filosofia grega, desde o momento em que se destaca do


pensamento mítico, elabora conceitos para instrumentalizar a razão no
esforço de compreensão do real. Entre as diversas e importantes
contribuições do pensamento grego, destaca-se o caminho percorrido por
Parmênides, Platão e Aristóteles na busca dos conceitos que explicassem o
ser em geral e que hoje reconhecemos como sendo o assunto tratado pela
parte da filosofia denominada metafísica.
 Há uma curiosidade em torno da origem do nome metafísica. Embora
sempre façamos referência à metafísica de Aristóteles, ele próprio usava a
denominação filosofia primeira. O termo metafísica surgiu no século 1 a.C.,
quando Andrônico de Rodes, ao classificar as obras de Aristóteles, colocou a
Filosofia primeira depois das obras de Física, Meta Física, ou seja, "depois
da Física".
 De qualquer forma, nada impediu que esse "depois", puramente espacial,
fosse considerado "além", no sentido de tratar de assuntos que transcendem
a física, que estão além dela porque ultrapassam as questões postas a partir
do conhecimento do mundo sensível. Portanto, no sentido pelo qual o
conhecemos hoje, o termo só começou a ser aplicado a partir do século V da
nossa era.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 A filosofia primeira não é primeira na ordem no conhecer, já que partimos do


conhecimento sensível, mas a que busca as causas mais universais (e
portanto as mais distantes dos sentidos) e que são as mais fundamentais na
ordem real. Trata -se da parte nuclear da filosofia, onde se estuda "o ser
enquanto ser isto é, o ser independentemente de suas determinações
particulares.
 É a metafísica que fornece a todas as outras ciências o fundamento comum,
o objeto ao qual todas se referem e os princípios dos quais dependem. Ou
seja, todas a ciências se referem continuamente ao ser e a diversos
conceitos ligados diretamente a ele, tais como quantidade, oposição,
diferença, gênero, espécie, todo, parte, perfeição, unidade, necessidade,
possibilidade , realidade etc.
 Mas nenhuma ciência examina tais conceitos. E nesse sentido que
consideramos que o objeto da metafísica consiste em examinar o ser e suas
propriedades.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 Aristóteles, discípulo de Platão, foi suficientemente crítico para ir além do


mestre. Recusando o idealismo do mundo das ideias, admite que só o
homem concreto existe. Quanto ao movimento, parte da constatação da sua
existência, explicando-lhe a origem e a natureza.

 Por trás das afirmações da ciência aristotélica há uma série de noções


metafísicas, quanto à natureza dos corpos e do movimento. Para Aristóteles,
o movimento é explicado pelas noções de matéria-forma e ato-potência.
Enquanto toda substância é constituída pela forma, princípio inteligível pelo
qual todo ser é o que é, a matéria é indiferenciada, é pura passividade,
possuindo a forma em potência. Para passar da potência para o ato, é
preciso que um ser já em ato atualize o ser em potência. Assim, a semente,
quando enterrada, tende a se desenvolver e a se transformar no carvalho
que era em potência.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 O movimento é, pois, a passagem da potência para o ato. O movimento é "o


ato de um ser em potência enquanto tal", é a potência se atualizando.
Aristóteles não se refere apenas ao conceito de movimento local. Movimento
também pode ser compreendido como movimento qualitativo, pelo qual o
corpo tem uma qualidade alterada, por exemplo, quando o analfabeto
aprende a ler. Ou, ainda, como movimento quantitativo da planta que cresce,
pois há alteração de tamanho.
 Há também a mudança substancial, pela qual um ser começa a existir
(geração) ou deixa de existir (destruição das essências). Ainda mais: se
Aristóteles considera que o movimento é a passagem da potência para o ato,
é preciso examinar os tipos de causa que ocasionam o devir. Para explicar
esse processo, lembremos o exemplo do artesão esculpindo uma estátua,
atividade em que podemos distinguir quatro causas: a causa material é o
mármore; a causa eficiente é o escultor; a causa formal é a forma que a
estátua adquire; e a causa final é o motivo ou a razão pela qual a matéria
passa a ter determinada forma, ou, dito de outra maneira, é a finalidade para
a qual a estátua foi feita.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 Ou seja: a causa material é aquilo de que uma coisa é feita; a eficiente é


aquilo com que a coisa é feita; a formal é aquilo que a coisa vai ser; a final é
aquilo para o qual a coisa é feita. Convém lembrar que nem sempre é fácil
distinguir (mesmo para Aristóteles) as diferenças entre a causa formal e a
final.
 A física geral é a ciência que trata do ser em movimento. Já explicitamos os
pressupostos metafísicos da teoria do devir e das quatro causas, elaborados
com a finalidade de superar as ilusões dos sentidos.
 Para Aristóteles, os corpos são classificados a partir da teoria dos quatro
elementos, elaborada pelo pré-socrático Empédocles, segundo a qual os
elementos constitutivos de todos os seres são: terra, água, ar e fogo. Essa
teoria foi aceita até o século XVIII, quando Lavoisier demonstrou que não se
tratava de elementos, mas de substâncias compostas.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA
 No universo aristotélico, todos os corpos estão dispostos de modo bem
determinado. possuindo um lugar natural conforme sua essência. Segundo a
teoria da queda dos corpos, o peso e a leveza são qualidades dos corpos e
determinam formas diferentes do movimento. Então, a terra e a água, por
serem corpos pesados, têm o lugar natural embaixo; o ar e o fogo, sendo
leves, têm o lugar natural em cima.
 Consequentemente, o movimento natural é aquele em que as coisas
retornam ao seu lugar natural, na ordem estática do cosmos. Uma vez no
seu lugar natural, o ser estará realizado e permanecerá em repouso.
 Para os gregos, portanto, não há necessidade de explicar o repouso, pois a
própria natureza do corpo o explica. O que precisa ser compreendido é o
movimento: a ordem natural pode ser alterada por um movimento violento
causado pela aplicação de uma força exterior. Enquanto o movimento natural
é o da pedra que cai, do fogo que sobe, o movimento violento é o da pedra
lançada para cima, da flecha arremessada pelo arco. Esse movimento
necessita, durante toda sua duração, de um motor unido ao móvel, de modo
que, suprimido o motor, cessará o movimento.
Aristóteles Os próximos slides tem como base os livros de
Mondin (1983) e Aranha;Martins (1993).
A METAFÍSICA

 Isso é fácil de explicar no caso do cavalo que puxa carroça, mas o exemplo
do arremesso de projétil requer de Aristóteles alguns artifícios: ao lançar a
pedra, a mão comunica o seu próprio poder ao ar próximo a ela, provocado
um turbilhão que mantém a pedra em movimento; esse poder comunica-se
por contiguidade e, porque a intensidade diminui a cada transmissão, o
movimento acaba cessando, pelo movimento natural o corpo retorna ao lugar
natural. Mais adiante veremos como a física qualitativa de Aristóteles,
baseada na análise da essência dos corpos pesados e leves, será alterada
pelas inovações introduzidas por Galileu, no século XVII.
Bibliografia
ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando:
Introdução à Filosofia. São Paulo: Moderna, 1993.

HEIDEGGER, Martin. Introdução à Filosofia. São Paulo: Martins Fontes, 2009.

MONDIN, Battista. Curso de Filosofia, vol. I. São Paulo: Paulinas, 1983.

________. Curso de Filosofia, vol. II. São Paulo: Paulinas, 1983.

________. Curso de Filosofia, vol. III. São Paulo: Paulinas, 1983.


Obrigado.

Profa.Dra. Nádia Lebedev

Escola de Comunicação

Вам также может понравиться