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O texto publicitário exemplifica de modo criativo algumas das correções que deverão ocorrer, a partir de 2009,
com a nova reforma ortográfica. No caso da palavra “para” a correção deverá ser feita porque não será mais
(A)acentuado o ditongo aberto de palavras paroxítonas.
(B)utilizado o trema nos dígrafos, a não ser em nomes próprios.
(C)utilizado o acento que diferencia o verbo da preposição.
(D)acentuada a terceira pessoa do plural do subjuntivo de alguns verbos.
R: alternativa C
HABILIDADE: H17 - Organizar em uma dada sequência proposições desenvolvidas pelo autor em um texto
argumentativo. (GII)
Acabamos de comemorar o menor desmatamento da Floresta Amazônica dos últimos três anos: 17 mil quilômetros quadrados. É quase a
metade da Holanda. Da área total já desmatamos 16%, o equivalente a duas vezes a Alemanha e três Estados de São Paulo. Não há
motivo para comemorações. A Amazônia não é o pulmão do mundo, mas presta serviços ambientais importantíssimos ao Brasil e ao
Planeta. Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela
natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação
da temperatura do Planeta.
Depois de tombada na sua pujança, estuprada por madeireiros sem escrúpulos, ateiam fogo às suas vestes de esmeralda abrindo
passagem aos forasteiros que a humilham ao semear capim e soja nas cinzas de castanheiras centenárias.
Como no passado, enxergamos a Floresta como um obstáculo ao progresso, como área a ser vencida e conquistada. Um imenso estoque
de terras a se tornarem pastos pouco produtivos, campos de soja e espécies vegetais para combustíveis alternativos ou então uma fonte
inesgotável de madeira, peixe, ouro, minerais e energia elétrica. O desmatamento e o incêndio são o símbolo da nossa incapacidade de
compreender a delicadeza e a instabilidade do ecossistema amazônico e como tratá-lo.
Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semiabandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a
necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos
valiosos recursos naturais.
Portanto, a nosso ver, como único procedimento cabível para desacelerar os efeitos quase irreversíveis da devastação, segundo o que
determina o § 4º, do Artigo 225 da Constituição Federal, onde se lê:
“A Floresta Amazônica e patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de condições que assegurem a preservação
do meio ambiente, inclusive quanto ao uso dos recursos naturais”.
Assim, deve-se implementar em níveis Federal, Estadual e Municipal A INTERRUPÇÃO IMEDIATA DO DESMATAMENTO DA FLORESTA
AMAZÔNICA. JÁ!
É hora de enxergarmos nossas árvores como monumentos de nossa cultura e história.
SOMOS UM POVO DA FLORESTA!
Fonte: CARTA aberta de artistas brasileiros. Amazônia para sempre. Disponível em: <http://www.amazoniaparasempre.com.br/TPManifesto.html>. Acesso em: 23 ago. 2008.
O texto apresentado é uma carta aberta, divulgada na internet e assinada por diversos artistas em
prol da preservação da Amazônia. Em meio aos argumentos que defendem a opinião dos autores,
várias alternativas de intervenção são apontadas.
Figura como primeira proposição do texto:
R: Alternativa C. (1º parágrafo) Essa vastidão verde que se estende por mais de cinco
milhões de quilômetros quadrados é um lençol térmico engendrado pela
natureza para que os raios solares não atinjam o solo, propiciando a vida da
mais exuberante floresta da terra e auxiliando na regulação da
temperatura do Planeta.
HABILIDADE: H20 - Inferir o sentido de operadores discursivos ou de processos persuasivos utilizados
em um texto argumentativo. (GIII)
Como texto argumentativo, a carta contém diversos dados numéricos: o menor número de quilômetros
desmatados na Amazônia nos últimos três anos, a área total já devastada, a extensão das terras disponíveis no
país etc. A apresentação de dados concretos é importante para esse tipo de texto porque
R: alternativa A
HABILIDADE: H17 - Organizar em uma dada sequência proposições desenvolvidas pelo autor em um texto
argumentativo. (GII).
O VOTO OBRIGATÓRIO
RIO DE JANEIRO – Recente pesquisa divulgada na semana que acaba revelou que grande parcela do eleitorado
nacional é contra o voto obrigatório. Não se trata, ainda, de maioria, mas de simples tendência que está indicando a
conveniência de uma discussão formal sobre o assunto. O voto obrigatório é a causa principal que cria os currais
eleitorais, os votos de cabresto. Por um motivo qualquer, o cidadão não tem interesse na vida pública, por falta de
educação ou por excesso dela. Obrigado a votar, para não sofrer sanções que não chegam a ser punitivas mas apenas
incômodas, cumprem o chamado dever cívico com má vontade, votando em qualquer um, ou em candidatos
extravagantes que nem chegam a ser candidatos, como no caso do bode Cheiroso. Grandes massas de eleitores,
sobretudo nas cidades pequenas, são facilmente manobradas por coronéis e donos de redutos que formam os grotões –
tradicional fonte de votos para políticos fisiológicos que tentam a vida pública para a realização de uma carreira pessoal
problemática. Até mesmo no caso da eleição para presidente da República, quando o eleitorado recebe maiores
esclarecimentos e está em jogo uma esperança, os indecisos e nauseados são cada vez em maior número, criando a
realidade da “boca de urna”, o voto de última hora, apenas para cumprir o dispositivo do voto obrigatório. Nem vale a
pena citar os países de tradição democrática em que votar ou não votar é um direito do cidadão livre. Sob regimes
ditatoriais, a presença dos eleitores nas urnas chega a 99%.
Fonte: CONY, Carlos Heitor. O voto obrigatório. Folha de S. Paulo. São Paulo, 17 ago. 2008. Opinião. (Fragmento)
No texto, há uma série de consequências negativas, trazidas pela obrigatoriedade do voto nas eleições brasileiras. Ao
fazer suas proposições, o enunciador elenca alguns “tipos” de voto. A sequência em que estes aparecem no texto é:
R: alternativa C
HABILIDADE: H34 - Identificar recursos semânticos expressivos (antítese, personificação, metáfora, metonímia)
em segmentos de um poema, a partir de uma dada definição. (GI)
DA MORTE IV
Fundo (adjetivo)
1.que está abaixo da superfície ou do nível; que tem
profundidade
R: alternativa A Alto (adjetivo)
1.de altura superior à média; de grande dimensão vertical.
2.consideravelmente acima do solo; que está ou sobe a grande
distância da superfície terrestre
HABILIDADE: H34 - Identificar recursos semânticos expressivos (antítese, personificação,
metáfora, metonímia) em segmentos de um poema, a partir de uma dada definição. (GI)
R: alternativa C
HABILIDADE: H34 - Identificar recursos semânticos expressivos (antítese, personificação, metáfora,
metonímia) em segmentos de um poema, a partir de uma dada definição. (GI)
[...]
Felizmente D. Camila tinha dado a suas filhas a mesma vigorosa educação que recebera; a antiga educação
brasileira, já bem rara em nossos dias, que, se não fazia donzelas românticas, preparava a mulher para as
sublimes abnegações que protegem a família, e fazem da humilde casa um santuário.
Mariquinhas, mais velha que Fernando, vira escoarem-se os anos da mocidade, com serena resignação. Se
alguém se lembrava de que o outono, que é a estação nupcial, ia passando sem esperança de casamento,
não era ela, mas a mãe, D. Camila, que sentia apertar-se-lhe o coração, quando lhe notava o desbote da
mocidade.
Também Fernando algumas vezes a acompanhava nessa mágoa; mas nele breve a apagava o bulício1 do
mundo.
Nicota, a mais moça e também mais linda, ainda estava na flor da idade; mas já tocava aos vinte anos, e
com a vida concentrada que tinha a família, não era fácil que aparecessem pretendentes à mão de uma
menina pobre e sem proteções. Por isso cresciam as inquietações e tristezas da boa mãe, ao pensar que
também esta filha estaria condenada à mesquinha sorte do aleijão social, que se chama celibato2.
Quando Fernando chegou à maioridade, D. Camila nele resignou a autoridade que exercia na casa, e a
administração do módico3 patrimônio que ficara por morte do marido, e que embora partilhado nos autos,
ainda estava intacto e em comunhão. [...]
ALENCAR, José de. Senhora: perfil de mulher. 6. ed. São Paulo: FTD, 1999. p. 42-43. (Coleção Grandes leituras). (adaptado)
Vocabulário:
1 bulício. S. m. Ausência de tranquilidade, agitação; movimentação de coisas e pessoas; burburinho.
2 celibato. S.m. O estado de uma pessoa que se mantém solteiro.
3 módico. S.m. Exíguo, pequeno, reduzido, modesto.
Em: “[...] preparava a mulher para as sublimes abnegações que protegem a família, e fazem da
humilde casa um santuário.” .encontra-se a figura de linguagem:
(A) Gradação.
(B) Metonímia.
(C) Antítese.
(D) Metáfora.
(A) comparação. Ex: A felicidade é como a gota / De orvalho numa pétala de flor...
(B) metonímia. Ex: A felicidade do pobre parece / A grande ilusão do carnaval...
(C) personificação. Ex: A felicidade é como a pluma / Que o vento vai levando pelo ar...
(D) metáfora. Ex: A felicidade é uma coisa louca / Mas tão delicada, também...
R: alternativa A
HABILIDADE: H41 - Comparar e confrontar pontos de vista diferentes relacionados ao texto literário, no que
diz respeito a histórias de leitura; deslegitimação ou legitimação popular ou acadêmica; condições de
produção, circulação e recepção; agentes no campo específico (autores, financiadores, editores, críticos e
leitores). (GII)
No texto a seguir, fragmento do conto “Casa velha”, publicado em 1885, D. Antônia, viúva de um exministro de D.
Pedro I, e um velho cônego da Capela Imperial conversam. A “menina” citada é uma agregada que, após ficar órfã, foi
criada por D. Antônia. O ano é 1839.
Texto 1
Casa velha Machado de Assis
Quer ouvir por que razão não podem casar? Porque não podem. Não lhe nego nada a respeito dela; é muito boa
menina, dei-lhe a educação que pude, não sei se mais do que convinha, mas, enfim, está criada e pronta para fazer a
felicidade de algum homem. Que mais há de ser? Nós não vivemos no mundo da lua, Reverendíssimo. Meu filho é
meu filho, e, além desta razão, que é forte, precisa de alguma aliança de família. Isto não é novela de príncipes que
acabam casando com roceiras, ou de princesas encantadas. Faça-me o favor de dizer com que cara daria eu
semelhante notícia aos nossos parentes de Minas e de São Paulo?
Fonte: MACHADO DE ASSIS, Joaquim Maria. Casa velha. Rio de Janeiro: Livraria Garnier. 1999. (excerto).
Texto 2
“Ao contar suas histórias, Machado de Assis escreveu e reescreveu a história do Brasil no século
XIX”.
Fonte: CHALHOUB, Sidney Machado de Assis, historiador. São Paulo Companhia das Letras, 2003 (fragmento)
R: alternativa C
HABILIDADE: H14 – Identificar componentes do texto argumentativo, como por exemplo: argumento/
contra-argumento, problema/solução, definição/exemplo, comparação, oposição, analogia, ou
refutação/proposta. (GI)
R: alternativa B
E Debret ficou sendo, mesmo sem o saber e até hoje, o melhor
ilustrador para o romance de Almeida, da mesma forma que os
desenhos de Hogarth deram vida aos personagens e cenários de “Tom
Jones”.
HABILIDADE: H33 - Aplicar conhecimentos relativos a regularidades observadas em processos de derivação como
estratégia para solucionar problemas de ortografia, com base na correlação entre definição/exemplo. (GIII)
(A)Consumo.
(B)Terapêutica.
(C)Esporte.
(D)Vitrines.
R: alternativa A
HABILIDADE: H27 - Identificar, em um texto, as marcas linguísticas que expressam interesses políticos,
ideológicos e Econômicos. (GI)
Pedidos de asilo na Europa e, 2015 mais que dobram em relação a
2014.
O número de pedidos de asilo nos países da União Europeia chegou a
1,25 milhão em 2015, mais que o dobro das 562 mil solicitações do ano
anterior, segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (4) pela Eurostat,
agência de estatísticas da UE. A cifra põe ainda mais pressão sobre os
líderes europeus para uma política coordenada de ajuda aos refugiados,
em especial sobre a chanceler alemã, Angela Merkel. Nesta sexta, ela se
reuniu em Paris com o presidente francês, François Hollande, para buscar
uma cooperação maior do país vizinho sobre o tema.
A Alemanha foi o país que mais recebeu solicitações no ano passado:
441,8 mil, o equivalente a 35% do total do bloco. Em seguida aparecem
Hungria (174,4 mil), Suécia (156,1 mil) e Áustria (85,5 mil). Assolada por
uma guerra civil desde 2011, a Síria é a origem de quase um terço dos
refugiados que buscam permanência na UE. Em 2015, foram 362,7 mil
pedidos (29% do total). Também atingidos por conflitos internos, os afegãos Refugiados logo após chegarem ao porto de Mitilene,
responderam por 178,2 mil solicitações (14%), e os iraquianos, 121,5 mil na ilha de Lesbos, Grécia.
(10%). O principal desafio das autoridades europeias tem sido dar resposta
rápida a um fluxo migratório tão intenso. O relatório da Eurostat diz que as
solicitações ainda pendentes somaram 922,8 mil em 2015, 88,5% a mais
que em 2014. O encontro desta sexta entre Merkel e Hollande foi uma
preparação para uma cúpula extraordinária da UE sobre refugiados na
próxima segunda-feira (7), em Bruxelas, com participação da Turquia. O
pais não faz parte da UE, mas tem sido cobrado para reforçar o controle
em suas fronteiras por ser a principal rota de passagem dos sírios rumo à
Europa.
JULIANO MACHADO, de Berlim - 04/03/2016 , 08h40 - Atualizado às
19h03. Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/mundo/2016/03/1746246-pedidos-de-asilo-na-europa-em-2015 -mais-que-dobram-em-relacao-a-2014.shtml. Acesso em: 20out.2016)
No texto jornalístico é comum o uso de orações subordinadas adverbiais conformativas como
recurso que isenta o jornalista da responsabilidade das informações dadas. No texto
apresentado, é possível observar esse procedimento na frase.
R: alternativa D
HABILIDADE: H50 - Articular conhecimentos literários e informações textuais, inclusive as que
dependem de pressuposições e inferências (semânticas e pragmáticas) autorizadas pelo texto, para
explicar ambiguidades, ironias, expressões figuradas, opiniões ou valores implícitos. (GIII)
Fonte: PAES, José Paulo. Lisboa. In: ______. A poesia está morta mas juro que não fui eu. São Paulo: Duas Cidades, 1988. p. 40.
Caricatura: substantivo feminino
1.desenho de pessoa ou de fato que, pelas deformações obtidas por um traço
cheio de exageros, se apresenta como forma de expressão grotesca ou jocosa.
2.figurado (sentido)figuradamente reprodução deformada de alguma coisa.
R: alternativa A
jocoso: adjetivo
que provoca o riso; engraçado, divertido,
cômico
HABILIDADE: H11 – Inferir propostas subentendidas do autor para a resolução de determinado
problema, com base na compreensão global do texto. (GIII)
O documentário sobre crianças no tráfico, recentemente visto em todo o país, não é de provocar opiniões mas
de dilacerar o coração, que anda de sobressalto em sobressalto. [...] Assisti ao documentário encolhida, e
tantos dias depois ainda não consegui me sentir inteira. Nunca mais serei a mesma, depois de testemunhar
aquilo, e não sei de documentário mais importante neste mundo de Deus. Aqueles meninos banguelas,
aquelas meninas magrelas, aquelas vozes arrastadas de sono e droga, aqueles rostos ocultos de série medo
ou enfrentando impassíveis, aqueles olhares pedintes ou ferozes, mas muito mais pedintes, feriram como mil
punhais qualquer pessoa que não estivesse demais embotada.
Espero que essa ferida seja para sempre. Desejo que nunca, nem um dia, a gente esqueça. Eu não quero
esquecer, pois, sem usar drogas nem conviver com traficantes, indiretamente, como todo brasileiro, fui
responsável pela vida e pela morte deles, pois todos, menos um, já morreram. Nós os matamos.
Vou pensar todos os dias que continuam morrendo crianças iguais àquelas, que poderiam ser meus filhos,
teus filhos, nossos filhos. Eram nossos, aqueles meninos e meninas, sonados, ferozes ou tristíssimos, que a
gente tem vontade de botar no colo e confortar. Mas confortar com o quê? E aquela arma, e aquelas drogas, e
aquela infelicidade, e aquela desesperança? Fazer o quê?
Espero que essa ferida e essa vergonha nos deem alguma ideia salvadora e nos levem a uma
postura determinada, que gere ações efetivas, eficientes, reais. Não promessas, não seminários com
sociólogos, religiosos, psicólogos e antropólogos, médicos e, quem sabe, policiais. Não entrevistas
comovidas e comoventes em televisão e jornais, mas atitudes e ações. Não acredito que elas
aconteçam: deixamos que o problema se alastrasse demais, permitimos a guerra civil. Nos
assustamos um pouco, aqui e ali interrompemos a dança insensata e nos emocionamos, mas nada
além disso. A ferida aberta pelo documentário e pela realidade talvez continue incomodando. Contra
ela só há dois remédios: agir ou alienar-se mais. Desejo que ela nos machuque feito brasa ardente,
até o fim da nossa miserável vida.
Fonte: LUFT, Lya, Os meninos do tráfico. Vega, São Paulo, p 22. 5 abr 2006. (com cortes].
Para a autora do texto, a única forma de resolver os problemas registrados pelo documentário ao
qual ela se refere é
(A)provocar opiniões comovidas e dilacerantes.
(B)enfrentar impassivelmente os olhares pedintes ou ferozes.
(C)confortar com o colo as vítimas infelizes e desesperadas.
(D)assumir posturas atuantes e eficientes.
R: alternativa D
HABILIDADE: H19
- - Inferir a tese de um texto argumentativo, com base na argumentação construída pelo autor.
(GIII