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Universidade de Brasília - UnB

Departamento de Engenharia Civil e Ambiental


Programa de Pós-Graduação em Geotecnia

Márcio Muniz de Farias, PhD

Brasília, Outubro 2010


A estabilização de um solo corresponde a qualquer processo,
natural ou artificial, pelo qual um solo, sob o efeito de cargas
aplicadas, se torna mais resistente à deformação e à ruptura, do
que o solo original.

Tais processos consistem em Resistência


modificar as características do
sistema solo-água-ar com a
finalidade de se obter Deformabilidade
propriedades de longa duração
compatíveis com uma aplicação
particular Permeabilidade

2
Físico-química

Estabilização Estabilização
granulométrica
Mecânica
Compactação

Das propriedades do solo no estado natural


Das propriedades desejadas para o solo estabilizado
Dos efeitos no solo após a estabilização
3
Os métodos mecânicos são aqueles em que não se adiciona
nenhum material estranho ao solo. Envolvem:

A redução de volume de vazios in situ do solo

A mistura de tipos de solos diferentes

A drenagem, mantendo o teor de umidade constante

Em geral estas técnicas são combinadas com a COMPACTAÇÃO


4
Mistura de dois ou mais solos visando obter um material com
distribuição granulométrica desejada tal que o material
resultante se mantenha volumetricamente estável e que
apresente ganho de resistência.

Tipos de solos – Relação entre as frações granulométricas

Solos com pouco finos


Estabilidade a partir do contato grão a grão

Baixa densidade
Permeabilidade elevada
Difícil trabalhabilidade
5
Solos com finos suficientes para preencher os vazios

Alta estabilidade a partir do contato grão a


grão
Alta densidade
Permeabilidade baixa
Dificuldade moderada de compactação

Resistência ao cisalhamento relativamente alta

6
Solos com grande quantidade de finos

Sem contato grão a grão

Baixa densidade
Praticamente impermeável
Estabilidade é afetada pelas condições hídricas

Boa trabalhabilidade

7
Aplicação de pressão, impacto, amassamento ou vibração. É
um processo mecânico usado para diminuir o volume de vazios
do solo.

O solo vai tornando-se impermeável – dificultando a percolação de água

Aumenta a capacidade de suportar cargas e o solo deforma menos

8
Dentre os inúmeros métodos de estabilização de solos para
fins construtivos, o que tem sido identificado como mais
prático e eficiente é a estabilização química.

Tanto as interações químicas, quanto as físico-químicas e


físicas, podem ocorrer no processo de estabilização.

A estabilização química inclui, também, aqueles métodos


nos quais um ou mais compostos são adicionados ao solo
com o objetivo de estabilizá-lo.

9
Mudança de temperatura/fase
• Decréscimo de temperatura e solidificação de betume quente misturado
com o solo

Hidratação
• Cimentação e endurecimento devido à hidratação de cimento Portland

Evaporação
• Secagem de solos

Adsorção

10
A troca iônica
• Processos complexos de mudança da adsorção nas partículas de solo –
troca de bases

Precipitação
• Misturas de duas soluções produzindo um novo componente capaz de
exercer um efeito estabilizante

Polimerização
• Sobre certas condições a interação de alguns componentes simples
produzem novos componentes – moléculas grandes – que exercem a ação
estabilizante

Oxidação
11
As misturas de aditivos químicos ao solo visam a melhorar a
estabilidade volumétrica, a resistência e as propriedades tensão-
deformação dos solos.

Os tipos mais comuns de reações químicas utilizadas para


estabilizar solos são reações de troca catiônica com partículas
de argila e reações cimentícias e pozolânicas.

Os agentes químicos mais comumente utilizados para


estabilização de solos incluem cal, cimento Portland, cinza
volante, etc.

12
Tipos de Cales utilizado para estabilizar um solo
As rochas calcárias se dividem em: calcíticas (predomina o CaCO3=carbonato de
cálcio); magnesianas (predomina o MgCO3=carbonato de magnésio); dolomíticas
(predomina o carbonato duplo de cálcio e magnésio CaMg(CO3)2 ;
A cal é o produto da calcinação de rochas calcárias britadas. A temperatura de
calcinação (queima a uma temperatura inferior à de fusão) do calcário é de 850 a
900 °C.
CaCO3 + 21 kcal ↔CO2 + CaO (cal viva)

CaO + H2O → calor +Ca(OH)2 (cal hidratada)

Além dessa cal, chamada de cal hidratada cálcica, podemos ter cais dolomíticas (ricas
em magnésio).
Ca(OH)2 + MgO (cal dolomítica mono-hidratada)

Ca(OH)2 + Mg(OH)2 (cal dolomítica di-hidratada) 13


Exame estereoscópico com lupa óptica (Guimarães, 2010)

b) Cal: 1) impureza argilo-limonítica e


a) Calcário: 1) grão com cobertura 2) cristal de calcita não transformado
ferruginosa e 2) grão de cor cinza; em hidróxido.
15
Microscopia Eletrônica de Varredura (Guimarães, 2010)

Imagem da Amostra de Pó de Cal:


a) Ampliação de 1000X.; b) Ampliação de 5000X
16
solo
Mecanismo
Solo Cal de estabilização solo-cal (Ingles & Metcalf, 1972)

Fase rápida (minutos a dias, podendo em alguns casos levar meses)

• Troca catiônica
• Adsorção de moléculas de hidróxido de cálcio – Ca (OH)2
• Floculação

Fase lenta - reações pozolânicas (semanas a anos)

• Cimentações silicosa, aluminosa e ferruginosa


• Reações pozolânicas
• Carbonatação

18
Fase Cal
Solo Rápida

• Adsorção de moléculas de
hidróxido de cálcio – Ca (OH)2
• Troca catiônica  mudança na
plasticidade
Fonte: ABCP (1996)

• Floculação:

CaO e MgO  Elevação do pH  Aglomeração


 Mudança de granulometria

19
Fase Cal
Solo Lenta
• Cimentações (silicosa, aluminosa e ferruginosa) e
reações pozolânicas :
 melhora no comportamento mecânico
(aumento de rigidez e resistência) Fonte: ABCP (1996)

Algumas reações típicas solo-cal:

Ca(OH)2 → Ca++ + 2(OH)-

Ca++ + 2(OH)- + SiO2 (sílica da argila) → CSH

Ca++ + 2(OH)- + Al2O3 (alumina da argila) → CAH

• Carbonatação

20
Mecanismo
Solo Cal de estabilização solo-cal (Ingles & Metcalf, 1972)
CaSiO3=Wollastonita, (meta)silicato de cálcio

21
Distribuição granulométrica
Agregação ou floculação.
O efeito é maior quanto mais fino for o solo

Variação volumétrica
Redução da expansibilidade
Aumento do limite de contração

Resistência
Aumento imediato e continuamente crescente

22
Plasticidade
LP aumenta, LL geralmente aumenta nas argilas não
expansivas e diminui nas argilas expansivas

IP diminui (melhora a trabalhabilidade)

Efeito da adição da cal nas propriedades plásticas do solo argiloso estudado


(Consoli et al. 1997) 23
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resistência à Compressão Simples (RCS)

Efeito da porcentagem de cal na resistência à compressão não confinada para


28 e 90 dias de cura (Consoli et al. 1997)
24
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resistência à tração

• Thompson (1969) constatou que o quociente entre a


resistência a tração pela resistência à compressão simples das
misturas solo-cal estudadas varia de 0,10 a 0,15,
independente do tipo e/ou teor de cal.

Resistência ao Cisalhamento

• O principal efeito na resistência ao cisalhamento de um solo


fino reativo é o de produzir um substancial aumento da
coesão; sendo o aumento do ângulo de atrito bem menos
expressivo.

25
Modificação
Solo Cal vs Estabilização

Solo modificado com cal:

• O teor de cal adicionado é pequeno (tipicamente de 1 a 3% em


peso); apenas o suficiente para desenvolver a fase rápida das
reações.
• É utilizado apenas para modificar características do solo, sem
desenvolver reações lentas, cimentantes.

Solo estabilizado com cal (Solo-Cal):

• maior teor de cal adicionado (tipicamente mais que 3%


em peso) com o objetivo de atingir-se as reações lentas,
pozolânicas, que vão estabilizar o material.

26
Variáveis determinantes do
comportamento do Solo-Cal

Tipo de solo

Tipo e teor de cal

Período e condições de cura (ambiente)

Energia de compactação (mecânico)


27
A estabilização com cal é aplicável em todo solo com, pelo menos 10 a 15%
de argila, baixos teores de matéria orgânica, mica e sulfatos (na presença
destes três últimos, o estabilizante não reage formando cimentantes, apenas
os neutraliza).

A-5, A-6, A-7 e alguns A-2-6 e A-2-7, do Solos dos horizontes B (laterítico)
sistema de classificação da AASHTO e C (saprolítico)

são susceptíveis à estabilização com cal


28
• Geralmente emprega-se a cal hidratada Ca(OH)2;

• A cal virgem (CaO) é difícil de trabalhar e se usa com solos muito úmidos
(acima da wot) para secá-los;

• O teor de cal depende do tipo de solo e de suas propriedades físicas (teor


de umidade, índice de vazios, pH);

• Geralmente a resistência do solo estabilizado aumenta com o teor de cal


até atingir um valor máximo;

29
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

A resistência à compressão simples


aumenta linearmente com a quantidade
de cal até certo nível, usualmente 8%
para solos argilosos.

A partir deste ponto a taxa de acréscimo


de resistência diminui com a quantidade
de cal, devido às misturas solo-cal
apresentarem uma cimentação lenta e
dependerá do tipo de solo

Solos tratados com cal e curados por 7 dias


(adaptado de INGLÊS e METCALF, 1972)
30
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Previsão da quantidade de cal em função do tipo de solo


(adaptada de Ingles & Metcalf, 1972)

31
A cal deve ser aplicada de dia e com
temperaturas acima de 7 oC;

Devem ser asseguradas boas condições


de drenagem para favorecer a cura;

Inglês e Metcal (1972) apresentam um


estudo sobre a influência do tempo de
cura em diferentes tipos de solos,
tratados com 5% de cal hidratada,
observando taxas de ganhos de
resistência maiores em pedregulhos Efeito do tempo de cura sobre a resistência à compressão
arenosos. simples para alguns solos estabilizados com cal

32
Maior Energia de Compactação  Aumento a Densidade

Resistência aumenta

A permeabilidade diminui até um valor mínimo (próximo a


umidade ótima) depois volta a aumentar novamente.
2000
gd = 1,60 g/cm : qu = 18,8Ca + 282,6 (R = 0,70)
3 2

1800 gd = 1,70 g/cm3 : qu = 32,8Ca + 435,2 (R2 = 0,91)


gd = 1,80 g/cm3 : qu = 38,7Ca + 712,4 (R2 = 0,93)
1600
gd = 1,88 g/cm : qu = 62,3Ca + 914,9 (R = 0,94)
3 2

1400
1200
qu (kPa)

1000
800
600
Variação da resistência à
400
compressão simples em relação à
200 densidade e à quantidade de cal
0 ensaiados com 90 dias de cura
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 (Consoli et al. 2009a).
Ca (%) 33
Para uma mesma energia de compactação, misturas solo-cal apresentam menor
massa específica aparente máxima (gd) e maior umidade ótima (wot) que o solo
natural.

À medida que o teor de cal aumenta, o gd


continua diminuindo. Além disso, a
umidade ótima aumenta com o aumento
Peso específico aparente seco

do teor de cal (TRB, 1987).


(kg/m³)

Em alguns casos, o teor de umidade que


proporciona máxima resistência e
durabilidade não é necessariamente igual
ao teor de umidade que gera a maior
massa específica aparente seca, e sim um
Teor de umidade (%)
valor levemente inferior ao teor ótimo
(CARRARO, 1997; FOPPA, 2005).
34
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resposta Tensão-Deformação
• O comportamento tensão-deformação de solos cimentados
pode ser descrito como inicialmente rígido, aparentemente
linear até um ponto de plastificação bem definido, além do
qual o solo sofre aumento nas deformações plásticas até a
ruptura.

Os efeitos da cal nas características de deformabilidade de um solo fino


reativo são marcantes no caso em que as reações pozolânicas já tenham
ocorrido.

A tensão de ruptura aumenta significativamente, enquanto que a deformação


para ruptura diminui, revelando o comportamento frágil das misturas solo-cal.

35
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resposta Tensão-Deformação

Curvas tensão-deformação-poropressão (ensaios triaxiais CIU) de misturas de solo com


13% de cal e períodos de cura de 7, 28, 90 e 180 dias de cura (Consoli et al. 1997).
36
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Método do pH (Eades & Grim, 1966)

Consiste na determinação do teor mínimo de cal


que produz um aumento no valor de pH para 12,4

Variação do pH para com a adição de cal (Consoli et al. 1997) 37


Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Método do pH (Eades & Grim, 1966)

O método do pH apresenta algumas limitações para utilização em solos


tropicais e subtropicais.

Núñez (1991), ao estudar um solo saprolítico de arenito, observou a


impropriedade do método do pH para o solo em questão.

Thomé (1994), ao tratar com cal um solo em estudo, verificou que o método Eades e
Grim (1966) não se apresentou adequado para a determinação do teor ótimo de cal, o
valor adotado pelo método (9%) simplesmente melhorou as características do
material, não cimentando as partículas como esperado.

38
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Método do ICL (Initial Consumption of Lime)

Proposto por Rogers et al., o método é uma variação


do método do pH, onde o teor mínimo de cal é aquele
onde o pH atinge um valor constante (máximo)

Método do Lime Fixation Point


Proposto por Hilt e Davidson (1960), o método
baseado no limite de plasticidade, que determina o
teor de cal máximo que proporciona melhoria na
trabalhabilidade, sem ganhos significativos de
resistência.

39
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Método de Thompson (1966)


Um solo é reativo quando ao ser
adicionada cal sua RCS aumenta pelo
menos 345 kPa, após 28 dias de cura a
22,8 °C.
RCSo+345

O método de Thompson propõe


procedimentos diferentes conforme o solo
seja ou não reativo:
RCSo
• Para solos reativos, o objetivo é o
desenvolvimento das reações Teor ótimo
pozolânicas, que proporcionam resistência
e durabilidade.
• No caso dos solos não reativos, objetiva-
se melhorar alguma(s) propriedade(s) do
solo, como ISC, expansão ou plasticidade. 40
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resistência à Compressão

Relação entre vazios/cal e resistência à compressão simples ajustados(Lopes Junior, 2007) 41


Solo Cal Solo-Cal

Trecho Limoeiro do Norte/Flores


(Arquivo pessoal do Eng. Paulo Roberto Reis Loiola) 42
Solo-Cimento

Qualquer tipo de solo pode ter suas propriedades melhoradas pela


adição de cimento.

Algumas dificuldades particulares para argilas altamente plásticas


e orgânicas (contendo mais que 1-2 % de matéria orgânica), os
quais normalmente exigem altas porcentagens de cimento para a
obtenção de significativas mudanças nas propriedades mecânicas
das mesmas.

43
Tipos de cimentos Portland utilizados para estabilizar um solo

• Cimento Portland comum (CP I)


• Composto com escória (CP II-E)
• Composto com fíler (CP II-F)
• Composto com pozolana (CP II-Z)
• De alto forno (CP III)
• Pozolânico (CP IV)
• De alta resistência inicial (CP V)
• Resistente a sulfatos (RS)

44
Microscopia Eletrônica de Varredura (Guimarães, 2010)

Imagem da Amostra de Pó de Cimento:


a) Ampliação de 500X.; b) Ampliação de 2000X.
45
Fatores que influenciam a resistência de solos artificialmente
cimentados

Propriedades físico-químicas do solo


• Mineralogia
• Granulometria
• Teor de umidade

Tipo e quantidade de agente cimentante

Condições de compactação e cura

46
Efeito do Cimento (Ingles & Metcalf, 1972)

Usualmente

Cimento
(Até 2%) Cimento
> 2%
Altera as Alteração
propriedades radical nas
do solo propriedades
do solo
Solo Solo

47
Efeito do Cimento (Clough et al. 1981)

Provoca

Mesma
Tensão
Teor Resistência Deformação
confinante
Cimento de pico na qual o pico é
atingido

48
Efeito do Cimento (Catton, 1962)

Cimento
(Até 2%)

Observa-se

Tamanho Capacidade de Índice de


Solo das retenção de plasticidade do
partículas água solo

49
Efeito do Teor de umidade (Felt, 1955)

Amostras de Argilas e Siltes cimentados compactadas

Teores de umidade abaixo do Teores de umidade acima do


ótimo de compactação ótimo de compactação

Ensaio de durabilidade

A perda de massa foi baixa e


Grande perdas de massa praticamente constante com o
aumento do teor de umidade
50
Efeito do Teor de umidade (Felt, 1955)

Amostras de solo arenoso cimentado compactadas

Teores de umidade abaixo do Teores de umidade acima do


ótimo de compactação ótimo de compactação

Ensaio de durabilidade

A perda de massa foi maior


Menores perdas de massa com o aumento do teor de
umidade
51
Efeito do Teor de umidade (Felt, 1955)
• Em relação aos ensaios de compressão simples,
verificou-se que, de forma geral, o teor de umidade que
proporciona o máximo de resistência é levemente
inferior ao teor ótimo de compactação, exceto para o
solo mais argiloso testado.

A resistência não pode ser correlacionada com o fator água/cimento no


caso de solos compactados, pois fator água/cimento só se aplica a
materiais onde o ar foi totalmente expulso e os vazios existentes estão
preenchidos por água.

52
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resistência à Compressão Simples

Efeito da quantidade de cimento sobre a resistência à compressão simples para alguns solos
estabilizados com cimento Portland e curados por 7 dias (adaptado de Ingles & Metcalf, 1972)

Em geral, a resistência à compressão


simples aumenta linearmente com a
quantidade de cimento, porém, a
diferentes taxas para diferentes
tipos de solo.

53
Efeito da Densidade e Compactação
• Com o aumento da densidade, a resistência aumenta, a
permeabilidade diminui até um valor mínimo, próximo
da umidade ótima, depois começa a aumentar
novamente (Ingles & Metcalf, 1972).

• Clough et al. (1981) observaram, através de ensaios


triaxiais em areias, um aumento de aproximadamente
25% (de 120 kPa para 150 kPa) na coesão e de
aproximadamente 40% (de 29º para 41º) no ângulo de
atrito interno com o aumento da densidade relativa de
60% para 90%, mantendo-se constante a porcentagem
de cimento.
54
Consoli et. al. 2007
• Solo – Areia Argilosa
• Agente cimentante – Cimento Portland de alta resistência inicial
• Umidade constante, w=10%

A mesma quantidade de cimento


Portland produzirá resistências
distintas ao ser adicionada em
solos de mesma natureza, porém
com densidades diferentes

55
Consoli et. al. 2007

Ajuste razão entre volume de vazios e volume de cimento Relação vazios/ cimento expresso em termos de porosidade e
volume relativo de cimento

56
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resistência à Tração

Geralmente a resistência à tração, nas condições de umidade ótima e


massa específica aparente seca máxima, atinge cerca de 10% da
resistência à compressão simples nas mesmas condições (Ingles &
Metcalf, 1972).

Clough et al. (1981) encontraram valores de resistência à tração variando


de 9% a 12% da resistência à compressão simples em solos naturalmente
cimentados. Em amostras artificialmente cimentadas, os mesmos
autores observaram resistências à tração variando entre 11% e 13% da
resistência à compressão simples.

57
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

Resposta Tensão-Deformação

Em geral, o comportamento tensão-deformação de solos cimentados


pode ser descrito como inicialmente rígido, aparentemente linear até um
ponto de plastificação bem definido, além do qual o solo sofre aumento
nas deformações plásticas até a ruptura.

Outra característica apresentada é a marcante fragilidade na ruptura com a


formação de planos de ruptura. Tal fragilidade aumenta com o aumento da
quantidade de cimento e diminui com o aumento da tensão efetiva média
(Schnaid et al., 2001).

58
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

A NBR 12253/92 prescreve como critério de aceitação uma resistência


mínima de 2,1 MPa aos 7 dias de idade.

Previsão da quantidade de cimento em função do tipo de


solo (adaptada de Ingles & Metcalf, 1972)

59
Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

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Em geral, a resistência à compressão simples aumenta linearmente com a quantidade de cimento, porém, a diferentes taxas para diferentes tipos de solo

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