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CAFÉ COM TEOLOGIA – APOCALIPSE

INTRODUÇÃO ÀS SETE CARTAS


CARTA À IGREJA EM ÉFESO
APOCALIPSE 2.1 – 7

“Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o


seu primeiro amor.”
Apocalipse 2.4
As sete cartas, enviadas pelo Senhor Jesus
àquelas igrejas da Ásia, representam o último
ensino prático/doutrinário de Cristo à sua igreja
na terra. Elas revelam a preocupação do Senhor
com a igreja, e seu último ensino pessoal à
mesma.
Deduzimos que é um ensino pessoal, porque vêm
em forma de carta. Significa que Jesus quer
falar diretamente ao coração dos seus filhos. É
uma exortação!
Por serem cartas pessoais, a vida prática é o tema
mais importante do ensino. Mas as doutrinas
fundamentais da fé cristã estão presentes,
embasando a vida da igreja em conceitos
verdadeiros!
Conteúdo geral das Cartas:
As cartas do Apocalipse, e esta de Éfeso, possuem um
padrão, certamente orientado pelo próprio Senhor. Este
padrão aparece nas cartas a Éfeso, Pérgamo, Tiatira e
Sardes:
Saudação ou endereço: “Ao anjo da Igreja em Éfeso...”
Auto-apresentação: “...aquele que conserva na mão direita
as sete estrelas...” – Tirado quase sempre da descrição
do Filho do Homem na visão introdutória.
Elogio: “Conheço as tuas obras, assim o teu labor como a
tua perseverança...” (Somente Laodicéia não recebe
elogio). Demonstra também que Jesus conhece suas
igrejas – Ele anda no meio delas.
Censura: “Tenho porém contra ti...” (Esmirna e Filadélfia
não recebem nenhuma condenação).
Advertência e ameaça: “Lembra-te, pois, ... se não...”
(Esmirna e Filadélfia não recebem nenhuma Advertência
ou ameaça).
Exortação: “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz
às igrejas.”
Promessa: “Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da
árvore da vida”. Relacionada com a vida em Cristo e/ou
com a vida futura.
1. Que igreja é essa?
Uma igreja em Éfeso - εν εφεσω εκκλησιας
O termo igreja, no grego: ekklesia, deriva sua formação
etmológica da preposição ek: a partir de, e do verbo
kaléo: chamar, criando o seguinte significado: “chamar
a partir de”, ou “chamar para fora”. Os que fazem parte
da igreja, são aqueles que foram chamados para fora,
isto é: chamados para fora do ambiente espiritual em
que estiveram, a fim de reunir-se ao redor de Cristo. São
os chamados do mundo para Cristo. Em seu sentido
restrito, igreja significa os crentes em Cristo. Em
Apocalipse (1 a 3 e 22.16), igreja tem exatamente esse
significado, acrescido do nome da cidade, indicando
que a igreja está profundamente comprometida e
enraizada no local”. Não se pode separar a igreja da
localidade na qual ela está inserida!
Éfeso era a maior e mais rica cidade da província romana da Ásia,
com a população da região. Era o porto mais importante de toda
a Ásia Menor (Atual Turquia. Hoje a cidade e o porto não existem
mais). Era chamada A Porta de Roma, e A Porta dos Mártires.
Possuía uma das sete maravilhas do mundo antigo: o Templo de
Diana (Atos 19.27). O culto à Diana envolvia artes mágicas e
prostituição cultual,e levou a cidade a se tornar um dos baluartes
do esoterismo e da licenciosidade.
Paulo visitou a cidade durante sua Segunda Viagem Missionária,
deixando ali Priscila e Áquila. Juntamente com Apolo, este casal
implantou um igreja nascente. Em sua Terceira Viagem, Paulo
ficou ali 3 anos, e a igreja cresceu tanto que enviou missionários
a toda Ásia Menor. Foi ali que ele se despediu dos presbíteros (At
20.17-38). Futuramente, Paulo enviou Timóteo, que assumiu o
pastorado da Igreja (I Tm 1.3). Segundo a tradição antiga
(Euzébio, História Eclesiástica), João veio a Éfeso por volta do
ano 67, assumindo a direção da igreja local. É provável, que de
Éfeso, João também cuidasse das outras igrejas da Ásia.
2. Auto-apresentação
“Estas coisas diz aquele que conserva na mão direita as sete estrelas...” O Senhor
Jesus se identifica para a igreja de Éfeso, como aquele que “guarda
firmemente as estrelas, os pastores em sua mão direita” (At 20.28-30
p.1218). Paulo advertiu a Igreja sobre a triste possibilidade de
penetrarem falsos líderes na igreja. E durante anos a igreja se saiu
bem, rejeitando os falsos profetas e as falsas doutrinas ( v 2 e 6).
Mas, de alguma forma, essa conduta foi abandonada, a liderança foi
manchada e, por consequência, a igreja abandonou o primeiro amor.
Toda apostasia começa com o fraquejar dos líderes.
Mas alguns líderes permaneceram fieis (v 6). E para o remanescente
fiel, Jesus faz questão de se mostrar como aquele que segura,
conserva (κρατων - kraton – ter poder sobre, sustentar) seus líderes.
Do Senhor vem a fonte de autoridade e poder dos líderes.
“...e que anda no meio dos sete candeeiros de ouro:” – Jesus também esclarece
que está em movimento, em atividade no meio da igreja. As coisas
acontecem na igreja de Éfeso, porque Jesus anda no meio dela!
3. Elogio
“Conheço...” – οιδα - oida – Eu sei, eu conheço profundamente.
Como em Jo 10.14 “...eu conheço as minhas ovelhas.”
“...as tuas obras, assim o teu labor como a tua perseverança...” – as
obras (εργα - érga) indicam o serviço que é fruto de uma
conversão sincera. A salvação, a fé, se expressa sempre por
meio do serviço. Não existe salvação sem obras (Tg 2.17,26). O
labor (κοπον - kópon) indica serviço intenso, trabalho árduo.
Demonstra que uma igreja fiel trabalha até exaurir-se. Não existe
sacrifício que seja pequeno demais pelo nosso Senhor. A
perseverança (υπομονην - hypomonê) significa trabalhar e sofrer
sob algum tipo de pressão. Continuar trabalhando, mesmo sob
pressão (v. 3 – At 19.27,28 p.1175). Pressão faz parte da vida da
igreja e do cristão (Hb 10.36 p. ).
Jesus ensina que a obra tem sempre a motivação correta
(gratidão), não encontra limitações e desconhece inimigos!
“...e que não podes suportar homens maus...” – Suportar (βαστασαι –
bastasai) aqui não significa que a igreja não agüentava as
maldades e sucumbia. Suportar, tolerar é um elogio. A igreja não
convivia pacificamente com aqueles que não queriam viver de
acordo com o padrão divino. Suportar significa dar um basta. Os
homens maus (κακους - kakous) são aqueles moralmente maus
do ponto de vista de Deus. Indica falta de qualidades morais
como língua mentirosa, sensualidade, mundanismo, calúnias, etc.
“...e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não
são, e os achaste mentirosos...” – Quando os falsos profetas
apareceram (At 20.29,30), provavelmente depois do banimento
de João, eles foram desmascarados e rejeitados pela igreja.
Obedecendo as exortações recebidas de Paulo, a igreja e seu
líder, testaram e examinaram (επειρασας - epeirasso) os líderes
ensinadores de novas doutrinas. Certamente o fizeram utilizando
como padrão a sã doutrina recebida (At 17.11).
Os cristãos de Éfeso não aceitavam qualquer vento de doutrina
(Ef 4.14). Os falsos apóstolos foram postos à prova e achados
mentirosos (ψευδεις – pseudéis). Sem dúvida, aquela igreja não
era doutrinariamente ecumênica. Deus odeia doutrina falsas e
nós não podemos aceitá-las em nosso meio (II Jo 9-11 p.1270) .
É melhor sermos elogiados pelo Senhor, do que buscarmos
agradar os homens.
“...e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome, e
não te deixaste esmorecer.” “tens” (εχεις – écheis) no presente,
significando tu tens agora, apesar das tentações no campo moral
e doutrinário, perseverança. “Suportaste tribulações” (εβαστασας
– ebástasas) no passado, provavelmente na perseguição que
lhes sobreveio e na qual João foi deportado, indicando uma
história. “Não te deixastes esmorecer” (ουκ εκοπιασας – oú
kekopíasas) no perfeito, significando que, o fato de não ter
enfraquecido no passado, é que dá sentido à força de hoje.
4. Censura
“Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor.” “O
maná de ontem não serve para o dia de hoje”! Apesar das
obras, a igreja abandonou seu primeiro amor (αγαπην –
agápen). As obras, o sacrifício, a perseverança, a conduta, e a
doutrina, deixaram de ser motivadas pela verdadeira
prioridade: o amor a Jesus. Abandonar o primeiro amor é
trocar de prioridade. Ser abandonado é ser deixado para trás.
Isso é mais do que negligência. É um abandono ativo. Jesus
foi passado para trás e outras coisas colocadas em seu lugar
(Jr 2.1,2). Abandonar o primeiro amor é perder um
relacionamento vivo e pessoal com o Deus-homem. É trocar
relacionamento por religiosidade. É dizer-se cristão e fazer
coisas de cristão, mas sem a força motriz da presença pessoal
e poderosa do Senhor e salvador Jesus, a razão do
Evangelho.
5. Advertência
“Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das
primeiras obras...” A advertência começa com um imperativo
durativo: “Lembra-te” (μνημονευε – mnemonéue)! Lembre-se hoje
e nunca se esqueça! Esqueça de quê? De onde você já esteve! O
ponto mais alto onde chegamos em Cristo, sempre deve ser o
nosso motivador (Lc 15.17). Lembre-se onde você já esteve, seja
sincero a respeito de onde está hoje, e... “...arrepende-te...”
(μετανοησον – metanóeson). De novo um imperativo, mas no
tempo aoristo, que traz a memória do passado. O arrependimento
é igual ao arrependimento para a salvação. Significa uma
mudança de mente completa, uma verdadeira “nova” conversão!
A prova do arrependimento verdadeiro é praticar de novo as
obras do primeiro amor. Não existe cristianismo só de teoria. Não
existe arrependimento sem mudança de vida, retorno à Jesus e
às suas obras!
“...e, se não, venho a ti...” A situação é muito séria: Se não te
arrependeres, pode ser tarde demais...pois ερχομαι σοι -
erchomai soi – venho contra ti, por cima de. Não é uma visita
amigável, mas uma visita disciplinadora, julgadora.
“...e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas.” Se
a igreja de Éfeso não se arrepender, a cidade perde por completo
sua igreja dirigida diretamente por Jesus. Ela pode até continuar
a existir, mas será dirigida por homens. Uma igreja que não
reflete a luz neste mundo, que não salga, serve para quê (Mt
5.13)? Mover o candeeiro é deixar de estar na presença
abençoadora de Jesus, perdendo sua ação energizadora. Pode
acontecer com uma igreja, e pode acontecer com um indivíduo.
Você quer isso para sua vida?? Para sua igreja?? Os luzeiros
que não ganham, diariamente, seu óleo do Espírito Santo de
Deus, tornam-se pouco a pouco sombrios, sempre perdendo
o seu brilho, até que afinal se apagam por completo!
Um elogio fora de lugar!
“Tens, contudo, a teu favor que odeias as obras dos nicolaítas, as quais
eu também odeio.” Mas ainda existe um sinal de esperança! Éfeso
tem ainda uma coisa em comum com o Senhor: a igreja odeia o
que o seu Senhor odeia!
Possivelmente, tratava-se de um desvio teológico/prático
caracterizado por uma sensualidade grosseira, que tentava
seduzir os cristãos a participarem nas festas pagãs que se
geralmente se tornavam orgias sexuais. Os nicolaítas eram
antinomianos (afirmavam proposições contraditórias ao mesmo
tempo), ensinando que um cristão não precisava preocupar-se
com seus pecados, visto que, pela fé, estes já foram eliminados.
Para eles, a lei não era tão importante quando a experiência!
Graças a Deus, um grupo na igreja de Éfeso se levantou contra
este ensino e esta prática (I Jo 2.15-17), e este ponto era
atenuante a favor da igreja.
6. Exortação
“Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” A exortação
é a única que não muda nunca! Por quê?
Para ressaltar a capacidade individual e eclesiástica de ouvir o
que Deus está falando! Ressalta a responsabilidade!

7. Promessa
“Ao vencedor, dar-lhe-ei que se alimente da árvore da vida que se
encontra no paraíso de Deus.”
Vencedor (νικωντι – nikonti) aqui não é um título, mas sim um
desafio! É um verbo = ao que vencer!
Ao que vencer é uma comparação = Jo 16.33 e Ap 3.21, uma
comparação com Jesus! As cartas são para aqueles que se
assemelham a Jesus. Ele veio para vencer! O mundo, a carne, o
pecado, o diabo, e tudo que se levanta contra Deus.

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