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CONSTRUÇÃO DE
FOGUETES
ESTUDO BÁSICO
INTRODUÇÃO
• O desenvolvimento de foguetes envolve o estudo
da Física, da Mecânica dos Fluidos, Transmissão
de Calor e Massa, Termodinâmica e Princípios de
Resistência dos Materiais, Química entre outras.
• O desenvolvimento envolve quatro etapas, que
são: projeto, construção, lançamento e a
recuperação do foguete. Esta recuperação visa a
análise de integridade, da queima do propelente
e do funcionamento do paraquedas.
INTRODUÇÃO
• É um trabalho que visa mostrar aos alunos do
Curso de Engenharia Mecânica da UFJF o
emprego de disciplinas do curso e sua integração
com a de outros cursos ministrados;
• Requer o estudo que o conjunto das atividades,
tanto de sala, como de laboratório e de campo,
sejam estruturados e sistemáticos. A exploração,
investigação, verificação, devem ser coroadas de
bom senso e paciência.
INTRODUÇÃO
• É fundamental que a interação entre os alunos
possibilite a geração de novas experiências e
conhecimento, com objetivo do bem comum.
• Levar em conta, sempre, a SEGURANÇA,
individual e coletiva.
• Cooperação e estudo coletivo serão
necessários em várias oportunidades.
INTRODUÇÃO
• SOBRE SEGURANÇA NO MANUSEIO COM
EXPLOSIVO:
1) NO PRIMEIRO MOMENTO -> MEDO/RECEIO
2) CONHECIMENTO E ADAPTAÇÃO
3) DISPLICÊNCIA/NEGLIGÊNCIA
4) ACIDENTE
5) RESPEITTO E CUIDADO
GRÁFICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO
COM EXPLOSIVO
• TRABALHO COM EXPLOSIVO
REAÇÃO
Acidente
Ou
tempo
INTRODUÇÃO
• SEGURANÇA: NÃO BRINQUE OU NEGLIGENCIE
COM EXPLOSIVOS!
DESENVOLVIMENTO
Conceitos Básicos Importantes
• Centro de gravidade (CG): ponto de aplicação
da resultante das forças de gravidade que
atuam em cada partícula de um sistema.
Ponto de aplicação da força peso de um corpo.
• Centro de massa (CM): ponto em que se pode
admitir que a massa esteja concentrada.
• Nos campos gravitacionais uniformes o centro
de gravidade coincide com o centro de massa.
CARGA PONTUAL
• Cargas pontuais são abstrações de cargas
distribuídas em domínios com dimensões
características pequenas comparadas com as
do elemento estrutural ao qual estão
aplicadas ou de representação de um sistema
resultante equivalente de forças distribuídas.
F
A Carga Resultante F tem o seu ponto
de aplicação no CG do bloco
CARGA RESULTANTE DE UMA CARGA
LINEARMENTE DISTRIBUÍDA
FORÇAS
PESO
CENTRO DE GRAVIDADE
O Centro de Gravidade (CG) da placa triangular é o
ponto de aplicação do seu peso p e que o peso é a
resultante das forças atrativas que a terra exerce sobre
todas as partículas do corpo. X
X
x
x CG
CG
p
y y
y y
CENTRO DE MASSA
cg
Comparação Centróide, CG E CM
• Para que o centroide coincida com o centro de
massa, o objeto deve ter densidade uniforme, ou
a distribuição de matéria através do objeto deve
ter certas propriedades, tais como simetria.
• Para que um centroide coincida com o centro de
gravidade, o centroide deve coincidir com o
centro de massa e o objeto deve estar sob a
influência de um campo gravitacional uniforme
Movimento de uma barra tubular
• Seja a barra tubular lançada no espaço e se
observando cuidadosamente, é como se toda
a massa da barra tubular estivesse
concentrada em único ponto e todas as forças
que atuam em cada partícula da barra
também estivessem aplicadas nesse ponto.
POSIÇÃO DO CG OU CM
• Quando uma pessoa está com seu corpo
esticado, seu centro de massa (CM) está um
pouco abaixo do umbigo. Porém se ela
levantar os braços ou as pernas, ou ainda
dobrar o corpo, ou os braços ou as pernas, o
centro de massa irá para outra posição.
MODELO – DISCÓBULO E O SEU CG
CG
CENTRO DE PRESSÃO CP
• Centro de pressão é o ponto de aplicação da
Força Aerodinâmica sobre o foguete;
Fa
cg
Arrasto
Peso
CP
CG
Estudo do Foguete
• Os foguetes reais destinam-se ao transporte de
pessoas (ao espaço) ou de cargas (explosiva ou
não). Podem possuir inúmeros estágios. Esses
estágios contém carga propulsora para levar o
foguete ao seu destino. Essas cargas podem ser
sólida ou líquida ou mesmo hibrida;
• As pressões ocorrentes da queima da carga
propulsora implica em se calcular a espessura da
parede e até que ponto essa queima leva o
foguete (ALCANCE).
ESTÁGIOS DO FOGUETE E SEU APOGEU
EQUILÍBRIO
• Um corpo está em equilíbrio quando a
somatória de todas as forças que atuam sobre
ele for nula. De acordo com a Primeira Lei de
Newton, quando a resultante das forças que
atuam sobre um corpo é nula, o corpo
permanece em seu estado de repouso ou em
movimento retilíneo uniforme. Portanto, um
objeto em equilíbrio pode estar em repouso
ou em movimento retilíneo uniforme
EQUILÍBRIO
TIPOS DE EQUILIBRIO
EQUILÍBRIO
• TIPOS DE EQUILIBRIO
EQUILIBRIO DA PEDRA DE TANDIL
EQUILÍBRIO
• INDIFERENTE
A TORRE DE PISA
Sendo a Torre de Pisa um
prisma, sabe-se que, para
que um prisma permaneça
em equilíbrio é necessário
que a vertical que passa
pelo seu baricentro passe
também por um ponto
interno ao polígono da sua
base. Como isso ainda está
acontecendo com a Torre,
ela permanecerá em pé,
Se o ângulo ϴ crescer, sentido horário, a projeção do peso sem desmoronar.
(cor branca) estará fora da linha base do solo.
CIENTISTA ALEMÃO von BRAUN
P
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
Se for adicionado mais material ao M
corpo do foguete, haverá uma Peso de
desestabilidade e assim procurar-se-á argila
uma nova posição de equilíbrio para o
engenho.
Se optarmos por carregar material na
parte frontal (direção da Ogiva), a
tendência é que haja inclinação para Braço de Alavanca
baixo e o experimentador terá que
procurar a nova posição de equilíbrio,
movendo o fio na direção da ogiva
até encontrar a nova posição de
equilíbrio.
Surge uma grandeza Momento M cuja
tendência é fazer o engenho girar,
sendo que o braço de alavanca é a
distância onde está fixado o fio e a
posição da carga suplementar.
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
• É óbvio que duas ações podem acontecer se
mudar a carga “extra” (argila) ou afastá-la da sua
posição inicial, em direção a ogiva: foguete irá
inclinar-se cada vez mais.
• É importante entender que a posição do centro
de gravidade em um foguete – ou em qualquer
corpo – está associada com a distribuição de
peso e não com o peso em si. Todavia, se
aumentarmos a carga num ponto, esta fará o
foguete inclinar conforme a resultante ocorrente.
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
• As figuras mostram o que acontece com a
mudança de posição da carga adicional
Carga extra à ré
Carga à frente
M=∑Fxd
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
O novo ponto de equilíbrio se dá onde os dois momentos são iguais em módulo, mas
tem direções opostas.
Peso do Foguete X Braço de Momento do foguete = Peso da carga X Braço de Momento da Carga Extra
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
Quando houver alteração
da posição da carga “extra”
e nova distância d, essa
posição faz mudar o
“braço” do momento, e
consequentemente, o
momento em si. Quando a
linha que está em volta do
foguete que o
experimentador segura é
alterada aproximando -a à
posição da carga “extra”, o
foguete retorna ao
equilíbrio. O momento
causado pelo peso da carga
suplementar é reduzido
pela redução do “braço”. Ao
mesmo tempo, um novo
momento foi introduzido no
lado oposto.
A ESTABILIDADE E UM FOGUETE
• O centro de
gravidade é
importante para a
estabilidade de um
foguete, não porque
seu ponto de
equilíbrio está lá,
mas porque quando
um foguete está em
vôo livre, ele irá girar
somente em torno
deste ponto
ESTABILIDADE DE UM FOGUETE
• Num escoamento externo, quando o corpo se
movimento através do fluido, se manifesta
uma interação fluido-corpo resultando em
forças que podem ser descritas em função da
tensão de cisalhamento na parede provocada
pelos efeitos viscosos e uma tensão normal
provocada pela distribuição de pressão.
REVISÃO: FORÇAS ATUANTES NO
CENTRO DE PRESSÃO CP
• CENTRO DE PRESSÃO (CP): O centro de pressão é
o ponto de aplicação da força aerodinâmica (FA)
sobre um ENGENHO.
• A força aerodinâmica (FA) é composta por duas
componentes ortogonais:
1) A força de arrasto (FD) na direção do eixo
longitudinal do ENGENHO;
2) A força normal (N) ou Sustentação FL na
direção perpendicular ao eixo longitudinal do
ENGENHO.
CONCEITOS IMPORTANTES NO VôO
• Durante um vôo de um engenho, o ar escoa com mais
velocidade no extradorso (acima) V3 da asa do que no
intradorso (abaixo) V2, devido a curvatura mais acentuada
que a asa possui.
• Com o aumento da velocidade ocorre a redução da pressão
de acordo com o Teorema de Bernoulli ( "Se a velocidade
de uma partícula de um fluido aumenta enquanto ela se
escoa ao longo de uma linha de corrente, a pressão do
fluido deve diminuir e vice-versa“).
• O Resultado é uma força que empurra a asa para cima e
para trás.
• Essa força é a Resultante Aerodinâmica, que está aplicada
num ponto do aerofólio denominado Centro de Pressão.
FORÇAS ATUANTES NO VÔO
SUSTENTAÇÃO
FORÇA AERODINAMICA FA
ARRASTO
extradorso
intradorso
• SUSTENTAÇÃO: A componente da força aerodinâmica
perpendicular ao movimento do fluido é a sustentação que é
a responsável pelo vôo dos aviões. A sustentação também é
denominada de Empuxo Aerodinâmico. Nos aviões as asas
apresentam um formato aerodinâmico cuja seção é
denominado aerofólio ou perfil aerodinâmico. Com uma certa
curvatura na parte superior e plana na inferior (a importância
será vista posteriormente). Corte A-B
B
SUSTENTAÇÃO
A B Perfil
aerodinâmico/
aproximação
CARACTERÍSTICA DA SUSTENTAÇÃO:
• O TEOREMA DE BERNOULLI BASE PARA SUSTENTAÇÃO:
• Sustentação é uma força aerodinâmica produzida pelo movimento de um aerofólio
(asa) através do ar.
• A sustentação dá a um aeroplano a capacidade de subir no ar e aí se manter
durante o vôo.
• IMPORTANTE: Um aerofólio que se move no ar produz a sustentação porque
exerce em sua superfície inferior uma pressão maior do que na superfície
superior.
• Um aerofólio cria essa diferença de pressão por causa de sua forma especial,
chamada curvatura, e da deflexão (desvio) do ar.
• A quantidade de sustentação produzida por uma asa depende em parte de seu
ângulo de ataque e de seus dispositivos de alta sustentação.
• A maioria dos aerofólios tem uma superfície superior curvada, e uma superfície
inferior plana ou menos curva.
• O ar que passa sobre a parte superior de uma asa arqueada tem de percorrer um
caminho maior que o ar que flui por baixo dela. Pelo fato de o ar que passa por
cima deslocar-se, no mesmo período de tempo, mais que o ar debaixo, o ar de
cima flui mais depressa.
CARACTERÍSTICA DA SUSTENTAÇÃO
• Linhas Aerodinâmicas: Dá-se o nome às linhas com
que se desenha um corpo ou à sua conformação, para
que encontre um mínimo de resistência ao se deslocar
através de um fluido. A melhor forma aerodinâmica
para um corpo depende de sua velocidade através do
fluido. Se for menor que a do som, convém que seja
mais arredondado na frente e que se vá afilando para
trás.
• É a forma que observamos nos submarinos e nos
aviões subsônicos. Na natureza, os peixes em geral têm
esse tipo de conformação. Para a velocidade superior à
do som, o corpo deve ter a parte dianteira pontuda. É o
caso dos aviões supersônicos e dos foguetes.
OUTROS TIPOS DE SEÇÃO RETAS
• os vórtices:sua geração aumenta o arrasto
da aeronave.
Observe o
que
acontece na
parte
traseira do
perfil. Há
mais ou
menos
formação de
vórtices
CARROS DE FÓRMULA 1
• Qualquer veículo que se mova em alta
velocidade deve ser capaz de fazer duas
coisas: reduzir a resistência do ar e aumentar
a força vertical descendente gerada pela
carroceria e seus anexos aerodinâmicos.
CARROS DE FÓRMULA 1
• Os carros de Fórmula 1 são baixos e largos para reduzir a
resistência do ar. Aerofólios, difusor, placas externas e
defletores laterais aumentam a estabilidade.
• Aerofólios, que surgiram pela primeira vez na década de 60,
agem com o mesmo princípio das asas de um avião, só
que ao contrário. As asas do avião criam sustentação,
enquanto os aerofólios de carros de Fórmula 1
proporcionam força vertical descendente (downforce), que
seguram o carro na pista, especialmente nas curvas.
• O ângulo dos aerofólios dianteiros e traseiros pode ser
ajustado para que se obtenha o equilíbrio ideal entre
resistência do ar e força descendente.
CASO DO ARRASTO
• Arrasto
• É uma força aerodinâmica que apõe
resistência ao movimento de um objeto para
diante. A forma do objeto aumenta a força de
arrasto. Aos objetos fabricados com formas
destinadas a produzir o mínimo possível de
arrasto damos o nome de aerodinâmicos.
DOIS TIPOS DE ARRASTO
• Dois tipos de arrasto – arrasto de atrito e
arrasto de forma agem sobre todos os objetos
em movimento. Um terceiro tipo, arrasto
induzido, só afeta os engenhos em vôo.
• Arrasto de Atrito é o que ocorre junto à
superfície de um objeto. É produzido numa
fina camada de ar, chamada camada limite. O
atrito resulta do deslizamento de uma camada
de fluido sobre outra camada.
ARRASTO DE FORMA
• Arrasto de Forma é o que se observa quando o
ar passa ao longo do objeto e em certo ponto,
se afasta dele. Este tipo de arrasto produz
turbilhões de ar que subtraem energia ao
objeto e retardam seu movimento. O arrasto
de forma pode ocorrer com objetos que não
sejam aerodinâmicos
• Nas munições dá-se o nome de Drag de Base
EFEITO CORIOLIS/FORÇA DE CORIOLIS
• FORÇA DE CORIOLIS É UMA FORÇA RESULTANTE DA
ROTAÇÃO TERRESTRE.
•São as diferenças de pressão à superfície que causam o
movimento do ar (vento) das altas para as baixas pressões,
num esforço para conseguir um equilíbrio;
•O desvio aumenta com a velocidade do vento e com a
latitude (a força de Coriolis é nula no equador e vai ficando
mais forte à medida que a latitude aumenta).
Centro de alta pressão: é aquela no qual a pressão aumenta
para dentro do sistema ou diminui para a periferia. Sistema
fechado.
Centro de baixa pressão: sistema fechado. A pressão diminui
para dentro do sistema ou aumenta para a periferia.
PARA LEMBRAR
PARA LEMBRAR!
• Longitude é medida em graus, de zero a 180◦
para leste ou para oeste, a partir do Meridiano
de Greenwich, e não há uma posição inicial
natural para marcar a longitude.
• OESTE LESTE
• Latitude é o ângulo entre o plano do equador
à superfície de referência. A latitude mede-se
para norte e para sul do equador, entre 90º
sul, no Pólo Sul e 90º norte, no Pólo Norte.
NORTE
SUL
EFEITO CORIOLIS/FORÇA DE CORIOLIS
• A força de Coriolis só atua sobre corpos (no
nosso caso, parcelas de ar) em movimento em
relação ao sistema fixo à Terra e sempre em
direção perpendicular ao movimento, de
modo a alterar apenas a direção do
movimento.
A rotação do nosso sistema de referência
é máxima nos pólos e diminui com a
latitude, até anular-se no equador.
Nos pólos, onde a superfície é
perpendicular ao eixo da Terra, a rotação
diária faz com que o plano horizontal do
nosso sistema de coordenadas faça uma
EXEMPLO:
A diferença pode ser facilmente visualizada se
imaginarmos um poste vertical situado no Polo
Norte e um situado no equador. Durante o
curso de um dia o poste sobre o Polo faz uma
rotação completa sobre seu eixo vertical, mas
o poste situado no equador não gira sobre si, e
apenas coincidirá com sua posição inicial.
ᶲ
A componente vertical é muito
menor que a força gravitacional,
de modo que ele afeta muito
pouco os movimentos verticais.
A componente horizontal é Direção vertical
sempre perpendicular à direção
do movimento, induzindo desvio
para a direita no Hemisfério
Norte e para a esquerda no
Hemisfério Sul. Estes desvios em Força de Coriolis
relação a um sistema fixo à Terra
Direção N-S
podem ser exemplificados de
maneira simples
RELAÇÃO ENTRE OS EFEITOS
EFEITO MAGNUS
X
CORIOLIS
ESCOAMENTO DO AR, AO REDOR DE UMA
ESFERA, EM FUNÇÃO DA VELOCIDADE DE VOO
• A existência do movimento, de um corpo sólido,
relativamente a um fluido onde se encontra imerso, dá
lugar a uma força de resistência, agindo sobre esse
corpo, que se opõe ao movimento. Como essa força tem
origem no movimento relativo do corpo, é
perfeitamente equivalente estudar-se
(i) o escoamento do fluido ao redor do corpo em
repouso,
ou (i i) o movimento do sólido no fluido em repouso.
• Trata- se de estudar o escoamento estacionário do ar ao
redor da bola, o que equivale ao estudo do movimento
uniforme da bola no ar.
EFEITO MAGNUS
• Como estamos trabalhando com o teorema de
BERNOULLI é importante conhecer mais um
efeito que ocorre quando um cilindro está em
movimento em um fluído: O EFEITO MAGNUS
>É o fenômeno pelo qual a rotação de um
objeto altera sua trajetória em um fluido
(líquido ou gás). Esse efeito pode ser
observado quando um jogador de futebol
chuta uma bola com efeito em direção ao gol
e esta faz uma curva no ar.
BOLA DE “EFEITO”
• Como já mencionamos mais atrás, quando a bola
gira sobre si mesma (i.é, a bola está com "efeito")
ela é submetida, além da força de arrasto, a uma
força suplementar que é o empuxo.
Enquanto o arrasto é longitudinal e, assim,
restringe- se a frear a bola, e portanto a reduzir o
seu alcance, o empuxo é transversal à direção de
movimento, encurvando a cada instante a trajetória
da bola.
Lembrando: Esquema das quatro forças da
aerodinâmica, atuando na asa de um avião.
Asa em corte
Imagine se essa bola de futebol é chutada em
direção ao gol. O ar passa pela bola. Enquanto
esta se move ela arrasta consigo um pouco de
ar durante os giros. Onde a bola e o ar se
movimentam na mesma direção a velocidade é
maior, portanto a pressão é menor. Agora no
outro extremo, aonde o ar se move contrário à
bola a velocidade é menor, portanto a pressão
é maior. Isso faz com que a bola desvie seu
caminho normal, produzindo então o Efeito
Magnus.
SPIN
CALIBRES
MUNIÇÃO DE ARMAMENTO PESADO EM VÔO
CULOTE
ESPOLETA
CINTAS DE FORÇAMENTO
FINALIDADE DO RAIAMENTO
MOVIMENTO DO PROJETIL DENTRO DO CANO
ALVO
ESTOJO
PERCUSSOR
CARGA DE
PROJEÇÃO
CÁPSULA
PROJETIL
EFEITO MAGNUS E DE CORIOLIS
Posição relativa do alvo
Posição inicial da
Momento do tiro t1 mira em t0
SPIN DO PROJETIL
BAIXA PRESSÃO WT
ALTA PRESS]AO
ÂNGULO DE ATAQUE
α
ÂNGULO DE ATAQUE
• FORÇAS AERODINÂMICAS
Esquema das quatro forças da aerodinâmica,
atuando na asa de um avião.
ÂNGULO DE ATAQUE
• Ângulo de ataque, em aeronáutica, é um
ângulo aerodinâmico e pode ser definido
como o ângulo formado pela corda do
aerofólio e a direção do seu movimento
relativo ao ar, ou melhor, em relação ao vento
aparente (ou vento relativo). Esquema das
quatro forças da aerodinâmica, atuando na
asa de um avião.
ÂNGULO DE ATAQUE
• FORÇAS AERODINÂMICAS E ÂNGULO DE ATAQUE
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA
• O angulo de ataque não deve ser confundido com o de
incidência, que é um angulo de passo. O angulo de
incidência é o angulo entre a linha de corda e o plano
de rotação do sistema rotor. O angulo de incidência é
um angulo mecânico enquanto o angulo de ataque é
um angulo aerodinâmico.
• Na ausência de ar induzido, e/ou velocidade horizontal,
o angulo de ataque e o angulo de incidência são o
mesmo. Sempre que o vento aparente é modificado,
pelo fluxo de ar induzido ou pelo deslocamento do
helicóptero o angulo de ataque é diferente do angulo
de incidência.
ÂNGULO DE INCIDÊNCIA E ATAQUE
FORÇAS AERODINÂMICAS
• A Força Normal é denominada de SUSTENTAÇÃO
é a componente perpendicular ao movimento.
• A força criada pela hélice ou pela turbina é
chamada de EMPUXO é também uma força
aerodinâmica. As forças aerodinâmicas que
atuam em uma aeronave são normalmente
divididas em três componentes
A FUNÇÃO DO ÂNGULO DE ATAQUE α
• A literatura aponta uma das razões que o
engenho incline na direção do vento, ou
descreva, constantemente, arcos durante o
vôo em um dia com ventos fortes, é a
presença de um ângulo de ataque α. O vento
o atinge logo na saída da base de lançamento.
α
Centro de pressão CP
• O centro de pressão CP se move ao longo da
corda do aerofólio com a mudança no ângulo
de ataque. Durante praticamente todo o vôo,
o centro de pressão se move para frente com
o aumento do ângulo de ataque, e para trás
quando esse ângulo diminui.
Ângulo de ataque
• Quando um ângulo de ataque é aumentado
gradativamente para um ângulo positivo, o
componente da sustentação aumenta
rapidamente até um certo ponto, e, então,
repentinamente começa a diminuir.
• Durante essa ação, o componente de arrasto
aumenta primeiro vagarosamente, e depois
rapidamente, conforme a sustentação começa
a diminuir.
ÂNGULO DE ATAQUE
• Quando o ângulo de ataque aumenta para o
ângulo de máxima sustentação, o ponto crítico
é atingido. Isso é conhecido como ângulo
crítico. Quando o ângulo crítico é atingido, o
ar cessa de fluir suavemente na superfície
superior do aerofólio, começando a
turbulência ou o turbilhonamento. Isso
significa que o ar se desprende da cambra
superior da asa.
ÂNGULO DE ESTOLAGEM
• O que antes era uma área de baixa pressão,
está agora cheia de ar turbulento. Quando
isso ocorre, a sustentação diminui e o arrasto
torna-se excessivo. A força de gravidade
empenha-se em jogar o nariz da aeronave
para baixo. Assim vemos que o ponto de
turbulência é o ângulo de estolagem.
A distribuição das forças sobre o aerofólio
varia com o ângulo de ataque
• Como temos visto, a distribuição das forças
sobre o aerofólio varia com o ângulo de
ataque. A aplicação da força resultante, ou
seja, o centro de pressão, varia
correspondentemente. Na medida em que o
ângulo aumenta, o centro de pressão se move
para frente e, conforme o ângulo diminui, o
centro de pressão se move para trás. O
passeio instável do centro de pressão é
característico de praticamente todo aerofólio.
DECOMPOSIÇÃO DA FORÇA
AERODINÂMICA
• A força aerodinâmica compõe-se de
ângulo de ataque
Força Normal N
Aerodinâmica FA Sustentação FL
Arrasto FD
CP
vento
FUNCIONAMENTO DO FOGUETE
Funcionamento do foguete
Quantidade de movimento
empuxo
Q=m X v
Impulsão p = F X t
p=Q
Produto de
derivadas
FORÇAS INTERNAS
• Observe que a massa total do foguete varia,
assim ele é impulsionado sob a ação
puramente das forças internas proveniente da
queima da carga propulsiva.
γ = - dm perda de massa
dt
Queima de gases
pressão
escape
TUBEIRA
Foguetes com propelente sólido
• Os foguetes movidos a propelentes sólidos
tem os motores mais simples. São compostos
de um envelope, um isolador, ignitor,
propelente e uma tubeira.
• O envelope é, usualmente, um cilindro de
metal ou material composto, revestido
internamente por um isolador que impede
que o propelente queime esse envelope.
Propelentes sólidos
• Propelentes sólidos contém combustível e
oxidante, ambos combinados na mistura
química. Geralmente, o combustível é uma
mistura de compostos de hidrogênio e
carbono e o oxidante é um composto de
oxigênio
A forma e velocidade de queima do grão são dos mais importantes fatores
da eficiência de um motor de foguete a combustível sólido. Exemplo
simplificados seguintes:
• TIPO 1
• Os foguetes que usam propelentes sólidos
tem um centro perfurado ( ao longo de toda a
extensão do propelente. Nestes casos, a
ignição é iniciada por um dispositivo, o
ignitor, localizado na parte frontal do motor e
a queima ocorre uniformemente ao longo de
toda a superfície do centro oco.
Processos de queima de um foguete
• TIPO 2
• Foguetes que não tem esse centro perfurado
(oco) tem a ignição iniciada junto à tubeira e,
então, o processo de queima ocorre no
sentido da região da tubeira para a parte
frontal do foguete.
QUEIMA DE PROPELENTE
• Em quaisquer dos casos, somente a superfície do
propelente se queima. Sendo assim, para se conseguir
um maior empuxo, usar o centro oco do propelente é
muito mais eficiente, pois que se aumenta a área da
superfície de queima.
• Propelentes sólidos queimam de dentro para fora com
uma razão de queima e velocidade de queima muito
maiores, resultando em maiores forças de empuxo.
• Para aumentar ainda mais a superfície de queima dos
propelentes o centro oco pode ter a forma de estrela,
como mostra as figuras seguintes:
COMO SE DÁ A QUEIMA DO GRÃO DE
UM FOGUETE
Mono perfurado
• No lado esquerdo, vê-se o foguete antes da
ignição. O combustível sólido é mostrado em
verde. Ele é cilíndrico, com um tubo furado no
meio. Quando você acende o combustível, ele
queima ao longo da parede do tubo. Ao queimar,
começa pelo lado interno em direção à carcaça
até que todo o combustível tenha sido queimado.
• Perfis estrelados ou multi perfurados, a ideia é
aumentar a área da superfície do canal,
ampliando assim a área de combustão e,
consequentemente, o empuxo. À medida que o
combustível queima, o formato se iguala,
formando um círculo
ESQUEMA SIMPLIFICADAO DE UM
FOGUETE
• FOGUETE
PROPELENTE SÓLIDO - PERFIS
• TIPO ESTRELA
PROPELENTE SÓLIDO - PERFIS
• MONO PERFURADO
PROPELENTE SÓLIDO - PERFIS
• PERFIS
Há outros tipos de grãos, como o ROSETA e o perfil RETANGULAR (grão tipo Laminar)
Pólvora sem fumaça
• Pólvora sem fumaça (coloidal ou química), consiste de
nitrocelulose (pólvoras de base simples),
frequentemente combinada com a até 50 % de
nitroglicerina (pólvoras de base dupla), e algumas
vezes nitroglicerina e nitroguanidina (base tripla),
conformada em pequenas esferas ou extrudadas em
cilindros ou flocos usando-se solventes como éter.
• A razão para estas substâncias não fazerem fumaça é
que os produtos de combustão são principalmente
gasosos, comparados aos em torno de 55% de
produtos sólidos para a pólvora negra (carbonato de
potássio, sulfato de potássio e enxofre).
PÓLVORA NEGRA
• A pólvora negra é uma mistura de nitrato de
potássio (também conhecido como salitre),
carvão e enxofre em pó.
• A pólvora é feita de 75% de nitrato, 15% de
carbono e 10% de enxofre
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO
MOVIMENTO
• Se considerarmos um foguete de massa
instantânea m e velocidade v, num sistema
inercial (Referencial inercial é um referencial
para o qual se uma partícula não está sujeita
a forças, então está parada ou se
movimentando em linha reta e com velocidade
constante – 1ª Lei de Newton), tem-se que há
uma variação da massa ( massa do foguete +
combustível) que é expelida.
REFERENCIAIS NÃO INERCIAIS
• Corpos em referenciais não inerciais ficam
sujeitos às chamadas forças fictícias (pseudo-
forças); isto é, forças proveniente da
aceleração do próprio referencial e não de
forças físicas atuando no corpo. Exemplos de
forças fictícias são a força centrífuga e a força
de Coriolis em referenciais girantes.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO
MOVIMENTO
• Perda de massa do sistema, pela ejeção do
combustível Perda de massa
y
Se a velocidade
v
de ejeção do γ = - dm
combustível,
com relação ao dt
foguete, é dada ve
por ve, então a
velocidade do
combustível,
com relação ao
observador
inercial é:
Vcomb = ve + v z x
EXEMPLO DE UM SISTEMA DE MASSA
VARIÁVEL
• Um foguete que se desloca com forças
externas desprezíveis.
Limite do Sistema
y
u
v
M F reação = vrel dM/dt
U
SS
A
γ = dM/dt x
EXEMPLO DE UM SISTEMA DE MASSA
VARIÁVEL
• Partículas de gás são expelidas na descarga,tendo
uma velocidade u – v em relação ao foguete.
• A taxa com que a massa é expelida na descarga é
– dM/dt. A força de reação F sobre o foguete é
dada por
Freação = (dM/dt) vrel
As velocidades indicadas para o foguete e para os
gases expelidos são relativas ao eixo x (chão)
EXEMPLO DE UM SISTEMA DE MASSA
VARIÁVEL
• É interessante analisar o problema do foguete sob a
ótica da 3ª Lei de Newton e do Princípio da
Conservação do Momento Linear, como será visto na
demonstração seguinte.
• Escolhe-se um sistema de massa constante, sendo a
Mfoguete + Mmassa dos gases , e o referencial x-y é relação ao
centro de massa.
• O foguete exerce força sobre os gases quentes,
expelindo um jato através da tubeira; que é a força de
ação.
• O jato de gases quentes exerce força sobre o foguete,
impelindo-o para frente; é a força de reação.
EXEMPLO DE UM SISTEMA DE MASSA VARIÁVEL
a) Qual é o Empuxo?
Limite do Sistema
y
u
v
M F reação = vrel dM/dt
U
SS
A
γ = dM/dt x
Continuação da Solução
• b) Considerando, como dado, que Fext = 0 e
que a Impulsão = Quantidade de Movimento
vem: M dv = vrel dM ou dv = vrel dM
dt dt M
Integrando entre os instantes em que a
velocidade do foguete é v0 e a massa do
foguete M0 , até os instantes em que a
velocidade seja v e a massa M, teremos
Continuação da Solução
• = vrel , sendo v0, v, M0 e M os limites entre a partida
.
vrel = 7.920 km/h
OUTRA MANEIRA DE CALCULAR γ
• Supondo que o foguete parte do repouso,
v0 = 0, com massa inicial M0 e alcança a
velocidade final vf, após a queima total do
combustível, quando a sua massa passa a ser M,
pode-se escrever a equação
v - v0 = - vrel , como
v - v0 = ou e(v-vo)/ vrel = Mo *
v rel M
Muro
circular
de
proteção
Base de aço
ou
concreto
OBSERVAÇÕES
• Para eliminar esses empecilhos técnicos de
carregar grande volume de combustível (Líquido),
no caso de grandes percursos, como ir à Lua, e
ter massa suficiente para suportar as pressões
decorrentes da combustão do propelente, utiliza-
se a construção de foguetes de vários estágios, e
a cada estágio que funciona, descarta-se a
carcaça do estágio anterior (peso morto). Assim,
parte-se com uma velocidade inicial, e massa
bem menor, igual à velocidade final do estágio
anterior.
FOGUETE DE 2 ESTÁGIOS
dp = dm ( v + vrel ) + Fext
dt dt
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO MOVIMENTO
COEFICIENTE DE ARRASTO
OU RESISTÊNCIA DO AR
COEFICIENTE DE ARRASTO OU RESISTÊNCIA DO AR
x1
x2 cronógrafos
DESENVOLVENDO
• Como o trabalho da gravidade é nulo, o trabalho
da resistência FD será
𝑥2
-𝑥1 𝐹𝐷𝑑x. Também pelo teorema das forças
vivas ->τ = Ec, logo
𝑥2 𝑥2
-𝑥1 𝐹𝐷𝑑x =1( mΔv2) ou 𝑥1 𝐹𝐷𝑑x = - 1 m(v12-v22 )
2 2
FD = (1/2) m ΔV2
X2-X1
FORÇAS ATUANTES NO VÔO
SUSTENTAÇÃO
FORÇA AERODINAMICA FA
ARRASTO
O Cd é uma variável
importante para prever
adequadamente a trajetória
de um engenho no ar.
movimento
Fd
PRINCIPAIS FATORES QUE AFETAM O CD
• a) Tipo de escoamento: para escoamento
laminar o Cd é menor do que no turbulento;
mas geralmente o escoamento em pequenos
engenhos é turbulento;
• b) Ângulo de ataque (α): α menor -> Cd menor.
• c) Perfil das empenas: tipo de asa ou
arredondado->CD menor do que o reto.
PERFIS DE EMPENA
O coeficiente de arrasto é sempre associado com uma área de superfície particular.
Tem
menores
Cd
Cd x perfil
VARIAÇÃO DO Cd
Razões de dimensões no foguete e
seu Cd
• Razão entre o comprimento (L) total do
Foguete e o diâmetro (d) máximo do Foguete:
L
Pd = 1 .ρ . V2
2
Assim, por exemplo , se enchermos um balão
com ar e o fecharmos, o ar estará imóvel
dentro do invólucro e a pressão que se exerce
nas paredes do balão será apenas uma pressão
estática
ANÁLISE DAS PRESSÕES Pe E Pd
• Se considerarmos um ventilador em funcionamento,
descarregando ar para um condutor cilíndrico, sobre as
paredes internas do condutor, vai estabelecer-se um
excesso de pressão acima da pressão ambiente que é uma
pressão estática -> Pe. Todavia, como neste caso o ar está
em movimento, existirá também a pressão dinâmica -> Pd.
Neste caso a pressão total -> Pt - dentro do condutor será
Pt= Pe + Pd.
• No slide anterior, a imagem da direita representa um
foguete deslocando-se a uma velocidade Vf em ar parado.
O raciocínio pode ser feito como se o foguete estivesse
parado e o ar adjacente se deslocasse á sua volta com
velocidade Vf, uma questão de escolha de referencial.
As formas mais comuns do nariz são do tipo parábola e ogiva. Nas linhas
seguintes encontram-se pormenorizados alguns aspectos das formas mais
comuns de nariz
CARENAGEM
ESTUDO PARA O FOGUETE
CARENAGEM DRAGON 9
- O carro de Romain sofreu com uma falha na fixação da carroceria, o que resultou
na desintegração da carenagem em pedaços
ESTUDO DA CARENAGEM
• CONCEITUAÇÃO: O perfil da carenagem deve ser tal
que facilite o escoamento do ar sobre as paredes do
foguete,ou seja, sem a formação de turbilhões ou
vórtices e de modo a reduzir, tanto quanto possível, a
formação de “esteira” à sua retaguarda.
• A escolha criteriosa desse perfil, apóia-se no
conhecimento do efeito do turbilhonamento das
camadas (lâminas) de ar descoladas pela ogiva do
foguete, durante seu deslocamento,após o choque
com a superfície posterior do mesmo.
• Observar este fenômeno num foguete sem carenagem.
ESTUDO DA CARENAGEM
Filete de ar
A’
A aresta viva A-A’, vai se comportar como aresta de descolamento;
em consequência, haverá uma zona morta junto à parede da tubeira, a qual, tenderá a
Aumentar a largura da “esteira” e prolongá-la até além da seção de saída. O ar arrastado pelo
Foguete,vindo a ocupar a zona morta, entrará em agitação turbulenta, criando uma região
perturbada, que provocará, sobre o jato, um efeito travador de proporções apreciáveis.
FOGUETE COM CARENAGEM CILÍNDRICA
• Para contornar o inconveniente resultante do
deslocamento na aresta A-A’, prolonga-se o perfil
cilíndrico do corpo do foguete até a superfície de
A
saída da tubeira, seção B-B’.
B
Filete de ar
Filete de ar
A’
A turbulência será deslocada para esta última seção, freiando o jato, na saída da tubeira. B’
Todavia, esta perturbação será de menores proporções que a anterior, uma vez que a
pressão dos gases, ao deixarem a tubeira, é superior, a pressão atmosférica. Entretanto, não é ainda
a carenagem cilíndrica a que mais convém ao foguete.
FOGUETE COM CARENAGEM CILÍNDRICA
• É importante observar que ao ultrapassar a ogiva, a
camada de ar não se conserva paralela à superfície
do corpo do foguete; ela segue uma trajetória
oblíqua, que poderá ficar bem caracterizada,
mediante um estudo mais pormenorizado do
fenômeno da distribuição das pressões.
O filete de ar ao deixar a
ogiva se descola da Ricochete
parede, descrevendo do filete
uma curva, cujo raio Filete C de ar
depende de outros de ar
fatores, como do ângulo
α
da ogiva, indo chocar-se
contra a parede em C,
na parte posterior do C
engenho.
FOGUETE COM CARENAGEM CILÍNDRICA
• Em consequência desse choque em C, o filete
ricocheteia, contribuindo para formar a “esteira”
mais espessa, a qual assume proporções
superiores à seção do engenho e atua, portanto,
como fator de retardação ao deslocamento.
• Assim, é fundamental e conveniente evitar esse
ricochete, de modo a reduzir a seção da esteira
de ar que acompanha o foguete em seu
deslocamento.
FOGUETE COM CARENAGEM CILÍNDRICA
• A solução para permitir o livre escoamento do
ar, a partir do ponto C, faz-se necessário afilar
o traçado posterior do foguete, dando-lhe
uma forma semelhante ao da ogiva.
Foguete com carenagem em forma de um
tronco de cone
Detalhes do escoamento na carenagem
Com esse perfil o foguete tangenciará a
superfície, determinando uma “esteira” C
De proporções mínimas, eliminando os
inconvenientes analisados nos traçados
anteriores.
O ponto C deve se
FILETE DE AR
M N C localizar na seção
terminal da parte
Corpo do foguete cilíndrica e nas
vizinhanças do
ponto de
Para permitir o livre escoamento do ar, a partir incidência do filete
do ponto C , tal como indicado no detalhe da do ar
figura, torna-se necessário afilar o traçado
posterior do foguete, dando-lhe uma forma
semelhante ao da ogiva
PERFIL MAIS CONVENIENTE À CARENAGEM DE UM FOGUETE
C
D
Centro da
Circunferência
O nozzle e é um dispositivo projetado para controlar a direção de fluxo, expandir e
acelerar os gases gerados pela combustão de propelente dentro da câmara de
combustão, de modo que os gases de escape atinjam a saída do bocal com velocidades
hipersônicas (HILL e PETERSON, 1992) e (SUTTON e BIBLARZ, 2001). Geralmente seu
formato compreende uma região de convergência, estricção e divergência dos gases, este
tipo é conhecido como nozzle De Laval (SUTTON e BIBLARZ, 2001). A Figura abaixo
apresenta uma tubeira do tipo De Laval e a Figura no quadro azula presenta apresenta
um nozzle utilizado em satélite um nozzle utilizado em satélite.
CARENAGEM
Diagrama de um BOCAL/TUBEIRA De Laval, que mostra o
aumento da velocidade de escape dos gases na direção do fluxo,
com a diminuição da temperatura e da pressão . O número Mach
aumenta de subsônico para sônico na garganta e para
supersônico na região divergente
TIPOS DE BOCAL
• Como será visto no slide seguinte, a forma
mais simples de bocal é com um ângulo de 15°
(graus) na região divergente. Formas mais
complexas também são usadas, tais como
bicos de Bell ou formas parabólicas (SUTTON e
BIBLARZ, 2001). Estes formatos são
amplamente utilizados em veículos de
lançamento e outros foguetes, onde a carga
útil é um fator crítico.
Outro aspecto que afeta a eficiência de uma tubeira de foguete é o ângulo da garganta
entre as junções das regiões divergente e convergente, sendo este bem suave. A Figura a)
apresenta a geometria e as características físicas de um nozzle tipo Bell, Bell parabólico e
cônico; b) curvas de eficiência conforme a variação do half angle; e c) geometria da região
divergente
ESTUDO DA EMPENAGEM
E CANARS
CANARS (LEMES)
• O princípio de funcionamento consiste em
desviar o fluxo do fluido em questão (água no
caso de navios e ar no caso de aeronaves e
foguetes) de modo a que através de um par
ação/reação conseguir rodar o navio ou
engenho para a posição
pretendida
ESTUDO DA EMPENAGEM
• Empenas são utilizadas em alguns foguetes com a
finalidade de fornecer estabilidade aerodinâmica
durante o vôo e se encontram na parte inferior da
estrutura como apresentada na Figura seguinte.
• Quando um foguete não possui sistema de controle é
utilizada a configuração geométrica de posição
defasada entre o CP e o CG. Isto é conhecido como
controle passivo e quando o objeto, em vôo, tende a se
afastar da trajetória por causa de alguma perturbação
esta configuração tende a trazer o objeto pra posição
novamente.
ESTUDO DA EMPENAGEM
• Quando utiliza-se de sensores e aletas móveis
capazes de atuar num foguete em movimento
de maneira a corrigir qualquer distúrbio de
trajeto, é dado o nome de controle ativo. Sua
função é corrigir a trajetória do foguete por
meio de aletas, jatos de gás ou TVC. Isso pode
ser observado na Figura.
POSIÇÃO CP X CG
ESTUDO DA EMPENAGEM
• Nos foguetes, a empenagem desempenha um
papel relevante, no que concerne à
estabilidade, porque esses engenhos não são
animados de movimento de rotação no
momento da partida. Já verificamos que
munições de artilharia que são lançadas de
obuseiros e canhões possuem movimento de
rotação provocados pelo raiamento existente
no interior dos tubos desses armamentos.
TIPOS DE EMPENA PROPORCIONALIDADES
CP
BALÍSTICA EXTERNA
CxV2 (arrasto)
FORÇA DE IMPULSÃO
• M . g (peso)
BALÍSTICA EXTERNA
• b. no segundo caso, que é o nosso estudo, de
um engenho com simetria axial, manifesta-se
uma ligeira diferença. Os planos da sua
empenagem são paralelos à direção da força
propulsiva e a sustentação Cz.V2 desaparece
como importante força no estudo do
equilíbrio, e o engenho tende a se comportar
como uma munição clássica de artilharia,
apresentando-se uma certa curvatura.
BALÍSTICA EXTERNA
• A existência de força propulsiva em um certo
trecho da trajetória e aparecimento de forças de
sustentação, modificam o estudo desse tipo de
projetil.
• Admite-se que a aceleração da gravidade
permaneça constante, assim o peso do foguete,
durante o período de combustão, varia
proporcionalmente à sua massa;
• E que a velocidade relativa do foguete em relação
ao ar tenha a direção do seu eixo.
• Agora, considerando que a massa instantânea do
foguete m e seja v a velocidade do foguete, com
um observador inercial; sabendo-se que parte da
massa m do foguete é constituída pelo
combustível que é expelido para fora do mesmo
através do motor e designando por γa taxa de
combustível expelida para fora do foguete,
𝒅𝒎 𝒅𝒎
γ=- e é óbvio que < 0, pois o
𝒅𝒕 𝒅𝒕
foguete perde massa entre t edt
Velocidades relativas
Se a velocidade de ejeção do combustível, com relação ao
foguete, é dada por ve, então a velocidade do combustível
vcomb , com relação ao observador inercial mencionado no
slide anterior é dada por
vcomb = ve + v
EQUAÇÃO DO MOVIMENTO DE UM
FOGUETE
• Utilizando a conservação do momentum para deduzir a equação de
movimento do foguete e considerando que não haja força externa agindo
sobre o sistema (foguete + combustível), é importante deduzir que em um
determinado instante de tempo t, o momentum do foguete é dado por:
pfog = m.v (*)
definindo que o sistema como sendo o foguete e o combustível em seu interior
no instante t e nesse instante o momentum total vale o da equação (*).
Todavia depois de um intervalo de tempo dt, o momentum do foguete será
expresso pelo princípio da impulsão e quantidade de movimento
dp = dm ( v + vrel ) + Fext
dt dt
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO MOVIMENTO
PARA O FOGUETE
• O termo vrel dm é a taxa (em relação ao tempo),
dt
segundo a qual o momento linear vai sendo
transferido para o ( ou do) sistema pela massa
que ele ejeta (ou recolhe). Pode ser interpretado
como a força exercida sobre o sistema pela massa
que abandona (ou que se junta a ele). No caso do
foguete em estudo, é o Empuxo e o projetista
procura torná-lo maior possível,por questões
óbvia. O exame da equação
(***)
m dv = - γ ve + F
dt
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO MOVIMENTO
continuação
nos mostra que para isto ( Empuxo ) a massa ejetada pelo
foguete, na unidade de tempo, deve ser a maior possível e que
a velocidade desta massa em relação ao foguete deve ser a
mais alta possível.
Representa-se melhor a equação acima por:
M dv = Fext + Freação onde
dt
Freação= vrel . dM
dt
Que é a força de reação exercida sobre o sistema pela massa
que é expelida.
EQUAÇÕES DIFERENCIAIS DO
MOVIMENTO PARA O FOGUETE
• A equação (***) representa a equação do
movimento para o foguete sob ação de uma
força externa
• m dv = - γ ve + F
dt
APLICAÇÃO
• 1. A massa inicial de um foguete e seu
combustível é mo. Uma massa mf total de
combustível é consumida a uma taxa
constante γ e expelida a uma velocidade
constante u em relação ao foguete.
Determinar a velocidade máxima do foguete.
Despreze a variação do peso do foguete com a
altitude e a resistência do arrasto do ar. O
foguete é lançado verticalmente, partindo do
repouso.
Solução
• m dv = - γ ve + F ->
dt
- (mo –γt)g = (mo – yt) dv - uγ
dt
dv = - gdt + uγ dt ou
mo – γt
v(t) = - gt + ln mo ou
mo – mf
vmax= u ln mo - gmf
mo - mf γ
EQUAÇÃO DE FOGUETE DE
TSIOLKOVSKY
• A equação do foguete de Tsiolkovski, chamada
assim por KonstantinnTsiolkovsky que foi o
primeiro que a derivou, considera o princípio
do foguete como: “um aparelho que pode
aplicar aceleração ao mesmo empuxo,
expulsando parte de sua massa a alta
velocidade na direção oposta, devido a
conservação da quantidade de movimento”.
• Diz que para qualquer manobra ou viagem que
inclua manobras:
EQUAÇÃO DE FOGUETE DE TSIOLKOVSKY
Diz que para qualquer manobra ou viagem que inclua manobras, ter-se-á a relação:
𝒎
Δv = veln 0 onde ve = vel. de ejeçãodos gases em relação ao impulso específico do foguete;
𝒎𝒇
m0é a massa total inicial e mf a massa total final, respectivamente, do sistema em estudo.
Δv é o resultado de integrar no tempo a aceleração produzida pelo uso do motor do foguete (não a
aceleração devida a outras fontes como atrito ou gravidade). No caso típico de aceleração no sentido da
velocidade, é o incremento da velocidade. No caso da aceleração no sentido contrário (desaceleração),
é o decréscimo da velocidade.
𝒎0 𝒎0 Δv
Podemos fazer: Δv = veln ->ln = ou aplicando o conceito de logaritmo
𝒎𝒇 𝒎𝒇 ve
Δv/ ve m0
𝒆 = OU m
mf 0 = mf .𝑒 Δv/ veainda,
𝒎𝒇 − Δv/ v
=𝒆 esubtraindo 1 de cada parte da igualdade, vem
𝒎𝟎
que se
1 - 𝒎𝒎 = 1 - 𝒆− Δv/veé a relação de massa (a parte da massa total inicial
𝒇
Δ𝑣/𝑣𝑒 𝑚
𝑒 = 𝑜 assim pa,ra obter (X), um incremento de velocidade igual à velocidade de escape dos gases,
𝑚
termos que𝑓
𝜟𝒗/𝒗𝒆 𝒎𝒐 1 𝟏
𝒆 e =2,71828 ≈ 2, 72 ou a carga útil: mf = m0
=
𝒎 𝟑
desta forma𝒇 se Δv = 2 ve, a relação é de e2 = 7,4, e para Δ= 3 ve, a relação passa a
ser de e3 = 20, ou seja, apenas 1/20 da massa do foguete representa a carga útil.
EQUAÇÃO DE FOGUETE DE TSIOLKOVSKY
𝒎
vo1– vf1= ve ln 𝒐𝟏(a) ->𝒎𝒐𝟏 é a massa total inicial e 𝒎𝒇𝟏 a massa após a queima do
𝒎𝒇𝟏
combustível. Se 𝒎𝒐 é a massa da carcaça do 1º estágio, descartada, a massa inicial do 2º estágio será
m02 = mf1 – m0 e a velocidade inicialv02= vf1de modo que
𝒎𝒐𝟐
vf2 – vf1 = veln (b)
𝒎𝒇𝟏
m02 = mf1 – m0
𝒎𝒐𝟐 -> massa inicial do 2º estágio
mf1-> massa após a queima do combustível
1º est. 2º est.
PROPULSÃO COM MASSA VARIÁVEL
m F dme m - dme F
V V + dV
2 x 10 6 De 0 até 8 mil
1º estágio 140.000 (querosene + O2 2.140 x 103 140 3.400x 103 km/h a 65 km
líq.) de H
De 8mil a 24
2º estágio 420 mil ( H2 líq. +
36.000 456 mil 370 450 mil mil km/h a 180
O2 liqd.)
km de H
3º estágio 10 mil 105 mil ( H2 líq. + 115 mil 475 90 mil Injeção em
O2 liqd.) âmbito lunar a
40 mil km/h
ϵ = ∆L σ
LO
L0
L
ESTUDO DAS TENSÕES NO VASO DE
PRESSÃO
• B. TENSÕES TANGENCIAIS ( τ ) É a tensão
desenvolvida no plano da seção de referência
tendo o efeito de provocar corte ou
Distorção Específica
cisalhamento nesta seção. ( γ ) Medida de
deformação de
DESLOCAMENTO DAS ARESTAS corpos submetidos a
τ τ tensões tangenciais.
γ
τ τ τ τ
γ
τ
τ
ESTUDO DAS TENSÕES NO VASO DE
PRESSÃO
CÁLCULO DA EMPENAGEM
MÉTODO DA RELAÇÃO DE
SEMELHANÇA
vapor
• Projetil de arma leve