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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO

SECRETARIA DE EDUCAÇAO A DISTÂNCIA


CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO MUNICIPAL

DESENVOLVIMENTO E MUDANÇAS NO ESTADO


BRASILEIRO

UNIDADE 3 – DA NOVA REPÚBLICA AOS DIAS ATUAIS

Profa. Milka Alves Correia Barbosa


Apresentação
Daqui em diante vamos conhecer um pouco do período que
começa com a reconstrução do regime democrático (1985) e
segue até os dias atuais. Nele pode-se dizer que, do ponto de
vista político, a promulgação da Constituição de 1988 foi marco
divisor entre o regime militar e o regime democrático.

O país passou por várias turbulências como a instabilidade


econômica, o alto grau de endividamento externo, a hiperinflação,
a recessão econômica, até chegar à recuperação da estabilidade
econômica, ao controle da inflação, à redução da dívida externa
e das desigualdades sociais. Nessa caminhada, cada governo
trouxe um plano econômico ou um novo rumo.
A eleição de Tancredo Neves e José Sarney

O PMDB lança a candidatura de Tancredo Neves


(governador de Minas Gerais) para Presidente da República
e José Sarney (Frente Liberal) como vice.
 A eleição indireta, através colégio eleitoral, em 15/01/1985.
 Tancredo fica impossibilitado de assumir o governo por
problemas de saúde e José Sarney assume a Presidência em
15/03/1985.Tancredo falece em abril de 1985.
O Governo Sarney
 Quadro econômico: recessão econômica; inflação acima de 200% ao
ano; déficit público; alto grau de endividamento interno e externo;
alta taxa de juros.
 Plano Cruzado: lançado em fevereiro de 1986, alicerçado no
congelamento de preços e salários e troca de moeda, visando
objetivo de controlar a inflação e recuperar o poder de compra dos
salários.
O Governo Sarney e seus planos econômicos

Plano Cruzado

Plano Cruzado II

Plano Bresser

Plano Verão
Principais medidas adotadas no Plano Cruzado

1. Substituição do cruzeiro pelo cruzado (CR$ 1.000,0 = CZ$


1,0);
2. Suspensão da correção monetária generalizada;
3. Congelamento dos preços em todo o varejo (por um ano), os
quais eram fiscalizados por cidadãos comuns (fiscais do Sarney)
4. Congelamento de salários, contratos, hipotecas e aluguéis;
5. Reajuste dos salários antes do congelamento pelo valor médio
do último semestre, acrescido de 15% para o salário mínimo e
8% para os demais salários;
6. Criação do gatilho para reajuste salarial sempre que a inflação
atingisse 20%.
Por que Plano Cruzado fracassou
 O reajuste salarial antes do congelamento elevou o poder de
compra dos assalariados mas reduziu a margem de lucro da classe
empresarial;
 O aumento do poder de compra dos salários e da demanda não foi
acompanhada pela oferta, provocando uma pressão sobre os preços;
 Baixa capacidade de importação, pressionando ainda mais a
capacidade de oferta no mercado nacional e os preços;
 O descontentamento dos produtores com o congelamento de
preços provocou uma crise de abastecimento, e à cobrança de ágio
(taxa adicional sobre os preços de diversos produtos), por exemplo,
gasolina, leite, óleo comestível e outros.
Plano Cruzado II
 Uma resposta ao fracasso do Cruzado I, foi criado o Cruzado II
(Cruzadinho), em 21/11/86 buscava reduzir a pressão sobre a
demanda, controlar o déficit fiscal aumentando a receita
tributária.
 Principais medidas:
 Elevação da taxa de juros e da carga tributária
 Criou o empréstimo compulsório que consistia na elevação do IPI com
a promessa de ser devolvido à sociedade, posteriormente. Esses produtos
teriam seus preços elevados, seriam excluídos do cálculo da inflação para
não contaminar o índice.
 Com queda das reservas cambiais, o governo decreta a moratória dos juros
da dívida externa (moratória parcial) em 20/02/1987.
Plano Bresser
 Em junho de 1987, em meio à crise provocada pelo fracasso dos Planos
Cruzado,I e II e com a inflação em alta, Luiz Carlos Bresser Pereira
assumiu o Ministério da Fazenda do Governo e lançou o Plano Bresser
em 12/06/1987, mantendo o congelamento de preços e salários por 3
meses.
 Foram reajustados, mais uma vez, preços de diversos produtos: tarifa de
eletricidade – 45%, tarifa telefônica – 34%, aço – 32%, pão – 35%, leite –
27%, combustíveis – 13%.
 Foi criada a URP – Unidade Referencial de Preços, um novo indexador,
utilizado para reajustar salários com base na média de inflação do
trimestre anterior. Esse mecanismo provocou grande defasagem salarial
porque os reajustes não acompanhavam a elevação de preços.
Plano Bresser
 Para diminuir o déficit público algumas medidas foram
tomadas: desativar o gatilho salarial, aumento tributos, fim do
subsídio do trigo e adiamento de obras de grande porte já
planejadas, pelo Governo, a exemplo da Ferrovia Norte-Sul e
o pólo-petroquímico do Rio de Janeiro
 As medidas adotadas provocaram desaceleração da economia,
elevação do índice de desemprego, queda da arrecadação
tributária, elevação do déficit público e profunda recessão
econômica.
Plano Verão
 Sob o comando de Maílson da Nóbrega, foi lançado o quarto e último
plano econômico do Governo Sarney, com as seguintes medidas:

• Manutenção da políticas de juros altos;


• Corte dos gastos públicos;
• Congelamento de preços, precedido de reajustes;
• Elaboração de uma reforma monetária que instituía o cruzado novo (NCZ$).

 Final do Governo,:inflação próxima a 80% ao mês, - hiperinflação - que


desestimulava investimentos privado, e gerava reflexos negativos sobre
arrecadação tributária e geração de emprego.
A Constituição de 1988
 Assegurou diversas garantias constitucionais, com o objetivo de dar
maior efetividade aos direitos fundamentais, permitindo a participação
do Poder Judiciário sempre que houver lesão ou ameaça de lesão a
direitos.
 Qualificou como crimes inafiançáveis a tortura e as ações armadas
contra o estado democrático e a ordem constitucional.
A eleição direta para os cargos de Presidente da
República, Governador do Estado e do Distrito
Federal, Prefeito, Deputado Federal, Estadual e
Distrital, Senador e Vereador.
 Prevê maior responsabilidade fiscal.
Os governos Collor e Itamar Franco

 O Brasil estava mergulhado em um estágio de


estagflação.
 Fernando Collor de Mello e Itamar Franco
vencem as eleições de 1989 em uma disputa
com Luiz Inácio da Silva.
 É o primeiro presidente eleito pelo voto
direto, após o regime militar.
Plano Brasil Novo (Collor I)
 Reteve por 18 meses depósitos e aplicações financeiras que
ultrapassassem CR$ 50 mil: retirou de circulação mais de 75% da
moeda circulante, inviabilizando os investimentos privados e
reduzindo drasticamente o nível de consumo.
 A moeda foi, novamente, trocada para cruzeiro para permitir o
bloqueio sem ferir a lei, já que os recursos seriam devolvidos em
uma moeda diferente; e marcar a mudança da política econômica.
 Abertura comercial: redução gradual das tarifas de importação, para
forçar o aumento da competição. Os produtores nacionais seriam
forçados a reduzir seus preços e melhorar a qualidade dos
produtos.
Plano Collor I
 Desindexação: contratos não poderiam mais usar a inflação
para correção monetária em prazos inferiores a um ano.
 Ajuste nas contas públicas: demissões em massa de
servidores, aumento de tarifas públicas e o início das
privatizações.
 Com um volume de moeda insuficiente circulando na
economia, o país entra em elevada recessão.
• A taxa de desemprego passa de 8,8% para 14,9%;
• A inflação, de 1.783 em 1989, cai para 480% em 1991 e
volta a subir, chegando a 1.158% em 1992;
• A taxa de investimento sobre o PIB cai, passando de 17%
para 14%.
Plano Collor II
 Como a inflação não recua, cai a ministra Zélia Cardoso, mas antes de sair
deixa editado o Plano Collor II que consistia em forte ajuste fiscal:
• Revogação de subsídios;
• Corte de despesas de custeio e do orçamento das empresas estatais;
• Elevação de impostos e tarifas públicas (entre 46% e 59,5%);
• Aceleração do processo de privatização através do uso de moeda podre,
subavaliação das empresas leiloadas e financiamento público (recursos do
BNDES), causando grande indignação junto às forças políticas de oposição e à
sociedade.
• Introdução da TR: instrumento indexador, a Taxa de Referência de Juros
(TR), para caderneta de poupança e dos títulos públicos, financiamentos,
empréstimos e contratos a prazo
• Congelamento de preços e salários.
Itamar Franco assume a presidência
 Envolvido em grande escândalo de corrupção e sob a ameaça de
impeachement, Collor renuncia e Itamar Franco assume,
interinamente, a presidência em 02/10/1992.
 Em 29/12/92 Itamar Franco é aclamado Presidente da República
e, em maio/93, convida Fernando Henrique Cardoso para assumir
o Ministério da Fazenda com uma equipe de economistas
formada por Edmar Bacha,André Lara Resende e Pérsio Arida.
 Em fevereiro de 1994, é lançado o Plano Real – Plano de
estabilização da inflação, criando o Real, a nova moeda brasileira.
 O Plano Real foi implementado em três fases: Programa de
Ação Imediata (PAI), Introdução da URV (Unidade Real
de Valor), transformação da URV na nova moeda, o real.
Plano de Ação Imediata - PAI
 PAI – Plano de Ação Imediata prepara o terreno para a
implantação do Real e é elaborado em 1993.
 Seu foco era o combate à inflação, problema que vinha
causando grande instabilidade à economia brasileira, desde
a década de 1970.
 As principais linhas de direção do plano eram: elevação
da taxa de juros e corte dos gastos públicos.
 Austeridade no relacionamento com Estados e Municípios
(corte de repasses inconstitucionais); ajustes nos Bancos
Estaduais; redefinição das funções dos Bancos Federais;
privatizações .
PAI: corte dos gastos públicos
 Com relação aos gastos públicos, foram tomadas as
seguintes medidas:

• Corte de US$ 6 bilhões do orçamento (1993) da União;


• Limite às despesas com servidor público até 60% da receita corrente,
(União, estados e municípios);
• Definição de novos parâmetros para renegociação das dívidas de
estados e municípios com o governo federal, exigindo-se desses a
entrega de seu patrimônio para ser privatizado pela União;
• Definição de limites para o endividamento de estados e municípios.
Implantação da Unidade de Referência
de Valores (URV)

 Combate à inflação por meio de uma moeda indexada.


 Indução de todo o sistema de preços a migrar para a
indexação em URV, ou seja, a uma única referência.
 Conversão dos salários e os benefícios previdenciários,
promovendo a neutralidade distributiva.
A nova moeda: o Real

 Transformação da URV na nova moeda, o real.


 Relação com a moeda que substituía e com o dólar
americano
CR$ 2.750,00 = 1 URV = R$ 1,00 = US$ 1,0

 O Banco Central se comprometia a vender dólar americano


se houvesse ameaça de desvalorização cambial. Era uma
paridade semi-fixa, considerando que o governo admitia
uma valorização ainda maior do Real em relação ao dólar,
mas não o contrário.
Plano Real: mecanismos para assegurar a
estabilidade dos preços
 O ajuste fiscal diminuiria a necessidade do governo em se
apropriar da renda nacional para financiamento de seu déficit;

 Os assalariados, com o reajuste concedido, não pressionariam os


preços através da reivindicação por reajustes salariais e

 As empresas, com uma margem de lucro acumulada no período


de vigência da URV, não elevasse os preços de bens e serviços.

 Nenhum dos agentes econômicos provocaria uma pressão


inflacionária e a moeda estaria lastreada por uma moeda forte, o
dólar americano.
O Primeiro Governo de Fernando Henrique
Cardoso (FHC)
 A expectativa da população em torno da estabilidade
econômica garante FHC a vitória nas eleições para
Presidente da República.
 Mesmo não sendo controlada a inflação, seus índices eram
bem menores que nos governos anteriores.
 Em seus programas eleitorais, prometeu resolver os
problemas sociais que mais afetavam a população brasileira:
emprego, saúde, educação, segurança e agricultura.
O Primeiro Governo de FHC
 No campo econômico, além das ações em torno do controle da inflação,
foram adotadas as seguintes medidas:

 Reforma da previdência;
 Fim do monopólio estatal nas áreas de energia, siderurgia e
telecomunicações;
 Execução do Plano Nacional de Desestatização, privatizando empresas de
vários setores da economia. Para regular e fiscalizar essas empresas, foram
criadas as agências reguladoras (ANEEL, ANATEL, ANP, ANA ...)
 Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema
Financeiro Nacional – PROER, que consistia em intervir e liquidar os
bancos em dificuldade com o objetivo de assegurar a estabilidade do
sistema financeiro nacional;
 Programa de incentivo à redução do setor público estadual na atividade
financeira – PROES, em razão da situação de insolvência financeira de alguns
desses bancos.
O Primeiro Governo de FHC
 No campo administrativo :
 O Plano Diretor de Reforma do Aparelho de Estado:buscava
implantar o modelo de administração gerencial para as áreas-fim,
mantinha o modelo burocrático weberiano para as carreiras típicas
de Estado
 Criação da figura das organizações sociais
O Primeiro Governo de Fernando Henrique
Cardoso: âncora cambial

 Mecanismos: redução das alíquotas de importação e


valorização cambial.
 Em outubro/94 o governo reduz as alíquotas de importação
para aumentar a concorrência no mercado interno;
 Iniciado por Fernando Collor, o processo de abertura
comercial se intensifica com o Mercosul e a criação da Tarifa
Externa Comum (TEC). Para alguns produtos, a alíquota era
nula.
Âncora cambial e suas consequências
 Mercado nacional invadido por produtos estrangeiros;

 Empresas nacionais pressionadas por juros elevados e expostas à


concorrência acirrada com empresas estrangeiras;

 Competição desvantajosa levando a sucateamento e destruição


de empresas e setores importantes da economia brasileira,;

 A queda das exportações e o crescimento das importações


levam o país a acumular elevados déficits comerciais, forçando o
governo a realizar uma gradativa desvalorização cambial.
O Primeiro Governo de Fernando Henrique
Cardoso: desestatização
 Privatização das estatais, dando continuidade a um processo que
começara no governo de José Sarney, seguiu com Fernando
Collor e Itamar;

 Propósitos: repassar grande parte dessas empresas ao capital


estrangeiro, de modo a compensar o déficit comercial produzido
com a valorização cambial e a redução de barreiras comerciais;
amortizar parte da dívida pública, interna e externa;
O Primeiro Governo de Fernando Henrique
Cardoso: Proposta de Emenda Constitucional - PEC

 O Presidente enviou ao Congresso (02/1995), logo após


assumir o governo, as PECs que:
 quebravam o domínio público sobre o petróleo, o subsolo, as
telecomunicações e a energia;
 Abria ao capital estrangeiro a navegação de cabotagem;
 Concedia à empresa estrangeira o mesmo status de empresa
nacional (acabava com o conceito de capital nacional).
 São alterados os artigos 171, 176 e 177 da Constituição
Federal de 1988.
Cenário internacional
 1995 – crise financeira do México;
 1997 – crise dos tigres asiáticos;
 1998 – crise da Rússia.
 Essas crises representavam uma ameaça ao Brasil e a outros países em
desenvolvimento à medida que grandes investidores internacionais
procuram fugir dos mercados de alto risco.
A Vulnerabilidade Externa

 Os déficits na balança comercial estavam sendo financiados


pela entrada de recursos externos, sobretudo capitais
especulativos de curto prazo.
 Capitais extremamente voláteis e podem deixar o país a
qualquer instante, gerando uma crise cambial.
 O país, para equilibrar suas contas, dependia da entrada de
capitais estrangeiros. Uma mudança na percepção do
mercado internacional em relação ao país poderia gerar
uma crise.
Balanço de Pagamentos

 A vulnerabilidade externa da economia brasileira se revelava


por meio dessa necessidade de recursos externos para poder
se manter em equilíbrio.
 Para segurar no país o capital necessário para equilibrar o
Balanço de Pagamentos, o governo brasileiro elevou
drasticamente as taxas de juros, inflando o volume da dívida .
 Em 1998, o país pediu ajuda ao FMI e ao governo dos Estados
Unidos, com um empréstimo de mais de US$ 40 bilhões.
O segundo mandato de FHC
 Fatos marcantes na área econômica:
• Fim do sistema de banda cambial e início da flutuação cambial, fazendo
com que o dólar passasse de R$ 1,21 para R$ 2,16 entre janeiro de
fevereiro/99;
• Implantação do Sistema de Metas de Inflação: o Conselho Monetário
Nacional define um intervalo de variação da inflação para cada ano,
utilizando taxa de juros e outros instrumentos monetários para
assegurar o alcance da meta;
• Aprovada, em 2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal que define limites
para gastos com pessoal e grau de endividamento, além de criar
mecanismos de responsabilização penal para gestores públicos;
• Crise no setor energético com ameaça de apagão, e racionamento de
energia, levou à redução de investimentos privados, configurando-se
em grande gargalo ao crescimento econômico do país.
O segundo mandato de FHC
 No campo social, foram criados benefícios transferidos à
população de baixa renda, com o objetivo de criar uma rede de
proteção social: bolsa-escola; auxílio-gás e cartão-alimentação.

 O cenário da economia internacional:


• A crise argentina, entre 1999 e 2000, com impactos sobre a
economia brasileira, especialmente sobre o setor de exportação de
manufaturados;
• Em 2001, o ataque terrorista aos Estados Unidos afeta o setor de
aviação e outros setores ligados ao turismo internacional.
O fim do segundo mandato de FHC

 No segundo semestre de 2002, o dólar chega a R$ 4,0, a inflação


mensal a 3% e o risco-país a 2.400 pontos. Alguns analistas
políticos atribuíam esses números a intenção de voto que
sinalizavam a vitória de Luiz Inácio da Silva, candidato da oposição
à Presidência.

 O PIB registrou uma média anual de crescimento de 2,09%,


semelhante ao mandato anterior e a inflação anual média, 8,75%.

 A equipe econômica de FHC desenvolve um modelo de


estabilidade econômica para o Brasil a partir do controle sobre a
inflação, depois de várias tentativas de governos anteriores.
Luiz Inácio Lula da Silva - 1º mandato

 Ao contrário do esperado, Lula manteve as principais bases do


programa econômico do governo FHC.
 A escolha de Henrique Meirelles para a presidência do Banco Central e
de Antonio Palocci para o Ministério da Fazenda sinalizava a decisão de
manter o combate à inflação e o rigor no ajuste fiscal.
 No plano econômico, a equipe econômica elevou a taxa de juros como
instrumento de controle inflacionário e encaminhou projeto de reforma
da Previdência ainda mais profundo que o executado pelo governo
anterior, sob críticas de seus correligionários.
 Aos poucos o risco-país caiu, a moeda nacional se valorizou frente ao
dólar e o governo foi conquistando a confiança dos agentes econômicos
nacionais e internacionais.
Luiz Inácio Lula da Silva - 1º mandato
 Diferentemente do governo anterior que estava focado nas
questões macroeconômicas, o Governo Lula estabeleceu algumas
medidas microeconômicas, dentre elas:
 Instituição de operações de crédito consignado em folha de
pagamento;
 Definição de patrimônio de afetação (somente o patrimônio da
empresa responde por suas dívidas)
 Facilitação do mecanismo de alienação fiduciária de imóveis e
veículos;
 Incentivo ao microcrédito.
Luiz Inácio Lula da Silva - 1º mandato

 No campo social, ampliou e unificou os programas de proteção social em torno


do Bolsa Família, estimulando o consumo no interior do país.

 No âmbito da economia internacional, o crescimento econômico de países


emergentes gerou um incremento de demanda sobre os produtos nacionais,
elevando de forma significativas as exportações e o saldo da balança comercial.

 A expansão do comércio exterior e dos investimentos diretos estrangeiros, a


queda do valor do dólar e o acúmulo de reservas levaram a redução do volume
da dívida externa e liquidação dos compromissos com o Fundo Monetário
Internacional

 Com o recuo da inflação, foi possível reduzir a taxa de juros e elevar o volume
de crédito direcionado tanto a novos investimentos quanto ao consumo.
Luiz Inácio Lula da Silva - 1º mandato

 Em relação à política administrativa, para manter o apoio


no Congresso e acomodar a base governamental na
estrutura do governo federal houve uma ampliação do
número de ministérios e secretarias e a elevação dos gastos
correntes do governo.
Resultados do primeiro mandato de Lula
 Manutenção da estabilidade econômica.
 Redução do índice de desemprego, elevação do número de
empregos formais e redução do déficit do sistema previdenciário.
 Redução do índice inflacionário, registrando média anual de
6,41%.
 Crescimento econômico, registrando um crescimento médio
anual do PIB de 3,45%.
Luiz Inácio Lula da Silva - 2º mandato
 Para seu segundo mandato, Lula lança o Programa de Aceleração do
Crescimento – PAC com o objetivo de aumentar o PIB e acelerar o
crescimento econômico através de investimentos em infraestrutura urbana,
energética e logística.
 No âmbito da economia internacional:
 Cresceram os investimentos diretos do capital internacional no país.
 Fortalecimento do mercado de capitais no Brasil
 Em 2008, uma crise no mercado financeiro norte-americano abalou a
economia de vários países, mas o Governo consegue evitar a recessão com
intervenções iscais e monetárias de estímulo à produção e ao consumo.
 Uma elevação no preço das commodities ameaça provocar uma pressão
inflacionária, mas uma queda no consumo de países afetados pela crise
financeira norte-americana reequilibra os preços, afastando ao aumento da
inflação.
O que mudou nos últimos anos no Brasil
 Transição do regime militar ao regime democrático;
 Estruturação um modelo econômico capaz de compatibilizar
estabilidade, crescimento econômico e melhoria da qualidade
de vida da população;
 Reestruturação das instituições públicas;
 Fortalecimento das relações comerciais com o mercado
internacional;
 Redução níveis de pobreza absoluta;
 Melhoria os indicadores da educação;
 Redução o déficit habitacional.
Referências bibliográficas

LEITE JR, A.D. Desenvolvimento e mudanças no estado


brasileiro. Florianópolis: UFSC – CAPES: UAB, 2.ed. 2012.

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