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O Absurdo em ‘O

Estrangeiro’ e ‘O
Mito de Sísifo’ de
Albert Camus

Vasco Henriques nº 149283

Cadeira: História das Ideias


Contemporâneas

Ano Lectivo 2018/2019


2º Semestre

Sísifo (1548–49) por Ticiano, Museu do


Prado, Madrid
O Absurdo em ‘O Estrangeiro’
 Meursault é um herói absurdo tanto a um nível
figurativo assim como a um nível literal.
 Figurativamente pois, Meursault, condenado à morte e
aguardando a sua execução, é uma metáfora para a
realidade da condição humana.
 A um nível literal, Meursault exemplifica perfeitamente
as características absurdas da revolta, liberdade e
paixão delineadas por Camus em ‘O Mito de Sísifo’.
Pósfácio ed. Americana:
‘Meursault não entra em jogos, não mente e diz o que ele
próprio é, não consegue esconder os seus sentimentos e
por essa razão a sociedade sente-se ameaçada por ele.’
 Reflecte a condição humana no sentido em que por
vezes nos sentimos dentro de uma jaula, apesar de
sermos livres, pois temos o receio de nos fazer ouvir,
sentir, portanto, sentimos-nos incapazes de sair dessa
mesma jaula.
 Meursault combate o absurdo pela indiferença e a
recusa da hipocrisia, o que lhe leva ultimamente à
condenação por parte do tribunal em o considerar
desumano, pois recusa fingir que gostava da sua mãe e
da sua execução, pois ele comete de facto, um
homicídio.
‘Como se esta cólera me tivesse limpo do mal, esvaziado
da esperança, diante desta noite carregada de sinais e de
estrelas, eu abria-me pela primeira vez à terna indiferença
do Mundo. Por o sentir tão parecido comigo, tão fraternal,
senti que fora feliz e que ainda o era.’
O Estrangeiro
O Absurdo no ‘O Mito de
Sísifo’
 Se Meursault exemplifica muitas das características de
um herói absurdo. Ao escrever O Estrangeiro, Camus
tenta exemplificar o que ele define em O Mito de Sísifo
como as características do artista absurdo.
 Por outro lado, o Mito de Sísifo pode ser lido como uma
tentativa de esclarecer e explicitar o panorama que é
expresso em O Estrangeiro.
 O Mito de Sísifo trata do problema filosófico
verdadeiramente sério para Camus – o suicídio.
‘Julgar se a vida merece ou não ser vivida, é responder a
uma questão fundamental da filosofia’
O Mito de Sísifo
 Este pensamento de Camus vem de encontro ao que aos seus
olhos, assim que nos propomos a meditar acerca do significado da
vida, temos a consciência de que ela não tem significado pré-
determinado, e se a condição e os esforços do ser humano são
inúteis, somos a partir daí compelidos a se não deveríamos ou
não cometer suícidio.
 Para Camus, o suicídio é a "confissão" de que a vida não vale a
pena ser vivida, é uma escolha que declara implicitamente que a
vida é "demasiado". O suicídio oferece a "saída" mais básica do
absurdo: o término imediato do eu e do seu lugar no universo,
que lhe é indiferente.
 Ao ser humano resta-lhe optar por abraçar a condição absurda.
Segundo Camus, a liberdade - e a oportunidade de dar significado
à vida - reside no reconhecimento do absurdo. Se a experiência
absurda é verdadeiramente a percepção de que o universo é
fundamentalmente desprovido de absolutos, então nós, como
indivíduos, somos verdadeiramente livres. "Viver sem apelo",
como ele coloca, é um movimento filosófico para definir absolutos
e universais subjetivamente, em vez de uma forma objectiva.
• Camus afirma que a espécie
humana é como a figura mítica
de Sísifo, que sobe a montanha
carregando uma pedra que
voltará irremediavelmente a
descer, perpetuamente, por ter
desafiado os deuses.
• O autor franco-argelino seduz-
nos, leitores, na forma directa e
assertiva como escreve e
aponta ultimamente sobre como
devemos lidar da melhor forma
que sabemos em relação às
contigências da vida, nunca
recaindo no desespero ou no
nihilismo total, triunfando desta
maneira sobre a adversidade,
‘teremos de imaginar Sísifo
feliz’.
• O herói supremo do absurdo
vive sem sentido e enfrenta o
suicídio sem sucumbir a ele!

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