O presente trabalho da cadeira de microeconomia visa abordar de forma sumária a teoria de produção e custos marginais. A Teoria de Produção e a Teoria dos Custos de Produção constituem a chamada Teoria da Oferta da Firma Individual. Os princípios da Teoria da Produção e da Teoria dos Custos de Produção são peças fundamentais para a análise dos preços e do emprego dos factores, assim como de sua alocação entre diversos usos alternativos na economia. Objectivo Geral Analisar de forma sistemática a teoria de produção e custos marginais
Objectivos Específicos
Apresentar os conceitos básicos da Teoria de produção
Distinguir Custos fixos e Custos variáveis Abordar resumidamente custos marginais Produção Segundo WAGNER (2007:22) produção é o processo de transformação dos factores adquiridos pela empresa em produtos para a venda no mercado. É importante ressaltar que o conceito de produção não se refere apenas aos bens físicos e materiais, mas também a serviços, como transportes, actividades financeiras, comércio e outras actividades.
Para MANKIW (2005:12), No processo de produção,
diferentes insumos ou factores de produção são combinados, de forma a produzir o bem ou serviço final. As formas como esses insumos são combinados constituem os chamados métodos de produção, que podem ser intensivos em mão-de-obra (utilizam mais mão-de-obra em relação a outros insumos), intensivos em capital ou intensivos em terra etc. Podemos conceituar a função de produção como sendo a relação que indica a quantidade máxima que se pode obter de um produto, por unidade de tempo, a partir da utilização de uma determinada quantidade de factores de produção, e mediante a escolha do processo de produção mais adequado. Ela pode ser representada da seguinte forma:
q = f(L,K,T) onde: q - é a quantidade total produzida
(ou produto total), por unidade de tempo; L - é a quantidade de mão-de-obra utilizada por unidade de tempo; K - é o capital físico utilizado por unidade de tempo; e T - é a quantidade de área utilizada por unidade de tempo. Factores de produção variáveis são aqueles cujas quantidades utilizadas variam quando o volume de produção varia. Por exemplo: quando aumenta a produção, é necessários mais trabalhadores e maior quantidade de matérias-primas. Factores de produção fixos são aqueles cujas quantidades não variam quando o produto varia. Por exemplo: as instalações da empresa e a tecnologia, que são factores que só são alterado a longo prazo. Produto total: É a quantidade do produto que se obtém da utilização de factor variável, mantendo-se fixa a quantidade dos demais factores. Produtividade média do factor: É o resultado do quociente da quantidade total produzida pela quantidade utilizada desse factor. Produtividade marginal do factor: É a relação entre as variações do produto total e as variações da quantidade utilizada do factor. Ou seja, é a variação do produto total quando ocorre uma variação no factor de produção. “Elevando-se a quantidade do factor variável, permanecendo fixa a quantidade dos demais factores, a produção inicialmente aumentará a taxas crescentes; a seguir, depois de certa quantidade utilizada do factor variável, continuará a crescer, mas a taxas decrescentes (ou seja, com acréscimos cada vez menores); continuando o incremento da utilização do factor variável, a produção total chegará a um máximo, para depois decrescer”.
Exemplo: considerando-se dois factores terra (fixo) e
mão-de-obra (variável), podemos verificar que, se várias combinações de terra e mão-de-obra forem utilizadas para produzir arroz e se a quantidade de terra for mantida constante, os aumentos da produção dependerão do aumento da mão-de-obra utilizada na lavoura. De acordo com KUPFER (2002:35), Os rendimentos de escala ou economias de escala representam a resposta da quantidade produzida a uma variação da quantidade utilizada de todos os factores de produção, ou seja, quando a empresa aumenta seu tamanho. Por exemplo, aumentando-se utilização dos factores em 10%, o produto cresce 20%. Equivale a dizer que a produtividade dos factores aumentou.
Pode-se apontar como causas geradoras dos
rendimentos crescentes de escala: Maior especialização no trabalho, quando a empresa cresce; A existência de indivisibilidades entres os factores de produção (por exemplo, numa siderúrgica, como não existe : “meio forno”; quando se adquire mais um forno, deve ocorrer um grande aumento na produção). Rendimentos constantes de escala: Ocorrem quando a variação do produto total é proporcional à variação da quantidade utilizada dos factores de produção: aumentando-se a utilização dos factores em 10%, o produto também aumenta em 10%. Rendimentos decrescentes de escala (ou deseconomias de escala): Ocorrem quando a variação do produto é menos do que proporcional à variação do produto é menos do que proporcional à variação na utilização dos factores: por exemplo, aumenta-se a utilização dos factores em 10% e o produto cresce em 5%. Houve, nesse caso, uma queda na produtividade dos factores. A causa geradora dos rendimentos decrescentes de escala reside no facto de que o poder de decisão e a capacidade gerencial e administrativa são: “indivisíveis e incapazes de aumentar”; ou seja, pode ocorrer uma descentralização nas decisões que faça com que o aumento de produção obtido não compense o investimento feito na ampliação da empresa. Assim, define se custo total de produção como total das despesas realizadas pela firma com a utilização da combinação mais económica dos factores, por meio da qual é obtida uma determinada quantidade do produto. KUPFER (2002:63) Os custos totais de produção (CT) são divididos em custos variáveis totais (CVT) e custos fixos totais (CFT): CT = CVT + CFT Custos fixos totais (CFT) – Correspondem à parcela dos custos totais que independente da produção. São decorrentes dos gastos com os factores fixos de produção. Por exemplo, alugueis, iluminação etc. Na contabilidade empresarial são também chamados de custos indirectos. Custos variáveis totais (CVT) – Parcela dos custos totais que depende da produção e por isso muda com a variação do volume de produção. Representam as despesas realizadas com os factores variáveis de produção. Por exemplo: folha de pagamentos, gastos com matérias- primas etc. Na contabilidade privada, são chamados de custos directos. Como na Teoria da Produção, a análise dos custos de produção também é dividida em curtos prazos. Custos totais de curto prazo: São caracterizados pelo fato de serem compostos por parcelas de custos fixos e de custos variáveis. Custos totais de longo prazo: São formados unicamente por custos variáveis. Ou seja, ao longo prazo, não existem factores fixos. Conceitos Em economia e finanças, custo marginal é a mudança no custo total de produção advinda da variação em uma unidade da quantidade produzida. Por outras palavras, podemos ainda dizer que o custo marginal representa o acréscimo do custo total pela produção de mais uma unidade, podendo ainda dizer-se que é o corresponde ao custo da última unidade produzida. O custo marginal (CMa) representa o custo adicional, ou suplementar, com a produção de uma unidade adicional de produto. O Custo Marginal (Cmg) corresponde ao acréscimo dos custos totais de produção quando se aumenta a quantidade produzida de determinado bem em uma unidade. Algebricamente, o custo marginal é calculado como ΔCT/ΔQ, em que ΔCT designa a variação dos Custos Totais e ΔQ a variação na quantidade produzida do bem. A partir da Função Custos Totais, o Custo Marginal (Cmg) pode ser calculado como a derivada da função em ordem à Quantidade Produzida, isto é: Cmg = δCT / δQ. Representação Gráfica do Custo Marginal A figura ilustra o custo total e o custo marginal. Mostra que o CT está relacionado com o CMa da mesma forma que o produto total está relacionado com o produto marginal ou que a utilidade total está relacionada com a utilidade marginal. O conceito de custo, tal como ele é entendido pelos economistas, difere grandemente do conceito de custo utilizado na contabilidade das empresas. Isso acontece porque os contadores, ao elaborarem a contabilidade de lucros e perdas de uma empresa qualquer, levam em consideração somente os custos explícitos, que consistem nas despesas explícitas realizadas pela firma para adquirir ou contratar recursos. Como exemplo, podemos citar as despesas com salários, encargos sociais dos empregados, energia, água, aluguel, seguro, impostos sobre vendas, etc. KUPFER, David. Economia Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticos no Brasil. Rio de Janeiro: Campus, 2002. MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia: Princípios de micro e macroeconomia. Rio de Janeiro: Campus, 2005. VASCONCELLOS, Marco Antônio S. e GARCIA, Manuel E. Fundamentos de economia. São Paulo: Saraiva, 2004. WAGNER, Roberto Machado. Economia I – Apostila. Edição própria. 2007. ECONOMIA. Acadêmico. Teorias. Monopólio. Disponível em: <http://www.economiabr.net/teoria_escolas/oligopolio. html> acesso em 30/10/2016 às 12h40min. (Autor: Emerson Luis Toschi) Muito Obrigado Pela Atenção Dispensada