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FUNDAMENTOS DA ENGENHARIA DE MATERIAIS

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(27) 3302-8000
Fundamentos da engenharia de materiais

Fundamentos da engenharia de
materiais

João Paulo Calixto da Silva


Mestre em engenharia metalúrgica e de materiais
e-mail : joao.cs@fsjb.edu.br
Telefone: (27)99830-4243
Fundamentos da engenharia de materiais

Ciência e engenharia de materiais


Ciência de materiais
Envolve a investigação das relações que existem entre as estruturas e as propriedades dos
materiais.

Engenharia dos materiais


Baseado nas correlações estrutura-propriedade, consiste no projeto ou na engenharia da
estrutura de um material para obter um conjunto de propriedades

As propriedades de um material sólido podem ser agrupadas em seis categorias:


Mecânica, Elétrica, Térmica, Magnética, Óptica e de deterioração (“química”)
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Classificação dos materiais


Metais
Em comparação às cerâmicas e aos polímeros, os átomos nos metais e nas suas ligas são
relativamente mais densos. Os materiais metálicos possuem grande número de elétrons
não localizados, ou seja, esses elétrons não estão ligados a nenhum átomo em particular
A maioria das propriedades dos metais são atribuídas diretamente a esses elétrons.

Cerâmicas
São compostos formados por elementos metálicos e não metálicos. Na maioria das vezes:
óxidos , nitretos e carbetos. Ex.: Alumina, Dióxido de Silício, Carbeto de Silício.
Diferente dos metálicos não tem boa ductibilidade, pois, são extremamente duras. Além
da alta dureza, os cerâmicos são tipicamente isolantes à passagem de calor e eletricidade.

Polímeros
Incluem as famílias dos materiais plásticos e de borracha. A maioria é composta por
orgânicos que têm sua química baseada no carbono, hidrogênio e em outros elementos
não metálicos. Possuem baixa massa específica, não são tão rígidos e, em geral, são
quimicamente inertes, não reagindo a um grande número de ambientes. A maior
desvantagem dessa classe é a tendência a se decompor em temperaturas modestas.
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Outros materiais
Compósitos
É composto por dois ou mais dos materiais apresentados anteriormente. O objetivo
principal é atingir uma combinação de propriedades que não é exibida por qualquer
material isolado, incorporando as melhores características de cada um. Exemplo: Fibra de
vidro – Pequenas fibras de vidro são adicionadas a um material polimérico (em geral
epóxi ou poliéster) . As fibras são relativamente resistentes e rígidas (porém frágeis),
enquanto o polímero é mais flexível.

Semicondutores, Biomateriais, Materiais


inteligentes, Nanomateriais, etc...
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O átomo
Os átomos são compostos de, pelo menos, um próton e um elétron. Podendo apresentar
nêutrons ( apenas o átomo de Hidrogênio não possui neutrôns) .

Elétrons – São partículas de massa muito pequena ( cerca de 1840 vezes menor que a
massa do próton ou aproximadamente 9,1 X 10^-28 g) dotados de carga elétrica negativa:
1,6 X 10^-19 C. Movem-se muito rapidamente ao redor do núcleo atômico, gerando
campos eletromagnéticos. Massa de 9,11 X 10^-31 kg

Prótons – São partículas que , junto aos nêutrons, formam o núcleo atômico. Possuem
carga positiva de mesmo valor absoluto que a carga dos elétrons, assim, um próton e um
elétron tendem a se atrair eletricamente. Massa de 1,67 X 10^-27 kg

Nêutrons – Junto dos prótons , formam o núcleo atômico. E , como possuem massa
bastante parecida, perfazem 99,9 % de toda a massa do átomo. Possuem carga elétrica
nula, e são dispostos estrategicamente no núcleo de modo a estabilizá-lo: uma vez que
dois prótons repelem-se mutuamente, a adição de um nêutron ( princípio da fissão nuclear
) causa instabilidade elétrica e o átomo se rompe. Massa de 1,67 X 10^-27 kg
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O átomo
Número atômico (Z)
Cada elemento químico é caracterizado pelo número de prótons que compõem seu
núcleo.
Para um átomo eletricamente neutro, seu número atômico é igual ao número de elétrons.
O número atômico é definido em unidades inteiras e vai de 1 para o Hidrogênio até 92
para o Urânio.

Massa atômica (A)


É a soma das massas dos prótons e dos nêutrons no interior do seu núcleo. Embora o
número de prótons seja o mesmo para todos os átomos de um dados elemento, o número
de nêutrons (N) pode ser variável. Dessa forma os átomos de alguns elementos possuem
duas ou mais massas atômicas diferentes. Esses são chamados de Isótopos

Peso atômico
Corresponde a média ponderada das massas atômicas dos isótopos do átomo.
1 uma (unidade de massa atômica) / átomo(ou molécula) = 1g/mol
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O átomo – Os elétrons nos átomos


Menor partícula capaz de identificar um elemento químico e participar de uma reação
química. IMPORTANTE: Não é indivisível!!!

1803 – Modelo de Dalton (bola de bilhar)


Os átomos eram as menores partículas possíveis , assumiam formas esféricas e possuíam
massa semelhante caso fossem correspondentes ao mesmo elemento químico.

1897 – Modelo de Thomson (pudim de passas)


Com a descoberta do elétron ( partícula com carga negativa), o modelo de Dalton ficou
defasado.
De acordo com este modelo, o átomo era uma esfera de carga elétrica positiva incrustada
com elétrons, com carga negativa, tornando-se assim eletricamente neutro.
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O átomo – Os elétrons nos átomos


1908/1910 – Modelo de Rutherford-Bohr (sistema planetário)
Ao bombardear partículas alfa sobre uma lâmina de ouro, Rutherford percebeu que a
maioria atravessava a lâmina, enquanto uma menor parte sofria um pequeno desvio, e
uma parte ainda menor sofria grande desvio.
Eis que a teoria do pudim de passas caía....

Após dois anos de pesquisa , Niel Bohr complementou o que Rutherford havia iniciado
em 1908 e estabeleceu os postulados fundamentais para o nosso atual modelo atômico.
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O átomo – Os elétrons nos átomos


Mecânica quântica
Passou a definir a posição dos elétrons através dos números quânticos, ao invés da ideia da
órbita eletrônica, surge o conceito da probabilidade de se encontrar num instante
qualquer um dado elétron numa determinada região do espaço.
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Ligações atômicas
Forças e energias de ligação
As forças interatômicas que unem os átomos uns aos outros explicam , em grande parte,
muitas das propriedades físicas dos materiais.

Quando as forças tendem a zero acontece o rompimento de uma ligação ou quebra de


ligação.
E0 = A energia mínima para romper a ligação atômica.
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Ligações atômicas
Ligações primárias
Três tipos diferentes de ligações primárias ou ligações químicas são encontrados nos
sólidos: Iônica , Covalente e Metálica

Para cada tipo, a ligação envolve necessariamente os elétrons de valência, além disso, a
natureza da ligação depende das estruturas eletrônicas dos átomos constituintes.
A camada de valência é a última camada de distribuição eletrônica. O Diagrama de Pauling estabelece que os
átomos podem possuir sete camadas de distribuição atômica. Estas camadas são denominadas K, L, M, N, O, P e Q.

Cada uma destas camadas possuem um número máximo de elétrons. Assim, as camadas acima possuem,
respectivamente 2, 8, 18, 32, 32, 18 e 2 elétrons. A camada de valência necessita, na maior parte dos átomos, de 8
elétrons para que seja estável. Essa é a teoria do octeto.
Quando não há estabilidade, os átomos tendem a fazer ligações químicas com elementos que possam proporcionar
os elétrons faltantes.
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Ligações atômicas
Ligações primárias
Iônica
Encontrada sempre nos compostos cuja composição envolve tanto elementos metálicos
quanto não metálicos. Os átomos de um elemento metálico perdem com facilidade seus
elétrons de valência para os átomos de elementos não metálicos.
Todos os átomos envolvidos adquirem configurações estáveis ou de gás inerte e, além
disso, uma carga elétrica, isto é: eles se tornam ÍONS

- É uma ligação não direcional, ou seja, a magnitude da ligação é igual em todas as


direções ao redor do íon. Assim, todos os íons positivos devem possuir vizinhos
negativos e vice-versa, para que os materiais iônicos sejam estáveis;
- Predominante nos cerâmicos;
- Energias de ligação que variam entre 600 e 1500 kJ/mol, são grandes, o que se reflete
em temperaturas de fusão elevadas;
- São materiais geralmente duros e frágeis e, além disso, isolantes térmicos e elétricos.
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Ligações atômicas
Covalente
Dois átomos ligados de maneira covalente irão cada um contribuir com no mínimo um
elétron para a ligação, esse elétron será considerado pertencente aos dois átomos em
questão. A energia de ligação covalente pode ser muito alta, como pode ser muito baixa.
Alguns materiais com esse tipo de ligação se fundem a uma temperatura de 3550° C, mas,
ao mesmo tempo encontramos materiais com uma temperatura de fusão de 270° C.
Tipo de ligação muito encontrada nos polímeros.

NOTA: Poucos compostos exibem ligações exclusivamente iônicas ou exclusivamente


covalentes. A maioria deles são compostos por ligações iônicas e covalentes.
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Ligações atômicas
Metálica
Os materiais metálicos possuem um , dois ou , no máximo 3 elétrons na camada de
valência. Nesse modelo, esses elétrons não se encontram ligados a qualquer átomo em
particular no sólido, então ficam livres para se movimentarem ao longo de todo o metal, o
que faz a formação da chamada “nuvem eletrônica” ou “mar de elétrons”.
As ligações metálicas podem ser fortes ou fracas, as temperaturas de fusão podem variar
entre -39° C e 3410° C.
Em função da nuvem de elétrons, os materiais metálicos possuem como destaque as
propriedades: Condutividade elétrica e térmica.
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Ligações atômicas
Resumo:
- A ligação interatômica que ocorre compartilhamento de elétrons é denominada de
ligação primária, quando não há compartilhamento de elétrons, chamamos de ligação
secundária ou de Van der Walls;

- Ligações direcionais são aquelas que a magnitude da ligação é maior em certa direção;
Ligação iônica – não direcional
Ligação covalente – direcional
Ligação metálica – não direcional

- Quanto à relação do estado do material:


Estado sólido – elevada energia de ligação atômica
Estado líquido – energia intermediária
Estado gasoso – baixa energia de ligação
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Estrutura Cristalina

Um material é considerado cristalino quando os seus átomos estão


relacionados em um arranjo que se repete ou é periódico ao longo
de grandes distâncias atômicas.

Quando essa ordem não é periódica , o material é amorfo.


CUIDADO!!!

Célula unitária é uma região delimitada de um material cristalino. A


estrutura cristalina é a repetição de várias células cristalinas.
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Estrutura Cristalina

Para os metais , três estruturas cristalinas são predominantes:


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Estrutura Cristalina

CFC
Cada átomo em um vértice é composto por oito células unitárias, 1
átomo centrado em uma face é compartilhado por 2 células, sendo
assim, podemos concluir que o número de átomos para uma
estrutura CFC é de 4 átomos inteiros.

Calcule o fator de empacotamento da célula unitária


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Estrutura Cristalina

CCC
Cada átomo em um vértice é composto por oito células unitárias e 1
átomo no centro, sendo assim, podemos concluir que o número de
átomos para uma estrutura CCC é de 2 átomos inteiros.

Calcule o fator de empacotamento da célula unitária


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Estrutura Cristalina

HC
Para estrutura hexagonal compacta o número de coordenação é 12
e o FEA 0,74, como exemplo de metais , podemos citar :
Cádmio, Magnésio, Titânio e Zinco
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Estrutura Cristalina
Exercícios:

1 – Explique a diferença entre as ligações primárias e secundárias.

2 – Qual a relação entre os estados físicos da matéria e a energia de ligação interatômica?

3 – Qual a diferença entre número atômico e massa atômica?

4 – Qual a diferença entre estrutura atômica e estrutura cristalina?

5 – Explique como ocorre a ligação metálica.

6 – O que é um material amorfo?

7 – Calcule a densidade real do cobre.


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Direções e planos cristalográficos
Sistemas cristalinos

A geometria de uma célula unitária pode ser


definida em termos de 6 parâmetros: Os
comprimentos a , b e c e os ângulos (Alfa) ,
(Beta) e (Gama). Esses parâmetros são
conhecidos como parâmetros de rede.
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Direções cristalográficas
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Direções cristalográficas
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Planos cristalográficos
Índices de Miller
Para os planos cristalográficos, a forma de representação é através dos índices de Miller:
- Obtém-se as interseções do plano com os eixos;
- Obtém-se os inversos das interseções;
- Multiplica-se para obter os menores números inteiros.
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Planos cristalográficos
Índices de Miller
Fundamentos da engenharia de materiais
Planos cristalográficos
Índices de Miller - Exercícios
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Planos cristalográficos
Índices de Miller - Exercícios

Desenhe os planos:
a) (1 1 1)
b) (1 -1 1)
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Planos cristalográficos
Índices de Miller – Exercícios - RESPOSTAS
Desenhe os planos:
a) (1 1 1)

b) (1 -1 1)
Importante lembrar da regra do paralelismo!!!

É possível deslocar a origem!!!


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Planos cristalográficos
Índices de Miller - Exercícios

Desenhe os planos:
a) (3 -1 3)
b) (1 -3 1)
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Densidade atômica planar
Calcule a DAP do plano ( 1 0 0) da célula CFC
Número total de átomos = 1 + 4*1/4 = 2

Área total de átomo = 2 * Área de 1 átomo =2𝜋𝑟 2

Área do plano = 𝑎2 𝑒 4𝑟 = 𝑎 2. 𝑃𝑜𝑟𝑡𝑎𝑛𝑡𝑜 𝑎 = 2𝑟 2

DAP = 2𝜋𝑟 2 / 𝑎2 = 2𝜋𝑟 2 / 8𝑟 2 = 𝜋/4 = 0,785


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Monocristais
Quando o arranjo periódico dos átomos é perfeito ou se estende por toda a amostra, sem
interrupções, o resultado é um monocristal. Em um monocristal, todas as células unitárias
se interligam da mesma maneira e possuem a mesma orientação.

Solidificação direcional
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Materiais policristalinos
Na prática, a maioria dos sólidos é composta por um conjunto de muitos cristais
pequenos ou grãos. Esses materiais são chamados policristalinos.
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Contorno de grão
Um defeito interfacial é aquele que possui duas dimensões e que normalmente separam
regiões dos materiais que possuem estruturas cristalinas e/ou orientações cristalográficas
diferentes. Ex.: Superfície externa de um material e CONTORNO DE GRÃO
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Anisotropia
As propriedades físicas de alguns materiais dependem da direção cristalográfica na qual as
medições são feitas. Essa direcionalidade das propriedades é denominada anisotropia.

Na maioria dos materiais policristalinos, as orientações cristalográficas dos grãos


individuais são totalmente aleatórias. Embora cada grão possa ser anisotrópico, uma
amostra composta pelo agregado de grãos se comporta de forma isotrópica

Em alguns casos os grão dos materiais policristalinos possuem uma direção preferencial.
Nesse caso, diz-se que o material possui uma textura.
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Difração de raios-X
Os raios-x são uma forma de radiação eletromagnética com altas energias e comprimentos
de onda pequenos. Quando um feixe de raios-x incide sobre um material sólido, uma
fração desse feixe será dispersa em todas as direções. Através da Lei de Bragg é possível
identificar se a interferência, do plano cristalográfico em relação ao feixe, será construtiva
ou não, e assim determinar os índices de Miller.
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Defeitos
Defeitos pontuais
Lacuna – é um sítio vago na rede cristalina, que normalmente deveria estar ocupado, mas
do qual está faltando um átomo. Todos os sólidos cristalinos contém lacunas.

Autointersticial – é um átomo que se encontra comprimido em um sítio intersticial, que é


um pequeno espaço vazio que sob circunstâncias normais não estaria ocupado.
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Defeitos
Impurezas
Solução sólida – é impossível a existência de um metal puro formado apenas por um tipo
de átomo. A maioria dos materiais que conhecemos são na verdade ligas. A prata , por
exemplo, á altamente resistente à corrosão, mas também é muito macia. A formação de
uma liga com o cobre aumenta significativamente sua resistência mecânica sem diminuir
sua resistência à corrosão. A adição de átomos de impurezas a um metal resultará na
formação de uma solução sólida.

Soluto– o elemento ou composto presente em menor concentração na liga é o soluto.


Solvente– o elemento ou composto presente em maior concentração na liga é o solvente.

Ex.: Em um aço carbono, o Aço é o solvente e o carbono o soluto.


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Defeitos
Defeitos - Impurezas
Substitucional – os átomos de soluto ou átomos de impureza repõem ou substituem os
átomos hospedeiros.
Para que haja solubilidade entre os materiais, algumas condições são determinantes:
• Fator do tamanho atômico;
• Estrutura cristalina;
• Eletronegatividade;
• Valências.

Intersticial– os átomos de impureza preenchem os vazios ou interstícios entre os


hospedeiros.
Ex.:
*O carbono forma solução sólida intersticial quando adicionado ao Ferro. O raio atômico
de carbono é muito menor que o do ferro.

*O cobre e o níquel são completamente solúveis um no outro, em solução sólida


substitucional.
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Discordâncias - Defeitos lineares


Uma discordância é um defeito linear ou unidimensional em torno do qual alguns átomos
estão desalinhados.

Pode ocorrer como: Discordância aresta; discordância espiral e discordância mista


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Discordâncias e deformação plástica
A resistência teórica de cristais perfeitos é efetivamente maior do que a resistência efetiva
medida. Um dos principais motivos da existência dessa diferença é o defeito cristalino
linear conhecido como discordância.

O processo pelo qual uma deformação plástica é produzida pelo movimento de uma
discordância é denominado escorregamento.
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Sistemas de escorregamento
Existe sempre um plano cristalográfico preferencial para o movimento das discordâncias.
Esse plano é chamado de Plano de escorregamento.
Para uma estrutura cristalina , o plano de escorregamento é aquele que possui o
empacotamento atômico mais denso, ou seja , a maior densidade planar.

Os metais com estruturas cristalinas CFC e CCC possuem um número relativamente grande
de sistemas de escorregamento (pelo menos 12). A ductilidade desses metais está
diretamente relacionada com o fato dos sistemas possibilitarem uma deformação plástica
extensa ao longo dos planos.
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Defeitos volumétricos
São defeitos acumulados que apresentam uma dimensão muito maior do que os pontuais
e lineares.
Ex.: Poros , trincas, inclusões, etc...
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Aumento da resistência pela redução do
tamanho do grão
O tamanho do grão em um metal policristalino influencia diretamente em suas
propriedades mecânicas.

O contorno de grão atua como uma barreira ao movimento das discordâncias por duas
razões:

• Como as orientações dos grão são diferentes, uma discordância que passa por um
determinado grão terá que mudar a direção do seu movimento;

• A falta de ordem atômica na região do contorno resulta em uma descontinuidade dos


planos de escorregamento.
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Aumento da resistência pela redução do
tamanho do grão
Materiais com granulação fina têm dureza maior e são mais resistentes que um material
que possui granulação grosseira. Isso se deve ao fato de que materiais com grãos menores
possuem maior área de contorno de grãos para impedir o movimento das discordâncias.
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Aumento da resistência por solução sólida


Outra técnica usada para aumentar a resistência e endurecer metais consiste na formação
de ligas com átomos de impurezas, que formam uma solução sólida substitucional o
intersticial.

Metais com alta pureza, na maioria das vezes, apresentam menor dureza e menor
resistência que as ligas compostas pelo mesmo metal base.
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Encruamento
É o fenômeno pelo qual um metal dúctil se torna mais duro e mais resistente à medida é
deformado plasticamente. Às vezes é chamado de endurecimento ou endurecimento a
frio.
NOTA: A maioria dos metais encrua à temperatura ambiente.
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Recuperação, recristalização e crescimento
do grão
Mesmo após o tratamento mecânico de um metal, o mesmo pode ser revertido se
aplicado o tratamento térmico adequado. Essa restauração resulta de dois processos
diferentes que ocorrem em temperaturas elevadas: recuperação e recristalização, que
podem ser seguidos por crescimento de grão.
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
Propriedades elásticas
A Lei de Hooke - 𝝈 = 𝑬𝜺
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PROPRIEDADES MECÂNICAS
Propriedades elásticas
Anelasticidade – Existe, na maioria dos materiais em engenharia, uma componente da
deformação elástica que é dependente do tempo. Esse comportamento elástico é
conhecido como anelasticidade

Coeficiente de Poisson – Quando um metal é submetido a uma carga de tração, esse


sofrerá uma deformação lateral e uma axial. À relação entre essas deformações atribui-se
o nome de coeficiente de Poisson
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Propriedades em tração
Escoamento e limite de escoamento
Fundamentos da engenharia de materiais
Propriedades em tração
Diagrama tensão x deformação
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Propriedades em tração
Diagrama tensão x deformação
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Propriedades em tração
Ductilidade
A ductilidade de um metal pode ser calculada de duas formas:

Alongamento percentual

𝒍𝒇 − 𝒍𝟎
%𝑨𝑳 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝒍𝟎

Redução percentual na área.

𝑨𝟎 − 𝑨𝒇
%𝑹𝑨 = 𝒙 𝟏𝟎𝟎
𝑨𝟎
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Propriedades em tração
Exemplo 6.4
Um corpo de prova cilíndrico feito em aço e com diâmetro original de 12,8 mm (0,505 in) é
testado sob tração até sua fratura, tendo sido determinado que ele possui uma resistência
à fratura, expressa em tensão de engenharia de 460 Mpa. Se o diâmetro de sua seção
transversal no momento da fratura é de 10,7 mm (0,422 in) , determine:

a) A ductilidade em termos da redução percentual na área;


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Dureza

Medida da resistência de um material a uma deformação plástica localizada.


Fundamentos da engenharia de materiais
Ensaios de dureza

Ensaio Rockwell

É o método mais comumente usado para medir dureza, pois, é muito simples de executar
e não exigem quaisquer habilidades especiais.
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Ensaios de dureza

Ensaio Rockwell

Vantagens:
- Medida direta do valor da dureza;
- Teste relativamente rápido;

Desvantagens:
- Diversas escalas diferentes;
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Ensaios de dureza
Ensaio Brinell

Assim como no Rockwell, um penetrador esférico e duro é forçado contra a superfície do


metal a ser testado. A calota gerada pela penetração é medida por um microscópio de
baixo aumento, empregando uma escala que está gravada na lente.

Vantagens
- Não há necessidade de definição de escala em função de materiais

Desvantagens
- Necessita de uma técnica mais apurada para verificação da calota.
Fundamentos da engenharia de materiais
Ensaios de dureza
Ensaio Brinell
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Ensaios de dureza
Ensaio Vickers
Um penetrador de diamante muito pequeno é forçado contra a superfície do corpo de
prova. As cargas aplicadas são muito menores do que nos ensaios Rockwell e Brinell.
A medição também é observada em um microscópio e então convertida em um número
de dureza.
Desvantagens
- Limitação de carga em até , aproximadamente, 1000 g;

Vantagens
- Medidas muito precisas e pequenas de dureza em diversos tipos de materiais.
Fundamentos da engenharia de materiais

Bom final de semana a


todos!!!!!!!!!!!!

João Paulo Calixto da Silva


Mestre em engenharia metalúrgica e de materiais
e-mail : joao.cs@fsjb.edu.br
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