Вы находитесь на странице: 1из 13

“História comum…”

in Obra Completa, de
Machado de Assis

 Leitura do texto
 Página 55, Plural 9, Raiz Editora
História comum…

 1. História de uma alfinete contada pelo


próprio poderia ser o título do conto porque
o protagonista é uma alfinete que é, também,
o narrador.

 2.1. Ao fazer o seu autorretrato, o alfinete


revela-se inicialmente modesto. Diz-nos que
é um simples alfinete, vulgar, de uso
corrente.
História comum…

 2.2. Apercebemo-nos de que há uma falsa


modéstia quando nos diz que o simples alfinete
“aparentemente vale pouco” “mas na realidade
pode exceder o próprio vestido”. E acrescenta
que só não exemplifica a sua opinião sobre o
valor de um alfinete, porque o espaço é pouco e
tem uma aventura para contar.
 Sugere assim que tem argumentos para mostrar
que um simples alfinete pode tornar-se mais
importante do que um vestido, não explica é
como.
História comum…

 3. Primeiro viveu numa retrosaria, onde uma


escrava o comprou, juntamente com mais
onze alfinetes iguais. Esteve com os outros,
espetados num papel e metidos num baú,
durante um tempo indeterminado.
 Um dia saiu do baú e do papel e passou para
um lenço novo que a escrava trazia ao
pescoço. Os primeiros dias passou-os entre o
lenço, de dia, e uma caixa de papelão; à noite.
História comum…

 3. (cont.) No dia do baile, pouco antes de a


família partir, saiu do lenço da mucama para
o peito de uma das jovens da casa, pois esta
deixara cair a rosa que trazia ao peito e
precisou, com urgência de um alfinete que
remediasse a situação.
História comum…

 3.1. Quando foi comprado pela escrava sentiu-


se perseguido pela sorte. Nada podia ser mais
desprestigiante do que um alfinete de uma
escrava. Ficou mais animado quando passou
para o lenço novo da mulher, tanto mais que
ela vivia nos aposentos das raparigas com
quem tinha uma ótima relação, tendo em
conta o seu estatuto.
História comum…

 4. Quando já estava resignado com a vida


monótona que levava, do lenço para a caixa,
aconteceu o inesperado. Era agora um herói,
um vencedor – passara do pescoço de uma
escrava para o peito de uma menina da alta
sociedade.
História comum…

 5.1. “Ah! Enfim! Eis-me no meu lugar.”


 Estes pensamentos revelam-se quando está
num vestido de seda, ao peito de uma
rapariga bonita, depois de ter andado de
carro, com um lacaio a abrir a portinhola e
agora a subir uma escadaria atapetada de
um espaço perfumado e iluminado.

 5.2. O alfinete estava resignado, mas sentia


que estava destinado a não ser um alfinete
simples; agora, sim começava o seu futuro
promissor.
História comum…

 6. O alfinete caiu e ninguém deu por isso. Deixando


de ser útil, ninguém queria saber dele. Era
tão insignificante que ninguém dava pela sua
falta.

 7. A queda do alfinete não é o fim do seu


percurso porque, caiu na copa de um chapéu
de um homem que passava e…, como sugere
o narrador, a história continua.
História comum…

 8. Felicidade é o nome da mucama. Há ironia


na escolha deste nome porque não era
propriamente uma felicidade ser-se escrava.

 8.2. Vendo noutra perspetiva, poderá não


haver ironia nenhuma porque, apesar de não
ser livre, aparentemente era feliz. Trabalhava
para as moças da família, que gostavam dela.
Vivia nos aposentos delas, era sua
confidente, havia afeição entre elas. Dentro
do possível, a escrava era feliz.
História comum…

 9. Espaço social – Desde que foi comprado,


até cair no chapéu viveu sempre num meio
social elevado, apesar de pertencer a uma
escrava.
História comum…

 10. O conto foi escrito no século XIX. Os preparativos


para o baile mostram que as jovens se vestiam de
maneira diferente de hoje. Vestidos de seda, com
cauda, ajustados com alfinetes, luvas, nada disto é
hoje frequente. Os carros tinham portinhola que era
aberta por lacaios para os senhores saírem. A relação
entre rapazes e raparigas era bem diferente nesses
tempos.
 A rapariga ficou atrapalhada quando o futuro
namorado lhe beijou a mão, porque alguém podia ver
e ela ainda não tinha autorização do pai para
namorar com ele. Como ela aceitara ser sua noiva, o
pedido iria ser feito por carta. Hoje os
relacionamentos não passam por estes rituais.
História comum…

 11. Este título presta-se a várias interpretações.


Algumas sugestões:
 História comum porque há muita gente que, tal
como o alfinete, não tem consciência das suas
limitações?
 História comum, porque muitos querem subir na
vida a qualquer custo?
 História comum por ser simplesmente uma
história de vida?

• FIM

Вам также может понравиться