Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Curitiba
Departamento Acadêmico de Mecânica

Deformação Elástica e Plástica

Prof. Euclides Alexandre Bernardelli.

ebernardelli@utfpr.edu.br
Permanência: DAMEC
Site: http://sites.google.com/site/euclidesabernardelli
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 Deformação Elástica
 Ao se aplicar uma força sobre o material, este se
deforma. Ao se retirar a força, o material volta ao seu
estado original.

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 Deformação Elástica
 O mecanismo fundamental é o estiramento das ligações
atômicas.

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 Deformação Elástica
 O mecanismo fundamental é o estiramento das ligações
atômicas.

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 Deformação Elástica
 A tensão e a deformação são proporcionais entre si.

Lei de Hooke:
Tensão ()

 = E

Módulo de Elasticidade

Deformação ()

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 Deformação Elástica
 Alguns materiais (Ferro Fundido Cinzento, Polímeros,
Concreto) podem apresentar comportamento não linear,
sendo então representados pelos Módulos Tangente ou
Secante.

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 Deformação Elástica
 Em escala atômica, a deformação elástica é manifestada
como pequenas mudanças no espaçamento atômico ou
estiramento das ligações atômicas.

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 Deformação Elástica
 Em escala atômica, a deformação elástica é manifestada
como pequenas mudanças no espaçamento atômico ou
estiramento das ligações atômicas.

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 Deformação Elástica
 Influência da Temperatura

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 Deformação Plástica
 Ultrapassada a fase elástica a tensão não é mais
proporcional a deformação, ocorrendo então uma
deformação permanente ou não recuperável.
 Deformação por escorregamento
Cisalhamento
 Deformação por maclação

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 Deformação Plástica

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 Deformação Plástica
 Escorregamento: Ocorre em um determinado plano e
direção preferenciais.

Plano + Direção

Sistema de Escorregamento

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 Deformação Plástica
 Planos e direções mais densas.

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 Deformação Plástica
 Direção.

Direção A
1, 0, 0  0, 0, 0 = 1, 0, 0  [100]

Direção B
1, 1, 1  0, 0, 0 = 1, 1, 1  [111]

Direção C _ _
0, 0, 1  1/2, 1, 0 = 1, 2, 2  [1 2 2]

Ex. família de direções: as direções no cristal cúbico: [1 0 0]; [0 1 0]; [0 0 1]; [1 0 0]; [0 1 0] e [0 0 1]
Agrupamento 1 0 0

O espaçamento entre os átomos é o mesmo

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 Deformação Plástica
 Plano.
Plano i
1. x = 1, y = ∞, z = ∞
2. 1/x = 1, 1/y = 0, 1/z = 0
3. Não há frações
4. (1 0 0)
Plano vii
1. x = 1, y = 2, z = 1
2. 1/x =1, 1/y =1/2, 1/z =1
3. Transformar em inteiros
1/x = 2, 1/y = 1, 1/z =2
4. (2 1 2)

Ex. família de planos: os planos no cristal cúbico: (1 1 1); (1 1 1); (1 1 1); (1 1 1); (1 1 1); (1 1 1); (1 1 1)
e (1 1 1)
Agrupamento {1 1 1}

15 O empacotamento atômico é o mesmo

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 Deformação Plástica
 Plano.
 O deslizamento é mais provável
em planos e direções compactas
 A distância que a rede
precisa se deslocar é
mínima.
 Dependendo da simetria da
estrutura, outros sistemas de
deslizamento podem estar
presentes.

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 Deformação Plástica
 Sistema de Escorregamento para CCC

Planos – não apresenta plano compacto dominante

1 1 0; 1 1 2; 1 2 3 = 12 planos

Direções  1 1 1  - 4 direções

48 sistemas de escorregamento

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 Deformação Plástica
 Sistema de Escorregamento para CFC

Planos – não apresenta plano compacto dominante

1 1 1 = 4 planos

Direções  1 1 0  = 3 direções

12 sistemas de escorregamento

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 Deformação Plástica
 O escorregamento em cristais simples

 = F/A0
 =  cos cos
Tensão de cisalhamento resolvida

c = c cos cos
Tensão de cisalhamento resolvida
crítica

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 Deformação Plástica
 Exemplo: Um monocristal de zinco está sendo tracionado com a
normal ao seu plano basal (0001) formando 60° com o eixo da tração
e com a direção de escorregamento [1120] formando 40° com o eixo
da tração.
 Qual a tensão cisalhante resolvida para uma tração de 0,690
Mpa?
 Qual a tensão de tração crítica para uma tensão cisalhante
resolvida crítica de 0,94 MPa?

 =  cos cos c = c cos cos

 = 0,690 cos40 cos60 c = 0,94 / (cos40 cos60)

 = 0,264 MPa c = 2,45 MPa

Tensão de cisalhamento resolvida Tensão resolvida crítica

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 Deformação Plástica
 Tensão de Cisalhamento Teórica x Prática

Teórica Prática
Para uma estrutura CFC: Para uma estrutura CFC:

m = 102 a 103 kgf/mm2; m = 10-1 a 10 kgf/mm2

Metal Teórico Medido

máx, kgf/mm2 m kgf/mm2
Ferro 1400 3,5
Alumínio 350 0,7
Cobre 700 1,8

Porque tal diferença?

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 Deformação Plástica
 Movimentação de discordâncias

Discordância

Alguns átomos estão fora

Facilita
do estado de menor energia

Quebra de uma ligação

Ocorre
atômica de cada vez

Deformação plástica
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 Deformação Plástica
 Movimentação de discordâncias
 Cria um degrau  deslocamento da discordância.
 Resfriamento lento  densidade de discordâncias
média é de 106 cm/cm3
 Deformação plástica  densidade de discordâncias
média é de 1010 cm/cm3
 Fax surgir novas discordâncias na estrutura crista
lina.
 Resfriamento brusco  densidade de discordâncias
média é de 1012 cm/cm3

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 Deformação Plástica
 Este mecanismo leva a formação de “gêmeos” num
cristal, quando sujeito a determinada tensão. Esses
gêmeos são chamados “maclas”.

Maclas mecânicas – pro

duzidas por deformação
mecânica

Maclas de Recozimento
– produzidas por trata
mento térmico

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 Deformação Plástica
 Maclas Mecânicas
 Produzidas em metais CCC e HC, mediante a
aplicação de cargas de choque e temperaturas
decrescentes (condições segundo as quais o processo
de escorregamento está restrito);
 As maclas podem formar-se em tempo muito curto,
da ordem de 30 ms ou menos;
 Nos metais CFC, a maclação ocorre somente em
circunstâncias de temperaturas muito baixas
(criogênicas) e altas velocidades de deformação.

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 Exercícios
1. O que é e qual a importância dos sistemas de
escorregamento?
2. Como ocorre a deformação elástica e plástica?
3. Quais os mecanismos de endurecimento dos aços?
Explique o mecanismo micromecânico de
endurecimento.
4. Qual o efeito dos tratamentos de superfície, nitretação,
cementação, carbonitretação, nas propriedades
mecânicas de dureza, resistência a tração e fadiga dos
metais?
5. Quais os principais tratamento térmicos utilizados para
endurecer os metais? Explique como estes são
realizados.
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