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Da Roda aos Códigos

•História Social da Infância no Brasil – Sociologia


Histórica, por Marcos Cezar Freitas

•A criança e o desenvolvimento econômico: isso seria, na


visão de muitos, o fato chave para o melhorar o cuidado da
criança;
•Estado sem responsabilidade, ou seja, a história da
criança é a história da retirada gradual da questão social
infantil do universo de abrangência estatal;
Da Roda aos Códigos
•A roda dos expostos e a criança abandonada na história do Brasil
– 1726 à 1950; por Maria Luiza Marcilio
•Atravessou três regimes: colônia, Império e República;
•Praticamente a única instituição assistencial por um longo tempo;
•Pagamento de ama-de-leite e responsabilidade das Câmeras
Municipais;
•Manutenção do anonimato e evitava que crianças fossem para o
lixo;
•Salvador, Rio de Janeiro e Recife; (Século XVIII)
Do código de Menores ao
Estatuto da Criança e do
Adolescente
1927 - Primeiro Código de Menores (Mello de Mattos)
• Atribuía ao Estado a tutela sobre o órfão, o abandonado e
os pais presumidos como ausentes;
• Se houvesse o descumprimento de quaisquer das
obrigações estipuladas aos pais ou a conduta anti-social
por parte da criança ocorria a transferência da tutela dos
pais ao juiz;
• A pobreza era fator determinante de perda do pátrio
poder.
•As medidas de recuperação e controle dos
“menores” abandonados e delinqüentes, através da
internação e repressão à criminalidade;
•Eram considerados “menores”: aqueles menores de
18 anos, sem habitação certa, que tinha responsáveis
incapazes, os libertinos, mendigos, vadios, que
viviam nas ruas, vítimas de maus tratos, os que
roubavam;
•Eram encaminhados para asilos, casas de educação,
orfanatos, escola de preservação até que
completassem 21 anos;
O Código de Menores
•A transição entre o Código de Menores de 1927 e o de
1979 ocorreu com a criação da FUNABEM (Fundação
Nacional do Bem-Estar do Menor) em dezembro de 1964

•A Funabem modelou a criação das FEBEM´S, existentes


ainda em alguns estados brasileiros.

•Na verdade a Lei de 1979 já surgiu defasada, à medida


que se constitui em um prolongamento do Código de
1927.
Código de Menores de 1979:
Lei 6.697/79 de 10/10/79

Dispõe sobre assistência, proteção e vigilância a menores


até 18 anos de idade em situação irregular;

Criada em um momento de pressão internacional (Ano


Internacional da Criança) que exigia atenção especial aos
direitos da criança e do adolescente.
Código de Menores de 1979:
“Em nosso país existe uma genealogia da exclusão, tendo
como eixo o próprio mito de fundação do país. (...) O herói
mítico, que funda o Brasil, materializado na figura do
Bandeirante, é o herói que rapina, rapta e exclui.”
Wanderlino Nogueira

Alguns autores defendem que a situação das crianças e


adolescentes sempre estivera encoberta por um falso manto
de proteção.
Código de Menores de 1979:
• Neste ano comemoramos 27 anos do ECA,
sentimos a necessidade de explicitar essa
discussão, pois entendemos que o ECA
promoveu uma reforma no Código de
Menores de 1979, na medida em que não
rompeu com a visão do projeto de sociedade
presente no Código de Menores. Qual seria
esse projeto?
Situação irregular:
• Privado de condições essenciais à sua subsistência e saúde
por falta, omissão dos pais e impossibilidade dos pais provê-
los.
• Vítima de maus tratos ou castigados pelos pais;
• Em perigo moral;
• Com desvio de conduta;
• Autor de ato infracional;

“ Os 15 anos de vigência da Doutrina da Situação Irregular


sob o regime militar consagraram o que de mais nefasto se fez
contra a criança no Brasil.” (Roberto da Silva)
Como surgiu o ECA?

Lei 8.069/90 de 13 de julho de 1990

O que acontecia no mundo?


•Declaração de Genebra sobre os Direitos da Criança (1924)
•Declaração Universal dos Direitos do Homem (aprovada pela
Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de
1948);
•Declaração Universal dos Direitos da Criança (20 de
novembro de 1959);
•Convenção das Nações Unidas Sobre os Direitos da Criança
(adotada pela Assembléia Geral das Nações Unidas em 20 de
novembro de 1989 e promulgada no Brasil pelo Decreto nº
99.710, 21 de novembro de 1990);
•Declaração Mundial Sobre a Sobrevivência, a Proteção e o
Desenvolvimento da Criança nos Anos 90 (Encontro Mundial
de Cúpula pela Criança, Nova Iorque, 30 de Setembro
de 1990.)
• No Brasil, a sociedade queria a revogação da legislação
repressiva, a reforma das instituições, e criação de
salvaguardas jurídicas e legislativas;
• Na área da Infância, isso implicava na revogação da Lei
de Segurança Nacional :
• Superação das doutrinas menoristas;
• Extinção do modelo FUNABEM/FEBEM;
• Fim das práticas de institucionalização de crianças em
abrigos e do confinamento de adolescentes em
estabelecimentos prisionais para adultos.
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a
alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer,
a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos
desamparados, na forma desta Constituição. (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
legislar concorrentemente sobre:
XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;
XV - proteção à infância e à juventude;
Os debates travados durante o Movimento
Nacional Constituinte entre organizações da
sociedade civil, partidos políticos, entidades de
classe, universidades e pesquisadores com a
crítica de que o Brasil tinha uma dívida enorme
para com a criança, deram origem ao artigo 227
da Carta Magna, incorporando a Doutrina da
Proteção Integral como pedra angular das
políticas de atendimento às crianças e
adolescentes no Brasil.
Art. 227 - Constituição Federal 1988: ver artigo 4º do
ECA
“É dever da família, da sociedade e do Estado
assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta
prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à
dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação,
exploração, violência, crueldade e opressão”.

Ver Constituição!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Art. 227 - Constituição Federal 1988:
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à
saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a
participação de entidades não governamentais, mediante políticas
específicas e obedecendo aos seguintes preceitos:
§ 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração
sexual da criança e do adolescente.
§ 5º A adoção será assistida pelo poder público, na forma da lei,
que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte de
estrangeiros.
§ 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas
quaisquer designações discriminatórias relativas à filiação.
§ 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente
levar-se-á em consideração o disposto no art. 204.
Situação Irregular x Proteção Integral
Código de Menores Estatuto (ECA)
• Menores em situação irregular, •Todas as crianças e adolescentes,
carentes e abandonados, alvo de sujeitos de direitos, alvo de atenção
medidas social e de políticas públicas com
prioridade absoluta
• Proteção e vigilância •Proteção integral
• Controle social da pobreza •Desenvolvimento social
• Natureza jurídica, proposto por •Natureza jurídico-social
juristas
• Centralizador e estadista •Descentralizador e pela paridade
• Estigmatizador •Integrador.
PARTE I
Os cinco direitos fundamentais:
1) Direito à Vida e à Saúde;
2) Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade;
3) Direito à Convivência Familiar e Comunitária;
4) Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao
Lazer;
5) Direito à Profissionalização e à Proteção no
Trabalho.
Os cinco direitos
fundamentais:
Acompanhando o estabelecido pela
Convenção sobre os direitos da criança, os
cinco direitos fundamentais introduzem o
paradigma da proteção integral em oposição
ao da situação irregular.
Ver Lei 13.257 de 2016 – Lei da Primeira
Infância, primeiros 06 anos completos!
Os cinco direitos
fundamentais:
Com essa mudança precisamos entender e
aceitar que TODAS as crianças e TODOS os
adolescentes são sujeitos de direitos (também
de deveres), e em fase especial de
desenvolvimento, e, por isso, demandatário
de proteção. Não podemos tutelar indivíduos
e sim direitos.
1) Direito à vida e à saúde
• Mediante à efetivação de políticas públicas;
• Prioridade de atendimento à gestante;
• Acesso universal da criança ao SUS;
•Condições adequadas ao aleitamento materno
• A sociedade deve comunicar casos de maus tratos e violência
à criança e ao adolescente; Art. 13
• SUS como um sistema de prevenção de enfermidades. Art. 14
1) Direito à vida e à saúde
• NR – A assistência referida a gestante deverá também ser
prestadas àquelas que manifestarem o desejo de adoção.
•NR – As gestantes ou mães que manifestarem o desejo de
entregar os filhos para adoção deverão ser encaminhadas
obrigatoriamente ao Juizado da Infância e da Juventude.
Art. 7º - direito à vida
• Oportunidade para potencializar todas as faculdades: estado
físico, mental, moral e psicológico;
O direito à vida possui três dimensões
1. A existência; 2) integridade física; e 3) integridade moral;
O aborto
• O aborto na legislação brasileira é crime;
• Aborto necessário – salvar a vida da gestante;
• Aborto humanitário/sentimental – estupro;
A terceira hipótese do aborto:
• o aborto de anencéfalo; nem deveria ser denominado aborto;
pois nesse caso, dizem os especialistas - antecipação
terapêutica; é uma proteção à vida da gestante;
Pesquisa com células tronco
• auxilia na formação de tecidos do corpo humano;
• tratamentos de diabetes e transplante de medula óssea;
• algumas controvérsias – mas é permitido pelo STF;
Direito à Saúde
• É tipicamente um direito social; está resguardado pela
Convenção dos Direitos da Criança e pela CF;
Saúde da mulher – Art. 8º
• o poder público deve prestar assistência psicológica à gestante
e à mãe, antes, durante e depois da gestação;
• A Lei 13.257 alterou profundamente os artigos 8º e 9º do
ECA, atribuindo mais cuidados à Primeira Infância;
• Além do acesso à saúde, a mulher de ter acesso ao
planejamento reprodutivo;
• A proteção; independe do filho – preventivo;
• A gestante deverá receber a todo momento orientação sobre a
alimentação do filho;
• Direito ao parto natural – cesariana apenas por motivos
médicos;
• garantia de um acompanhante em todos os momentos desde o
pré-natal até o imediato pós-parto;
• atendimento adequado para mulher que se encontre em
privação de liberdade;
• Cuidado com a integridade física do direito à vida; proteção
do direito à saúde – inserção do direito de acompanhamento
psicológico.
Aleitamento Materno
• Declaração de Innocenti - Sobre a Proteção, Promoção e Apoio
ao Aleitamento Materno;
• Artigo 9º do ECA – pode reduzir a morbimortalidade infantil ao
reduzir a incidência de doenças infecciosas;
•As crianças devem ser alimentadas exclusivamente com o leite
materno até os seis meses;
• O aleitamento está presente na CF/88 – art 5º - direito à
amamentação;
• Ações diversas promovidas pelos profissionais de saúde para a
promoção do aleitamento;
• Banco de leite humano nos serviços de terapia intensiva
neonatal;
A obrigação dos Hospitais e demais estabelecimentos de atenção
à saúde das gestantes
• Manter o registro das atividades desenvolvidas por 18 anos;
• Identificar o recém-nascido mediante o registro de sua
impressão plantar e digital e da impressão digital da mãe;
• Realização do exame do pezinho para a possível constatação de
doenças;
• Punição para o descumprimento das obrigações – art. 228 e 229
do ECA;
Artigo 11
• Acesso integral às linhas de saúde por intermédio do SUS;
• Leis 8080/90 e 8142/90 – criação do SUS;
• Artigo 11: Cuidado com crianças e adolescentes com
deficiências – livres de constrangimentos e preconceitos;
• direito a receber cuidados especiais;

Artigo 14
• Reformulação do atendimento à saúde bucal da criança e da
gestante;
Artigo 12
• A expressão responsável – amplitude do conceito;

Artigo 13
• Castigo físico, tratamento cruel ou degradante e maus tratos –
devem ser comunicados ao Conselho Tutelar;
• As mães que manifestarem o desejo de adoção serão
encaminhadas à Justiça da Infância e da Juventude sem
constrangimentos;
2) Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade:
• Liberdade e Dignidade como pessoas em processo de
desenvolvimento;
• Liberdade;
• Respeito: inviolabilidade da integridade física, psíquica e
moral;
• É dever de todos velar pela dignidade da criança e do
adolescente.
•Art. 18 A – sem uso de castigo físico, sofrimento físico e
lesão;
2) Direito à Liberdade, ao Respeito e à Dignidade:
Ir e vir;
Brincar;
Praticar esportes;
Participar da vida familiar e comunitária;
Buscar refúgio, auxílio e alimentação;
Crença e culto religioso;
Direito à liberdade
• os juristas usam liberdade no plural – a) liberdade de
pensamento; b) liberdade de locomoção; c) liberdade de
expressão coletiva; d) liberdade de ação profissional e e)
liberdade de conteúdo econômico e social;
• Participação na vida política – cidadania;
• Direito ao respeito – (art. 17 e 18) para resguardar
intimidade, identidade e valores; abuso sexual e drogas;
A questão do Bullying e a Lei 13.185 de 2015
• intimidação sistemática – violência física ou psicológica pela
intimidação;
A Lei Menino Bernardo – 13.010 de 2014
• lei da palmada – proíbe o castigo físico e tratamento cruel ou
degradante;
3) Direito à Convivência Familiar e Comunitária
“ É direito da criança e do adolescente tem direito a ser criado e educado
no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta,
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta
seu desenvolvimento integral.” Art. 19

• Família Natural;
• Família Substituta;
• Guarda;
• Tutela;
• Adoção.
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
• Filhos possuem mesmo direito;
•Igualdade de condições para exercer o poder familiar;
isonomia entre gêneros ou igualdade na chefia familiar;
• Aos pais – sustento, guarda e educação dos filhos;
•A falta ou carência não é motivo suficiente para perda do
poder familiar;
• A perda e a suspensão do poder familiar serão decretados
judicialmente; (artigo 24)
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
Artigo 25 – família natural – pai, mãe e seus descendentes;
•(art. 25) Entende-se por família extensa ou ampliada aquela que
se estende para além da unidade pais e filhos ou da unidade do
casal, formado por parentes próximos com os quais a criança ou
adolescente convive e mantém vínculos de afinidade e
afetividade.
Artigo 28 – família substituta
•(art. 28) Em se tratando de criança indígena ou quilombola
deverá ser respeitada sua identidade cultural e social, que a
família seja da comunidade ou mesma etnia e ainda a oitiva de
profissionais...
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•Para o Estatuto é como direito fundamental; os laços
familiares os mantém amparados emocionalmente;
•A alteração do artigo 19 – propôs a perspectiva do
desenvolvimento integral; antes falava da questão de
viver livres de pessoas dependentes....
•Para que isso seja solucionado, deve-se buscar as
medidas de proteção que garantirão a unidade da
família; (ver artigos 23 e 101)
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
• Lei Nacional da Adoção (Lei 12.010/2009)
• fortalece a legislação que trata da adoção e
busca fortalecer os vínculos familiares;
•Visa a manutenção da família natural;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
• Família Natural – formada por pai e mãe, ou
por qualquer um deles, nesse caso
monoparental;
•Família Extensa – formada por parentes
próximos com os quais a criança ou adolescente
mantém vínculos de afinidade;
•Família Substituta – formada em razão da
guarda, tutela e adoção.
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•Socioafetividade e eudemonismo como
critérios para formação das novas famílias;
•A família pode ser formada por laços afetivos,
afinidade ou Socioafetividade (baseado no
afeto) ou eudemonismo (baseado na busca pela
felicidade);
•Não é apenas pelo casamento que se forma
uma família!
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•Ver artigo 226 da Constituição Federal;
• Ver Lei 12.318 de 2010 que trata da alienação
parental; implantação de falsas memórias;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•Da família substituta
•Artigo 28 – a colocação em família substituta
far-se-á mediante guarda, tutela ou adoção;
•Sempre que possível a criança ou o adolescente
será previamente ouvido por equipe
interprofissional;
•Em caso de adolescente será necessário seu
consentimento; colhido em audiência;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
• A família substituta é aquela que se forma a
partir da impossibilidade, mesmo que
momentânea, de a criança ou adolescente
permanecer junto a família natural;
•Opinião da criança e consentimento do
adolescente;
•Grau de parentesco,afinidade e afetividade;
•Manutenção dos grupos de irmãos;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
Da Guarda (família substituta)
• (33) A guarda obriga à prestação de assistência
material, moral e educacional à criança ou adolescente,
conferindo a seu detentor o direito de opor-se a
terceiros, inclusive aos pais.
• (35) A guarda poderá ser revogada a qualquer tempo,
mediante ato judicial fundamentado, ouvido o
Ministério Público;
•Portanto, a guarda é provisória!
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
Da Guarda
• (art. 33) Salvo expressa e fundamentada
determinação em contrário, da autoridade judiciária
competente, ou quando a medida for aplicada em
preparação pra adoção, o deferimento da guarda de
criança ou adolescente a terceiros não impede o
exercício do direito de visitas pelos pais, assim como o
dever de prestar alimentos que serão objeto de
regulamentação específica, a pedido do interessado ou
do Ministério Público.
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•A guarda é medida que antecede a volta da criança
para a família natural ou a colocação em família
substituta – adoção!
•Se o dever de Guarda (poder familiar) for
descumprido será utilizada a modalidade de Guarda em
família substituta;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•(art. 36) A tutela será deferida, nos termos da lei civil,
a pessoa de 18 (dezoito) anos incompletos.
• Na apreciação do pedido, serão observados os
requisitos previstos nos arts. 28 e 29, será aprovada a
pessoa indica em última vontade, se restar comprovado
que a medida é vantajosa ao tutelando e que não existe
outra pessoa em melhores condições de assumí-la.
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•A tutela pressupõe a prévia decretação da perda ou
suspensão do poder familiar e implica o dever de
guarda;
•Na guarda não há destituição ou suspensão do poder
familiar; apesar de se assemelhar com a guarda, no
aspecto protetivo. A tutela tem maior abrangência e seu
exercício é incompatível com o poder familiar;
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•NR (art. 39) É vedada a adoção por procuração.
•Podem adotar os maiores de 18 anos, independente do
estado civil.
•Para adoção conjunta é indispensável que os adotantes
sejam casados, ou mantenham união estável e
estabilidade familiar.
•O acesso ao processo de adoção poderá ser também
deferido ao adotado menor de 18 anos, a seu pedido,
assegurada orientação e assistência jurídica e
psicológica.
3) Direito à Convivência Familiar e
Comunitária
•NR (art. 51) A adoção internacional pressupõe a
intervenção das autoridades centrais Estaduais e
Federal em matéria de adoção internacional.
•A adoção internacional foi motivo de uma Convenção
aprovada em Haia, dia 29 de maio de 1993, aprovada
no Brasil em 1999.
4) Direito à Educação, à Cultura, ao
Esporte e ao Lazer
• Dever do Estado; ensino fundamental e médio gratuitos,
atendimento especializado aos portadores de deficiência,
atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
cinco anos, oferta de ensino noturno regular.
• Dever dos pais; matricular seus filhos nas escolas
• Encaminhamentos escolares; deverá ser comunicado ao
Conselho Tutelar: maus-tratos envolvendo os alunos,
reiteração de faltas injustificadas, elevados níveis de
repetência.
Obs. Cap. IV artigo 53
4) Direito à Educação, à Cultura, ao
Esporte e ao Lazer

• Educação como preparação para a Cidadania; igualdade


de condições, direito de ser respeitado pelos educadores,
direito de contestar critérios avaliativos, organização ensino
gratuito próximo a sua residência.
Respeito à Diversidade;
• Políticas Públicas: os municípios com o apoio dos governos
estaduais e federal estimularão as políticas públicas (cultura,
esporte, lazer e outras).
5) Direito à Profissionalização e à
Proteção no Trabalho - Art. 60 cap. V
• Proibido o trabalho a menores de 16 anos, salvo na
condição de aprendiz;
• Formação técnico-profissional: deverá manter a garantia de
acesso ao ensino regular, atividade compatível com o
desenvolvimento do adolescente, horário especial para o
exercício das atividades;
• Bolsa de aprendizagem;
• Trabalho educativo;
•O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção
no trabalho. Deve ser respeitado a condição de pessoa em
desenvolvimento e capacitação adequada.
Da Prevenção
Título III capítulo I art. 70
É dever de todos prevenir a ocorrência de
ameaça ou violação dos direitos da criança e do
adolescente.
A criança e o adolescente têm direito a
informação, cultura, lazer, esportes, diversões,
espetáculos, entre outros que respeitem sua
condição especial de pessoa em
desenvolvimento.
Da Prevenção Especial Art. 74
•O poder público regulará as diversões e
espetáculos públicos, definindo a faixa etária, os
horários e locais adequados para criança e
adolescentes.
•As emissoras de rádio e televisão deverão
obedecer norma de horário.
•As empresas que vendem e alugam produtos
em vídeos deverão cuidar para não passarem
material inadequado a crianças e adolescentes.
Dos produtos e serviços – Art. 81
É proibida a venda à criança ou ao adolescente
de:
Armas, munições e explosivos;
Bebidas alcoólicas, produtos que causam
dependência (cigarros);
Fogos de estampido e de artifício, revistas e
publicações contendo material impróprio;
Bilhetes lotéricos e equivalentes.
Da autorização para viajar – Art. 83
•Nenhuma criança poderá viajar para fora da
comarca onde reside, desacompanhada dos pais
ou responsável, sem autorização judicial.
•Exceto : tratar-se de comarca contígua ou
mesma região metropolitana, a criança estiver
com parentes, maior de dezoito anos até o
terceiro grau, comprovado com documento o
parentesco.
Livro II
Da Política de atendimento
•Conjunto articulado de ações governamentais e
não-governamentais. (três entes federados)Art.
86.
•Linhas de ações básicas: políticas sociais
básicas, programas de assistência social,
prevenção, atendimento médico, psicossocial e
proteção sóciojurídica. (Art. 87);
Diretrizes da política: Art. 88
•Municipalização do atendimento;
•Criação dos conselhos municipais, estaduais e
nacional;
•Criação e manutenção de programas específicos;
•Manutenção de fundos nacional, estadual e municipal;
•Integração: Assistência Social, Judiciário, Ministério
Público, Defensoria e outras entidades;
•Mobilização e participação social;
Das entidades de atendimento Art. 90
•As unidades de atendimento são responsáveis pela
manutenção das próprias unidades;
•As entidades deverão proceder seus cadastros junto ao
Conselho Municipal dos Direitos da criança e do
adolescente(CMDCA);
•Somente poderão funcionar as entidades registradas no
CMDCA;
•NR (art. 91) Os registros terão validade de quatro
anos, cabendo ao conselho reavaliá-los periodicamente;
•Deverão ser preservados os vínculos
familiares(abrigos).
Da Fiscalização
•As entidades serão fiscalizadas pelo judiciário,
ministério público e pelos conselhos tutelares.
•De acordo com a origem das dotações
orçamentárias (estado ou município) serão feitas
as prestações de contas.
•As entidades que descumprirem suas
atribuições poderão sofrer: advertência,
suspensão total ou parcial, interdição ou
cassação do registro.
Medidas de
Proteção: Art. 98;
São aplicadas toda
vez que algum direito
reconhecido no ECA
for ameaçado ou
violado à
criança/adolescente
por:
- ação ou omissão do
Estado;
- Por falta, omissão
ou abuso dos
pais/responsáveis;
- em razão da sua
conduta.
•(Ver artigo 100) - Art. 101
•Encaminhamento aos pais ou responsáveis, mediante termo de
responsabilidade;
• Orientação, apoio e acompanhamento temporários;
• Matrícula e frequência obrigatória em estabelecimentos de ensino;
• Inclusão em programa comunitário/oficial de auxílio à família, à
criança e adolescente;
• Requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico
• Inclusão em programa comunitário/oficial de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
• Abrigo em entidade;
• Colocação em família substituta.
Práticas de atos infracionais:

• O que é um ato infracional? Art. 103


Conduta descrita como crime ou contravenção penal.
• Menores de 18 anos são penalmente inimputáveis.

• Crianças que cometerem ato infracional terão


medidas de proteção.
•Adolescentes que cometem atos infracionais são
submetidos à Medida Sócio-educativa.
Medidas Socioeducativas: art. 112
Em casos de ato infracional cometido por adolescentes, poderão
ser aplicadas as seguintes medidas:
• Advertência; verbal, reduzida a termo e assinada;
• Obrigação de reparar o dano; restituir a coisa ou ressarcimento
do dano;
• Prestação de serviços à comunidade; tarefas gratuitas, até seis
meses;
• Liberdade Assistida; art. 118 – acompanhar, auxiliar e orientar
o adolescente. Mínimo de seis meses e prorrogável;
Medidas Socioeducativas:
Em casos de ato infracional cometido por adolescentes, poderão
ser aplicadas as seguintes medidas:

•Inserção em regime de semiliberdade; Art. 120 – transição para


o meio aberto. Não comporta prazo determinado;
• Internação em estabelecimento educacional; art. 121 a 125;
• Qualquer uma das medidas previstas no art. 101 (proteção).
Medidas Sócio educativas –
Responsáveis pela execução da medida
•Meio aberto – advertência e obrigação de reparar o
dano (Justiça da Infância e da Juventude);
•Meio aberto – prestação de serv. à comunidade e
liberdade assistida (Executivo Municipal);
•Restritiva ou Privativa de Liberdade – regime de
semiliberdade e internação em estabelecimento
educacional (Executivo Estadual).
Medidas pertinentes aos Pais e Responsáveis:

• Encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à


família;
• Inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e
tratamento a alcoólatras e toxicômanos;
• Encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico.;
• Encaminhamento a cursos ou programas de orientação;
• Obrigação de matricular o filho (Acompanhamento);
• Advertência;
• Perda da guarda;
• Destituição da tutela;
• Suspensão ou destituição do pátrio poder (Poder familiar).
Do Conselho Tutelar:
O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não
jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo
cumprimento dos direitos da criança e do adolescente,
definidos no ECA.
Em cada município haverá no mínimo, 01 conselho
tutelar composto por cinco membros, escolhidos pela
comunidade local para mandato de três anos, permitida
uma recondução.
Do Processo de Escolha
Será estabelecido em Lei Municipal : Lei 1848/96 e Lei
2940/06 (BH).
Realizado sob responsabilidade do CMDCA;
Fiscalizado pelo MP;
Lei Municipal definirá : direitos trabalhistas,
remuneração, regime disciplinar, local e forma de
funcionamento e regimento interno.
Atribuições do Conselho Tutelar
•Encaminhar a autoridade judiciária os casos de sua
competência.
•Providenciar a medida estabelecida pela autoridade
judiciária, dentre as previstas no artigo 101, de I a VI
para o adolescente autor de ato infracional.
•Expedir notificações, convocar pessoas...
•Requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança
ou adolescente...
•Assessorar o poder executivo local na formulação de
proposta orçamentária.
Atribuições do Conselho Tutelar
•Atender crianças e adolescentes nas hipóteses previstas
nos artigos 98 e 105, aplicando as medidas previstas no
art. 101 – I a VII.
•Atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando
as medidas previstas no artigo 129, I a VII.
•Promover a execução de suas decisões, podendo para
tanto: requisitar serviços públicos e representar junto a
autoridades.
•Encaminhar ao MP, notícia de fato que constitua
infração administrativa ou penal contra os direitos da
criança e do adolescente.
Atribuições do Conselho Tutelar
•Representar em nome da família e da pessoa contra
violação dos direitos previstos no artigo 220, 3º, inciso
II, da Carta Magna.
•Representar junto ao MP para efeito de perda ou
suspensão do poder familiar.
•Ser agente de transformação comunitário.
•Fiscalizar entidades conforme art. 95 do ECA.
•As decisões do Conselho Tutelar poderão ser revistas
apenas pela autoridade judiciária..
Atribuições do CMDCA:
•Deliberar sobre a política;
•Elaborar e dá diretrizes no Plano Municipal;
•Aprovar e assegurar execução do Plano;
•Normatizar e regular ações;
•Efetuar registros de entidades e organizações;
•Fiscalizar entidades;
•Suspender e/ou cancelar registros;
•Instituir e regulamentar o funcionamento do CT;
Atribuições do CMDCA:
•Deliberar, apreciar e aprovar programas referentes ao
FIA;
•Fiscalizar o FIA;
•Organizar a conferencia municipal;
•Divulgar suas deliberações;
•Elaborar regimento interno .
Estrutura :
CONANDA - Conselho Nacional dos Direitos
da Criança e do Adolescente;
CEDCA - Conselho Estadual dos Direitos da
Criança e do Adolescente;
CMDCA - Conselho Municipal dos Direitos da
Criança e do Adolescente;
Conselho Tutelar;

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