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Microbiologia da Água

Andréa Lima Schneider


Bruna Sombrio
Microbiologia da Água
Importância da água;
Microbiologia aquática;
Distribuição dos micro-organismos no ambiente aquático;
Microbiota de água doce, rios, córregos, estuários, oceanos;
Legislação ambiental;
Parâmetros físicos, químicos e biológicos que afetam a qualidade da
água.
Água

 A importância da água para a existência de vida na


Terra é indiscutível.

 Esse recurso natural é fundamental para o


desenvolvimento de diversas atividades antrópicas:
 produção de alimentos, de energia, de bens de
consumo, de transporte e de lazer;
 manutenção e o equilíbrio ambiental dos ecossistemas
terrestres.
Ciclo hidrológico

A passagem de água pela  Neste ciclo as águas


atmosfera
naturais podem ser
classificadas em três
principais categorias:
Evaporação da água e
Subsequente precipitação da
transpiração (evaporação de  Água atmosférica
superfícies das folhas) de
umidade na atmosfera na
forma de chuva, granizo ou plantas  Água superficial
neve que cai em vários  Água de lençol freático
ambientes da terra
(subterrâneas)

A partir do ciclo hidrológico muitos micro-organismos podem ser propagados em


diversos ambientes.
Ciclo hidrológico

Água atmosférica

•Água presente nas nuvens e precipitada como chuva, neve ou


granizo

Água superficial

•Porções de água como lagos, rios, ribeirões e oceanos

Água de lençol freático

•Água subterrânea onde todos os poros do solo, bem como os


espaços internos e entre os materiais rochosos, estão saturados
Disponibilidade da água
Avaliação da Organização Mundial de Saúde (OMS) - 2000
Necessidades básicas diárias Quantidade (litros)
Ingestão direta 5
Higiene e saneamento 20
Banho 15
Preparação de alimentos 10
Total 50

 Em 2000 somente 10% da população mundial vivia


sob condição de falta ou escassez de água. No
entanto, espera-se que esse número aumente
para 38% em 2025.
 Atualmente, a falta de água é mais sentida nas
regiões mais secas do mundo, onde moram 2 bilhões
de pessoas e metade de todas as pessoas pobres do
planeta.

 São países do Norte da África, Oriente Médio, assim


como México, China, Índia e Paquistão, por exemplo.
 Segundo as Nações Unidas, mantidas as tendências
atuais, 45% da população do mundo não terá a
quantidade mínima de água recomendada pela
Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2050.

 São dois litros diários para ingestão e 20 litros diários


para se alimentar e tomar banho.
O Texto contido no vídeo foi publicado na revista "Crônicas de los Tiempos" em abril de 2002,
ilustrando a catástrofe mundial enfrentada pela humanidade em função da falta de água e dos recursos
não renováveis no planeta.
Importância da água

 Um sexto da população mundial, mais de um bilhão


de pessoas, não têm acesso a água potável;

 40% dos habitantes do planeta não têm acesso a


serviços de saneamento básico;

 Cerca de 6 mil crianças morrem diariamente devido a


doenças ligadas à água insalubre e a um saneamento
e higiene deficientes.
Importância da água

 A Terra possui 1,4 milhões de quilômetros cúbicos de água,


mas apenas 2,5% desse total é doce.

 Os rios, lagos e reservatórios de onde a humanidade retira


o que consome só correspondem a 0,36% desse
percentual. Daí a necessidade de preservação dos recursos
hídricos.

 Em todo mundo, 10% da utilização da água vai para o


abastecimento público, 23% para a indústria e 67% para a
agricultura.
O consumo mundial de água vai além do que ingerimos e usamos no banheiro
ou nas torneiras de casa
Importância da água

 O Brasil é um país privilegiado no que diz respeito à quantidade


de água. Tem a maior reserva de água doce da Terra, ou seja 12%
do total mundial.

 Sua distribuição, porém, não é uniforme em todo o território


nacional.

 A Amazônia, por exemplo, é uma região que detém a maior


bacia fluvial do mundo. O volume d’água do rio Amazonas é o
maior do globo, sendo considerado um rio essencial para o
planeta. Ao mesmo tempo, é também uma das regiões menos
habitadas do Brasil.
Importância da água

 Em contrapartida, as maiores concentrações populacionais


do país encontram-se nas capitais, distantes dos grandes
rios brasileiros, como o Amazonas, o São Francisco e o
Paraná.

 O maior problema de escassez ainda é no Nordeste, onde a


falta d’água por longos períodos tem contribuído para o
abandono das terras e para a migração aos centros
urbanos como São Paulo e Rio de Janeiro, agravando ainda
mais o problema da escassez de água nestas cidades.
Importância da água

 Além disso, os rios e lagos brasileiros vêm sendo comprometidos


pela queda de qualidade da água disponível para captação e
tratamento.

 Na região amazônica e no Pantanal, por exemplo, rios como o


Madeira, o Cuiabá e o Paraguai já apresentam contaminação
pelo mercúrio, metal utilizado no garimpo clandestino, e pelo
uso de agrotóxicos nos campos de lavoura.

 Nas grandes cidades, esse comprometimento da qualidade é


causado por despejos de esgotos domésticos e industriais, além
do uso dos rios como convenientes transportadores de lixo.
Microbiologia da água

 A microbiologia aquática compreende o estudo dos


micro-organismos e de sua atividade em águas doces,
águas de estuários e águas do mar, incluindo fontes,
lagos, rios e oceanos.

 A vida aquática é um misto de interações entre os


micro-organismos e as formas de vida animal e
vegetal.
Microbiologia da água

 Alguns desses micro-organismos são autóctones do


ambiente aquático, outros são organismos de
trânsito, que chegaram ao ambiente aquático através
do ar, do solo ou de despejos industriais e
domésticos.
Microbiologia da água

 Os micro-organismos ocupam um papel importante


na vida aquática:

 Realizam uma série de reações bioquímicas importantes


nos ciclos ambientais;
 Fazem parte da cadeia alimentar;
 Podem estar relacionados a doenças que são
transmitidas pela água.
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Temperatura:

 Águas superficiais variam de 0 °C nas regiões polares a 40 °C


nas regiões equatoriais

 Águas marinhas possuem temperatura abaixo de 5 °C


 Psicrófilos

 Em fendas vulcânicas são encontrados termófilos


(principalmente anaeróbias e gram-negativas)
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Pressão hidrostática

 Pressão no fundo de uma coluna d’água: 1 atm a cada 10 m


 Pode causar muitas alterações que afetam os sistemas
biológicos, como mudanças nas velocidades das reações
químicas, na solubilidade de nutrientes.

 Os micro-organismos que crescem em zonas profundas são


dependentes da pressão atmosférica elevada
 Barófilos
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Luminosidade

 É muito importante para o desenvolvimento de algas e


cianobactérias
 Nas camadas superficiais da água é onde ocorre a
fotossíntese: chamada de zona fótica
 A concentração de micro-organismos nessas áreas varia
devido as condições de água, local, incidência solar,
estação do ano e turbidez da água
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Salinidade

 Água do mar: concentração próxima a 4%

 A concentração é usualmente menor em praias rasas próximas


a foz de rios
 Nos estuários a concentração de sais varia da superfície ao
fundo, criando sempre condições alteradas de forma de vida
nesses corpos de água
 Os micro-organismos de água marinha são chamados
halofílicos,
 Micro-organismos de lagos e rios são geralmente inibidos pelo
NaCl em concentrações maiores de 1%.
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Turvação: importante no desenvolvimento de alguns micro-


organismos quimiotróficos, pois a turvação impede a passagem
dos raios solares, impedindo o crescimento de micro-organismos
fototróficos em toda a água como ocorre em águas mais
límpidas. A turvação se deve a fatores como:

 Particulado mineral da crosta terrestre após processos erosivos


 Detritos formados por matéria orgânica animal por meio de
excretas ou da decomposição de folhas ou troncos vegetais
 Micro-organismos na superfície formando colônias ou biofilmes

 Os micro-organismos responsáveis pela turvação da água são


algas e cianobactérias.
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 pH

 A maioria dos microrganismos aquáticos cresce


preferencialmente próximo à neutralidade: 6,5 - 8,5

 A água do mar possui um pH em torno de 7,7 a 8,5


 A água de lagos e rios varia muito, pois sofrem maior
pressão ambiental do que o mar
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Nutrientes

 A quantidade e variabilidade de nutrientes orgânicos e


inorgânicos presentes no meio aquático influencia o
crescimento microbiano

 As algas crescem em presença de muita matéria orgânica rica


em nitratos e fosfatos:
 ocasionando um aparecimento desses micro-organismos na
superfície da água, o que causa o esgotamento de oxigênio na
água, provocando danos para as outras formas de vida aquática
Tipos de micro-organismos presentes em um ambiente
aquático dependem:
- condições físicas e químicas

 Nutrientes

 Carga de nutrientes:

 Águas próximas as praias que recebem esgoto doméstico ou


locais que corre esgoto a céu aberto e locais poluídos por
substâncias químicas podem inibir o crescimento de algumas
formas microbianas

 No entanto podem favorecer o crescimento de outros micro-


organismos resistentes ou micro-organismos biodegradadores
de substâncias
Micro-organismos presentes na água

 Os micro-organismos comumente encontrados na


água são bactérias, vírus, protozoários, algas e
cianobactérias.

 Muitos desses micro-organismos devem ser reduzidos


e eliminados durante o tratamento da água.
Micro-organismos no ambiente
aquático

 O papel da microbiologia aquática diante da


variedade de habitats aquáticos e a variedade de
micro-organismos é a identificação de micro-
organismos patogênicos que acabam por
comprometer o ecossistema.

 Outra preocupação é com micro-organismos que


degradam os nutrientes aquáticos e acabam com as
reservas nutricionais de outros animais.
Micro-organismos no ambiente
aquático

 A microbiologia aquática ainda deve estudar as


toxinas produzidas pelos micro-organismos;

 Pois em algumas formações microbianas, em


condições ótimas, micro-organismos podem produzir
toxinas na água, que mesmo com a destruição das
células microbianas, estas substâncias podem ser
muito potentes e persistirem no meio por certo
período.
Águas da atmosfera

 A população microbiana é procedente do ar, que é


"lavado" pela água da atmosfera, carregando
partículas e micro-organismos, sendo removidos do ar
pelas precipitações (chuvas).

 Estas águas geralmente, salvo incidentes, são pobres


em bactérias e raramente são encontradas as
patogênicas.
Águas superficiais

 São contidas nos lagos, rios, nascentes superficiais;

 São as mais susceptíveis a presença de organismos


provenientes da atmosfera, do solo ou de qualquer tipo de
dejetos nelas lançados;

 Os micro-organismos variam em número e em diversidade


de acordo com a fonte hídrica, com os nutrientes
presentes e pelas condições geográficas, biológicas e
climáticas.
Águas superficiais

 As chamadas nascentes superficiais são colonizadas


quase que exclusivamente por algas e bactérias,
dependendo da composição física e química
(temperatura, pH, por exemplo).

 Já as águas dos rios, lagos e mar, podem apresentar


grande diversidade, incluindo fungos, bactérias, fito-
zooplancton, plantas e animais superiores.
Águas superficiais

 Águas superficiais: podem ser encontrados micro-


organismos bacilos gram-negativos como Legionella,
Aeromonas, além das mesmas bactérias que são
encontradas em águas subterrâneas.

 Em águas salobras e salgadas são encontrados


bacilos gram-negativos como Photobacterium e
Vibrio, protozoários e a microbiota está vinculada a
profundidade.
Águas superficiais

 Em ambientes aquáticos extremos ainda há o


crescimento de bactérias que vivem em águas muito
salgadas, com o predomínio de bactérias
Halobacterium.

 Em águas poluídas e esgoto podemos também


encontrar um grupo muito diversificado de micro-
organismos, que irá variar conforme o tipo e a
composição do poluente ou do esgoto.
Águas subterrâneas

 Originárias da precipitação atmosférica, dos rios, lagos,


etc., são resultantes da absorção pelo solo e pelas
infiltrações nele existentes.

 Geralmente as águas subterrâneas são pobres em


nutrientes ou com predominância de um tipo de nutriente,
isto devido ao efeito de filtração e adsorsão pelas camadas
do solo, caracterizando-as de maneira toda especial
(sulfurosas, calcárias, etc.), com baixa densidade
bacteriana e de outros organismos como as algas, etc.
Águas subterrâneas

 Sua pureza vai depender do grau de filtração que sofreu:


 as águas de solo arenoso apresentam mínima presença de
bactérias, sendo capaz de filtrar mais de 90% dos dissolvidos
orgânicos num espaço, extensão ou profundidade de 4 metros.
 já o solo calcário, onde se pode encontrar fendas de até
quilômetros de extensão, a filtração é praticamente nula.

 Além disso, tanto as águas de poços rasos como as de poços


profundos podem receber facilmente contribuição de
organismos diversos provenientes da superfície ou do solo,
quando o poço ou nascente não estiverem protegidos.
Águas subterrâneas

 Águas subterrâneas: podem ser encontrados bacilos


gram-negativos como Flavobacterium e
Achromobacter, bacilos gram-positivos como
Micrococcus, Nocardia e Cytophaga, além de bactérias
decompositoras de hidrocarboneto, ferro e enxofre.
Distribuição dos micro-organismos
no ambiente aquático

 Os micro-organismos aquáticos podem ocorrer em


todas as profundidades;
 tanto na película da superfície como no sedimento do fundo.

 Os micro-organismos que circulam na película da superfície de lagos,


lagoas e pântanos e oceanos é chamada de plâncton.

 Os organismos que vivem no fundo de um corpo d’água são chamados


de organismos bênticos. Esse ambiente é o mais colonizado pro micro-
organismos.
Ambiente planctônico

 É constituído por organismos fototróficos


responsáveis pela fotossíntese.

 Fazem parte do ambiente planctônico


 as algas e cianobactérias, que são chamados de
fitoplâncton;
 os protozoários e outros micro-organismos chamados
de zooplâncton.
Ambiente planctônico

 Os fitoplânctons absorvem o gás carbônico presente


na água e liberarem oxigênio.

 Estudos comprovam que o fitoplâncton é responsável


por 98% do oxigênio presente na atmosfera do
planeta.
Ambiente planctônico

 São mais eficientes do que as florestas na produção de


oxigênio, pois liberam mais oxigênio do que
são capazes de consumir, o que não ocorre nas florestas,
que produzem muito, mas consomem igualmente, através
de animais e plantas do próprio local.

 Além da capacidade fotossintética, os fitoplânctons são a


base da cadeia alimentar, uma vez que são o alimento dos
organismos de origem animal que compõem
o zooplâncton, que por sua vez servem de alimento para
peixes, e assim por diante.
Ambiente bentônico

 Apresenta maior densidade microbiana que o


ambiente planctônico.

 Os micro-organismos estão no fundo em maior


quantidade por se associarem a particulados,
excretas de animais aquáticos como baleia, peixes e
animais terrestres e por não possuírem estruturas que
permitam aos micro-organismos flutuarem.
Microbiota de água doce

 Estuda a vida de todos os micro-organismos de lagos,


lagoas e pântanos.

 A zona litorânea ao longo da margem possui uma


vegetação enraizada e a luz pode penetrar por meio
desta. Nesta zona há muitos micro-organismos
aeróbios e outros micro-organismos que ficam
aderidos às raízes de plantas.
Microbiota de água doce

 A zona limnética é uma área aberta longe da margem,


onde há o predomínio de micro-organismos aeróbios
obrigatórios ou microaeróbios .

 Nessa zona os micro-organismos são afetados diretamente


pela disponibilidade de oxigênio e luz.

 A luz é o principal componente para o desenvolvimento de


algas fotossintéticas, que são produtores primários de um
lago que sustenta outros micro-organismos e animais
como bactérias, peixes, protozoários.
Microbiota de água doce

 Abaixo da zona limnética há a zona profunda, que é


constituída por bactérias sulforosas púrpuras e verdes.

 O sedimento, no fundo de lagos e lagoas, apresenta micro-


organismos anaeróbios obrigatórios.

 Os micro-organismos anaeróbios degradam sulfato e


enxofre no fundo de lagos, resultando na liberação de gás
sulfídrico e metano, dando ao local um aspecto de mau
odor, que é muito comum em corpos d’água poluídos.
Microbiota de água doce

 Em águas de rios, com a correnteza e ondulação da


água, há um aumento na quantidade de oxigênio
dissolvido e, consequentemente, da população de
micro-organismos aeróbios
 que leva ao melhoramento da qualidade da água,
auxiliando na biodegradação de alguns nutrientes
Rios e córregos

 Os nutrientes de córregos e rios estão relacionados ao


meio terrestre que entra em contato com essas águas.

 Os micro-organismos desses locais variam conforme as


condições terrestres e aquáticas, incluindo suas
modificações pela ação do homem como poluição
industrial, agrícola e doméstica, tornando um desafio o
conhecimento de cada nicho microbiano nesses locais.
Estuários

 Nos estuários a água oceânica sofre modificações


constantes; pois recebe água doce, tornando essa água
salobra, variando pH, salinidade, turvação, dentre outras
características, o que torna os micro-organismos
dependentes de flutuações ambientais e da proporção de
água doce com água salgada.

 Segundo Pelczar (1996, p. 345), os estuários apresentam


algumas espécies nativas em locais específicos, enquanto
outros micro-organismos são transitórios que dependem
da ação humana no meio para alterar a composição do
local.
Estuários

 Nos locais que recebem esgoto doméstico, as bactérias


predominantes serão de origem fecal que são chamadas
de Coliformes Fecais e são representadas por Escherichia
coli, Streptococcus faecalis, Aeromonas sp, Bacillus,
Clostridium, além de vírus intestinais.

 No entanto, se o estuário for pobre em nutrientes podem


ser encontradas as bactérias Hyphomicrobium, Caulobacter
e Gallionella, além de bactérias de solo como Azobacter,
Nitrosomonas e Nitrobacter, e ainda há a presença de
fungos.
Microbiota de oceanos

 O plâncton marinho é constituído por uma enorme


população de fitoplâncton de cianobactérias e algas.

 As bactérias e algas sob algumas condições


ambientais podem crescer na costa, alterando a
coloração da água pelas algas.
Microbiota de oceanos

 As bactérias marinhas mais comuns são dos gêneros


Vibrio, Acinetobacter, Pseudomonas, Flavobacterium e
Alteromonas.

 As bactérias superficiais possuem características que


as diferenciam de outros micro-organismos, pois
algumas são pigmentadas para se proteger das
radiações solares.
Microbiota de oceanos

 Além de bactérias, alguns fungos e protozoários são


encontrados no oceano.

 Durante o dia esses organismos migram para o fundo


do oceano, evitando a zona fótica, mas durante a
noite migram para a superfície para se alimentarem
de fitoplâncton.
Poluição das águas

 A poluição de águas naturais com produtos biológicos ou


químicos modifica a microbiota aquática causando problemas de
saúde e ambientais.

 Algumas substâncias biológicas ou químicas lançadas em corpos


de água podem ser biodegradadas por bactérias da água.

 No entanto, o problema da poluição consiste na alta demanda


de poluentes, que torna mais demorado e mais complexo o
processo de degradação desses compostos, pois há toda uma
alteração ambiental da composição da água (oxigênio,
temperatura, pH, etc).
Processo de autodepuração

Processo de
Autodepuração
autodepuração
Se desenvolve ao longo do tempo e
Processo natural de da direção longitudinal do curso
recuperação de um corpo de d’água
água que recebe lançamentos
de material biodegradável Os estágios presentes nesse
processo são fisicamente
identificados por trechos:
• Zona de águas limpas
Pode ocorrer por processo • Zona de degradação
físico, químico ou biológico • Zona de decomposição ativa
• Zona de recuperação
Zona de águas limpas - localizada em região à montante do lançamento do efluente
(caso não exista poluição anterior) e também após a zona de recuperação.

Essa região é caracterizada pela elevada concentração de oxigênio dissolvido e vida


aquática superior.

Processo de
autodepuração
Zona de degradação - localizada à jusante do ponto de lançamento, sendo
caracterizada por uma diminuição inicial na concentração de oxigênio dissolvido
(diminuindo a ação de bactérias aeróbias) e presença de organismos mais
resistentes;

Processo de
autodepuração
Zona de decomposição ativa - região onde a concentração de oxigênio dissolvido
atinge o valor mínimo e a vida aquática é predominada por bactérias e fungos
(anaeróbicos);

Zona de recuperação - região onde se inicia a etapa de restabelecimento do


equilíbrio anterior à poluição, com presença de vida aquática superior.

Processo de
autodepuração
Eutrofização

 Em muitos casos os corpos de água não conseguem se recuperar


dos poluentes, ocorrendo um processo chamado eutrofização,
que altera a composição microbiana e a qualidade da água.

 No processo de eutrofização o excesso de nutrientes em um


corpo de água aumenta a biomassa, diminuindo o processo de
aeração superficial e ocasionando a morte de organismos
sensíveis a redução de oxigênio dissolvido e aumentando a DBO.

 Nesse processo, a camada superficial da água proporciona o


crescimento de cianobactérias e algas.
Legislação ambiental
Recursos hídricos

 Em 1997 entrou em vigor a Lei n° 9.433/1997, também conhecida


com “Lei das Águas”, que instituiu a Política Nacional de
Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento
de Recursos Hídricos (Singreh).

 Os recursos hídricos são as águas superficiais ou subterrâneas


disponíveis para qualquer tipo de uso de região ou bacia

 Segundo a Lei das Águas, a Política Nacional de Recursos


Hídricos tem seis fundamentos.
A Política Nacional de Recursos Hídricos baseia-se nos seguintes fundamentos:

I - a água é um bem de domínio público;

II - a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico;

III - em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos hídricos é o consumo humano
e a dessedentação de animais;

IV - a gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o uso múltiplo das águas;

V - a bacia hidrográfica é a unidade territorial para implementação da Política Nacional de


Recursos Hídricos e atuação do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos;

VI - a gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação
do Poder Público, dos usuários e das comunidades.
São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de


água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos;

II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o


transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável;

III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem


natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
DOS INSTRUMENTOS

São instrumentos da Política Nacional de Recursos Hídricos:

I - os Planos de Recursos Hídricos;

II - o enquadramento dos corpos de água em classes, segundo os usos


preponderantes da água;

III - a outorga dos direitos de uso de recursos hídricos;

IV - a cobrança pelo uso de recursos hídricos;

V - a compensação a municípios; (vetado)

VI - o Sistema de Informações sobre Recursos Hídricos .


SISTEMA NACIONAL DE GERENCIAMENTO DE RECURSOS HÍDRICOS

Os objetivos do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos são:

I - coordenar a gestão integrada das águas;

II - arbitrar administrativamente os conflitos relacionados com os recursos


hídricos;

III - implementar a Política Nacional de Recursos Hídricos;

IV - planejar, regular e controlar o uso, a preservação e a recuperação dos


recursos hídricos;

V - promover a cobrança pelo uso de recursos hídricos.


Integram o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos: (Redação dada pela
Lei 9.984, de 2000)

I – o Conselho Nacional de Recursos Hídricos;

I-A. – a Agência Nacional de Águas;

II – os Conselhos de Recursos Hídricos dos Estados e do Distrito Federal;

III – os Comitês de Bacia Hidrográfica;

IV – os órgãos dos poderes públicos federal, estaduais, do Distrito Federal e municipais cujas
competências se relacionem com a gestão de recursos hídricos;

V – as Agências de Água.

Lei 9.984 de 2000: Dispõe sobre a criação da Agência Nacional de Águas - ANA, entidade federal de
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e de coordenação do Sistema Nacional de
Gerenciamento de Recursos Hídricos, e dá outras providências.
CONAMA 357/2005

 Resolução Conama 357 de 17 de março de 2005

 Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e


diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem
como estabelece as condições e padrões de lançamento
de efluentes, e dá outras providências.
CONAMA 357/2005

 Capítulo I – Das definições:

 Para efeito da Resolução Conama 357/2005 do


Conselho Nacional de Meio Ambiente, são adotadas
as seguintes definições:

 Águas doces: salinidade igual ou inferior a 0,5%


 Águas salobras: salinidade superior a 0,5% e inferior a
30%
 Águas salinas: salinidade igual ou superior a 30%
CONAMA 357/2005

 Capítulo II – Da classificação dos corpos de água

 As águas doces, salobras e salinas do Território


Nacional são classificadas, segundo a qualidade
requerida para os seus usos preponderantes, em
treze classes de qualidade.
Classificação das águas

 Água doce (classe especial): usada ao abastecimento para


consumo humano, com desinfecção, preservação do equilíbrio
natural das comunidades aquáticas e preservação dos ambientes
aquáticos em unidades de conservação de proteção integral.

 Água doce (classe I): utilizada ao abastecimento para consumo


humano após tratamento simplificado, proteção das
comunidades aquáticas, recreação de contato primário
(segundo CONAMA 274/2000), uso em irrigação para hortaliças
consumidas cruas e frutas (cruas e sem remoção de casca) e
proteção das comunidades aquáticas em terras indígenas.
Classificação das águas

 Água doce (classe II): utilizada ao abastecimento para consumo


humano após tratamento convencional, proteção das comunidades
aquáticas, recreação de contato primário (segundo CONAMA
274/2000), irrigação de hortaliças, plantas frutíferas, parques,
jardins, campos de esporte e lazer e aquicultura e atividade de
pesca.

 Água doce (classe III): uso em abastecimento para consumo


humano após tratamento convencional ou avançado, irrigação de
culturas arbóreas, cerealíferas e forrageiras, pesca amadora e
recreação.

 Água doce (classe IV): usada para navegação e harmonia


paisagística.
Classificação das águas

 Água salina (especial): preservação de ambientes


aquáticos em unidades de conservação de proteção
integral e preservação do equilíbrio natural das
comunidades aquáticas.

 Água salina (classe I): recreação, proteção das


comunidades aquáticas, aquicultura e pesca.

 Água salina (classe II): pesca amadora e recreação.

 Água salina (classe III): navegação e harmonia paisagística.


Classificação das águas

 Água salobra (especial): preservação de ambientes aquáticos em


unidades de conservação de proteção integral e preservação do
equilíbrio natural das comunidades aquáticas.

 Água salobra (classe I): recreação, proteção das comunidades


aquáticas, aquicultura e atividade de pesca, abastecimento para
consumo humano após tratamento convencional ou avançado,
irrigação de hortaliças cruas e frutas (cruas e sem remoção de
casca), parques, jardins, campos de esporte e lazer.

 Água salobra (classe II): pesca amadora e recreação.

 Água salobra (classe III): navegação e harmonia paisagística.


CONAMA 274/2000

 Define a balneabilidade das praias, segundo o nível de


contaminação biológica:
CONAMA 357/2005

 Capítulo III – Das condições e padrões de qualidade das águas

 Condições de qualidade de água doce (classe 1):

a) não verificação de efeito tóxico crônico a organismos, de acordo com os


critérios estabelecidos pelo órgão ambiental competente, ou, na sua
ausência, por instituições nacionais ou internacionais renomadas,
comprovado pela realização de ensaio ecotoxicológico padronizado ou
outro método cientificamente reconhecido.

b) materiais flutuantes, inclusive espumas não naturais: virtualmente ausentes;

c) óleos e graxas: virtualmente ausentes;


CONAMA 357/2005

d) substâncias que comuniquem gosto ou odor: virtualmente ausentes;

e) corantes provenientes de fontes antrópicas: virtualmente ausentes;

f) resíduos sólidos objetáveis: virtualmente ausentes;

g) coliformes termotolerantes: para o uso de recreação de contato primário


deverão ser obedecidos os padrões de qualidade de balneabilidade,
previstos na Resolução CONAMA no 274, de 2000. Para os demais usos, não
devera ser excedido um limite de 200 coliformes termotolerantes por 100
mililitros em 80% ou mais, de pelo menos 6 amostras, coletadas durante o
período de um ano, com frequência bimestral. A E. Coli poderá ser
determinada em substituição ao parâmetro coliformes termotolerantes de
acordo com limites estabelecidos pelo órgão ambiental competente;
CONAMA 357/2005

h) DBO (5 dias a 20°C): até 3 mg/L O2;

i) OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2;

j) turbidez até 40 unidades nefelométrica de turbidez (NTU);

l) cor verdadeira: nível de cor natural do corpo de água em


mg Pt/L; e

m) pH: 6,0 a 9,0.


CONAMA 357/2005

 Padrões de qualidade de água


 Capítulo IV – Das condições e padrões de lançamento
de efluentes

 Revogado pela Resolução 430/2011


 Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de
efluentes, complementa e altera a Resolução no 357, de
17 de março de 2005, do Conselho Nacional do Meio
Ambiente - CONAMA.
Das Condições e Padrões de
Lançamento de Efluentes

 Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser lançados


diretamente no corpo receptor desde que obedeçam as condições e
padrões previstos neste artigo, resguardadas outras exigências cabíveis:

 I - Condições de lançamento de efluentes:

 a) pH entre 5 a 9;

 b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do


corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura;

 c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.


Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente
ausentes;
Das Condições e Padrões de
Lançamento de Efluentes

 d) regime de lançamento com vazão máxima de até 1,5 vez a vazão média
do período de atividade diária do agente poluidor, exceto nos casos
permitidos pela autoridade competente;

 e) óleos e graxas:
1. óleos minerais: até 20 mg/L;
2. óleos vegetais e gorduras animais: até 50 mg/L;

 f) ausência de materiais flutuantes; e

 g) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias a 20°C): remoção mínima


de 60% de DBO sendo que este limite só poderá ser reduzido no caso de
existência de estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove
atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor;
Das Condições e Padrões de
Lançamento de Efluentes

 II - Padrões de lançamento de efluentes:


Das Condições e Padrões para Efluentes de
Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários

 Para o lançamento direto de efluentes oriundos de sistemas de tratamento


de esgotos sanitários deverão ser obedecidas as seguintes condições e
padrões específicos:

 I - Condições de lançamento de efluentes:

 a) pH entre 5 e 9;

 b) temperatura: inferior a 40°C, sendo que a variação de temperatura do


corpo receptor não deverá exceder a 3°C no limite da zona de mistura;

 c) materiais sedimentáveis: até 1 mL/L em teste de 1 hora em cone Inmhoff.


Para o lançamento em lagos e lagoas, cuja velocidade de circulação seja
praticamente nula, os materiais sedimentáveis deverão estar virtualmente
ausentes;
Das Condições e Padrões para Efluentes de
Sistemas de Tratamento de Esgotos Sanitários

 d) Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO 5 dias, 20°C): máximo


de 120 mg/L, sendo que este limite somente poderá ser
ultrapassado no caso de efluente de sistema de tratamento com
eficiência de remoção mínima de 60% de DBO, ou mediante
estudo de autodepuração do corpo hídrico que comprove
atendimento às metas do enquadramento do corpo receptor.

 e) substâncias solúveis em hexano (óleos e graxas) até 100 mg/L;

 f) ausência de materiais flutuantes.


Portaria MS n° 2.914 de 12/12/2011

 Dispõe sobre os procedimentos de controle e de


vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade.
Portaria MS n° 2.914 de 12/12/2011

 I - água para consumo humano: água potável destinada à


ingestão, preparação e produção de alimentos e à higiene
pessoal, independentemente da sua origem;

 II - água potável: água que atenda ao padrão de


potabilidade estabelecido nesta Portaria e que não ofereça
riscos à saúde;

 III - padrão de potabilidade: conjunto de valores permitidos


como parâmetro da qualidade da água para consumo
humano, conforme definido nesta Portaria;
PADRÃO DE POTABILIDADE

A água potável deve estar em conformidade com padrão microbiológico, conforme


disposto no Anexo I e demais disposições desta Portaria.
PADRÃO DE POTABILIDADE

A água potável deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas


que representam risco à saúde e cianotoxinas, expressos nos Anexos VII e VIII e
demais disposições desta Portaria.
Legislação vigente em SC

A Companhia Catarinense de Águas e Saneamento – CASAN assegura seus serviços de


abastecimento de água com a quantidade demandada e a qualidade preconizada pelo
padrão de potabilidade definido na legislação vigente.

•Dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de
efluentes, e dá outras providências.
CONAMA •http://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/files/Documentos_Download/CONAMA357_05.
357/2005 pdf#608

•Estabelece definições e procedimentos sobre o controle de qualidade da água de sistemas


de abastecimento e institui mecanismos e instrumentos para divulgação de informação ao
consumidor sobre a qualidade da água para consumo humano.
Decreto n° •http://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/files/Documentos_Download/Decreto5440_05.
5440/2005 pdf#608

•Dispõe sobre os procedimentos de controle de vigilância da qualidade da água para


consumo humano e seu padrão de potabilidade.
Portaria MS •http://www.casan.com.br/ckfinder/userfiles/images/Saiba_mais/Portaria%20n%C2%BA%20291
n° 2.914/2011 4%2011%20com%20anexos.pdf#608
Índice de Qualidade das Águas

 A água contém, geralmente, diversos componentes,


os quais provêm do próprio ambiente natural ou
foram introduzidos a partir de atividades humanas.

 Esses parâmetros são indicadores da qualidade da


água e constituem impurezas quando alcançam
valores superiores aos estabelecidos para
determinado uso.
Índice de Qualidade das Águas

 O Índice de Qualidade das Águas foi criado em 1970, nos


Estados Unidos, pela National Sanitation Foundation.

 A partir de 1975 começou a ser utilizado pela CETESB


(Companhia Ambiental do Estado de São Paulo). Nas
décadas seguintes, outros Estados brasileiros adotaram o
IQA, que hoje é o principal índice de qualidade da água
utilizado no país, tendo como determinante principal a sua
utilização para abastecimento público.
Índice de Qualidade das Águas

 O IQA é composto por nove parâmetros, que foram


fixados em função da sua importância para a conformação
global da qualidade da água:

 Três parâmetros físicos: temperatura, turbidez e resíduo


total
 Cinco parâmetros químicos: pH, nitrogênio amoniacal,
fósforo total, demanda bioquímica de oxigênio e oxigênio
dissolvido
 Um parâmetro biológico: coliformes termotolerantes.
Parâmetros Físicos

 Temperatura: medida da intensidade de calor;


 é um parâmetro importante, pois, influi em algumas
propriedades da água (densidade, viscosidade, oxigênio
dissolvido), com reflexos sobre a vida aquática.

 A temperatura pode variar em função de fontes


naturais (energia solar) e fontes antropogênicas
(despejos industriais e águas de resfriamento de
máquinas).
Parâmetros Físicos

 Turbidez: presença de matéria em suspensão na água,


como argila, silte, substâncias orgânicas finamente
divididas, organismos microscópicos e outras partículas.

 O aumento da turbidez faz com que uma quantidade maior


de produtos químicos (ex: coagulantes) sejam utilizados
nas estações de tratamento de águas, aumentando os
custos de tratamento.
 Além disso, a alta turbidez também afeta a preservação
dos organismos aquáticos, o uso industrial e as atividades
de recreação.
Parâmetros Físicos

 Resíduo total: é a matéria que permanece após a evaporação e


secagem de uma amostra de água durante um determinado
tempo e temperatura.

 Quando os resíduos sólidos se depositam nos leitos dos corpos


d’água podem causar seu assoreamento, que gera problemas
para a navegação e pode aumentar o risco de enchentes.

 Além disso podem causar danos à vida aquática pois ao se


depositarem no leito eles destroem os organismos que vivem
nos sedimentos e servem de alimento para outros organismos,
além de danificar os locais de desova de peixes.
Parâmetros Químicos

 pH (potencial hidrogeniônico): afeta o metabolismo de várias


espécies aquáticas. A Resolução CONAMA 357 estabelece que
para a proteção da vida aquática o pH deve estar entre 6 e 9.

 Alterações nos valores de pH também podem aumentar o efeito


de substâncias químicas que são tóxicas para os organismos
aquáticos, tais como os metais pesados.

 o pH da água depende de sua origem e características naturais,


mas pode ser alterado pela introdução de resíduos;

 pH baixo torna a água corrosiva; águas com pH elevado tendem


a formar incrustações nas tubulações;
Parâmetros Químicos

 Nitrogênio amoniacal: nos corpos d’água o nitrogênio pode ocorrer


nas formas de nitrogênio orgânico, amoniacal, nitrito e nitrato.

 Os nitratos são tóxicos aos seres humanos, e em altas


concentrações causam uma doença chamada metahemoglobinemia
infantil, que é letal para crianças.

 Pelo fato dos compostos de nitrogênio serem nutrientes nos


processos biológicos, seu lançamento em grandes quantidades nos
corpos d’água, junto com outros nutrientes tais como o fósforo,
causa um crescimento excessivo das algas, processo conhecido
como eutrofização, o que pode prejudicar o abastecimento público,
a recreação e a preservação da vida aquática.
Parâmetros Químicos

 As fontes de nitrogênio para os corpos d’água são


variadas, sendo uma das principais o lançamento de
esgotos sanitários e efluentes industriais.

 Em áreas agrícolas, o escoamento da água das chuvas


em solos que receberam fertilizantes também é uma
fonte de nitrogênio, assim como a drenagem de
águas pluviais em áreas urbanas.
Parâmetros Químicos

 Fósforo total: Do mesmo modo que o nitrogênio, o fósforo é um


importante nutriente para os processos biológicos e seu excesso
pode causar a eutrofização das águas.

 Entre as fontes de fósforo destacam-se os esgotos domésticos,


pela presença dos detergentes superfosfatados e da própria
matéria fecal.

 A drenagem pluvial de áreas agrícolas e urbanas também é uma


fonte significativa de fósforo para os corpos d’água. Entre os
efluentes industriais destacam-se os das indústrias de
fertilizantes, alimentícias, laticínios, frigoríficos e abatedouros.
Parâmetros Químicos

 Demanda Bioquímica de Oxigênio: representa a quantidade de


oxigênio necessária para oxidar a matéria orgânica presente na
água através da decomposição microbiana aeróbia. A DBO5,20 é a
quantidade de oxigênio consumido durante 5 dias em uma
temperatura de 20°C.

 Valores altos de DBO5,20, num corpo d'água são provocados


geralmente pelo lançamento de cargas orgânicas,
principalmente esgotos domésticos. A ocorrência de altos
valores deste parâmetro causa uma diminuição dos valores de
oxigênio dissolvido na água, o que pode provocar mortandades
de peixes e eliminação de outros organismos aquáticos.
Parâmetros Químicos

 Oxigênio dissolvido: é vital para a preservação da vida aquática,


já que vários organismos (ex: peixes) precisam de oxigênio para
respirar.

 As águas poluídas por esgotos apresentam baixa concentração


de oxigênio dissolvido pois o mesmo é consumido no processo
de decomposição da matéria orgânica.

 Por outro lado as águas limpas apresentam concentrações de


oxigênio dissolvido mais elevadas, geralmente superiores a 5
mg/L, exceto se houverem condições naturais que causem
baixos valores deste parâmetro.
Parâmetro Biológico

 Coliformes termotolerantes: as bactérias coliformes


termotolerantes ocorrem no trato intestinal de animais de
sangue quente e são indicadoras de poluição por esgotos
domésticos.
 Elas não são patogênicas (não causam doenças) mas sua
presença em grandes números indicam a possibilidade da
existência de micro-organismos patogênicos que são
responsáveis pela transmissão de doenças de veiculação
hídrica (ex: disenteria bacilar, febre tifoide, cólera).
IQA

 O IQA é calculado pelo produtório ponderado das qualidades de


água correspondentes às variáveis que integram o índice.

 onde:
 IQA: Índice de Qualidade das Águas, um número entre 0 e 100;
 qi: qualidade do i-ésimo parâmetro, um número entre 0 e 100,
obtido da respectiva “curva média de variação de qualidade”, em
função de sua concentração ou medida;
 wi: peso correspondente ao i-ésimo parâmetro, um número entre 0
e 1, atribuído em função da sua importância para a conformação
global de qualidade.
IQA

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