• Filósofo escocês que criticou o racionalismo e defendeu o
empirismo. • Para David Hume a única origem fiável para o conhecimento é a realidade empírica. • Defendeu o primado da experiência e dos sentidos no conhecimento humano. • Investigou as fragilidades do nosso conhecimento e promoveu uma intensa reflexão sobre a causalidade e a indução.
Teorias explicativas do conhecimento
O empirismo de David Hume
Que tipos de perceções tem a nossa mente?
Dados sensoriais da experiência interna e externa
(emoções e sensações) que afetam o sujeito no IMPRESSÕES momento atual através da sensibilidade. Estas impressões caracterizam-se por serem vivas e intensas.
Imagem mental retirada das impressões sensíveis. As
ideias são cópias das impressões que o sujeito retém IDEIAS depois de ser afetado pela experiência sensível. As ideias são menos intensas e mais desvanecidas do que as impressões.
Teorias explicativas do conhecimento
O empirismo de David Hume
Que tipos de conhecimento produz a mente?
A relação de ideias resulta do trabalho mental entre
ideias (retiradas previamente da experiência). São exemplos de relações de ideias os conhecimentos da Relações de ideias matemática ou da lógica. A relação de ideias é um conhecimento dedutivo e necessário. Exemplo: “Três mais dois igual a cinco”. As questões de facto resultam diretamente da sensibilidade e exigem o confronto com a realidade Questões de facto sensível. O conhecimento dos factos é indutivo, a posteriori e contingente. Exemplo: “A neve é branca”.
Teorias explicativas do conhecimento
O empirismo de David Hume Como construímos conhecimento a partir de ideias?
A mente é preenchida por um conjunto de ideias que resultaram das
nossas impressões sensíveis.
Por exemplo: Ao adicionar um litro de água a outro recebemos na
sensibilidade a informação de que se obtém o dobro da água (2 litros).
A mente, na posse desta ideia, pode agora produzir outras relações de
quantidade sem o recurso à impressão original. Exemplo: 1+1+1=3
O conhecimento que se obtém da relação de ideias, porque exige
apenas conformidade lógica, é necessário. Este tipo de conhecimento é dedutivo e não acrescenta mais do que o que existia na ideia inicial.
Teorias explicativas do conhecimento
O empirismo de David Hume Como construímos conhecimento a partir de factos?
A mente por si só não produz conhecimento quando privada das
impressões e das ideias que têm origem na sensibilidade.
Por exemplo: Recebemos a impressão sensível de que ao induzir calor
num recipiente cheio de água ela entra em ebulição aos 100ºC.
Estabelecemos então uma relação causal entre o calor (causa) e o seu
efeito (água em ebulição).
Esta sequência temporal de causa e de efeito permite-nos, pelo
hábito, produzir conhecimento indutivo e prever acontecimentos futuros. A indução amplia o nosso conhecimento da realidade.
Teorias explicativas do conhecimento
O empirismo de David Hume
Conclusões:
• Todo o conhecimento humano deriva da experiência sensível.
• A mente humana tem dois tipos de perceções: impressões e ideias. • Produzimos conhecimento a partir da relações entre ideias e das questões de facto. • As relações entre ideias são necessárias, contudo, porque dedutivas, não ampliam o nosso conhecimento do mundo. • A indução resulta da experiência e permite-nos criar conhecimento novo, contudo, esse conhecimento é contingente e apenas provável, pois a explicação da relação causal baseia-se unicamente no hábito. • A conexão temporal constante entre causa e efeito não nos fornece uma explicação cabal da indução. • Não é possível ao ser humano compreender cabalmente a conexão necessária entre uma causa e um efeito, pelo que o conhecimento empírico de factos é apenas probabilístico e contingente.