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OS RECURSOS NATURAIS DE QUE A POPULAÇÃO DISPÕE: USOS,

LIMITES E POTENCIALIDADES

A especificidade do clima
em Portugal
A especificidade do clima em Portugal

A ÁGUA NA TERRA

A água é um recurso natural, escasso e imprescindível à vida.

• é utilizada pela humanidade, em


quase todas as suas atividades:
 na agricultura (rega e pecuária);
 na indústria (matéria-prima, lavagens,
sistemas de arrefecimento, …);
 no abastecimento doméstico e público.
• pode ser usada como meio de
transporte de bens e pessoas
(navegação);
• como meio diluidor e de escoamento
de cargas poluentes;
• e numa grande variedade de atividades
de recreio e lazer.
A especificidade do clima em Portugal

 A nível global, estima-se que a totalidade de água existente na


Terra, nos três estados físicos (sólido, líquido e gasoso) ronde os
cerca de 1390 milhões de km3.

 cerca de 97% desse total encontra-se nos oceanos e mares,


sendo, portanto, imprópria para consumo.

Fig. Distribuição da água na Terra


A especificidade do clima em Portugal

 A água doce representa apenas 3% da água do planeta.

• grande parte dela, • As águas de


77%, encontra-se • 22% é referente a superfície estão
retida nos glaciares água subterrânea. repartidas pelos
e nos icebergues; cursos de água, lagos,
solo e atmosfera.

Fig. Patagónia Fig. Grutas de Fig. Lago Louise


– Argentina Mira de Aire – Canadá
A especificidade do clima em Portugal

 Apesar de a água ser um recurso natural e abundante na Terra,


a sua distribuição irregular resulta do facto de apenas uma
pequeníssima parte estar disponível para ser utilizada pelo Homem.

Fig. Principais reservatórios de água na Terra


A especificidade do clima em Portugal

CICLO HIDROLÓGICO

 a água é um recurso renovável: não se perde nem


desaparece, antes se transfere e se renova, através do chamado
ciclo hidrológico.

• corresponde à
circulação constante
da água,
acompanhada por
transições de fase
(mudanças de estado
físico), que estabelece
a ligação entre a
terra, os oceanos e a
atmosfera.

Fig. Representação esquemática do


ciclo hidrológico
A especificidade do clima em Portugal

 Em cada ciclo, a água


do globo é transferida por
evapotranspiração para
a atmosfera, onde é
transportada e se
condensa, formando
nuvens, para voltar para
a terra através de
precipitação;

• na superfície da terra,
parte da água escoa-se e
outra fica retida,
infiltrando-se. Por fim,
evapora-se de novo. Fig. Representação esquemática do
ciclo hidrológico

 Os “motores” do ciclo hidrológico são a radiação solar


(promove a evaporação) e a gravidade (permite que a água
regresse à superfície da Terra).
A especificidade do clima em Portugal

ASPETOS FUNDAMENTAIS NA
CIRCULAÇÃO GERAL DA ATMOSFERA

 A circulação geral da atmosfera é determinada pela localização


dos grandes centros barométricos (centros de altas e centros
de baixas pressões) em latitude.

Fig. Centros barométricos e respetiva circulação do ar


A especificidade do clima em Portugal

Centro de altas pressões (ou anticiclone):


• o valor da pressão de cada uma das
isóbaras que o constitui é superior ao
valor da pressão normal (1013 mb);
• o valor da pressão aumenta da periferia
para o interior.
• representa-se normalmente pela letra A
ou pelo sinal mais (+).
• quando o ar desce, aquece e a
humidade relativa diminui, pelo que não
existem condições para que se dê a
condensação do vapor de água e a
formação das nuvens, muito menos ainda
a queda de precipitação.
• a um centro de altas pressões está,
normalmente, associado bom tempo
Fig. Praia da Nazaré
(céu limpo e tempo seco).
A especificidade do clima em Portugal

Centro de baixas pressões (ou


depressão barométrica ou ciclone)
• o valor da pressão de cada uma das
isóbaras que o constitui é inferior ao valor da
pressão normal (1013 mb);
• o valor da pressão diminui da periferia para
o interior.
• representa-se normalmente pela letra B ou
pelo sinal menos (–).
• quando o ar sobe, arrefece e a humidade
relativa aumenta, pelo que existem condições
para que se dê a condensação do vapor de
água e a formação das nuvens, as quais
podem dar origem à queda de precipitação.
• a um centro de baixas pressões está,
normalmente, associado mau tempo (céu
nublado e possibilidade de precipitação).
A especificidade do clima em Portugal

 A circulação do ar na horizontal é feita numa direção que não é


perpendicular à das isóbaras (força do gradiente), pois o ar, ao deslocar-
se, sofre desvios para a direita no hemisfério norte e para a esquerda no
hemisfério sul, devido à força de Coriolis, que resulta do movimento de
rotação da Terra.

 Esses desvios são tanto mais acentuados quanto mais nos


afastarmos do equador.

Fig. Centros barométricos e respetiva circulação do ar


A especificidade do clima em Portugal

 A localização dos centros barométricos não é sempre a mesma,


de um modo geral eles posicionam-se da seguinte forma:

• nas
• namargens superiores
região equatorial
predomina
das latitudes
umamédias,
faixa de
próximo
baixas pressões
dos 60° (baixas
norte e
pressões
sul, aparecem
equatoriais),
as baixasem
manifesta
pressõesrelação
subpolares;
com as
elevadas temperaturas, que
provocam o movimento
• nas regiões polares norte
ascendente do ar;
e sul predominam as altas
pressões polares, devido ao
movimento descendente
• nas regiões próximas do
ar
dosprovocado
trópicos, pelas baixas
a cerca de
temperaturas que se fazem
30° de latitude norte e sul,
sentir
surgemnestas áreas das
as faixas do globo.
altas
pressões subtropicais;
Fig. Circulação geral da atmosfera
A especificidade do clima em Portugal

 Entre estas diferentes faixas de pressão estabelecem-se


movimentos do ar, que determinam a direção e o sentido dos ventos
dominantes nas várias regiões do globo e, por consequência, toda a
circulação da atmosfera.

• Na
 Aregião
convergência
intertropical,
dos o
alísios,
ar desloca-se
provenientes
das altas
do
pressões
hemisfério
subtropicais,
norte e doque
hemisfério
determinamsul, uma
origina
zona
a CIT;
de
divergência,
por vezes,para
os alísios
as baixas
pressões
enfraquecem equatoriais,
e originam
que
grandes
constituem
espaços
umasemzonavento
de
convergência,
(calmas equatoriais
originando
ou
os doldrums).
ventos alísios.

Fig. Circulação geral da atmosfera


A especificidade do clima em Portugal

• Nas zonas temperadas, o


ar desloca-se das altas

Fig. Murtosa
pressões subtropicais para as
baixas pressões subpolares,
dando origem aos ventos de
oeste. Estes fluxos de ar são
os que mais afetam Portugal
ao longo do ano.

• Nas regiões polares, a


circulação do ar realiza-se

Fig. Alasca
das altas pressões polares
para as baixas pressões
subpolares, dando origem Fig. Circulação geral da atmosfera
aos ventos de este ou de
leste.
A especificidade do clima em Portugal

 As várias faixas de pressão não ocupam permanentemente as


mesmas posições. Ao longo do ano deslocam-se em latitude, ou
seja, movimentam-se para norte e para sul, acompanhando
com ligeiro atraso o movimento anual aparente do Sol.

de
centrosde
principaiscentros
janeiro
dosprincipais
pressão em julho
Localizaçãodos
Fig.Localização
Fig.
A especificidade do clima em Portugal

 A oscilação em latitude dos centros barométricos e,


consequentemente, das faixas dos ventos, tem grande
importância nas regiões das latitudes médias, onde se situa
Portugal, uma vez que ficam sujeitas à influência alternada:

• dos centros de altas • dos centros de baixas


pressões subtropicais pressões subpolares e das
e das massas de ar massas de ar polares
tropicais (marítima e (marítima e continental),
continental), no verão; sobretudo no inverno.

 No inverno, devido ao deslocamento para


sul das baixas pressões subpolares, é muito
comum verificar-se sobre o nosso território a
convergência de massas de ar polares e
tropicais, da qual resulta a formação de
superfícies frontais e frentes.
A especificidade do clima em Portugal

Fig. Principais tipos de massas de ar que afetam o


território português
A especificidade do clima em Portugal

SUPERFÍCIES FRONTAIS E FRENTES

 O estado do tempo em Portugal é frequentemente influenciado,


sobretudo na época de inverno, pelas baixas pressões subpolares,
nas quais converge ar tropical e ar polar.

Fig. Serra da Estrela


A especificidade do clima em Portugal

 Quando duas  estas não se misturam ou misturam-se


massas de ar de muito lentamente, pelo que ficam
características muito separadas por uma faixa de transição a
diferentes convergem que se dá o nome de superfície frontal.
e entram em contacto
uma com a outra…
• Esta, em contacto com a superfície da
Terra, dá origem à chamada frente.

Fig. Formação de uma superfície frontal e de uma frente


A especificidade do clima em Portugal

 O movimento das massas de ar pode corresponder a um avanço


do ar quente sobre o ar frio, dando assim origem a uma superfície
frontal quente e, consequentemente, a uma frente quente.

 Pelo contrário, o movimento das massas de ar, pode corresponder


a um avanço do ar frio sob o ar quente, o que dará origem a uma
superfície frontal fria e, consequentemente, a uma frente fria.

Fig.
Fig. Superfície
Superfície frontal
frontal quente e frente
fria e frente fria quente
A especificidade do clima em Portugal

 De entre as várias frentes do globo, a que mais desperta interesse,


não só pela sua importância mas também pela influência que sobre
nós exerce, é a frente polar que tem origem na superfície frontal
polar do hemisfério norte.
A especificidade do clima em Portugal

 A frente polar do hemisfério


 Inicialmente, a frente polar
norte resulta do confronto
apresenta um traçado mais ou
entre as massas de ar frio
menos retilíneo, devido à fraca
polares,
 Com que tendem
o evoluir a deslocar-
damassas
situação,
interpenetração das de
se para
ouqueseja,sul, e as massas do arar
de
ar secom o avanço
deslocam de forma
quente tropicais,
frio polar quee tendem
para sul do a
quase paralela entre si:ar
a
movimentar-se
quente tropical paranorte,
para norte.a
massa de ar polar, no sentido
interpenetração
este-oeste, e adas massas
massa de arde
artropical,
vai sendo maior, pelo
no sentido que se
contrário,
forma
Desse
ou uma
seja,confronto, vão frontal
desuperfície
oeste para surgindo
este.
aoNestas
longo
cada vezdamais
frenteondulada.
condições, ondulações
a frente
cada
polarvez mais pronunciadas,
designa-se de frente
devido aoestacionária.
movimento de rotação
da Terra e à força de Coriolis.

Fig. Formação e evolução da frente polar do


hemisfério norte
A especificidade do clima em Portugal

 Por último, quando a ondulação é já muito pronunciada,


diferenciam-se setores de ar frio polar e de ar quente tropical,
separados pelas respetivas superfícies frontais e frentes.

 Formam-se, assim, os chamados sistemas frontais, que,


quando associados a depressões barométricas, dão origem a
perturbações frontais.

Fig. Fig. Perturbação


Perturbação frontal
frontal (vista(vista em plano
em plano vertical)
horizontal)
A especificidade do clima em Portugal

• Por um lado, porque sobem e descem


 As perturbações em latitude, acompanhando com um ligeiro
frontais da frente atraso o movimento anual aparente do Sol;
polar estão em
permanente
movimento. • por outro, porque se vão deslocando, de
forma incessante, no sentido oeste-este.

 À medida que as perturbações frontais ou sistemas frontais


avançam, no sentido oeste-este (ou, por vezes, no sentido sudoeste-
nordeste), vão provocando, nos diversos lugares do seu trajeto, uma
sucessão de estados do tempo bastante característicos.
A especificidade do clima em Portugal

Estados do tempo associados à passagem de uma perturbação frontal:

1. Embora ainda sob a influência do ar frio anterior, a aproximação


da frente quente marca o início do agravamento do estado do tempo:
• formam-se nuvens de grande desenvolvimento horizontal (altas e
finas), devido à subida lenta do ar ao longo da superfície frontal quente;
• ocorrem as primeiras precipitações, sob a forma de chuviscos (chuva
miudinha e persistente).

Fig. Influência do ar frio anterior


A especificidade do clima em Portugal

2. Aquando da passagem da frente quente, e nos momentos que a


precedem, as condições meteorológicas tendem a piorar. Verifica-se:
• a existência de muita nebulosidade, sobretudo nuvens de fraco
desenvolvimento vertical (pouco espessas);
• a ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos);
• temperatura relativamente baixa, embora com uma tendência de
subida progressiva, devido à aproximação da massa de ar quente;
• a diminuição da pressão atmosférica;
• um ligeiro aumento da velocidade do vento.

Fig. Passagem de frente quente


A especificidade do clima em Portugal

3. Após a passagem da frente quente, e já sob a influência do ar


quente, verifica-se uma melhoria geral no estado do tempo:
• o céu apresenta-se, de um modo geral, pouco nublado, embora
possam ocorrer períodos de precipitação, alternando com períodos de
boas abertas (céu limpo);
• o vento é moderado;
• a temperatura é relativamente elevada para a época.

Fig. Influência do ar quente


A especificidade do clima em Portugal

4. Com a aproximação e a passagem da frente fria surge um novo


agravamento no estado do tempo:
• a nebulosidade aumenta, sendo constituída, sobretudo, por nuvens
de grande desenvolvimento vertical (muito espessas), devido à rápida
subida do ar quente ao longo da superfície frontal fria;
• a precipitação é intensa e de curta duração (aguaceiros),
frequentemente acompanhada de trovoada;
• a temperatura diminui, devido à aproximação da massa de ar frio do
setor posterior;
• a pressão atmosférica aumenta rapidamente;
• o rumo do vento altera-se e a sua velocidade aumenta.

Fig. Passagem de
frente fria
A especificidade do clima em Portugal

5. Depois da passagem da frente fria, e já sob a influência do


ar frio posterior, tende a verificar-se uma maior estabilidade no
estado do tempo:
• o vento muda de direção e a nebulosidade diminui;
• a precipitação enfraquece, embora possam ainda ocorrer alguns
aguaceiros dispersos;
• a temperatura mantém-se baixa, devido à presença da massa de
ar frio polar.

Fig. Influência do ar frio posterior


A especificidade do clima em Portugal

Fig. Evolução de uma perturbação frontal (corte transversal – imagens superiores


– e vertical – imagens inferiores)

 Nestas
 À medida
circunstâncias,
que a o • No decurso desta evolução, o ar frio
 A dada altura, a frente fria acaba,
 Com
ar quente
perturbação vaiouo odecorrer
sofrendo umdo tempo, posterior,
sistema o ar quente, agora emem
ao penetrar altitude,
forma de
então, por alcançar a frente quente, o
tende ano arrefecer
progressivo
frontal avança sentidoe a misturar-se
cunha sob com o ar
o ar frio, dando-se
quente que se lhea segue,
que origina a frente oclusa, pelo que o
oeste-este,homogeneização
estrangulamento, a ponto
para além dasdedas massas
obriga-odeaar. Assiste-se,
subir assim, à o que
mais rapidamente,
ar frio posterior junta-se ao ar frio
a oclusão
distância
alterações da perturbação,
queestado
no separadoas ou
fazseja,
com aoquedesaparecimento do fria
a superfície frontal
anterior, obrigando todo o ar quente a
duas frentes
tempo, se reduzir
ela própria cada sistema
também frontal.
progrida com maior velocidade que a
subir.
vai vez mais.
evoluindo. superfície frontal quente.
A especificidade do clima em Portugal

 O tempo que decorre entre a formação e a oclusão dos


sistemas e das perturbações frontais é geralmente muito
curto, não indo além dos dois ou três dias, e apenas raramente
poderá atingir períodos de uma semana.

 As várias situações meteorológicas são, normalmente,


observadas através de imagens de satélite e de uma rede de
postos de observação, dos quais se salientam as estações
terrestres. Posteriormente, são representadas nas chamadas
cartas sinópticas, através de símbolos.

Fig. Posto de observação Fig. Imagem de satélite


meteorológico (19 de janeiro de 2013)
A especificidade do clima em Portugal

 A análise das imagens e das cartas permite tirar conclusões


sobre o estado do tempo nos vários lugares nelas representados,
bem como perspetivar o modo como ele vai evoluir nas próximas
horas ou dias – previsão a curto prazo.

Fig. Previsão do estado do tempo para


Portugal (19 de janeiro de 2013)
Fig. Carta sinóptica de superfície Fonte: IPMA
Fig. Símbolos ou sinais convencionais utilizados nas cartas sinópticas
A especificidade do clima em Portugal

TIPOS DE PRECIPITAÇÃO MAIS FREQUENTE

 Para que aconteça qualquer forma de precipitação, é necessário


que haja nuvens e, para que estas se formem, é imprescindível que
tenha havido uma subida do ar capaz de lhe provocar um
arrefecimento suficiente para ser ultrapassado o ponto de
saturação e haver lugar à condensação do vapor de água.

• não basta a existência de nuvens para que ocorra a queda de


precipitação. É também necessário que as pequeníssimas gotículas
de água (ou cristais de gelo) que as formam se juntem naturalmente,
devido à turbulência do ar, através de um processo que designamos
de coalescência, de modo a aumentarem de volume, e
consequentemente de peso, para conseguirem vencer a resistência
do ar ascendente.
A especificidade do clima em Portugal

 De acordo com o mecanismo que provoca a subida do ar e


o seu consequente arrefecimento, podem distinguir-se três tipos
de precipitação:

• frontal (ou • convectiva (ou


ciclónica); • orográfica de convecção).
(ou de relevo)
A especificidade do clima em Portugal

PRECIPITAÇÃO FRONTAL (OU CICLÓNICA)

 formam-se em resultado da subida do ar quente ao longo


das superfícies frontais (quente e fria) de uma perturbação.

Fig. Mecanismo de formação das precipitações frontais ou ciclónicas


A especificidade do clima em Portugal

 A ascendência do ar quente é
relativamente lenta ao longo da
superfície frontal quente, uma
vez que esta se apresenta menos
inclinada, pelo que o processo de
arrefecimento do ar, o aumento
da humidade relativa e a
condensação do vapor de água
acontecem também lentamente.

 Por esse motivo, as nuvens


apresentam grande Fig. Mecanismo de formação das
desenvolvimento horizontal e precipitações frontais ou ciclónicas
dão origem a precipitação
pouco intensa, mas contínua e
de longa duração (chuviscos).
A especificidade do clima em Portugal

 Ao longo da superfície frontal


fria, pelo contrário, o ar ascende
de forma rápida, devido ao maior
declive que a superfície frontal
apresenta, pelo que o
arrefecimento do ar, o aumento
da humidade relativa e a
condensação do vapor de água
acontecem quase violentamente.

As nuvens que, então, se


formam têm um grande Fig. Mecanismo de formação das
desenvolvimento vertical e dão precipitações frontais ou ciclónicas
origem a precipitação intensa e
de curta duração (aguaceiros).
A especificidade do clima em Portugal

 Estas precipitações são


 Por essa razão, elas são
características das zonas de
também predominantes em
convergência das latitudes
Portugal, sobretudo na metade
médias, isto é, das zonas
norte, e principalmente durante
dominadas pelas baixas
a época de inverno.
pressões subpolares.

Fig. Esposende
A especificidade do clima em Portugal

PRECIPITAÇÃO OROGRÁFICA (OU DE RELEVO)

• são provocadas por uma subida forçada do ar quando se


apresenta, ao longo do seu trajeto, uma elevação. Assiste-se, assim,
ao arrefecimento do ar, à condensação do vapor de água e à formação
de nuvens, que dão origem à precipitação.

Fig. Mecanismo de formação das chuvas orográficas ou de relevo


A especificidade do clima em Portugal

 Estas precipitações são  Nas vertentes opostas, as


frequentes em todas as áreas de precipitações são mais escassas
relevo acidentado, devido ao movimento
especialmente ao longo das descendente do ar e ao
vertentes expostas aos ventos consequente aquecimento do
húmidos. mesmo.

 Em  São
Portugal
também continental
muito
ocorrem
frequentessobretudo
nos Açores
na metade
e na
norte,
Madeira,
principalmente
sendo tantodomais
lado
intensas
dos grandes
quantoalinhamentos
mais alta for
amontanhosos,
ilha e mais exposta
expostos
estiver
aos
às
ventos
massas
húmidos
de ar vindos
de origem
do
Atlântico.
marítima.

Fig. Fajã dos Cubres – Açores

Fig. Gerês
A especificidade do clima em Portugal

PRECIPITAÇÃO CONVECTIVA (OU DE CONVECÇÃO)

• são produzidas por uma ascendência brusca de ar, em resultado


de um intenso aquecimento da superfície da Terra.
• Ao subir, o ar arrefece, provocando a condensação do vapor de água
e a formação de nuvens de grande desenvolvimento vertical, que
originam chuva intensa e de curta duração (aguaceiros), as quais são
frequentemente acompanhadas de trovoadas.

Fig. Mecanismo de formação


das chuvas convectivas ou
de convecção
A especificidade do clima em Portugal

 As chuvas convectivas • No entanto, na época de verão são


ou de convecção são também frequentes no interior dos
típicas da zona continentes das regiões temperadas,
intertropical, pelo que também acontecem em
nomeadamente da Portugal devido às altas
região equatorial. temperaturas que então se verificam.
A especificidade do clima em Portugal

DISTRIBUIÇÃO DA
PRECIPITAÇÃO EM PORTUGAL

A distribuição da precipitação
em Portugal apresenta uma grande
irregularidade, temporal e espacial.

Fig. Distribuição espacial da precipitação


em Portugal continental (valores médios de
precipitação anual)
A especificidade do clima em Portugal

A IRREGULARIDADE ANUAL E INTERANUAL DA PRECIPITAÇÃO

 Ao longo do ano, a precipitação varia de forma idêntica em


praticamente todo o território nacional e caracteriza-se pelos
acentuados contrastes sazonais.

média mensal, ao longo do ano,


Fig. Variação da precipitação

em Portugal continental
A especificidade do clima em Portugal

média mensal, ao longo do ano,


Fig. Variação da precipitação

em Portugal continental
• Nesta época do
• à influência dosano, as depressões
centros de baixas e os
 Osvalores
Os valores
mais de
baixos sistemas frontais encontram-se
pressões subpolares; deslocados
de
precipitação
precipitação
mais
registam-se,
elevados para o Norte da Europa, ficando o nosso
ocorrem
habitualmente,
normalmente
nos meses
entre • território
à passagem maisfrequente
influenciado
dos pelas altas
sistemas
novembro
de julho
e março,
e agosto.
devido: pressões
frontais sobresubtropicais…
o nosso país.

 A esta situação acrescem os reduzidos


 nomeadamente
valores depelo
temperatura
anticicloneque
dos
conduzem mais facilmente à saturação
Açores do ar. de ar tropical
e pelas massas
continental, quentes e secas.
A especificidade do clima em Portugal

 Ao longo dos anos, as diferenças de precipitação registadas nos


mesmos meses, e, sobretudo, as que respeitam às quantidades
totais anuais, são também bastante significativas.

• A principal causa destas irregularidades é o diferente


comportamento, de ano para ano, das baixas pressões
subpolares e das altas pressões subtropicais, nomeadamente no
que se refere às suas deslocações em latitude.

Fig. Variação da precipitação média anual, em Portugal continental


A especificidade do clima em Portugal

DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DA
PRECIPITAÇÃO EM PORTUGAL

• Portugal regista contrastes pluviométricos assinaláveis em


termos regionais.

• No território continental, a quantidade de precipitação anual


diminui, de um modo geral, do norte para o sul e do litoral para
o interior, se bem que com algumas exceções, determinadas
principalmente pelo relevo, uma vez que até certo limite, a
precipitação aumenta com a altitude.
A especificidade do clima em Portugal

Fig. Distribuição espacial da precipitação em Portugal


 Os valores mais elevados
 Os valores mais reduzidos

continental (valores médios de precipitação anual)


ocorrem na metade ocidental a
registam-se na orla algarvia,
norte do Tejo, mais
na faixa oriental do Alentejo
precisamente ao longo de uma
(margem esquerda do
faixa que se estende do Extremo
Guadiana) e no vale superior
Noroeste até à Cordilheira
do rio Douro.
Central.

 Barca
 Algumas
de Alvaáreas
(nordeste)
das serras
e Mértola
da
(Baixo
PenedaAlentejo)
e do Gerês
são as
são
áreas
mesmo mais
secas
asdo
mais
território
pluviosas
continental,
do país,com
valores
chegandode precipitação
a receber maisanuais
de
3000 mm de precipitação
inferiores a 400 mm.anual.
A especificidade do clima em Portugal

 No arquipélago dos Açores, a precipitação é abundante


em praticamente todas as ilhas.

 As mais pluviosas são as do  A ilha de Santa Maria é, de


grupo ocidental, por serem as entre todas, a que regista
primeiras a ser influenciadas pelos menor precipitação, por se
ventos húmidos de oeste e pela situar mais para oriente e por
passagem das perturbações frontais. possuir menores altitudes.

Fig. Distribuição espacial da precipitação na ilha de S. Miguel – Açores


(valores médios de precipitação anual)
A especificidade do clima em Portugal

 No arquipélago da Madeira verificam-se também alguns


contrastes pluviométricos.

 Na ilha da Madeira: as precipitações são relativamente


abundantes na vertente norte e nas áreas de maior altitude, mas
são escassas na vertente sul, especialmente na faixa no litoral, por se
encontrar mais abrigada dos ventos húmidos do norte e mais exposta
aos ventos secos provenientes do continente africano.

 Em Porto
Santo, pelo facto
de a ilha ser
baixa e aplanada,
os valores de
precipitação são
bastante
reduzidos.

Fig. Distribuição espacial da precipitação na ilha da


Madeira (valores médios de precipitação anual)
A especificidade do clima em Portugal

FATORES INFLUENTES NA DISTRIBUIÇÃO DA


PRECIPITAÇÃO

A desigual distribuição espacial da precipitação deve-se à


ação simultânea de um conjunto de fatores, dos quais se
destacam:

• a latitude; • a disposição
do relevo;

• a altitude;
a posição dos
vales dos rios
 a continentalidade;
relativamente
ao litoral.
A especificidade do clima em Portugal

LATITUDE

• A influência da latitude faz-se


sentir, sobretudo, no contraste
pluviométrico norte-sul.
• o Norte é mais pluvioso porque é
mais afetado pela passagem das
perturbações frontais, que
normalmente seguem um trajeto de
sudoeste para nordeste.
• O Sul regista menores valores de
precipitação porque é sobretudo
influenciado pelos anticiclones
subtropicais e pelas massas de ar
Fig.Planície
Fig.
Fig. Passagem
Dia de uma
de inverno, portoperturbação
alentejana de Leixões
tropical, quentes e secas, oriundas
frontal pelo Norte do país
do Norte de África, e menos atingido
pelas perturbações frontais.
A especificidade do clima em Portugal

ALTITUDE

• é nas regiões de maior altitude que se registam valores de


precipitação mais elevados.

•As precipitações são mais abundantes no caso das elevações


concordantes, uma vez que constituem uma barreira à
penetração para o interior do ar húmido proveniente do oceano,
circunstância que conduz mais facilmente à queda de precipitação
do tipo orográfico ou de relevo.

Fig. Variação da precipitação


ao longo do paralelo 41° N
A especificidade do clima em Portugal

 Esta precipitação verifica-se no


Noroeste do território continental,
onde a chamada barreira de
condensação (conjunto montanhoso,
de relevo concordante, que origina
precipitações orográficas
abundantes), formada pelas serras da
Peneda, Gerês, Alvão, Cabreira,
Marão, Montemuro, Arada e
Caramulo, faz com que esta área do
país seja uma das mais pluviosas.

Fig. Mapa hipsométrico de Portugal


Fig. Marão
A especificidade do clima em Portugal

CONTINENTALIDADE

• os lugares próximos do oceano têm


tendência a registar valores de
precipitação anual superiores aos
situados mais no interior dos
continentes.
• à medida que nos afastamos do
litoral e avançamos para leste, vai-se
sentindo a diminuição da influência
atlântica.

 Tal situação acontece porque, ao longo


do seu trajeto, o ar marítimo vai perdendo
sucessivamente humidade devido às
precipitações que se vão desencadeando.
Este facto é mais evidente a norte do Tejo
e mais ainda a norte do Douro.
Fig. Mapa hipsométrico de
Portugal
A especificidade do clima em Portugal

 Nos casos em que o traçado  o que favorece a ocorrência de


dos rios apresenta uma níveis de precipitação mais elevados
direção oeste-este, os vales em áreas que, não fosse a ocorrência
servem de verdadeiros deste fenómeno, não as
corredores por onde as massas apresentariam. No entanto, isso não
de ar húmido podem circular e se verifica no vale superior do Douro,
penetrar até ao interior do em parte devido à barreira de
país… condensação.

Fig. Vale superior do Douro


A especificidade do clima em Portugal

ESTADOS DO TEMPO MAIS FREQUENTES EM PORTUGAL

SITUAÇÕES METEOROLÓGICAS DE INVERNO

 No inverno, Portugal é
influenciado pelos centros
de baixas pressões
subpolares e pela passagem
sistemática das
perturbações frontais (frente
polar) que, ao descerem em
latitude e ao se deslocarem
em vagas sucessivas de oeste
para este, vão provocando
mau tempo, ou seja, céu
muito nublado e precipitações
mais ou menos abundantes.
Fig. Carta sinóptica representativa de uma
situação de inverno, em que Portugal é
influenciado pela passagem das perturbações
frontais
A especificidade do clima em Portugal

 A estas características meteorológicas acrescem as reduzidas


temperaturas médias diurnas e mensais, resultantes da menor
inclinação dos raios solares, da menor duração do dia
natural e da maior influência das massas de ar frio polar.

Fig. Inclinação dos raios solares com a latitude


A especificidade do clima em Portugal

 Por vezes, devido ao intenso


arrefecimento da Europa
Ocidental, forma-se sobre esta
região, e em particular sobre a
Península Ibérica, um
anticiclone de origem térmica.

 Este centro de altas pressões,


para além de proporcionar, por
si só, uma situação de bom
tempo, constitui, também, um
bloqueio ao avanço das
perturbações frontais vindas de Fig. Situação meteorológica de inverno, em
que Portugal está sob a influência de um
oeste, obrigando-as a desviar
anticiclone de origem térmica centrado na
mais para norte ou Europa Ocidental
enfraquecendo-as.
A especificidade do clima em Portugal

SITUAÇÕES METEOROLÓGICAS DE VERÃO

 No verão, o tempo em Portugal


é mais estável, por serem também
mais estáveis os fatores que o
condicionam.

 O céu apresenta-se de um
modogeral
o nosso
limpopaís
ou épouco
predominantemente
nublado, o vento é influenciado
fraco e as
pelas altas pressões
temperaturas do ar são
subtropicais, comúltima
elevadas. Esta especial
destaque para oresulta
característica anticiclone dos
da menor
Açores, o qual
obliquidade com seque encontra
os raios
deslocado
solares para norte,
incidem propiciando
no nosso país, da Fig. Carta sinóptica representativa de
umaduração
situaçãodo dedia
bom tempo. uma situação de verão, em que Portugal
maior natural e da
está sob a influência do anticiclone dos
maior influência das massas de ar Açores
quente tropical. Fig. Albufeira – Praia dos Pescadores
A especificidade do clima em Portugal

 Embora a situação de bom tempo seja a mais frequente


durante o verão, não significa que não possam ocorrer estados
de tempo bastante diferentes.

 Não raras vezes,


acontece, por exemplo,
que, devido ao elevado
aquecimento diurno
verificado no interior da
Península Ibérica, se
forma sobre ela uma
depressão de origem
térmica.
A especificidade do clima em Portugal

 Ocasionalmente, esta depressão  O tempo torna-se,


barométrica estende-se até ao norte de então, muito quente e
África e, se na Europa Ocidental estiver muito seco,
localizado um centro de altas pressões, a especialmente no
circulação conjunta destes dois centros de Algarve, com o vento a
ação faz com que cheguem ao nosso país soprar de leste ou de
massas de ar tropical continental vindas do sudeste – vento de
deserto do Sara. levante.

Fig. Situação meteorológica


geradora do “vento levante”
A especificidade do clima em Portugal

 Do mesmo modo, quando a  provoca vento relativamente


depressão de origem térmica, fresco do quadrante norte,
formada sobre a Península conhecido por nortada, a qual é
Ibérica, se conjuga com o particularmente sentida na costa
anticiclone dos Açores, centrado a ocidental, principalmente durante
norte deste arquipélago… a tarde.

Fig. Situação meteorológica geradora da “nortada”


A especificidade do clima em Portugal

SITUAÇÕES METEOROLÓGICAS NAS ESTAÇÕES INTERMÉDIAS

 Na primavera o tempo é
ainda muito instável, devido,
sobretudo, à presença mais ou
menos frequente das baixas
pressões subpolares e à
passagem das perturbações
frontais.

 Com o aproximar do verão, a


frente polar vai-se deslocando
para norte, cedendo lugar ao
anticiclone dos Açores que, ao
subir em latitude, tende a tornar
cada vez mais intensa a sua
influência no território nacional. Fig. Situação meteorológica
relativamente frequente na primavera
 Avança-se, assim, para uma
maior estabilidade atmosférica e
para o predomínio do bom tempo.
A especificidade do clima em Portugal

 No outono, inicia-se a
deslocação para sul das
baixas pressões subpolares e
das perturbações da frente
polar, pelo que estas vão
tomando as posições antes
ocupadas pelo anticiclone dos
Açores.
Fig. Ponte de Lima (dia de outono)

• A atmosfera torna-se
progressivamente mais
instável e as situações de
mau tempo passam a ser
cada vez mais frequentes.
A especificidade do clima em Portugal

O CLIMA DE PORTUGAL CONTINENTAL

 No território continental, embora predomine o clima


temperado mediterrânico, podem distinguir-se três feições
climáticas:

• o Norte • o Norte • o Sul.


Litoral; Interior;

Fig. Praia da Fig. Praia do Azibo Fig. Algarve


Baía - Espinho – Macedo de
Cavaleiros
A especificidade do clima em Portugal

Fig. Os grandes conjuntos climáticos de Portugal


continental
A especificidade do clima em Portugal

NORTE LITORAL

 O Norte Litoral, com verões relativamente frescos, invernos


suaves, amplitudes térmicas anuais que raramente ultrapassam os
10 °C e com precipitações mais ou menos abundantes,
principalmente durante o outono e o inverno.

 Trata-se de um clima temperado de feição marítima, ou seja,


fortemente condicionado pela ação moderadora do oceano e pela
chegada frequente de massas de ar carregadas de humidade,
geradoras de precipitações relativamente abundantes.

Fig.
Fig.Norte
VianaLitoral – Esposende
do Castelo
A especificidade do clima em Portugal

NORTE INTERIOR

 O Norte Interior, com verões muito quentes, invernos frios e


longos, amplitudes térmicas anuais que podem atingir os 20 °C e com
precipitações menos intensas e frequentes do que no Noroeste.

• Trata-se de um clima temperado de feição continental.

Fig. Norte Interior – Bragança


A especificidade do clima em Portugal

SUL

 O Sul, com verões muito quentes, longos e secos, invernos


curtos e suaves e com precipitações escassas e irregulares,
concentradas no fim do outono e no inverno.

• Trata-se de um clima temperado mediterrânico mais ou


menos característico.

Fig. Sul – Beja


A especificidade do clima em Portugal

O CLIMA DOS AÇORES

 Devido à grande influência atlântica, o clima açoriano é, de uma


forma geral, do tipo temperado marítimo.

Principais características: verões relativamente frescos, invernos


suaves, amplitudes térmicas fracas e precipitações mais ou menos
abundantes, principalmente nos finais do outono e no inverno.

Fig. Clima do arquipélago


dos Açores
A especificidade do clima em Portugal

O CLIMA DA MADEIRA

 No arquipélago da Madeira o clima é predominantemente


temperado mediterrânico.

 Os verões são, portanto, muito quentes, longos e secos, e os


invernos curtos e suaves e com precipitações escassas e
irregulares.

Fig. Clima do arquipélago


da Madeira
A especificidade do clima em Portugal

 Embora neste arquipélago se verifiquem genericamente estas


características climáticas, a verdade é que existem algumas
diferenças mais ou menos significativas em termos regionais.

Fig. Câmara de Lobos (vertente sul da ilha) Fig. Porto Moniz (vertente norte da ilha)
A especificidade do clima em Portugal

 Na ilha da Madeira, por exemplo, devido à orientação oeste-


este do relevo, verifica-se um claro contraste entre a parte
norte e a parte sul da ilha.

• A vertente norte • A vertente sul, mais


(umbria) é mais fria e soalheira, tem temperaturas
tem um período seco mais elevadas e um período
muito curto, fruto dos seco mais longo devido aos
consideráveis níveis de menores níveis de
precipitação. precipitação.
Fig. Santana – vertente norte Fig. Câmara de Lobos (vertente
(umbria) da ilha da Madeira
 A ilha de Porto Santo, de relevo quase
sulplano,
da ilha)possui
temperaturas mais elevadas e precipitações ainda mais
reduzidas do que a ilha da Madeira, razões pelas quais
apresenta maior período seco estival.

Fig. Praia na Ilha de Porto Santo


A especificidade do clima em Portugal

 A existência de um período seco estival mais ou menos


prolongado verifica-se em praticamente todo o território continental
e na maioria das ilhas do território insular, pelo que constitui uma
das características mais marcantes do nosso clima.

 A ocorrência do período seco estival relaciona-se sobretudo com


a irregularidade na distribuição anual da precipitação e a sua
durabilidade tem grande influência nas reservas hídricas
disponíveis.

Fig. Paisagem do Alentejo


FIM DA
APRESENTAÇÃO

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