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Jean Pi
Biografia
Jean Piaget nasceu no dia 9 de agosto de 1896, em Neuchâtel, na Suíça
Morreu em Genebra, em 17 de setembro de 1980
Piaget foi um menino prodígio. Interessou-se por História Natural ainda em sua infância.
Frequentou a Universidade de Neuchâtel, onde estudou Biologia e Filosofia.
Após formar-se, Piaget foi para Zurich, onde trabalhou como psicólogo experimental.
O ano de 1919 foi um marco em sua vida.
Em 1921, Piaget voltou à Suíça e tornou-se diretor de estudos no Instituto J. J. Rousseau da
Universidade de Genebra.
Em 1923, Piaget casou-se com Valentine Châtenay, com quem teve três filhas.
Enquanto prosseguia com suas pesquisas e publicações de trabalhos, Piaget lecionou em
diversas universidades europeias.
Em seus estudos sobre crianças, Jean Piaget descobriu que elas não raciocinam como os
adultos. Esta descoberta levou Piaget a recomendar aos adultos que adotassem uma
abordagem educacional diferente ao lidar com crianças. Ele modificou a teoria
pedagógica tradicional que, até então, afirmava que a mente de uma criança é vazia,
esperando ser preenchida por conhecimento. Na visão de Piaget, as crianças são as
próprias construtoras ativas do conhecimento, constantemente criando e testando suas
teorias sobre o mundo. Ele forneceu uma percepção sobre as crianças que serve como
base de muitas linhas educacionais atuais. De fato, suas contribuições para as áreas da
Psicologia e Pedagogia são imensuráveis.
TEORIA DE PIAGET E CONSTRUTIVISMO
Piaget, o criador da teoria Construtivista, considera quatro
fatores como essenciais para o desenvolvimento cognitivo
da criança:
Equilibração
Com o conceito de equilibração, Piaget demonstrou que a Inteligência deve ser
confrontada para evoluir
Esse é um processo básico na trajetória do ser humano, uma ação continuada que
permite, a um só tempo, sua evolução e sua sobrevivência.
Para que ocorra a equilibração dos esquemas na construção do conhecimento Piaget
argumenta que há duas etapas complementares que são: Assimilação e Acomodação
Assimilação
É uma ação externa: consiste em utilizar os chamados esquemas de ação
(formas como interagimos com o mundo, como classificar, ordenar,
relacionar etc.) para compreender as características de determinado
conceito.
O sujeito incorpora um novo objeto ou ideias às estruturas já construídas ou
consolidadas.
Acomodação
É um processo interno: diz respeito à construção de novas estruturas
cognitivas (com base nas pré-existentes, mas ampliando-as). Isso permite
assimilar a novidade, chegando a um novo estado de equilíbrio.
O organismo ajusta-se a um novo objeto e assim, altera os esquemas
(conceitos que construímos ao longo da vida) de ação adquiridos, a fim
de se adequar ao novo objeto recém-assimilado.
Adaptação
Para Piaget, a educação deve ter como objetivo formar indivíduos capazes de
autonomia intelectual e moral e também respeitadores dessa autonomia em outrem
em função de regra e reciprocidade. O direito à educação significa o direito de
encontrar na escola aquilo que lhe possibilite a construção do raciocínio e de uma
consciência moral.
Um aspecto importante que pode ser inferido da teoria piagetiana é que o verdadeiro
conhecimento (físico ou lógico-matemático) não é “transmitido” pela escola, mas
construído pelo sujeito através das ações exercidas sobre os objetos.
O objetivo da educação não consiste em transmitir verdades, que descubra
pessoalmente as correlações e noções, recriando-as “até o momento em que
experimentará satisfação ao ser guiado e informado”.
A autonomia intelectual possibilitará ao sujeito compreender o meio com qual
interage e responder adequadamente às exigências desse meio.
O pleno desenvolvimento da personalidade, para Piaget é inseparável do conjunto
dos relacionamentos afetivos, sociais e morais que constituem a vida da escola. Ele
entende que a educação compreende um todo indissociável: não se pode falar em
autonomia moral se o sujeito é passivo intelectualmente; por outro lado, não se pode
falar em autonomia intelectual num ambiente em que o sujeito deve se submeter à
autoridade adulta e os únicos relacionamentos sociais que constituem a vida da
classe são os que ligam cada aluno individualmente a um mestre que detém todos os
poderes e logo não conseguiria ser ativo intelectualmente.
Na questão moral, Piaget identifica na escola dois processos de influenciação
complementares: por um lado a pressão do adulto e, por outro, a cooperação das
crianças entre si.
É papel da escola substituir a disciplina imposta de fora por uma disciplina interior,
baseada na vida social das próprias crianças.
Piaget entende que a autonomia moral deve estar baseada no respeito mútuo; neste
caso as obrigações não são impostas por regras preestabelecidas, mas pela
participação na elaboração das mesmas.
É fundamental que a escola utilize essas forças coletivas para desenvolver de forma
sistemática os padrões morais que permitirão às crianças aperfeiçoar seu
relacionamento e assumirem em função de uma consciência interior um compromisso
social, conduzindo a um conjunto de valores especiais como o da justiça baseada na
igualdade e o da solidariedade. Neste sentido a cooperação que se estabelece entre as
crianças produz resultados tão elevados quanto aqueles que resultam da ação dos
adultos. A isto Piaget chama de moral em ação, da mesma forma como o trabalho ativo
é a inteligência em ato.
Piaget enfatiza que: … os métodos chamados ativos, que são os únicos capazes de
desenvolver a personalidade intelectual, pressupõem necessariamente a intervenção de
um meio coletivo ao mesmo tempo formador de personalidade moral e fonte de trocas
intelectuais organizada
E Piaget, a propósito, acrescenta: “Uma escola ativa compreende um trabalho
comunitário, com alternâncias entre o trabalho de grupo, porque a vida coletiva se
revelou indispensável ao desenvolvimento da personalidade, mesmo sob seus aspectos
mais intelectuais”
Para Piaget os métodos ativos da educação têm mais êxito que os outros, no ensino da
aritmética e geometria, por exemplo, pois a criança já manipulou números ou superfícies,
antes de conhecê-los pelo pensamento e, portanto, o conhecimento sistemático posterior
representa uma tomada de consciência dos esquemas ativos já familiares; neste caso
deixa de ser meramente um conceito verbal acompanhado de exercícios formais e sem
interesse, sem subestrutura experimental anterior.
A escola tradicional coloca o aluno num papel passivo. O que vimos até agora indica
que o aluno deveria ter um papel ativo, não no sentido de que faça tudo o que queira,
mas que queira tudo o que faça.
Se no passado a escola via a criança como um adulto em miniatura, a visão apresentada
por Piaget é de que as estruturas intelectuais e morais de criança não são as nossas e a
escola deve se reforçar para apresentar aos alunos de diferentes idades conteúdos
assimiláveis à sua estrutura cognitiva e aos diferentes estágios de seu desenvolvimento.
Uma metodologia que atende ao princípio da atividade é o jogo. Para Piaget o jogo
desenvolve as percepções da criança, sua inteligência e sua tendência à
experimentação. Por esta razão quando o jogo é utilizado na iniciação à leitura, ao
cálculo ou à ortografia, verifica-se que as crianças se envolvem com eles e com isto a
aprendizagem de conteúdos formais é facilitada.
Outra metodologia consistente na teoria piagetiana é o trabalho em grupo. Além das trocas de
natureza social que possibilitam o desenvolvimento em direção à autonomia moral, deve-se
considerar também as trocas de natureza intelectual, pois no momento em que os integrantes
interagem, compartilham idéias e informações possibilitam sucessivos processos de equilibração rumo
à autonomia intelectual. Piaget enfatiza que o trabalho em grupo é também condição para a
superação do egocentrismo natural do comportamento humano e que só ocorre quando há conflitos
provenientes de interesses diferentes dos indivíduos.
A questão motivacional tem sido interpretada tradicionalmente de estimulação externa, e como tal,
seria um papel do professor o de “motivar”.
O desenvolvimento infantil depende de conhecimentos novos que venham para possibilitar a
construção ou gênese de uma nova estrutura cognitiva. A motivação consiste, então, numa
necessidade interna que origina o esforço a ser empregado numa atividade que permite a estrutura
de conhecimento funcionar.
É importante respeitar a estrutura cognitiva do aluno e a estrutura da matéria. Se o ensino
desconsiderar o desenvolvimento cognitivo alcançado pela criança, ele será meramente verbal e
exógeno. É fundamental que o professor esteja apto a avaliar o desenvolvimento cognitivo
alcançado pela criança utilizando-se de provas psicogenèticas próprias ao conceito que se pretende
ensinar.
Se um professor atuar de modo coerente com a teoria piagetiana ele procurará desafiar o aluno com
problemas significativos ao nível de desenvolvimento alcançado a num clima de reciprocidade
intelectual e moral. Quando se fala em “propor problemas” é no sentido piagetiano de desequilibrar,
e as soluções são encontradas pelo aluno e não “ensinadas” pelo professor.
A sua teoria nos permite inferir que para ele é mais relevante avaliar constantemente o
desenvolvimento alcançado pelo sujeito ao longo do processo progressivo de construção do
conhecimento. As provas piagetianas podem ser empregadas para fins de diagnóstico que
conduzam à avaliação dos níveis de desenvolvimento conceitual.
Acadêmicas:
- Jeisiane Ferreira
- Gabriela Monteiro
- Sabrina Furlan
- Thais Korchak
- Tauane Silva