(epitélio glandular) Etiologia infecciosa e não infecciosa Aguda ou crônica - 30 a 40% das pacientes em ambulatório de IST. - Agentes etiológicos mais frequentes: Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoe. - Agentes etiológicos mais raros: Herpes simplex, Trichomonas vaginalis, Mycobacterium tuberculosis e Mycoplasma genitalium. - Causas não infecciosas: Irritação mecânica (pessário, tampão, diafragma) ou química (látex, duchas ou espermicidas), radioterapia e doenças sistêmicas (Síndrome de Behcet, líquen plano). A importância da rápida identificação da cervicite e início do tratamento reside no risco de ascensão do processo infeccioso, podendo resultar em endometrites e DIP, com suas vastas complicações, além do risco de transmissão sexual e aumento significativo do risco de aquisição e disseminação do HIV. Idade <25 anos ou idade da primeira relação sexual precoce. Não uso de preservativos. Novo parceiro sexual Portados de outras IST. Passado de DIP Parceiro sexual com múltiplos parceiros Parceiro Sexual com IST Uso de duchas Corrimento genital purulento ou mucopurulento Sangramento durante ou após o coito Disúria (Uretrite) Dispareunia Irritação vulvovaginal Assintomáticas ( 70 – 80%) História clínica: - Tipo de corrimento vaginal - Sangramento vaginal - Dor abdominal ou pélvica - Tempo dos sintomas - Estado estrogênico Exame físico: - Secreção mucopurulenta por endocérvice - Dor a mobilização do colo, útero ou anexos - Colo friável com aspecto variando de acordo com agente etiológico Cervicite gonocócica ou por clamídia: Cervicite mucopurulenta, colo edemaciado e friável. Tricomoníase: Hemorragias pontuadas ( colo em morango ou colpite difusa) Cervicite por Herpes: Lesões vesiculares difusas ou ulcerações. Suspeita de doença inflamatória pélvica (DIP) – sensibilidade a mobilização do colo, útero e anexos e secreção endocervical purulenta. Lesões cervicais erosivas: Câncer de colo uterino (Papanicolau e Biopsia). Alto custo e pode atrasar o início do tratamento pH vaginal e microscopia salina. Biologia molecular (teste de amplificação de ácido nucléico – NAAT) Coloração pelo Gram (30% de sensibilidade) Cultura para gonococo em meio seletivo (Thayer-Martin modificado). PCR, Elisa e captura híbrida para Clamídia. Empírico para gonorreia e clamídia. Abstinência sexual por sete dias. Tratar parceiros. Gonorreia: -CDC : ceftriaxona 250mg via IM + azitromicina 1g via oral (ambos em dose única). - MS 2015: Ciprofloxacino 500mg, via oral, dose única ou ceftriaxona 500mg IM dose única, ambos associados a 1g de azitromicina, via oral, dose única. Clamídia: - Azitromicina 1g, via oral, dose única ou doxicixlina 100mg, via oral de 12/12h, por sete dias. Maior risco de rotura prematura de membranas. Maior risco de parto prematuro Restrição de crescimento intrauterino Endometrite puerperal Conjuntivite Septicemia Artrite Abscessos em couro cabeludo Pneumonia Meningite Endocardite Estomatite É o conjunto de sinais e sintomas secundários a ascensão e à disseminação , no trato genital superior, de micro-organismos provenientes da vagina ou da endocérvice, podendo acometer útero, trompas, ovários e, por vezes, até outros órgãos pélvicos. Iniciada por agente sexualmente transmissível. Neisseria gonorrhoeae, Chlamydia trachomatis, Mycoplasma genitalium. Infeção polimicrobiana mista (facultativa e anaeróbica). Múltiplos parceiros. Infecções sexualmente transmissíveis em parceiros. Idade >25 anos. História prévia de DIP. Método contraceptivo Estado socioeconômico e estado civil. Tabagismo, alcoolismo ou uso de drogas. Parceiro com uretrite. Descarga vaginal purulenta. Dor abdominal infraumbilical. Dor em topografia anexial. Dor à mobilização do colo uterino. Febre. Sangramento uterino anormal. Dispareunia. Sintomas urinários. Assintomáticas Aderências. Oclusão do lúmen tubário - infertilidade. Abscesso tubo - ovariano. Abscesso em fundo de saco de Douglas. Irritação peritoneal. Pequenos abscessos em superfície hepática. Exsudato purulento na cápsula de GLISSON. Aderências tipo corda de violino Não existe teste diagnóstico definitivo. Três critérios maiores mais um critério menor ou apenas um critério elaborado. Dor abdominal infraumbilical ou dor pélvica. Dor à palpação dos anexos. Dor à mobilização uterina ou do colo uterino. Febre maior que 38,3 ⁰C. Conteúdo vaginal ou secreção endocervical anormal. Leucocitose. Massa pélvica. Proteína C reativa ou VHS elevadas. Mais que cinco leucócitos por campo de imersão em secreção de endocérvice. Comprovação laboratorial de infecção por clamídia, gonococo ou micoplasma. Evidência histopatológica de endometrite. Presença de abscesso-tubo-ovariano ou de fundo de saco de Douglas em estudo de imagem (USG ou RNM). Videolaparoscopia com evidências de DIP. Fatores de risco. Febre. Dor à mobilização do colo uterino. Dor anexial. Dispareunia. Corrimento vaginal mucopurulento. Queixas urinárias. Sangramento intermenstrual. Anorexia, naúseas e vômito. Teste de gravidez. Hemograma completo. PCR e VHS. EAS ou urocultura. Cultura específica ou NAAT. Sorologias para IST. USG transvaginal. Biópsia de endométrio. RNM. VLSC. ESTÁGIO 1 Endometrite e salpingite sem peritonite
ESTÁGIO 2 Salpingite com peritonite
ESTÁGIO 3 Salpingite + abscesso tubo–
ovariano.
ESTÁGIO 4 Abscesso tubo-ovariano roto com
secreção purulenta em cavidade ou abscesso acima de 10 cm. Ambulatorial:Ceftriaxona 500mg, IM, dose única + Doxiciclina 100mg, 01 comp. VO, 12\12h, por 14 dias + metronidazol 250mg, 02 comp, VO de 12\12h, por 14 dias.
Hospitalar:Cefoxitina 2g, IV, 6\6h, por 14
dias + doxiciclina 100mg, 01 comp. VO,12\12h, por 14 dias. Quando emergências cirúrgicas não podem ser excluídas. Presença de abscesso tubo – ovariano. Quadro grave com sintomas de peritonite, náuseas, vômitos ou febre alta. Gestantes. Pacientes imunocomprometidas. Ausência de resposta adequada ao tratamento ambulatorial após 72h. Intolerância ou baixa adesão ao tratamento ambulatorial. Falha no tratamento clínico. Presença de massa pélvica que persiste ou aumenta mesmo após o tratamento clínico. Suspeita de rotura de abscesso tubo- ovariano. Hemoperitônio. Abscesso em fundo de saco de Douglas. Sempre tratar as parcerias sexuais dos últimos seis meses, sintomáticas ou não, para N. gonohrroaea e C. trachomatis. Infertilidade. Prenhez ectópica. Dor pélvica crônica. Dispareunia. Recorrência de DIP. Fase crônica da síndrome de Fitz-Hugh- Curtis.