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DIFERENCIADO DE
TIREOIDE
MR Joice Fogliatto
Orientadora: Profa. Dra Maria Roseneide S. Torres
INTRODUÇÃO
ATA, 2015
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
CARCINOMA PAPILÍFERO
ATA, 2015
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
Classificação do linfonodo cervical
Normal
• Hilo preservado, forma ovóide e tamanho normal,
vascularização ausente ou hilar. Nenhum sinal suspeito.
Indeterminado
Ausência de hilo e pelo menos uma das seguintes características:
• Forma redonda (valor preditivo positivo 63%)
• Aumento do eixo curto, ≥8 mm de tamanho no nível II
e ≥5 mm em tamanho nos níveis III e IV
• Aumento da vascularização central
Suspeito
Pelo menos uma dessas características:
• Microcalcificações
• Aparência parcialmente cística
• Vascularização periférica ou difusamente aumentada
• Tecido tireoidiano com parênquima hiperecogênico
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
PAAF (CITOLOGIA E/OU TG NO LAVADO)
• Confirmação de malignidade
• Tg no lavado: Útil principalmente nos linfonodos císticos, avaliação citológica do
linfonodo é inadequada ou as avaliações citológica e ultrassonográfica são divergentes
• Tg <1 ng/mL = pouco provável de ser linfonodo metastático
• Probabilidade aumenta junto com os níveis de Tg
ATA, 2015
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
TC/RNM COM CONTRASTE
• Adjuvante da USG
• Nem sempre indicada. Suspeita clínica de doença avançada (tumor primário
invasivo, linfoma múltiplo ou doença nodal volumosa)
• Contraste IV: delinear a relação anatômica entre o tumor primário ou a doença
metastática e outras estruturas
• Retardo nos exames subsequentes de PCI ou tratamento com radioiodo (RAI)
• Eliminação do iodo em 4–8 semanas
• O benefício de imagens aprimoradas geralmente supera o risco potencial de um atraso na
imagem ou terapia com I131
• Relação entre iodo e creatinina na urina.
ATA, 2015
TRATAMENTO CIRÚRGICO
ATA, 2015
ESVAZIAMENTO CERVICAL
• Esvaziamento terapêutico:
• Compartimento central: linfonodos centrais envolvidos (junto com tireoidectomia total)
• Compartimento lateral: linfonodos laterais envolvidos comprovado por biópsia.
ATA, 2015
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS
• Hipoparatireoidismo:
• Transitório: até 87%
• Permanente: 33%
ATA, 2015
AJCC 8ª edição
Classificação TNM para Câncer Diferenciado de
ESTADIAMENTO - RISCO DE
Tireoide
T1 - tumor ≤ 2 cm limitado à tireoide
MORTALIDADE
T2 - tumor > 2 cm e ≤ 4 cm limitado à tireoide
T3a - tumor > 4 cm limitado à tireoide
T3b - tumor com extensão extratireoidiana invadindo
apenas músculos da cinta peritireoideana
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
Risco de Recorrência(%) Definição
Estimativa de risco
Carcinoma Papilífero da Tireoide
Baixo * • Tumor <4 cm de tamanho
< 5%
• Ausência de extensão extra tireoidiana
• Ausência de metástases linfonodais clinicamente evidentes
• ≤ 5 metástases linfonodais microscópicas (<2 mm de tamanho)
• Ausência de histologia agressiva
• Ausência de invasão vascular
• Ausência de metástases à distância
• Ressecção completa do tumor macroscópico
• Não ocorrer captação fora do leito da tireoide no exame pós-terapêutico
ESTADIAMENTO
de corpo inteiro se a ablação com radioiodo for realizada
• BRAF V600E é a mutação mais comum - 40-60% dos CPTs (forma clássica e variante folicular)
• Associada à multifocalidade, extensão extratireoidiana e metástases linfonodais e, em alguns
com risco aumentado de doença persistente ou recorrente
• > 45 anos: maior mortalidade.
• O BRAF isoladamente não contribui para a estratificação de risco na maioria dos pacientes.
• Considerar no contexto de outros fatores de risco clínico-patológicos.
• Não considerar rotineiramente a avaliação mutacional do BRAF para a estratificação do risco
no pós-operatório inicial no CDT.
ATA, 2015
TIREOGLOBULINA PÓS OPERATÓRIA
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
INDICAÇÕES
• Não é recomendada no microcarcinoma papilífero unifocal, na ausência de
outras características adversas
• Não é recomendada no microcarcinoma papilífero multifocal na ausência de outras
características adversas (R Fraca)
• Não é recomendada em pacientes com CDT de baixo risco (R Fraca)
• Deve ser considerada em pacientes com CDT de risco intermediário (R Fraca)
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
PREPARO
• TSH > 30 mU/L
• Suspender LT4 3 a 4 semanas antes
• TSH recombinante humano (Thyrogen):
• Qualidade de vida superior e taxas semelhantes de ablação de remanescentes bem sucedidos
• CDT de risco baixo a intermediário sem envolvimento linfonodal extenso
• Doença linfonodal extensa na ausência de metástases distância: pode ser considerado (R fraca)
• CDT alto risco: é preciso mais estudos. Não há recomendação
• CDT de qualquer risco com comorbidade - doença psiquiátrica, respiratória, comprometimento do
sistema nervoso central, insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial coronariana
• 0,9 mg, IM a cada 24 horas, durante 48 horas, seguindo-se, no 3º dia, a administração do iodo radiativo
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
DOSES
OBJETIVO DOSE
Ablação de remanescentes (baixo risco ou risco 30 mCi (considerar dose maior na lobectomia)
intermediário sem características adversas)
Terapia adjuvante 30 – 150mCi (metástase desconhecida)
Doença estrutural conhecida 100 – 200mCi ou guiado por dosímetro (> 70
anos: máximo 150mCi)
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
CONTRAINDICAÇÕES
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
COMPLICAÇÕES
• Baixo risco cumulativo de complicações precoces e tardias
• Danos nas glândulas salivares
• Obstrução do ducto nasolacrimal
• Neoplasias secundárias - cólon, mama, rim, osso, leucemia
• Amenorreia/oligomenorreia temporária (4 a 10 meses) - 20% a 27% das mulheres
Baixas taxas de infertilidade a longo prazo
• Redução temporária na contagem de espermatozoides (dose cumulativa > 600mCi)
ATA, 2015
PCI – PÓS DOSE
ATA, 2015
SUPRESSÃO DO TSH
RISCO TSH
Baixo com Tg indetectável 0,5 - 2,0mU/L
Baixo com Tg detectável 0,1 - 0,5mU/L
Intermediário 0,1 - 0,5mU/L
Alto < 0,1mU/L
• Efeitos adversos:
• Exacerbação de angina
• Fibrilação atrial
• Osteoporose
ATA, 2015
RADIOTERAPIA / QUIMIOTERAPIA
• Não há lugar para a RT adjuvante de rotina em pacientes com CDT após a remoção
cirúrgica completa inicial do tumor.
• Não há lugar para a terapia adjuvante sistêmica de rotina em pacientes com CDT
(além da terapia supressora de RAI e/ou TSH usando LT4).
ATA, 2015
SEGUIMENTO
AVALIAÇÃO DINÂMICA DO RISCO
ATA, 2015
TIREOGLOBULINA ESTIMULADA
ATA, 2015
AC ANTI-TIROGLOBULINA
• Presentes em 25% dos pacientes com câncer de tireoide e 10% da população geral
• Reduz falsamente os níveis de Tg sérica nos ensaios imunométricos
• Deve ser medido em conjunto com a Tg sérica
• Pode aumentar transitoriamente no pós-operatório (como uma reação imunológica à
cirurgia) e após RAI
• Níveis decrescentes de anti-Tg: sinal de bom prognóstico.
• Níveis crescentes de ac anti-Tg, em pacientes tireoidectomizados, aumenta
significativamente o risco de câncer persistente ou recorrente.
ATA, 2015
ULTRASSONOGRAFIA
ATA, 2015
PCI DIAGNÓSTICA
• Indicações:
• Captação anormal fora leito tireoidiano na PCI pós-dose
• PCI pós-dose com grandes remanescentes tireoidianos e alta captação de 131I (> 2%, que
pode dificultar a visualização de menor captação nos linfonodos cervicais)
• Ac Anti- Tg positivo com Tg negativa, mesmo quando USG cervical é negativa
• Dose: 2 – 5mCi
ATA, 2015
TC/RNM
ATA, 2015
18FDG-PET / TC
• CDT de alto risco com Tg sérica elevada (> 10ng/mL) e PCI negativa
• Estadiamento inicial, se evidência de doença em outro exame de imagem ou por Tg sérica
elevada;
• Como prognóstico em pacientes com doença metastática para identificar lesões, pacientes
com alto risco de progressão rápida da doença e mortalidade doença- específico;
• Avaliação de resposta pós-tratamento de doença metastática ou localmente invasivo.
• É complementar à PCI, mesmo na presença de metástases, porque a captação de 18FDG pode
estar presente em focos neoplásicos sem captação de I131.
• Falsos positivos: até 39% PAAF com citologia e dosagem de Tg no lavado quando a cirurgia
é planejada baseada nos resultados do 18FDG-PET.
ATA, 2015
BAIXO RISCO TRATADO Excelente
resposta À
COM TIREOIDECTOMIA TOTAL terapia:
* TSH entre 0,5 e 2,0
mU/L
* Tg cada12 a 24
meses
Objetivo inicial
Tireoidectomia total
Avaliação do Ablação de
status da doença
* Se Tg < 0,2 ng/ml resposta a
remanescente com ou Tg estimulada < terapia: Resposta
pós-operatória: radioiodo não é bioquímica
1ng/ml : entre 0,5 e
* Tg sérica 4-6 recomendada 2,0 mU/L * Tg, anti-Tg incompleta ou
semanas depois rotineiramente. * USG cervical indeterminada:
* PCI diagnóstica pós- * TSH entre 0,1-
operatório e / ou USG * Se Tg ≥ 0,2ng/ml * PCI diagnóstica
* 30mCi não é recomendada 0,5mU/L
pode ser considerada ou Tg estimulada ≥
1ng/ml: entre 0,1 e de rotina * USG, Tg e anti-Tg
0,5mU/L cada 6-12 meses
(considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de Tg/ant-
Tg
ATA, 2015
Resposta
excelente:
BAIXO RISCO TRATADO * TSH entre 0,5 e
Resposta
* Considerar Tg recomendado Objetivo terapia: bioquímica
inicial do TSH: incompleta ou
4-6 semanas ablação de
depois * USG cervical indeterminada:
remanescentes 0,5-2,0 mU/L
* Considerar * TSH entre 0,1-
* Considerar com radioiodo 0,5mU/L
USG cervical se Tg sérica
* USG, Tg e anti-Tg
não for realizado cada 6-12 meses
no pré operatório (considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de Tg/ant-
Tg
ATA, 2015
Excelente
resposta À
RISCO INTERMEDIÁRIO terapia:
* TSH entre 0,5 e 2,0
mU/L
* Tg, anti-Tg e USG
cada12 a 24 meses
Ablação de
Avaliação do remanescente
terapêutica (se doença
Tireoidectomia total +
profilática central
ATA, 2015
Excelente
resposta À
terapia:
* TSH entre 0,1 e 0,5
ALTO RISCO mU/L por pelo
menos 5 anos
* Tg cada 6-12
meses
* Considerar
Avaliação do Radioiodoterapia: Avaliação da USG/TC/RNM
terapêutica (se doença
Tireoidectomia total +
* Terapia adjuvante:
profilática central
ATA, 2015
DOENÇA METASTÁTICA
SUSPEITA DE RECIDIVA CERVICAL
ATA, 2015
RECIDIVA CERVICAL
• Avaliar risco da cirurgia de revisão (cicatrizes) X Tratamento ideal
• Proximidade com estruturas vitais adjacentes
• Comorbidades do paciente / motivação / preocupações emocionais
• Fatores primários do tumor
ATA, 2015
METÁSTASE PULMONAR
• Radioiodoterapia
• Repetir a cada 6-12 meses se ávidos por iodo e boa resposta clínica (redução da Tg
sérica e/ou tamanho e taxa de crescimento das metástases
• Dose empírica: 100-200 mCi (ou 100-150 mCi se ≥ 70 anos) ou estimada por
dosimetria
• Complicações raras: fibrose pulmonar e supressão da medula óssea
• Micrometástases (< 2mm) X macrometástase (Remissão completa não é comum)
ATA, 2015
METÁSTASE ÓSSEA
ATA, 2015
METÁSTASE CEREBRAL
ATA, 2015
IODOTERAPIA NA DOENÇA METASTÁTICA
ATA, 2015
LÍTIO NA IODOTERAPIA
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA EMPÍRICA
TG + E IMAGEM -
• Auxiliar na localização da doença e/ou como terapia para doença não cirúrgica (R.
Fraca)
• Se PCI pós-terapia for negativo considerar paciente com doença refratária não
administrar mais RAI.
• Se PCI pós terapia positivo + evidência de redução do tumor considerar repetir a
RAI até que o tumor tenha sido erradicado ou não responda mais ao tratamento.
• Avaliar risco benefício a longo prazo
• Maior evidência para metástases pulmonares que não são passíveis de tratamento
cirúrgico ou radioterapia
ATA, 2015
CDT REFRATÁRIO AO RADIOIODO
• Repetir estudos de imagem a cada 3-12 meses com base na carga da doença e
localização das lesões
• É controverso se o RAI deve ser abandonado em favor de outros tratamentos
• Ausência de terapias para induzir remissão ou melhorar a sobrevida global limitar
para intervenções que reduzam morbidade ou aliviem os sintomas.
ATA, 2015
INIBIDORES DA TIROSINA QUINASE
ATA, 2015
BISFOSFONATO/DENOSUMABE
• Considerar nas metástases ósseas difusas e/ou sintomáticas de CDT refratária à RAI,
isoladamente ou concomitantemente com outras terapias sistêmicas
ATA, 2015
QUESTÕES TEEM
TEEM 2017
• 44) Em qual das situações abaixo o tratamento com inibidores da tirosina quinase não
deve ser considerado como opção terapêutica?
• A) Com terapia adjuvante no carcinoma papilífero com tireoglobulina sérica elevada,
após tireoidectomia total e reintervenção cirúrgica com ressecção de linfonodos
metastáticos.
• B) Nos pacientes com carcinoma folicular refratário ao tratamento com iodo radioativo.
• C) Nos pacientes com carcinoma papilífero, após tireoidectomia e radioiodoterapia, com
múltiplas metástases pulmonares e/ou hepáticas.
• D) Nos pacientes com carcinoma medular e doença metastática não ressecável e
evidência radiológica de progressão de doença.
TEEM 2016
• 42) Mulher, 59 anos, submetida a tireoidectomia total com esvaziamento cervical do compartimento
central. Laudo anatomo patológico: carcinoma papilífero variante clássica, multicêntrico (3focos), o
maior com 1,4cm de diâmetro, invasão angiolinfática positiva, extensão extratireoidiana mínima
para tecido adiposo e metástases para 1 a 7 linfonodos, tamanho do linfonodo acometido 1,3 cm. A
paciente foi submetida à dose ablativa com radioiodo 100mCi. Pesquisa de corpo inteiro com
captação em leito tireoidiano e região cervical à direita. Retornou após 4 meses com ecografia
cervical sem linfonodomegalia, TSH suprimido em uso de levotiroxina, tireoglobulina 1,4ng/dL e
anticorpo antitireoglobulina indetectável. Assinale a opção correta:
• A) A paciente deve ser submetida a uma nova dose terapêutica com iodo radioativo, pois a
tireoglobulina positiva indica presença de doença residual.
• B) A paciente deve ser submetida à TC de tórax e abdome superior e cintilografia óssea para busca
de metástase à distância.
• C) Deve ser submetida a um exame de PET-CT com 18FDG, pois apresenta Tg positiva e ausência de
captação na PCI pós-dose de iodo radioativo.
• D) Deve permanecer com TSH suprimido e acompanhar a tendência da Tg e ecografia cervical.
• Obrigada!