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CARCINOMA

DIFERENCIADO DE
TIREOIDE
MR Joice Fogliatto
Orientadora: Profa. Dra Maria Roseneide S. Torres
INTRODUÇÃO

• Neoplasia endócrina maligna mais comum


• Incidência aumentou nas últimas décadas em > 5%/ano  14 casos/100.000 pessoas/ano
• Classificação:
• Carcinoma diferenciado (> 90%)  células foliculares
• Papilífero - 85%
• Variantes: clássico, folicular, células altas, sólida (esclerosante), células colunares
• Folicular – 12%
• Células de Hurthle, células claras e células insulares
• Carcinoma pouco diferenciado da tireoide (< 3%)  células foliculares
• Carcinoma medular  células parafoliculares
• Carcinoma indiferenciados (anaplásico)  células foliculares

ATA, 2015
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
CARCINOMA PAPILÍFERO

• Predomina em indivíduos mais jovens (entre a 3° e 5° década);


• Crescimento lento e bom prognóstico
• Raramente leva a óbito: > 40 anos, lesões aderentes às estruturas adjacentes, metástases
invasivas cervicais ou a distância, variantes histológicas mais agressivas ou invasão
vascular
• Disseminação linfática - Metástases cervicais – 25% / Invasão extratireoidiana – 20% /
metástases a distância – 5% (pulmão, osso e cérebro)
• Mutações:
• BRAF: 50%, indica pior prognóstico. Pode ajudar no diagnóstico em casos de citologia du
vidosa
• Translocação RET/PTC: variante folicular; 20 a 30% dos adultos e 60% das crianças
• RAS: 15%, não é específico, pode
ser encontrado em adenomas e carcinomas foliculares de tireoide.
Endocrinologia Clínica, Lúcio Vilar, 6 ed, 2016
CARCINOMA FOLICULAR

• Faixa etária mais avançada - pico de incidência na 5° década;


• Metástases a distância podem ser a manifestação inicial, mesmo quando tumor < 1 cm;
• Disseminação hematogênica: pulmão, osso, cérebro
• Raramente cursa com metástases para linfonodos cervicais
• Mutações:
• Translocação PAX8/PPARgama
• RAS (pode causar carcinoma papilífero ou tumor folicular, benigno ou maligno)
• PTEN.

Endocrinologia Clínica, Lúcio Vilar, 6 ed, 2016


TERAPIA INICIAL
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
USG CERVICAL
• Todos que serão submetidos à tireoidectomia por malignidade ou suspeita de
malignidade (citologia ou teste molecular)
• Avaliar presença de adenopatia cervical suspeita – pode alterar abordagem
cirúrgica em até 20% dos pacientes.

ATA, 2015
Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
Classificação do linfonodo cervical
Normal
• Hilo preservado, forma ovóide e tamanho normal,
vascularização ausente ou hilar. Nenhum sinal suspeito.

Indeterminado
Ausência de hilo e pelo menos uma das seguintes características:
• Forma redonda (valor preditivo positivo 63%)
• Aumento do eixo curto, ≥8 mm de tamanho no nível II
e ≥5 mm em tamanho nos níveis III e IV
• Aumento da vascularização central

Suspeito
Pelo menos uma dessas características:
• Microcalcificações
• Aparência parcialmente cística
• Vascularização periférica ou difusamente aumentada
• Tecido tireoidiano com parênquima hiperecogênico

Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
PAAF (CITOLOGIA E/OU TG NO LAVADO)
• Confirmação de malignidade
• Tg no lavado: Útil principalmente nos linfonodos císticos, avaliação citológica do
linfonodo é inadequada ou as avaliações citológica e ultrassonográfica são divergentes
• Tg <1 ng/mL = pouco provável de ser linfonodo metastático
• Probabilidade aumenta junto com os níveis de Tg

• Medida válida mesmo em pacientes com anti-Tg circulantes


• Falso-positivo principalmente no compartimento central, quando a glândula tireoide
ainda está presente
• Não há padronização de procedimentos ou ensaios de FNA-Tg até o momento, o que
torna essa ferramenta diagnóstica adicional às vezes difícil de interpretar

ATA, 2015
AVALIAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA
TC/RNM COM CONTRASTE
• Adjuvante da USG
• Nem sempre indicada. Suspeita clínica de doença avançada (tumor primário
invasivo, linfoma múltiplo ou doença nodal volumosa)
• Contraste IV: delinear a relação anatômica entre o tumor primário ou a doença
metastática e outras estruturas
• Retardo nos exames subsequentes de PCI ou tratamento com radioiodo (RAI)
• Eliminação do iodo em 4–8 semanas
• O benefício de imagens aprimoradas geralmente supera o risco potencial de um atraso na
imagem ou terapia com I131
• Relação entre iodo e creatinina na urina.

ATA, 2015
TRATAMENTO CIRÚRGICO

• Vigilância ativa: microcarcinoma papilífero unifocal (≤ 1 cm), sem suspeita de metástase


linfonodal ou a distância (muito baixo risco).
• Lobectomia: < 1 cm sem extensão extratireoidiana e sem metástase linfonodal
• Lobectomia ou tireoidectomia total: 1-4 cm sem extensão extratireoidiana e sem
metástase linfonodal
• Permite a terapia com radioiodo, melhora o acompanhamento e/ou preferência do paciente
• Idade avançada (>45 anos), nódulos tireoidianos contralaterais, história pessoal de radioterapia
na cabeça e pescoço e CDT familiar
• Tireoidectomia total: > 4cm, extensão extratireoidiana ou metástase linfonodal ou a
distância
• Complementação com tireoidectomia total: quando produto da lobectomia tem
anatomopatológico indeterminado ou não diagnóstico.

ATA, 2015
ESVAZIAMENTO CERVICAL

• Esvaziamento terapêutico:
• Compartimento central: linfonodos centrais envolvidos (junto com tireoidectomia total)
• Compartimento lateral: linfonodos laterais envolvidos comprovado por biópsia.

• Esvaziamento profilático do compartimento central (R. Fraca):


• Considerar: tumores avançados sem acometimento dos linfonodos cervicais centrais
• Linfonodos cervicais laterais envolvidos
• Se a informação for usada para planejar etapas adicionais na terapia.
• Não fazer: sem linfonodo acometido, sem doença invasiva e para a maioria dos cânceres
foliculares (R. Forte).

ATA, 2015
COMPLICAÇÕES PÓS OPERATÓRIAS

• Hipoparatireoidismo:
• Transitório: até 87%
• Permanente: 33%

• Lesão do nervo laríngeo: 5 – 10%

ATA, 2015
AJCC 8ª edição
Classificação TNM para Câncer Diferenciado de
ESTADIAMENTO - RISCO DE
Tireoide
T1 - tumor ≤ 2 cm limitado à tireoide
MORTALIDADE
T2 - tumor > 2 cm e ≤ 4 cm limitado à tireoide
T3a - tumor > 4 cm limitado à tireoide
T3b - tumor com extensão extratireoidiana invadindo
apenas músculos da cinta peritireoideana

T4a - tumor com extensão extratireoidiana invadindo


tecidos subcutâneos, laringe, traqueia, esôfago ou nervo
laríngeo recorrente, com ou sem metástases linfonodais

T4b - tumor com extensão extratireoidiana invadindo


fáscia pré-vertebral ou envolvendo a artéria carótida ou
vasos mediastinais
N0 - ausência de metástases linfonodais
Nx - status do linfonodo desconhecido
N1a - metástases linfonodais no compartimento central

N1b - metástases linfonodais nos compartimentos


laterais
M0 - ausência de metástases à distância
M1 - presença de metástases à distância

Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what should not) be done - 2018
Risco de Recorrência(%) Definição
Estimativa de risco
Carcinoma Papilífero da Tireoide
Baixo * • Tumor <4 cm de tamanho
< 5%
• Ausência de extensão extra tireoidiana
• Ausência de metástases linfonodais clinicamente evidentes
• ≤ 5 metástases linfonodais microscópicas (<2 mm de tamanho)
• Ausência de histologia agressiva
• Ausência de invasão vascular
• Ausência de metástases à distância
• Ressecção completa do tumor macroscópico
• Não ocorrer captação fora do leito da tireoide no exame pós-terapêutico

ESTADIAMENTO
de corpo inteiro se a ablação com radioiodo for realizada

Carcinoma Folicular da Tireoide


Baixo *
_
• Bem diferenciado

• Invasão capsular apenas ou menos de quatro focos de invasão vascular


RISCO DE
Todos Carcinomas Diferenciados da Tireoide
Intermediário** • Invasão do tumor microscópico no tecido mole peritireoidiano
RECORRÊNCIA
> 5-20%
• Histologia agressiva
• Presença de metástases linfonodais clinicamente evidentes (<3 cm) ou
> 5 microscópicas (<2 mm) de metástases linfonodais
• Carcinoma papilífero multifocal com mutação BRAF V600E
• Captação no pescoço, fora do leito da tireoide, na pesquisa de corpo
inteiro pós-tratamento

Alto ** • Invasão macroscópica do tecido e / ou estruturas peritiroidianas


> 20%
• Metástases linfonodais ≥3 cm de tamanho ou com extensão extranodal
• Câncer de tireoide folicular com invasão vascular extensa
• Câncer de tireoide pouco diferenciado
• Ressecção incompleta do tumor
• Metástases à distância
• Tireoglobulina sérica sugestiva de metástases à distância Follow-up of differentiated thyroid cancer – what should (and what
should not) be done - 2018
PERFIL MOLECULAR

• Informações prognósticas e terapêuticas


• Ajuda a identificar tumores de alto risco

• BRAF V600E é a mutação mais comum - 40-60% dos CPTs (forma clássica e variante folicular)
• Associada à multifocalidade, extensão extratireoidiana e metástases linfonodais e, em alguns
com risco aumentado de doença persistente ou recorrente
• > 45 anos: maior mortalidade.

• O BRAF isoladamente não contribui para a estratificação de risco na maioria dos pacientes.
• Considerar no contexto de outros fatores de risco clínico-patológicos.
• Não considerar rotineiramente a avaliação mutacional do BRAF para a estratificação do risco
no pós-operatório inicial no CDT.
ATA, 2015
TIREOGLOBULINA PÓS OPERATÓRIA

• Avaliar estado da doença pós-operatória: Persistência da doença ou do remanescente


tireoidiano
• Prever potencial recidiva futura da doença
• Deve atingir seu ponto mais baixo 3 a 4 semanas após cirurgia na maioria dos pacientes
• Valor influenciado por uma ampla variedade de fatores
• Tireoidectomia total:
• Tg < 1ng/mL: tranquilizador
• Tg > 5-10ng/mL: aumentam a probabilidade de doença metastática pós-terapia.
• Tg >10-30ng/mL: maior probabilidade de doença persistente ou recorrente
• Tireoidectomia parcial ou total (sem ablação com RAI): são desconhecidos os níveis de
corte específicos que distinguem o tecido residual normal de câncer de tireóide
persistente.
ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
OBJETIVOS
• Ablação de remanescentes
• Terapia adjuvante
• Terapia para doença persistente

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
INDICAÇÕES
• Não é recomendada no microcarcinoma papilífero unifocal, na ausência de
outras características adversas
• Não é recomendada no microcarcinoma papilífero multifocal na ausência de outras
características adversas (R Fraca)
• Não é recomendada em pacientes com CDT de baixo risco (R Fraca)
• Deve ser considerada em pacientes com CDT de risco intermediário (R Fraca)

• É recomendada para pacientes com CDT de alto risco

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
PREPARO
• TSH > 30 mU/L
• Suspender LT4 3 a 4 semanas antes
• TSH recombinante humano (Thyrogen):
• Qualidade de vida superior e taxas semelhantes de ablação de remanescentes bem sucedidos
• CDT de risco baixo a intermediário sem envolvimento linfonodal extenso
• Doença linfonodal extensa na ausência de metástases distância: pode ser considerado (R fraca)
• CDT alto risco: é preciso mais estudos. Não há recomendação
• CDT de qualquer risco com comorbidade - doença psiquiátrica, respiratória, comprometimento do
sistema nervoso central, insuficiência cardíaca congestiva e doença arterial coronariana
• 0,9 mg, IM a cada 24 horas, durante 48 horas, seguindo-se, no 3º dia, a administração do iodo radiativo

• Considerar dieta pobre em iodo por 1-2 semanas

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
DOSES

OBJETIVO DOSE
Ablação de remanescentes (baixo risco ou risco 30 mCi (considerar dose maior na lobectomia)
intermediário sem características adversas)
Terapia adjuvante 30 – 150mCi (metástase desconhecida)
Doença estrutural conhecida 100 – 200mCi ou guiado por dosímetro (> 70
anos: máximo 150mCi)

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
CONTRAINDICAÇÕES

• Gravidez: risco de cretinismo por destruição da tireoide do feto


• Teste de gravidez deve ser feito 72h antes do iodo
• Evitar a gravidez por 6 a 12 meses após RAI

• Amamentação: mama estrogenizada capta mais iodo


• Interromper a amamentação 6 a 8 semanas antes do iodo

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA
COMPLICAÇÕES
• Baixo risco cumulativo de complicações precoces e tardias
• Danos nas glândulas salivares
• Obstrução do ducto nasolacrimal
• Neoplasias secundárias - cólon, mama, rim, osso, leucemia
• Amenorreia/oligomenorreia temporária (4 a 10 meses) - 20% a 27% das mulheres 
Baixas taxas de infertilidade a longo prazo
• Redução temporária na contagem de espermatozoides (dose cumulativa > 600mCi)

ATA, 2015
PCI – PÓS DOSE

• É recomendado após RAI para estadiar a doença e documentar a avidez do iodo


radioativo de doença estrutural.
• 5 a 7 dias após

ATA, 2015
SUPRESSÃO DO TSH
RISCO TSH
Baixo com Tg indetectável 0,5 - 2,0mU/L
Baixo com Tg detectável 0,1 - 0,5mU/L
Intermediário 0,1 - 0,5mU/L
Alto < 0,1mU/L

• Efeitos adversos:
• Exacerbação de angina
• Fibrilação atrial
• Osteoporose

• Avaliar risco - benefício

ATA, 2015
RADIOTERAPIA / QUIMIOTERAPIA

• Não há lugar para a RT adjuvante de rotina em pacientes com CDT após a remoção
cirúrgica completa inicial do tumor.
• Não há lugar para a terapia adjuvante sistêmica de rotina em pacientes com CDT
(além da terapia supressora de RAI e/ou TSH usando LT4).

ATA, 2015
SEGUIMENTO
AVALIAÇÃO DINÂMICA DO RISCO

• Avaliar resposta 6 a 12 meses após o tratamento inicial


• O risco inicial de recorrência deve ser refinado durante acompanhamento baseado
na resposta do paciente ao tratamento

Tipo de resposta Características


Excelente Nenhum achado anormal na imagem + Tg < 0,2 ng/ml ou Tg estimulada <1 ng/ml
+ anti-Tg negativo
Bioquímica incompleta Nenhum achado anormal em exames de imagem + Tg ≥1 ng/ml ou Tg estimulada
≥10 ng/ml ou aumento de anti-Tg ao longo do tempo
Estrutural incompleta Achados anormais na imagem
Achados inespecíficos em exames de imagem e/ou Tg ≥0.2 a <1 ng/ml ou Tg
Indeterminada estimulada ≥1 a <10 ng / ml ou anti-Tg estáveis ou em declínio ao longo do tempo
TIREOGLOBULINA SÉRICA

• Marcador sensível para a presença de tecido tireoidiano, produzida por tecidos


normais e neoplásicos
• Ensaios imunométricos: Propensos à interferência de ac anti-Tg  medições
falsamente baixas de Tg sérica
• Radioimunoensaios: menos propensos à interferência de ac anti-Tg
• Falta de padronização entre os ensaios  medições com o mesmo ensaio

ATA, 2015
TIREOGLOBULINA ESTIMULADA

• Aumenta a Tg sérica basal em 5 -10x


• Maior sensibilidade
• Pode falhar na identificação de tumor quando ac anti-Tg presente
• Níveis indetectáveis: valor preditivo negativo próximo de 100%
• Testes com Tg ultrassensível parece dispensar a necessidade de determinações
rotineiras de Tg estimulada por TSH
• Tg sérica dosada com TSH suprimido pode falhar em identificar quantidades
pequenas de tumor residual
• USG cervical: reconhecer ou excluir neoplasia maligna mesmo quando a Tg sérica é
indetectável.

ATA, 2015
AC ANTI-TIROGLOBULINA

• Presentes em 25% dos pacientes com câncer de tireoide e 10% da população geral
• Reduz falsamente os níveis de Tg sérica nos ensaios imunométricos
• Deve ser medido em conjunto com a Tg sérica
• Pode aumentar transitoriamente no pós-operatório (como uma reação imunológica à
cirurgia) e após RAI
• Níveis decrescentes de anti-Tg: sinal de bom prognóstico.
• Níveis crescentes de ac anti-Tg, em pacientes tireoidectomizados, aumenta
significativamente o risco de câncer persistente ou recorrente.

ATA, 2015
ULTRASSONOGRAFIA

• Altamente sensível na detecção de metástases cervicais


• Não distingue recidivas do leito da tireoide de restos de tireoide
• Avaliar o leito tireoidiano e os compartimentos linfonodais central e lateral
• Linfonodos suspeitos ≥ 8-10mm em seu menor diâmetro: PAAF para citologia e
dosagem de Tg no lavado
• Tg no lavado > 10ng/mL: metástase
• Tg no lavado 1 -10ng/mL: suspeita moderada

• Linfonodos suspeitos < 8-10mm: considerar PAAF se crescimento ou invasão de


estruturas vitais.

ATA, 2015
PCI DIAGNÓSTICA

• Indicações:
• Captação anormal fora leito tireoidiano na PCI pós-dose
• PCI pós-dose com grandes remanescentes tireoidianos e alta captação de 131I (> 2%, que
pode dificultar a visualização de menor captação nos linfonodos cervicais)
• Ac Anti- Tg positivo com Tg negativa, mesmo quando USG cervical é negativa

• Imagens planas  falta de pontos de referência anatômicos  difícil diferenciar os locais


de captação
• Câmeras híbridas (SPECT + TC)  permite imagens funcionais e anatômicas
• Mais diagnóstico de linfonodo metastático e menos resultados equívocos
• Porção CT do SPECT / CT: informações adicionais sobre lesões não-iodo-ávidas

• Dose: 2 – 5mCi

ATA, 2015
TC/RNM

• Pescoço ( com contraste) e tórax (com contraste para avaliar mediastino):


• Doença nodular recorrente e amplamente distribuída, em que a USG não pode delinear
completamente a doença
• Tg ou ac anti-Tg elevados/em elevação com USG ou PCI negativos (se realizados)
• Avaliação de possível doença invasiva localmente recorrente e da relações com vasos
• Outros órgãos (abdômen, crânio):
• CDT de alto risco + Tg sérica elevada + imagem negativa no pescoço e tórax + sintomas
relacionados a esses órgãos
• Estão sendo preparados para terapia com RAI e podem estar em risco de complicações do
edema do tumor.
• O RAI pode ser administrado 4 a 8 semanas após a injeção do contraste iodado
• Iodo urinário antes do RAI

ATA, 2015
18FDG-PET / TC

• CDT de alto risco com Tg sérica elevada (> 10ng/mL) e PCI negativa
• Estadiamento inicial, se evidência de doença em outro exame de imagem ou por Tg sérica
elevada;

• Como prognóstico em pacientes com doença metastática para identificar lesões, pacientes
com alto risco de progressão rápida da doença e mortalidade doença- específico;
• Avaliação de resposta pós-tratamento de doença metastática ou localmente invasivo.
• É complementar à PCI, mesmo na presença de metástases, porque a captação de 18FDG pode
estar presente em focos neoplásicos sem captação de I131.

• Falsos positivos: até 39%  PAAF com citologia e dosagem de Tg no lavado quando a cirurgia
é planejada baseada nos resultados do 18FDG-PET.

ATA, 2015
BAIXO RISCO TRATADO Excelente
resposta À
COM TIREOIDECTOMIA TOTAL terapia:
* TSH entre 0,5 e 2,0
mU/L
* Tg cada12 a 24
meses
Objetivo inicial
Tireoidectomia total

do TSH * USG após 3-5 anos


Avaliação da
Terapia inicial –

Avaliação do Ablação de
status da doença
* Se Tg < 0,2 ng/ml resposta a
remanescente com ou Tg estimulada < terapia: Resposta
pós-operatória: radioiodo não é bioquímica
1ng/ml : entre 0,5 e
* Tg sérica 4-6 recomendada 2,0 mU/L * Tg, anti-Tg incompleta ou
semanas depois rotineiramente. * USG cervical indeterminada:
* PCI diagnóstica pós- * TSH entre 0,1-
operatório e / ou USG * Se Tg ≥ 0,2ng/ml * PCI diagnóstica
* 30mCi não é recomendada 0,5mU/L
pode ser considerada ou Tg estimulada ≥
1ng/ml: entre 0,1 e de rotina * USG, Tg e anti-Tg
0,5mU/L cada 6-12 meses
(considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de Tg/ant-
Tg

ATA, 2015
Resposta
excelente:
BAIXO RISCO TRATADO * TSH entre 0,5 e

COM LOBECTOMIA 2,0 mU/L


* Tg cada 12 a 24
meses
Avaliação do * USG após 3-5
status da anos
doença pós- Avaliação da
Terapia inicial -

operatória: Não é resposta a


lobectomia

Resposta
* Considerar Tg recomendado Objetivo terapia: bioquímica
inicial do TSH: incompleta ou
4-6 semanas ablação de
depois * USG cervical indeterminada:
remanescentes 0,5-2,0 mU/L
* Considerar * TSH entre 0,1-
* Considerar com radioiodo 0,5mU/L
USG cervical se Tg sérica
* USG, Tg e anti-Tg
não for realizado cada 6-12 meses
no pré operatório (considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de Tg/ant-
Tg

ATA, 2015
Excelente
resposta À
RISCO INTERMEDIÁRIO terapia:
* TSH entre 0,5 e 2,0
mU/L
* Tg, anti-Tg e USG
cada12 a 24 meses
Ablação de
Avaliação do remanescente
terapêutica (se doença
Tireoidectomia total +

clínica) +/- dissecção

status da com radioiodo Avaliação da


Terapia inicial:
dissecção cervical

profilática central

doença pós- deve ser resposta a Resposta


operatória: considerado: bioquímica
Objetivo terapia: incompleta ou
* Tg sérica 4-6 *Ablação de inicial do TSH
remanescentes: * Tg, anti-Tg indeterminada:
semanas depois 30mCi 0,1 a 0,5mU/L * USG cervical * TSH entre 0,1-
* PCI diagnóstica * Terapia adjuvante: 0,5mU/L
pós-operatório e 30-150mCi (se
* Considerar PCI
/ ou USG pode metástase à diagnóstica * USG, Tg e anti-
ser considerada distância Tg cada 6-12
desconhecida) meses
(considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de
Tg/ant-Tg

ATA, 2015
Excelente
resposta À
terapia:
* TSH entre 0,1 e 0,5
ALTO RISCO mU/L por pelo
menos 5 anos
* Tg cada 6-12
meses
* Considerar
Avaliação do Radioiodoterapia: Avaliação da USG/TC/RNM
terapêutica (se doença
Tireoidectomia total +

clínica) +/- dissecção

status da resposta a periódica 6-12


Terapia inicial:
dissecção cervical

* Terapia adjuvante:
profilática central

doença pós- meses


30-150mCi (se terapia:
operatória: metástase à distância Objetivo * Tg, anti-Tg
desconhecida) Resposta
* Tg sérica 4-6 inicial do TSH * USG cervical bioquímica
semanas depois * Doença estrutural
conhecida: 100- < 0,1mU/L * Considerar incompleta ou
* PCI diagnóstica 200mCi
TC/RNM/PET-TC indeterminada:
pós-operatório e empírico(100-170mCi
* TSH < 0,1mU/L
/ ou USG pode se > 70anos) ou dose * Considerar PCI indefinidamente
ser considerada guiada por dosímetro diagnóstica
* USG, Tg e anti-Tg
cada 6-12 meses
(considerar
tendência)
* Considerar
PET/TC ou PCI se
tendência a
aumento de Tg/ant-
Tg

ATA, 2015
DOENÇA METASTÁTICA
SUSPEITA DE RECIDIVA CERVICAL

• Reconhecimento de doença nodal macroscópica - USG e/ou TC em vez de elevação


isolada de Tg.
• PAAF com Tg no lavado: suspeita radiográfica
• Tg pode ser positiva com tecido remanescente benigno em paciente não tratado com RAI

• Confirmação citológica pode ser adiada se as descobertas da PAAF não levarem à


avaliação ou tratamento adicional

DOENÇA NODAL RECORRENTE DOENÇA NODAL RECORRENTE DE


VOLUMOSA / INVASIVA: CIRURGIA BAIXO VOLUME: VIGILÂNCIA ATIVA
Nódulos cervicais centrais ≥ 8mm Observação com imagem transversal seriada
Nódulos cervicais laterais ≥ 10m PAAF e intervenção se progressão da doença
estrutural documentada.

ATA, 2015
RECIDIVA CERVICAL
• Avaliar risco da cirurgia de revisão (cicatrizes) X Tratamento ideal
• Proximidade com estruturas vitais adjacentes
• Comorbidades do paciente / motivação / preocupações emocionais
• Fatores primários do tumor

• Tratamento paliativo dos sintomas e prevenção da obstrução do trato aerodigestivo


• Cirurgia compartimental é recomendada
• Tg basal diminui em 60% -90%
• Apenas 30% - 50% apresentam Tg basal indetectável.

ATA, 2015
METÁSTASE PULMONAR

• Radioiodoterapia
• Repetir a cada 6-12 meses se ávidos por iodo e boa resposta clínica (redução da Tg
sérica e/ou tamanho e taxa de crescimento das metástases
• Dose empírica: 100-200 mCi (ou 100-150 mCi se ≥ 70 anos) ou estimada por
dosimetria
• Complicações raras: fibrose pulmonar e supressão da medula óssea
• Micrometástases (< 2mm) X macrometástase (Remissão completa não é comum)

ATA, 2015
METÁSTASE ÓSSEA

• Radioiodoterapia se ávidos por iodo  associada à melhor sobrevida, apesar de


raramente curativa.
• Dose empírica (100-200 mCi) ou por dosimetria.
• Considerar cirurgia, radioterapia externa (e outras modalidades focais) e terapia
sistêmica com agentes direcionados ao osso

ATA, 2015
METÁSTASE CEREBRAL

• Ocorrem tipicamente em pacientes idosos com doença mais avançada


• Associadas a mau prognóstico
• A ressecção cirúrgica e a radioterapia estereotáxica são os pilares da terapia
• Existem poucos dados mostrando a eficácia do RAI - Pode ser considerado se as
metástases concentrarem o RAI

ATA, 2015
IODOTERAPIA NA DOENÇA METASTÁTICA

• Elevações extremas ou prolongadas do TSH  crescimento agudo do tumor/metástases


• Metástase cerebral ou íntima relação com a medula espinhal/veia cava superior 
comprometer função neurológica ou causar síndrome da veia cava superior
• Dexametasona: 2 a 4mg, 8/8hs
• Início 6 a 12 horas antes do rhTSH e RAI ou após 10 a 12 dias da retirada do hormônio tireoidiano
• Desmame semanal 72 horas após a administração do rhTSH ou após a reinstituição da tiroxina

• Metástases críticas: dose reduzida de rhTSH ou atenuar o grau e a duração da elevação


endógena de TSH
• Recomeçar LT4 logo após a dose de radioiodo para reduzir a duração da elevação do TSH.

ATA, 2015
LÍTIO NA IODOTERAPIA

• Inibe a liberação de iodo da tireoide sem prejudicar a captação de iodo  aumenta


a retenção de I131 nas células normais da tireoide e do tumor
• Não há dados de desfecho que demonstrem um melhor desfecho de pacientes
tratados com lítio como adjuvante à iodoterapia
• Pode estar associado a eventos adversos
• Deve ser gerenciado com precisão.

ATA, 2015
RADIOIODOTERAPIA EMPÍRICA
TG + E IMAGEM -
• Auxiliar na localização da doença e/ou como terapia para doença não cirúrgica (R.
Fraca)
• Se PCI pós-terapia for negativo  considerar paciente com doença refratária  não
administrar mais RAI.
• Se PCI pós terapia positivo + evidência de redução do tumor  considerar repetir a
RAI até que o tumor tenha sido erradicado ou não responda mais ao tratamento.
• Avaliar risco benefício a longo prazo
• Maior evidência para metástases pulmonares que não são passíveis de tratamento
cirúrgico ou radioterapia

ATA, 2015
CDT REFRATÁRIO AO RADIOIODO

• Pacientes com estimulação apropriada de TSH e preparo de iodo:


• Não concentram RAI fora do leito tireoidiano na primeira terapia
• Perde a capacidade de concentrar RAI após captação prévia (na ausência de contaminação
com iodo)  metástases grandes e múltiplas
• O RAI está concentrado em algumas lesões, mas não em outras;
• A doença metastática progride apesar da concentração significativa de RAI

• Repetir estudos de imagem a cada 3-12 meses com base na carga da doença e
localização das lesões
• É controverso se o RAI deve ser abandonado em favor de outros tratamentos
• Ausência de terapias para induzir remissão ou melhorar a sobrevida global  limitar
para intervenções que reduzam morbidade ou aliviem os sintomas.

ATA, 2015
INIBIDORES DA TIROSINA QUINASE

• Considerar no CDT progressivo, sintomático e/ou iminentemente ameaçador, refratário


ao RAI e sem controle satisfatório com abordagens direcionadas (R. Fraca)
• Efeitos adversos: diarréia, fadiga, hipertensão induzida, hepatotoxicidade, alterações
cutâneas, náuseas, aumento do TSH, alterações no paladar, perda de peso, trombose,
sangramento, insuficiência cardíaca, prolongamento do QT, fístula no trato gastrointestinal
e perfuração intestinal
• Pode afetar negativamente a qualidade de vida e/ou necessitar de reduzir dose 
interrupção do tratamento em até 20%
• Progressão da doença com inibidores de primeira linha geralmente respondem a um
segundo agente
• Parecem ser menos eficazes na metástase óssea

ATA, 2015
BISFOSFONATO/DENOSUMABE

• Considerar nas metástases ósseas difusas e/ou sintomáticas de CDT refratária à RAI,
isoladamente ou concomitantemente com outras terapias sistêmicas

ATA, 2015
QUESTÕES TEEM
TEEM 2017

• 44) Em qual das situações abaixo o tratamento com inibidores da tirosina quinase não
deve ser considerado como opção terapêutica?
• A) Com terapia adjuvante no carcinoma papilífero com tireoglobulina sérica elevada,
após tireoidectomia total e reintervenção cirúrgica com ressecção de linfonodos
metastáticos.
• B) Nos pacientes com carcinoma folicular refratário ao tratamento com iodo radioativo.
• C) Nos pacientes com carcinoma papilífero, após tireoidectomia e radioiodoterapia, com
múltiplas metástases pulmonares e/ou hepáticas.
• D) Nos pacientes com carcinoma medular e doença metastática não ressecável e
evidência radiológica de progressão de doença.
TEEM 2016
• 42) Mulher, 59 anos, submetida a tireoidectomia total com esvaziamento cervical do compartimento
central. Laudo anatomo patológico: carcinoma papilífero variante clássica, multicêntrico (3focos), o
maior com 1,4cm de diâmetro, invasão angiolinfática positiva, extensão extratireoidiana mínima
para tecido adiposo e metástases para 1 a 7 linfonodos, tamanho do linfonodo acometido 1,3 cm. A
paciente foi submetida à dose ablativa com radioiodo 100mCi. Pesquisa de corpo inteiro com
captação em leito tireoidiano e região cervical à direita. Retornou após 4 meses com ecografia
cervical sem linfonodomegalia, TSH suprimido em uso de levotiroxina, tireoglobulina 1,4ng/dL e
anticorpo antitireoglobulina indetectável. Assinale a opção correta:
• A) A paciente deve ser submetida a uma nova dose terapêutica com iodo radioativo, pois a
tireoglobulina positiva indica presença de doença residual.
• B) A paciente deve ser submetida à TC de tórax e abdome superior e cintilografia óssea para busca
de metástase à distância.
• C) Deve ser submetida a um exame de PET-CT com 18FDG, pois apresenta Tg positiva e ausência de
captação na PCI pós-dose de iodo radioativo.
• D) Deve permanecer com TSH suprimido e acompanhar a tendência da Tg e ecografia cervical.
• Obrigada!

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