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Regimes cambiais: fixo, flutuante

e o caso brasileiro
Economia Internacional
Krugman, caps. 17 e 19
Carvalho, caps. 23 e 25
Profª Cecília Hoff
Regimes cambiais
• Regime cambial: conjunto de regras, acordos e instituições pelos
quais se regula o funcionamento do mercado de câmbio
• O funcionamento do mercado de câmbio depende do grau de
conversibilidade da moeda e do regime cambial
• Tipos de regimes cambiais extremos: fixo e flutuante
• Ajuste do balanço de pagamentos sob regimes de câmbio fixo e
flutuante:
– Redimensionamento da demanda (quantidades)
– Reorientação dos gastos (preços)
Flutuação pura
• A taxa de câmbio é determinada, exclusivamente, pela operação
das forças de mercado
• Ou seja, pela oferta e demanda de moeda estrangeira (dólares)
• Neste regime não há desequilíbrio – senão apenas latente – no
balanço de pagamentos: as variações na taxa de câmbio são o
mecanismo de ajustamento no balanço de pagamentos
• Na versão pura, também não é necessário dispor de reservas
internacionais
• A especulação seria estabilizadora, as taxas refletiriam a política
econômica doméstica (Friedman, 1953)
• A experiência com o câmbio flutuante mostrou que a volatilidade e
os desalinhamentos são frequentes, algumas vezes injustificáveis
pelos fundamentos (o “medo de flutuar”)
Câmbio fixo
• A taxa de câmbio é estabelecida através de uma decisão de governo
ou de uma lei
• A manutenção da paridade é de responsabilidade da autoridade
monetária, através de intervenções no mercado de câmbio
• Como o mecanismo de preços (variação cambial) não é usado para
ajustar os desequilíbrios no balanço de pagamentos, o governo
precisa acionar outros instrumentos para corrigir desequilíbrios
(reservas, juros, etc.)
• Para desempenhar este papel, a autoridade monetária precisa
dispor de um volume suficiente de reservas (risco de ataque
especulativo)
• Experiência histórica com regimes de câmbio fixo: padrão-ouro,
currency board, união monetária
• David Hume e as regras do jogo do padrão ouro (price-specie-flow)
Regimes intermediários
• Na prática, a grande maioria dos países adota alguma forma de
regime intermediário, que pode ser mais próximo do fixo ou do
flutuante
• Regime de câmbio fixo, mas ajustável, de Bretton Woods: a noção
de “desequilíbrio fundamental no balanço de pagamentos”
• Regime de minidesvalorizações (crawling-peg)
– Passivo, busca manter a taxa de câmbio real constante
– Ativo, busca uma redução nos preços dos comercializáveis
• Regime de bandas cambiais e a experiência do Sistema Monetário
Europeu (SME)
– Crawling-band
• Regime de zonas alvo, na qual os limites não são rígidos e em geral
não anunciados, admite a hipótese de desalinhamento
• Flutuação suja ou administrada, busca basicamente evitar o excesso
de volatilidade: diferentes estratégias de intervenção
Política cambial no Brasil
• Abertura comercial e financeira no início dos anos 1990: Brasil
caminha em direção à conversibilidade da moeda
• A política cambial no Plano Real (1994 a 1998)
– Ancoragem cambial: oficialmente um sistema de bandas cambiais, na
prática um regime de minidesvalorizações (crawling-peg ativo)
– Taxa de câmbio real efetiva se aprecia, culmina em uma crise cambial
em janeiro de 1999, na esteira das crises de países emergentes
• Adoção do câmbio flutuante no contexto do tripé de políticas
macroeconômicas
– 1999-2002: choques externos e depreciação real
– 2003-2011: alta liquidez mundial, aumento dos preços das
commodities e apreciação real
– 2012-atual: início do “tapering” pelo Fed, aumento da volatilidade
associada a eventos internos e externos
Formação da taxa de câmbio no Brasil
• Mercado de câmbio: primário, interbancário e futuro
• Assimetrias de liquidez e regulatórias entre os mercados à vista e
futuro
• Caráter dual do mercado de derivativos: hedge e especulação
• Fato estilizado: alta correlação do real com os preços das
commodities
• Hipótese: alta participação de commodities na pauta exportadora,
combinada com um mercado de derivativos desenvolvido
(profundo e líquido, na comparação com outros emergentes)
• O preço se forma no mercado futuro (alavancado) e se transmite
para o mercado à vista via arbitragem
• Intervenções do Bacen nos mercados à vista (reservas) e futuro
(swaps)
Economia Internacional
cecilia.hoff@pucrs.br

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