AUTONOMIA, INDEPENDÊNCIA E

FUNCIONALIDADE DO IDOSO

UFCD 8921
25 Horas
 O ENVELHECIMENTO : A REALIDADE
PORTUGUESA

Esperança Média de Vida

83 anos Em 2030… 1 em cada 4 pessoas terá +65

Haverá

44 idosos …Por cada 2,7 Milhões

100 pessoas em Idade ativa 1,3 milhões + 65 anos Idosos 7% taxa de
natalidade

Jovens 0 – 14 anos 18%

taxa Mortalidade

1,6 filhos Por Cada 100

Jovens
Í Indice de Fecundidade
haverá 210 Idosos
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO
O envelhecimento é um processos universal e inevitável acontecendo em todos os sistemas orgânicos;
- Cada individuo envelhece de forma e ritmos diferentes

Há fatores que aceleram o processo

de envelhecimentos: os estilos de
vida, acidentes, doenças e
predisposição genética
- É importante separar o envelhecimento de doença, pois existem transformações nesta fase da vida que não
devem ser consideradas como patológicas (por exemplo, as rugas);
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO

- Alterações físicas e metabólicas ( alteração da forma do corpo, aumento da

osteoporose, pele mais enrugada, alteração na sensação e perceção ( visão, audição,
equilíbrio);
- Diminuição do fluxo sanguíneo para os rins, fígado e cérebro;
- Diminuição de eliminar toxinas;
- Diminuição do débito cardíaco; Enfartes, AVC,
- Diminuição da capacidade pulmonar; Retenção de
- Diminuição da intolerância à glicose; líquidos, Infeções
- Diminuição da função celular no combate às infeções Urinárias…etc
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO
Alterações Cerebrais
A partir dos 30 anos o nosso cérebro
Começa a apresentar um declínio discreto, lento e progressivo.

Nas idades mais avançadas:

- Diminuição do volume cerebral;
- Perda de Neurónios;
- Perda de neurotransmissores e, consequentemente,
de ligações entre diferentes regiões do cérebro.
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO

Essas mudanças ao nível cerebral:

- Levam a uma diminuição de processamento da informação; Envelhecimento saudável pode
- Vai diminuindo a capacidade de aprender grandes quantidades de colocar maiores dificuldades em
determinadas tarefas. No entanto
informação; não interfere, significativamente, na
- Maior dificuldade em reter e manipular informação realização das mesmas

por curtos espaços de tempo (memória de trabalho);

- Maior dificuldades em recordar de planos futuros; Sinais alerta: Desorientação
- Flexibilidade cognitiva; espacial e temporal, dificuldade
de memória a curto prazo,
- Maior dificuldade na resolução de problemas . dificuldades em atividades como
cozinhas, gerir dinheiro, fazer
compras, gerir medicamentos.
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO

Mas Afinal, o que é a Demência?

Alteração gradual e continua das capacidades cognitivas;
Limitações significativas nas atividades sociais, laborais e pessoais do individuo

Diferentes Causas

Potencialmente Curáveis: Incuráveis:

. Compressão do cérebro Doença Vascular
. Défice de vitamina B12 Doença de Alzheimer
. Alterações da tiroide Doença de Parkinson
. Infeções
 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO

O processo de envelhecimento psicológico

que está associado à diminuição e alteração de faculdades psíquicas que podem resultar em
dificuldade de:

- adaptação a novos papéis;

- falta de motivação e dificuldade de planear o futuro;

- Perdas orgânicas, afetivas e sociais;

- baixa auto-imagem e auto-estima;

- Dificuldade de adaptação a mudanças rápidas;

- sempre que trabalhadas, a inteligência e a capacidade de aprendizagem podem continuar a progredir.

 ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS DO
ENVELHECIMENTO

• O processo de envelhecimento social,

que é relativo a mudanças nos papéis sociais no contexto em que o indivíduo está inserido, que
coincidem com as expectativas da sociedade para este nível etário, algo que se pode tornar complicado de gerir, uma vez
que, o idoso se confronta diariamente com ideias pré-concebidas e erradas sobre a velhice.
 ENVELHECIMENTO ATIVO

Para que o envelhecimento seja uma experiência positiva, uma vida mais longa deve ser acompanhado de oportunidades
continuas de saúde, participação e segurança.

A OMS adotou este termo “ENVELHECIMENTO ACTIVO”

para expressar o processo de conquista dessa visão.
ENVELHECIMENTO ATIVO
 AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA – NA
GERIATRIA
• A geriatria visa o atendimento global do indivíduo idoso e tem como objetivos promover a saúde e a qualidade de vida
através da prevenção e tratamento de doenças buscando a manutenção da maior autonomia e
independência possíveis.

• Mas o que significa AUTONOMIA e INDEPENDÊNCIA?

Autonomia refere-se à capacidade de gerir a própria vida e de tomar decisões.

• Independência refere-se à capacidade de realizar atividades (AVD´S e as AIVD’S) quotidianas sem auxílio.
 AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA – NA GERIATRIA

• Por exemplo:

• Uma pessoa que sofreu um derrame e perdeu parte dos movimentos de uma perna pode ser autônoma, mas não
totalmente independente. Ela pode depender das pessoas para algumas atividades, como subir no ônibus, mas pode
escolher onde quer ir e qual o meio de chegar lá;

• Por outro lado, uma pessoa com Alzheimer pode conseguir subir no autocarro sem auxílio, mas não ter mais a
capacidade de saber qual o autocarro que deve apanhar.
https://www.youtube.com/watch?v=pQGce8um2pg -
 AUTONOMIA E INDEPENDÊNCIA – NA GERIATRIA

• A autonomia é a capacidade que o indivíduo possui de tomar decisões e gerenciar a sua própria vida.

Às vezes, mesmo estando dependente para algumas atividades diárias,

necessitando de ajuda de terceiros para alimentação e banho, por exemplo, o idoso é autónomo, pois está apto a tomar
decisões sobre a sua própria vida.
 TOMADA DE DECISÃO: UM DIREITO OU UMA
IMPOSSIBILIDADE NO ENVELHECIMENTO?

• Os idosos devem ter preservada a garantia do reconhecimento à sua autonomia. Às convicções pessoais
do idoso merecem ser respeitadas. O importante é avaliar o grau de capacidade que a pessoa tem para
tomar suas decisões. A sua participação ativa no processo de tomada de decisões é restringida, muitas
vezes, pela própria família ou pelas instituições.
 TOMADA DE DECISÃO: UM DIREITO OU UMA
IMPOSSIBILIDADE NO ENVELHECIMENTO?

Mesmo em situações de incapacidade temporária ou até mesmo definitiva, o idoso pode se utilizar de
inúmeras formas para preservar o seus desejos ou restrições de tratamento.

O fundamental é reconhecer que o simples facto de ser velho

não impede o indivíduo de tomar suas decisões e exercer

plenamente a sua vontade pessoal, baseado em seus valores.

 DIREITOS DA PESSOA IDOSA

• As mulheres e os homens idosos têm os mesmos direitos que qualquer outra pessoa, independentemente da sua
idade e/ou da situação de dependência. As pessoas idosas são cidadãs com plena capacidade para reger a sua pessoa e
os seus bens de forma livre e autónoma.

• Em qualquer circunstância, deve ser respeitada a sua autonomia na gestão da sua vida e património não permitindo
que, seja quem for, o/a substitua sem que lhe sejam autorizados poderes legais.
 DIREITOS DA PESSOA IDOSA

• Direito à participação;
• Direito à Saúde;
• Direito à auto-realização;
• Direito à dignidade;
• Direito à Informação;
• Direito à alimentação;
• Direito à Justiça;
• Direito Sociais.
 DIREITOS SOCIAIS

• Prestações Sociais - Estas prestações e complementos, de natureza pecuniária, visam compensar a perda de remuneração de trabalho ou assegurar
valores mínimos de subsistência ou de combate à pobreza ao cidadão com 65 ou mais anos de idade.
A possibilidade de os idosos que não efetuaram descontos e que não aufiram rendimentos de outra natureza terem direito a uma pensão –
Pensão Social;
Um valor pago mensalmente aos beneficiários que atinjam a idade para ter acesso à pensão e que reúnam as condições exigidas –
Pensão de velhice;
Valor pago mensalmente às pessoas que atinjam a idade para ter acesso à pensão (66 anos de idade + 3meses), desde que reúnam as condições de
atribuição-
Pensão Social de Velhice;
A possibilidade de em situação de dependência ser requerida uma prestação em adição à pensão –
Complemento de Dependência;
Valor pago mensalmente aos idosos com mais de 66 anos, com baixos recursos e residentes em Portugal –
Complemento Solidário para Idosos;
 C APACIDADE FUNCIONAL OU
FUNCIONALIDADE

Habilidade em executar as atividades de vida diária em um

padrão considerado como normal, de acordo com

comportamentos socialmente construídos e baseada nas

funções física, mental e psicossocial.

 FUNCIONALIDADE

Funcionalidade
• Autonomia Independência

• Decisão Execução

• Cognição Mobilidade
• Humor Comunicação

• Fatores pessoais e ambientais

 AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA

• Capacidade funcional
• Função cognitiva
• Condições emocionais
• Deficiências sensoriais
• Estado e risco nutricional
• Equilíbrio e mobilidade
• Condições ambientais
• Disponibilidade e adequação do
• suporte familiar e social
 GRANDES SÍNDROMES GERIÁTRICAS

• Incapacidade Cognitiva
• Instabilidade Postural
• Imobilidade
• Incapacidade comunicativa
• Incontinência Urinária
• Insuficiência familiar.
 PLANO DE CUIDADOS

• Plano de cuidados

• funcionalidade (relação entre a autonomia e independência): Manutenção das suas

funções

• Avaliação Geriátrica e os síndromes geriátricos

Plano: Higiene, Alimentação, eliminação, transferências, posicionamentos, cuidados de

saúde e medicação, higiene do espaço, tratamento de Roupa.