Вы находитесь на странице: 1из 30

UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS- CAMPUS JANUÁRIA

Centro de Ciências Humanas – CCH


Departamento de Comunicação e Letras
Letras Português – 7º Período – 2018

Seminário: Guimarães Rosa


Alécia Cruz Lopes
Áurea Soares Mota
Jéssica Lacerda Mota
Rubens Henriques Barbosa Lima
Tábita Joselma Silva

Seminário apresentado à disciplina de


Literatura Brasileira IV, ministrada no
curso de Letras-Português do
Departamento de Comunicação e
Letras, da Universidade Estadual de
Montes Claros, como pré-requisito para
conclusão da disciplina.
Professor: Geraldo Ferreira
Filho de Florduardo Pinto Rosa
O AUTOR e Francisca Guimarães Rosa,
João Guimarães Rosa foi
médico, contista, novelista,
romancista e diplomata;
nasceu no dia 27 de junho de
1908, em Cordisburgo, Minas
Gerais.
Aos 09 anos passou a residir
e estudar em Belo Horizonte,
em 1925, matricula-se na
Faculdade de Medicina da
Universidade de Minas Gerais.

Nem tinha formado, quando em


1929, escreveu seus primeiros
contos e deu início à sua
carreira como literário.
Na data de seu aniversário e no
ano de 1930, casa-se com a
primeira esposa, Lígia Cabral
Penna, com quem tem duas
filhas.

Decide prestar concurso e


ingressa na carreira diplomática,
em 1934, quando serve na
Alemanha, Colômbia e França.

Retorna ao país de origem em


definitivo somente no ano de
1951 e começa a investigar a
vida sertaneja, os usos, os
costumes, as crenças, as músicas
e também a fauna e a flora. É
quando escreve “Corpo de
Baile”, dividida em três novelas:
Manuelzão e Miguilim, No
Urubuquaquá, no Pinhém e
Noites do sertão.
“Grande sertão: veredas”
vem logo após e é
aclamado pela crítica por
suas inovações nas formas
e na escrita. Além de
receber prêmios por esta
obra, Guimarães passa a
ser reconhecido como
especial dentro da 3ª
geração pós-modernista.
O autor era extremamente
místico, ligado a
pensamentos
supersticiosos.
Faleceu de um mal súbito,
em 19 de novembro de
1967 aos 59 anos.
Hamburgo, 13 de Março de 1940
Querida Vilminha,
Todos, todos os dias, desde que vim cá para este outro lado
do mar, tenho sentido saudade de você. Mas, hoje a saudade foi
mais forte; a primavera já está chegando, mas eu pensei: a
primavera só começará de verdade quando eu receber uma
cartinha da Vilma. Por isso, peço que você mande a resposta
depressa, para que ela chegue aqui junto com as primeiras
flores e com os primeiros dias de sol bonito. E deverá ser uma
carta grande, falando de muitas cousas. Uma carta que você
leve três dias escrevendo, para que o papai leve três
meses lendo, e tendo ainda mais saudades de você…
OBRAS DO AUTOR
João Guimarães Rosa foi um
fenômeno dentro da literatura
brasileira. Surgiu com um
volume de contos que marcou
nossa literatura.

Sua linguagem experimental, sua


capacidade, seus modos fictícios
apuraram a obra literária,
ampliando-lhe extraordinários
caminhos.
Requintado e
elaborado.

Personalidade
ESTILO Experimentava
marcante de
homens rústicos.
DO linguagem própria,
articulada sob uma
AUTOR lógica inexorável.

Seus personagens são


brilhantemente
criados fisicamente.
“De mim, pessoa, vivo para minha mulher
que todo modo-melhor merece, e para a
devoção. Bem dela, graças. Amor vem de
amor. Em Diadorim penso também, mas
Diadorim é minha neblina. ”

Grande Sertão: veredas.


O cenário é descrito com
riqueza de
conhecimento da terra,
dos animais e plantas do
sertão.

Seu primeiro livro,


“Sagarana”, consagrou-o
como escritor, pela
inovação e revolução
que provocou. Foi
considerada a melhor
prosa regionalista de um
período extremamente
rico em obras centradas
na vida rural brasileira.
“No pastinho. Debaixo de um itapicuru, eu
fumava, pensava, e apreciava a tropilha de
cavalos, que retouçavam no gramado
vasto. A cerca impedia que eles me
vissem. E alguns estavam muito perto”.

Sagarana.
O contato com a obra “Grande sertão:
veredas”, seu único romance, o livro mais
incomum de nossa literatura e um dos romances
mais importantes da literatura brasileira, empolga
e perturba ao mesmo tempo.

Empolga pelo imprevisto e pela criatividade.


Perturba pela capacidade inovadora de sua
linguagem e pelos problemas apresentados.

“A hora e a vez de Augusto Matraga”, conto


que foi considerado um dos mais notáveis de
nossa literatura, foi transformado em filme, pelos
cineastas Roberto Santos e Luís Carlos Barreto.
 Outros contos como: “Burrinho pedrês”,
“Duelo”, “Conversa de bois”, também
foram considerados obras-primas.
 O mesmo podemos dizer de suas novelas:
“Corpo de baile” que foi dividida mais
tarde em: “Manuelzão e Miguilim”, “No
Urubuquaquá, no Pinhém”, e “Noites do
sertão”.
Em “Primeiras estórias” e“Tutaméia”, foi
minucioso ao afirmar e reafirmar
maravilhas.
 O restante de suas obras foi publicado
postumamente: “Estas estórias” em 1969
e “Ave, palavra” em 1970.
Engenheiro da
Língua

CARACTERÍSTICAS
Jagunços/ Existência
GUIMARÃES Regional Universal
Bem X Mal
ROSA

Sertão de Minas Gerais


Contexto histórico
 O momento em que surge a
terceira geração modernista no
Brasil, é o período menos
conturbado em relação às outras
duas gerações.

 Ou seja, é a fase de
redemocratização do país, visto que
em 1945 termina o Estado Novo
(1937-1945) que fora implementado
pela ditadura de Getúlio Vargas.

 Em nível mundial, o ano de 1945 é


também o fim da segunda guerra
mundial e do sistema totalitário do
Nazismo. Entretanto, tem início a
Guerra Fria (Estados Unidos e
União Soviética) e a Corrida
Armamentista.
INOVAÇÕES
LINGUAGEM MAIS
LIGUÍSTICAS E
OBJETIVA
METALINGUAGEM

ALGUMAS
CARACTERÍSTICAS

REGIONALISMO TEMÁTICA SOCIAL


UNIVERSAL E HUMANA
GUIMARÃES ROSA É INSERIDO
NA:

Prosa Regionalista
A prosa regionalista absorve, por outro
lado, aspectos do campo, da vida
agrária, da fala coloquial e
regionalista, por exemplo, na obra de
Guimarães Rosa.
GRANDE SERTÃO: VEREDAS
 Uma das obras mais
importantes da
literatura brasileira.

 Publicada em 1956.
Inicialmente chama
atenção por sua
dimensão – mais de
600 páginas – e pela
ausência de capítulos.

 Primeira fase do
modernismo e
temática regionalista
da segunda fase do
movimento.
ANÁLISE
 NARRADOR: em primeira pessoa.
Riobaldo, na condição de rico fazendeiro,
revive suas pelejas, seus medos, seus
amores e suas dúvidas. As digressões do
narrador simulam o próprio sertão físico.

 TEMPO: atemporal. Não se divide em


capítulos. Para facilitar a leitura dividimos a
obra, segundo os fatos marcantes.

 ESPAÇO: é preciso entender, no entanto,


que essa confusão criada pelos diversos
nomes e regiões é proposital - Chapadão
do Urucúia, Fazenda dos Tucanos,
Liso do Sussuarão:, Local da
narração, Paredão,Veredas Mortas.
Para facilitar a leitura dividimos a obra,
segundo os fatos marcantes:

 Parte 01: introdução dos principais


temas do romance: o povo; o sertão; o
sistema jagunço; Deus e o Diabo; e
Diadorim.

 Parte 02: inicia-se “in medias res”, ou


seja, no meio da narrativa.
Parte 03: a narrativa retorna à juventude de

Riobaldo, quando ele conheceu o “menino Reinaldo”,
e, para o desespero de Riobaldo, que não sabe nadar,
ambos atravessam o rio São Francisco numa pequena
embarcação.

Parte 04: conflito entre Riobaldo e Zé Bebelo, no


qual esse último perde a chefia, e Riobaldo-Tatarana é
rebatizado como “Urutu Branco”.

 Epílogo: Riobaldo retoma o fio da narração do início,


contando ao interlocutor seu casamento com
Otacília e como herdou as fazendas do padrinho.
Veredas da linguagem: os
neologismos de Guimarães
Rosa
Os neologismos são
resultantes das
inovações lexicais de
uma língua, dentre as
diferentes formas de
criação.
Nenhum outro escritor
brasileiro ousou tanto
estilisticamente no que
se refere aos “desvios”
da norma, o que resultou
em tamanha
expressividade.
Rosa encantou até mesmo
grandes mestres da
literatura nacional e
internacional, visto que
suas obras são muito
estudadas ainda nos dias
de hoje.
Para ele as palavras
deveriam ser
enriquecidas com novos
significados devido ao
desgaste do cotidiano,
pois literatura não se
vale de clichês e sim de
ideias.
Guimarães Rosa representou em suas
obras duas modalidades de neologismos
sendo elas o semântico e o lexical.
Quando semântico, seus neologismos
atribuía significações inusitadas,
principalmente em utilizações verbais:
Eu já tinha preenchido três cartas (Rosa, 1958, p.313)

A lua, o luar, vejo esses vaqueiros que viajam a boiada, mediante o


madrugar , com a lua no céu, dia depois de dia. (Rosa, 1958, p.293)
Como profundo conhecedor da linguística,
Guimarães Rosa não somente criou
neologismos, como também desenterrou
palavras do português arcaico, vejamos
algumas representações de suas
peculiaridades lexicais:
Nonada
Ensimesmudo
Caburé
Jerimbamba
Nelvralgia

Pantonimima
Entalagado
Enxadachim
Taurophtongo
Embriagatinhar

Velvo
Circuntristeza
Sagarana
Suspirância
Coraçãomente
Arreleque
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
 ALVES, Ieda Maria. Neologismo: criação lexical. São Paulo: Ática, 1990.
 BARBOSA, Maria Aparecida. Da neologia à neologia na literatura. In: OLIVEIRA, Ana Maria
P. Pires de; ISQUERDO, Aparecida Negri. (Orgs.). As ciências do léxico: lexicologia,
lexicografia, terminologia. vol. I. 2. ed. Campo Grande-MS: EDUFMS, 2001. p. 33-51.
 CANDIDO, Antônio. O homem dos avessos. In: COUTINHO, Eduardo F.
(org.). Guimarães Rosa. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
 MARTINET, André. Elementos de Lingüística Geral. Rio de Janeiro: Martins Fontes,
1971.
 MARTINS, Evandro Silva. A neologia na literatura: a criação milloriana. In: ISQUERDO,
Aparecida Negri.; KRIEGER, Maria das Graças. (Orgs.) As ciências do léxico: lexicologia,
lexicografia, terminologia. vol II. Campo Grande-MS: EDUFMS, 2004. p. 53-64.
 MONTEIRO, José Lemos. A estilística. São Paulo: Ática, 1991.
 NUNES, Benedito. Crivo de papel. 2ª ed. São Paulo: Ática, 1998.
 OLIVEIRA, Ana Maria P. Pires de; ISQUERDO, Aparecida Negri. (Orgs.). As ciências do
léxico: lexicologia,lexicografia, terminologia. vol. I. 2. ed. Campo Grande-MS: EDUFMS,
2001. p. 33-51
 RESENES, Mariana Santos de; LEAL, Rachel Pentalena. Um mergulho perscrutador no
universo onírico joyciano. Ensaios. Florianópolis: UFSC. Nº 2- dez. 2004, p. 35 a 78.
 ROCHA, Luiz Carlos de Assis. Guimarães Rosa e a terceira margem da criação lexical. In:
MENDES, L. B.; OLIVEIRA, L. C.V. de (Orgs.). A astúcia das palavras – ensaios sobre
Guimarães Rosa. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1998a, p. 81-100.
FIM

Вам также может понравиться