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• Necessidades nutricionais na gestação e suas

consequências para o desenvolvimento fetal


• Gestante desnutrida
• Gestante obesa
Flora Barbosa da Silva, Simone G. Diniz e Vanessa Ribeiro – HSM – FSP – USP 2015
Necessidades nutricionais na gestação
Histórico
 Na década de 1920 acreditava-se que ao ganho
de peso gestacional deveria ser de 4 a 6 Kg
(Parasitismo fetal)
Cerco de Rotterdam (Smith-1947)- inverno de
1944 duração 6meses (outubro de 44 a abril de 45)
Cerco de Leningrado (hoje São Petersburgo) –
(Antonov, 1947) setembro de 1941 a fevereiro de
1942

Premissas
 Tamanho do feto não é apenas uma função da idade
fetal
 Interferências socioeconômicas e ambientais atuam
sobre a nutrição materna
• A gestação engloba uma série de
pequenos e contínuos ajustes fisiológicos
que afetam o metabolismo de todos os
nutrientes. Estes ajustes são individuais,
dependentes do estado nutricional pré-
gestacional, e de determinantes genéticos
do tamanho fetal e do estilo de vida da
mãe. (KING 2000)
Para que exista um adequado crescimento
fetal é importante lembrar que :

- a fonte de nutrientes que o feto


tem para garantir seu crescimento
vem das reservas nutricionais
maternas
e

- da ingestão alimentar durante esse


período.
Gestação
• Os ajustes no
metabolismo de
nutrientes ocorrem
desde as primeiras
semanas de gestação,
apesar da demanda
fetal por nutrientes
ocorrer principalmente
durante a segunda
metade da gestação.
• (KING 2000)

"Farm Garden" de Gustave Kimt


Quais são os componentes do ganho
de peso gestacional?
Primeiro e o mais importante o concepto
Zigoto célula única do tamanho de um ponto final (.) pesa

ao redor de 15 milionésimos de um grama. Nove meses

depois tem 2 bilhões de células e pesamos, em média, 3 –

3,5 quilos
COMPONENTES DO AUMENTO DE PESO MÉDIO
DURANTE A GESTAÇÃO NORMAL
QUANTIDADE (G) GANHA EM
COMPONENTES 10 SEM. 20 SEM. 30 SEM. 40 SEM.
A – Aumento total de peso corporal 650 4.000 8.500 12.500
Feto 5 300 1.500 3.300
Placenta 20 170 430 650
Liquido Amniótico 30 250 600 800
Aumento Uterino 135 585 819 900
Aumento de Mama 34 180 360 405
Aumento do Sangue Mat. 100 600 1.300 1.250

B - Total (Arredondado) 320 2.100 5.000 7.300

C – Total não Discriminado


(A – B) 330 1.900 3.500 5.200
Fonte: Hytten & Leitch,1964
•Para que a gestação transcorra normalmente há
um aumento das necessidades metabólicas.

•Para suprir esse aumento há necessidade de


um incremento médio de 300 Kcal, totalizando
80.000Kcal durante toda a gestação.
Necessidades aumentadas na gravidez- razões
•MATERNAS
•Aumento da taxa de metabolismo basal •FETAIS
•Aumento da produção de tireoxina que •Rápido crescimento de tecidos
regula a velocidade da oxidação •Metabolismo celular
celular (taxa metabólica basal) •Formação e crescimento óssea
•Aumento do volume sanguíneo materno •Formação dos dentes
(de 40 a 50%) •Líquido amniótico
•Formação de eritrócitos e aumento de •Crescimento e desenvolvimento
hemoglobina ( de 20%) da placenta
•Absorção do cálcio e fósforo, •Armazenamento de ferro no
mineralização do tecido ósseo fígado do feto
•Aumento da absorção de ferro
•Crescimento dos tecidos maternos-
útero e mamas.
• Armazenamento de reservas maternos
para o parto e lactação
•Manutenção dos tecidos conjuntivos e
vasculares
Recomendações Nutricionais Gestantes
M. Adultas Gestantes Gestante Aumento (%)
lipídeos não ultrapassar a
30% do total calórico da (19 a 50 (19 a 50 (14 a 18 sobre a
dieta diária anos) anos) anos) mulher adulta
Energia (kcal) 2200 2500 2500 a 13,6 a 22,7
2700
Proteína e amino 50 60 70 20 (adol. 40)
ácidos(g)
Carbohidrato (g) 300 300 300 0
Fibras Total (g) 25 28 28 12
Vitaminas
Folate ou Ácido 400 600 600 50
Fólico (µg)
Sais Minerais
Cálcio (mg) 1000 1000 1300 0 (adol.30)
Ferro (mg) 18 27 27 50
DRI (Dietary Reference Intakes) para mulheres adultas e
gestantes, segundo a Food and Nutrition Board e o Institute of
Medicine, da Academia Nacional de Ciências dos EUA
Ferro
• Na gestação há aumento da absorção do ferro- (mulher
não grávida absorve cerca de 10% do ferro presente nos alimentos
consumidos. Na gravidez esta absorção pode ser quase o dobro)
• Oitenta e cinco gramas de carne bovina magra fornecem 13% da
RDA em ferro.
• Suplementação medicamentosa de ferro elementar de 30 –
60mg/dia a partir da 20ª semana (OMS, 2003). QUESTIONÁVEL

ÁCIDO FÓLICO
Elemento ativo na multiplicação celular eritrócitos, do útero eda
placenta e do feto
Sua absorção pode ser diminuída pelas alterações
hormonais na gravidez.
60% folato dietéticobio disponibilidade é
absorvido no intestino.
Recomenda-se a ingestão de 600μg/dia.
Deve ser suplementado difícil alcance do valor em dieta habitual.
Vitamina A
Cerca de 13% de gestantes carência.
Intercorrência: cegueira noturna (gestação de alto
risco) e restrição de crescimento intrauterino.
Na gestação a recomendação é de 770 µg/dia.
Suplementação medicamentosa : Brasil adota 2005 suplementação
para mulheres no pós-parto imediato administrar dose única de
200.000UI ainda na maternidade. Durante a gestação pode ser
teratogênico.

Zinco
Deficiência na Gestação esta relacionada com aborto
espontâneo, restrição de crescimento intrauterino,
prematuridade e DHEG.
A absorção de zinco pode ser prejudicada em dietas
ricas de alimentos integrais e fitatos, elevadas
ingestão de ferro ,tabagismo e alcoolismo.
Nesses casos suplementar com 25mg/dia.
Avaliação Nutricional - GESTANTES
• Um cuidado que deve ser
realizado, à gestante, durante o
pré-natal é a avaliação de seu
estado nutricional
• Esta avaliação consiste em :
– Calcular a idade gestacional
(todas as consultas)
– Altura (1º consulta pré-natal)
– Peso (todas as consultas)
– Dosagem bioquímicas como
HB e HT
Avaliação do Estado Nutricional da
GESTANTE
• IMC = Peso / (Altura2
• Diagnóstico Nutricional inicial:
– IMC Pré-gestacional referido (até 2 meses
antes)
ou
– IMC com medição até 13º semana
ou
– IMC com dados da 1º consulta pré-natal

Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf
Curva de IMC, segundo semana gestacional

Traçado ascendente:
ganho de peso
adequado

Traçado horizontal
ou descendente:
ganho de peso
inadequado
(gestante de risco)

Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf
Ganho de peso (kg) recomendado durante a
gestação segundo estado nutricional inicial

Estado Ganho de Ganho de Ganho de


Nutricional peso total no peso semanal peso total na
inicial 1º trimestre médio no 2º e gestação
(IMC) 3º trimestre
Baixo Peso 2,3 0,5 12,5 – 18,0

Adequado 1,6 0,4 11,5 – 16,0

Sobrepeso 0,9 0,3 7,0 – 11,5

Obesidade - 0,3 7,0

Fonte:http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/orientacoes_basicas_sisvan.pdf
Condições maternas que necessitam
cuidados nutricionais
• Náuseas e vômitos nas primeiras 12 semanas - aumentar o
fracionamento das refeições e diminuir o volume, dar preferência a
ingerir alimentos secos, carboidratos simples de fácil digestão e
recomendar alimentos com baixo teor de gordura*

• Azia - aumentar o fracionamento das refeições e diminuir o volume


de alimentos por refeição, comer devagar, mastigar bem.*

• Constipação – para melhor o transito intestinal é necessário a


ingestão maior de água e de 28g de fibras diárias.*

• Desnutrição

• Obesidade

* Fonte: Freitas E de S et al. Rev. Destaques Acadêmicos, ano 2, n. 3, 2010


“Mulher Grávida a Puxar a Pele do Mar"
2003 acervo Ana Maria Moska

DESNUTRIÇÃO MATERNA

Definição: Deficiência de ingestão de alimentos antes ou


durante a gestação. É um desequilíbrio entre a necessidade do
corpo e a ingestão de nutrientes essenciais.
Modismos, vegetarianismo, anorexia e bulimia podem levar a
carências nutricionais
Atualmente atinge menos de 6% da população brasileira
Ganho de peso inferior a 7 quilos durante a gravidez, ou menos
de 450g por mês após a 12semana de gestação o risco de ter um
concepto pequeno para a idade gestacional aumenta
aproximadamente 30%.
DESNUTRIÇÃO MATERNA

Menor Redução
volemia do tamanho
materna placentário

Menor
aporte de
nutrientes
ao feto
DESNUTRIÇÃO MATERNA
Repercussões
•Gestante: anemias, hemorragias, ganho de peso
inadequado, parto prematuro, entre outros.
•Placenta: gestante nutrida inadequadamente apresenta
alterações da função placentária
•Recém Nascido: restrição de crescimento intrauterino,
tendência a anemia e infecções, alterações no
desenvolvimento motor, alterações visuais
e, posteriormente, menor rendimento
escolar.
OBESIDADE E GRAVIDEZ
É desordem de origem multicausal por fatores genéticos,
metabólicos,ambientais, sociais, psicológicos, alimentares e de
estilo de vida, que agem em conjunto ou isoladamente.
É desequilíbrio entre a necessidade do corpo e a ingestão de
nutrientes essenciais.

Endógena (síndromes genéticas e endocrinopatias)-


1% das obesidades
OBESIDADE

Exógena- Consumo excessivo


A obesdidade chega atingir
hoje cerca de 30% da
população feminina adulta
de países desenvolvidos.
O excesso de peso durante a
gravidez aumentam o risco
de adoecer e morrer ao
binômio mãe e filho
Gestante obesa
• OMS define o sobrepeso e a obesidade como acúmulo
anormal ou excessivo de tecido adiposo que pode levar a
prejuízos para a saúde
• confortos da sociedade moderna criaram um ambiente
“obesogênico”

• A taxa de metabolismo é aproximadamente 20%


maiores em obesas gestantes do que em obesas não
gestantes. (KING 2000)
• A gestante que adquire peso excessivo durante a
gravidez apresenta um maior risco de a retenção de peso
pós-parto levando a obesidade após o termino puerpério.
Risco da associação obesidade e gravidez

MATERNAS
- Aumenta da Doença Hipertensiva Específica da
Gestação conforme se incrementa o índice de massa
corporal. [dobra com aumento de 5 a 7 (kg/(m)2)no
IMC]
- Maior frequência de complicações obstétricas de
parto prolongado levando a riscos de parto induzido pela
maior presença de leptina, que podem inibir as contrações
uterinas como consequência aumento da cesariana.
Hemorragia maciça pós-parto
-Infecção puerperal
-- Aumento do risco de apresentar
• diabetes gestacional
•pielonefrite
•hipertensão
•tromboembolismo

Fonte: Mattar R et al., 2009


Risco da associação obesidade e gravidez
FETAIS
- Maior possibilidade de partos prematuros (< 37
semanas), principalmente dos com prematuridade
extrema (<32 semanas)
- mortes fetais
•precoces (<28 semanas) em primigesta
•tardias (>28 semanas) em multigesta
-Má-formação defeito do tubo neural e lábio-
leporino( excesso de tecido adiposo )
-Macrossomia (feto >4000g)
-Comprometimento da programação metabólica fetal
predispondo ao desenvolvimento
de obesidade na infância e na vida
adulta à obesidade e ao diabetes,
perpetuando o ciclo da obesidade
- Dificuldade escolar
O que pode fazer uma nutricionista?
Aconselhamento nutricional
- Aconselhamento nutricional pré-natal para aumentar a ingesta
energético-proteica na população obstétrica geral parece ser eficaz na
redução do risco de parto prematuro, no aumento da circunferência da
cabeça no nascimento e no aumento da ingestão de proteína.
Não houve evidência de benefício ou efeito adverso para qualquer outro
resultado relatado.
Suplementação nutricional balanceada
- Energia equilibrada e suplementação proteica parece melhorar o
crescimento fetal, e pode reduzir o risco de morte fetal e recém-nascidos
pequenos para a idade gestacional. Suplementação com altos teores de
proteína não parece ser benéfica e pode ser prejudicial para o feto.
Suplementação equilibrada em proteínas isoladamente não teve efeitos
significativos em desfechos perinatais.
Fonte: Ota E, Tobe-Gai R, Mori R, Farrar D.
Antenatal dietary advice and supplementation to increase energy and protein intake. In: The Cochrane Collaboration,
organizador. Cochrane Database of Systematic Reviews [Internet]. Chichester, UK: John Wiley & Sons, Ltd; 2012 [citado
13 de outubro de 2014]. Recuperado de: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmedhealth/PMH0010430/

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