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Geração, Transmissão e

Distribuição de Energia Elétrica


Jim S. Naturesa
Linhas de transmissão

• São tensões típicas de transmissão no Brasil os níveis em


alta tensão (AT) de 138 kV e 230 kV, e, em extra-alta tensão
(EAT), de 345 kV, 440 kV, 500 kV e 765 kV.

• São tensões típicas de subtransmissão no Brasil os níveis de


34,5 kV, 69 kV, 88 kV e 138 kV e, em alguns grandes centros
urbanos, o nível de 230 kV.

• Antes de ser consumida, a energia elétrica passa por mais um


estágio, isto é, a distribuição. Subestações de distribuição
reduzem a tensão do nível de repartição para que a energia
possa chegar próximo às nossas casas e permitir o seu uso. As
tensões de distribuição são de 3 a 25 kV na rede primária e de
110 a 380 V na rede secundária.

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Linhas

• Em resumo, são quatro as funções dos sistemas de


transporte de energia:

• 1) Transmissão: interligação da geração aos centros de


carga.

• 2) Interconexão: interligação entre sistemas independentes.

• 3) Subtransmissão: rede para casos em que a distribuição


não se conecta diretamente à transmissão.

• 4) Distribuição: rede que interliga a transmissão ou a


subtransmissão aos pontos de consumo.

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Linhas

• A potência ativa trifásica é dada por:


• Ptrifásico = √3 * V* I * cos (φ)
• Onde:
• P é a potência ativa em MW;
• V é a tensão de transmissão entre fases
em kV (valor eficaz);
• I é a corrente em cada uma das 3 fases
em kA (valor eficaz);
• cos (φ) é o fator de potência, ligado ao
conteúdo de potência reativa da
transmissão.

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Linhas

• O ideal é obter um valor mínimo para a potência reativa


de modo a maximizar a potência ativa transferida para um
mesmo nível de tensão.

• A potência reativa está relacionada às "trocas de energia"


existentes entre elementos ativos do sistema tais como:
capacitores, reatores, linhas de transmissão, geradores etc.

• Essas trocas de energia são devidas à natureza dos


componentes e não podem ser completamente eliminadas
em sistemas de corrente alternada.

• Observa-se que apesar de não gerar trabalho, a existência


da potência reativa, cos (φ) < 1, implica um aumento da
corrente (e conseqüentemente das perdas) para o
transporte de uma mesma quantidade de potência.

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Linhas - perdas

• O processo de transporte de energia elétrica


apresenta perdas de diversas naturezas:
por efeito Joule (calor) nos condutores e nos
enrolamentos dos equipamentos, perdas
devido à histerese dos transformadores e
reatores e perdas por corrente de fuga nos
isoladores.

• A redução das perdas nos transformadores


está ligada à qualidade das chapas de aço-
silício dos núcleos desses equipamentos e
do nível de saturação usado no projeto.

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Linhas - perdas

• As perdas Joule, que constituem a maior


quantidade da energia perdida nos sistemas
de transporte de energia elétrica, podem ser
calculadas por:
• Perdastrifásicas = 3 * (ρ * l / S) * I2
• Onde:
• ρ é a resistividade do material, em geral o
alumínio, cobre ou ligas de alumínio;
• l é o comprimento do trecho em análise;
• S é a seção condutora do condutor e
• I é a a corrente de linha do sistema.

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Linhas - perdas
• O projeto econômico de qualquer rede elétrica passa pela definição do nível
da tensão e, conseqüentemente, da corrente mais adequada, na escolha da
seção condutora dos cabos (bitola) de modo a minimizar os custos dos
investimentos e os custos das perdas.

• Maiores níveis de tensão e maiores bitolas aumentam os investimentos,


porém reduzem as perdas Joule.

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Caracterização dos sistemas de transmissão de energia
elétrica.

• De uma forma geral, podem-se caracterizar os


sistemas de transmissão por:
• Altos níveis de tensão (acima de 69kV).
• Manejo de grandes blocos de energia.
• Distâncias de transporte razoáveis (normalmente
acima de l00 km no caso do Brasil).
• Sistema com várias malhas, interligando blocos de
geração (usinas) a regiões de consumo de grande
porte (carga agregada) nos finais ou em pontos
bem determinados das linhas.

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Caracterização dos sistemas de transmissão de energia
elétrica.

• Os sistemas de distribuição, por sua vez,


apresentam:
• Baixos níveis de tensão (abaixo de 34,5kV).
• Manejo de menores blocos de energia.
• Menores distâncias de transporte.
• Sistema predominantemente radial em condições
normais, podendo haver malhas para atendimento
em emergência em que cada ramal alimenta um
grande número de cargas.

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Sistemas CA e CC
• As vantagens da rede CA são: a facilidade de interconexão
através de subestações de interligação ou chaveamento ou de
subestações de transformação e a simplicidade dessas
subestações.

• Entretanto, linhas de transmissão de corrente contínua são


mais baratas que as de corrente alternada para o mesmo nível
de potência. Por essa razão, sistemas em CC podem ser
competitivos para transporte a longas distâncias, por exemplo
acima de 700 ou 800 km.

• Para cada nível de potência, há uma distância em que redes de


CC transportam energia de modo mais econômico do que redes
CA.

• São desvantagens dos sistemas em CC a sua menor


flexibilidade de interligação e a maior complexidade e custo das
subestações conversoras.

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Sistemas CA e CC

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Redes interligadas

• A operação interligada traz grandes vantagens ao


dimensionamento de sistemas de transmissão: permite o
uso mais otimizado das fontes de geração, com redução do
custo; aumenta a flexibilidade operativa e a confiabilidade
do sistema; e reduz o porte de dimensionamento do
sistema.

• Por essa razão, os sistemas de transmissão começaram a se


interligar, e hoje são poucas as regiões desenvolvidas que
não fazem parte de sistemas regionais nacionais.

• No Brasil há dois grandes sistemas interligados: um na


região N-NE e outro nas regiões S-SE-CO. Esses dois
sistemas estão interligados através de uma linha em CA de
500 kV, chamada interligação Norte-Sul.

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Redes interligadas

• Do ponto de vista de geração de energia, a operação


interligada permite o uso otimizado dos reservatórios das
usinas hidrelétricas, o que no caso da região S-SE-CO do
Brasil permite um ganho de cerca de 30% no volume da
energia garantida (com probabilidade acima de 95%).

• A principal desvantagem da interligação de diferentes


sistemas é a necessidade de uma operação segura do ponto
de vista de estabilidade entre os geradores, ou seja, um
distúrbio em um local pode provocar o desligamento de
outros geradores em locais mais distantes (efeito cascata)
agravando substancialmente o defeito.

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Novas tecnologias

• Para permitir uma maior flexibilidade de


adaptação e viabilizar um maior aproveitamento
dos sistemas existentes, diversos equipamentos e
tecnologias têm sido desenvolvidos:

• Uso de Linhas de Potência Natural Elevada -


LPNE; e

• Uso de equipamentos que permitem a


flexibilização dos sistemas existentes — FACTS
(Flexible AC Transmission-Systems).

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Transmissão em CA

• O surgimento dos transformadores de potência em CA


tornou possível a transmissão de energia em tensões bem
mais elevadas do que as de geração, possibilitando o
transporte a distâncias cada vez maiores e com menores
custos de transmissão.

• Os principais equipamentos existentes nas subestações em


corrente alternada além das estruturas e dos barramentos são
os transformadores, os reatores, os bancos capacitores, os
disjuntores, as chaves seccionadoras, os pára-raios e os
transformadores de potencial e de corrente.

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Transmissão em CA
• A grande vantagem dos sistemas em corrente alternada em relação aos de corrente
contínua é no que se refere à facilidade de interconexões, pois as subestações de CA
são bem mais simples do que as subestações inversoras do sistema em CC.

• As máquinas em CA, tanto geradoras como motoras, são equipamentos bem mais
simples do que as correspondentes em CC, especialmente as trifásicas de grande
porte.

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Transmissão em CC

• As vantagens da transmissão em CC são:


• Linhas de transmissão mais simples;
• Possibilidade de corrente de retorno por terra ou
por mar;
• Operação assíncrona de sistemas;
• Comprimento de linhas não limitado por razões de
estabilidade;
• Possibilidade de interligar sistemas com
freqüências diferentes; e
• Fácil controle de potência entre áreas ou
sistemas;
 As linhas não necessitam de compensação reativa
(cos φ = 1).

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Transmissão em CC

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Transmissão em CC

• As desvantagens mais marcantes da


transmissão em CC são:
• Os custos dos conversores;
• Alto consumo de potência reativa no processo de
retificação ou inversão;
• Geração de distorções harmônicas e, portanto,
necessidade de filtros;
• Necessidade de disjuntores de CC bem como de
equipamentos mais complexos do que os
correspondentes em CA para a transmissão entre
mais de dois terminais; e
• Alimentação de cargas mais complexa ao longo
das rotas de transmissão em CC.

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Transmissão em CC

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Transmissão em CC
• Os aspectos anteriores, positivos ou negativos, de ambos os tipos de
transmissão, direcionam as aplicações da corrente contínua
principalmente para:

• A) Interconectar sistemas que têm freqüências diferentes entre si ou


interligar redes com mesma freqüência para as quais se deseje ou
necessite de operação assíncrona.

• B) Transmissão de potência a distâncias longas ou muito longas por


meio de linhas aéreas.

• C) Transmissão por cabos subterrâneos ou subaquáticos.

• D) Controle do fluxo de potência (intercâmbio) em interligações


regionais (entre sistemas distintos, entre concessionárias etc.), com
o conseqüente controle das freqüências correspondentes.

• E) Combinações das aplicações anteriores num mesmo projeto.

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Impactos sócio ambientais

• Os primeiros problemas gerados pela implementação de linhas de


transmissão começam com a sua construção e são:

• Desobstrução da faixa e desmatamento para início das obras;

• Escavações para as fundações;

• Montagem das estruturas (movimentação local);

• Implantação de um canteiro de obras; e

• Abertura de estradas de acesso.

• Todas essas atividades influem na vida da população local que nem sempre
é beneficiada pela energia transportada.

• O traçado da linha visa ao caminho mais curto e não respeita


necessariamente populações e meio ambiente. Outro fator importante no
contexto da preservação ambiental é a construção de acessos para as obras
e as manutenções constantes das linhas.

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Referências

Elgerd, O. Introdução à teoria de sistemas de energia


elétrica. Editora McGraw-Hill do Brasil. 1976.

Naturesa, J. A Influência de Compensadores Estáticos de


Reativos na Estabilidade de Tensão de Sistemas de
Energia Elétrica. Dissertação de Mestrado. Unicamp. 2001.

Reis, L. & Silveira, S. Energia Elétrica para o


Desenvolvimento Sustentável. Edusp. 2001.

Stevenson, W. Elementos de Análise de Sistemas de


Potência. Editora McGraw-Hill. 1974.

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