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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

PRÓ-REITORIA DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CENTRO DE


CIÊNCIAS SOCIAIS, SAÚDE E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO FORMAÇÃO DOCENTE EM
PRÁTICAS EDUCATIVAS

SABERES DOCENTES E PRÁTICAS PEDAGÓGICAS

PROF. DR. FRANCISCO DE ASSIS CARVALHO DE ALMADA

ALUNOS: CLOVIS MARQUES DIAS JUNIOR; DEISY SANGLARD DE SOUSA; GABRIEL ROCHA
MONTEIRO; HUGO LIMA ARAUJO
OFÍCIO DE
MESTRE:
IMAGENS E
AUTOIMAGENS
Miguel G. Arroyo
Introdução
A discussão e a problematização da profissão docente, não
se caracteriza como um terreno novo, nos estudos e pesquisa da
área da Educação. No entanto, devido a sua complexidade, nunca
torna-se um assunto escarço para um diálogo e debate. É a partir
dessa perspectiva que iremos trabalhar o livro de Miguel
Gonzalez Arroyo,“Ofício de Mestre: imagens e auto-imagens”.

Sendo assim, intencionamos analisar e problematizar o


ofício docente, enquanto uma construção forjada, decorrente dos
saberes aprendidos e perpassados ao longo da construção da
identidade do professor, do mestre, ano após ano.
Conversas sobre
o Ofício de Mestre
Não há como olhar-nos sem
entender que o que procuramos
afirmar no presente são traços de
um passado que mudou menos do
que imaginávamos. O reencontro
com “Nossa memória” nos leva ao
reencontro com uma história que
pensávamos (ou desejávamos) não
mais existir (ARROYO, 2000, p. 16).
Somos constituídos
pelas memórias
coletivas, daqueles que
foram antes de nós, é
abriram caminho para
que estivéssemos, no
lugar em que estamos.
Os segredos e as artes de ofício
✓ O termo “Ofício de mestre”;

✓ É enquanto mestre do ofício docente, que aprendemos seus


segredos, seus saberes e suas artes;
✓ A formação de uma identidade coletiva;

✓ Superação ou Incorporação do fazer educativo?;

✓ São gerações e gerações executando práticas, que


tornaram-se permanentes;
Os segredos e as artes de ofício
✓ A profissão docente está obsoleta?

✓ O tempo e história consolidaram a cultura docente;

✓ A educação não se enquadra em moldes, podendo ser


racionalizada, como uma produção operacional;
✓ A afetividade é uma característica existente na relação
Mestre-Aprendiz, Aluno-Professor;
✓ A aproximação da cotidiano escolar, possibilita reavivar a
importância da figura do professor;
Um Ofício Descartável?
Um Ofício Descartável?
O ser humano

O ser humano emerge no seu modo de ser dentro de um conjunto de relações sociais (...) A
essência do ser humano é o trabalho (...) que (...) tanto o constrói como o aliena (...) O ser
humano não é o que ele diz de si mesmo, mas aquilo que as condições objetivas da história
possibilitam que ele seja (LUCKESI, 1991:110-3)
O educador

O educador é um ser humano (...) construtor de si mesmo e da história (...) É criador e criatura (...)
Sofre as influências do meio em que vive e com elas se autoconstrói (...) Ele assume o papel de
mediador entre a cultura elaborada, acumulada e em processo de acumulação pela humanidade
(LUCKESI, 1991:115)
O educando

• É um sujeito ativo que, pela ação, ao mesmo tempo se constrói e se aliena (...) É o sujeito que
busca adquirir um novo patamar de conhecimentos, de habilidade e modos de agir (LUCKESI,
1991:117)
Um Ofício Descartável?
• Competências
• Competência: capacidade de mobilizar diversos recursos
cognitivos para enfrentar um tipo de situação-problema.
• Organizar e dirigir situações de aprendizagem
• Administrar a progressão das aprendizagens
• Conceber e fazer evoluir os dispositivos de diferenciação
Um Ofício Descartável?
• Envolver os alunos em sua aprendizagem e em seu trabalho
• Trabalhar em equipe
• Participar da administração da escola
• Informar e envolver os pais
• Utilizar novas tecnologias
• Enfrentar os deveres e os dilemas éticos da profissão
• Administrar sua própria formação contínua. (PERRENOUD,
P. Dez novas competências para ensinar. Porto Alegre: Artes
Médicas Sul, 2000)
Um Ofício Descartável?
•O professor detém um lugar
de destaque na aprendizagem
porque possui uma formação
específica, sendo legitimado
por sua formação acadêmica
para trabalhar nessa área.
GESTÃO PARTICIPATIVA DEMOCRÁTICA NÃO SE
CONFUNDE COM O CERNE DO PROCESSO
EDUCATIVO
✓ A organização-escola possui interfaces através das quais
ela interage com todo o meio, que é composto por
diversos atores sociais (stakeholders). Por meio do
relacionamento com esses agentes, surge a sinergia
Escola-Estado-Comunidade, a qual resulta em importantes
parcerias público-privadas. Dentro desta perspectiva,
comunidade e empresas privadas se unem para interferir
positivamente no processo decisório educacional.

✓ Ressalta-se, entretanto, que é importante ter um projeto


pedagógico consistente que não permita que as parcerias
público-privadas não interfiram nos fins da educação, por
exemplo, no reconhecimento da prática docente expressa
no processo educativo exclusiva ao professor.
A especificidade do saber-
fazer educativo
✓ O Pedagogo – Tem um Ofício, domina um saber
específico.

✓ Afirmação Profissional do Professores como categoria,


com especificidade histórica, social e política.

✓ Identidade como trabalhadores da Educação

✓ Trabalhador Qualificado
”A defesa do trabalho
e do saber qualificado
é a defesa daqueles
que o exercem, de
sua identidade e
centralidade social”
(ARROYO, 2000)
A especificidade do saber-
fazer educativo
✓ Autodefesa da Afirmação do Campo Educativo.

✓ O Direito à Educação não será garantido por clube de


amigos.

✓ A escola não pode ser considerada terra vadia de todos e


de ninguém.

✓ Perigo da Concepção Difusa de Comunidade Escolar.


Descaracterização do Campo
Educativo

✓ Lei. N. 5.692/71 – Ensino Profissional Obrigatório.

✓ Redução da Escola ao Ensino.

✓ Redução dos Mestres a Ensinantes.

✓ Peso Secundário do Domínio das Artes Educativas.


Domínio do ✘ Domínio das
Artes
Conteúdo
Educativas
Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶

Ofício de mestre:
Passado superado;

Passado-presente a ser
recuperado;
Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶
✓ Importa que esta expressão - Ofício de mestre - nos remeta
a ideia de continuadores de um saber-fazer enraizado no
passado, em uma história.

✓ Seguimos o caminho acompanhados de muitos mestres das


artes de educar.

✓ Lutas em defesa dos direitos profissionais.


Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶
• Professor X o cata-vento, que gira a mercê:
- Da última vontade política;
- Da última demanda tecnológica;
- Da nova moda pedagógica;
- Das agências de financiamento;
• Julgam-se no direito de nos dizer o que não
somos e o que devemos ser, de definir nosso
perfil, de redefinir nosso papel social.
Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶
• Podemos nos contrapor a tudo isso e impor
nosso olhar, outra política...
• Questões que merecem reflexões:
- Que vento sopra?
- Quem controla hegemonicamente o vento?
• Um ofício que decretos e currículos sonham
manipulá-los.
Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶
•A expressão “ofício de mestre” para chamar a
atenção para essa longa história na busca da
identidade, nos percebendo como uma
construção social, histórica, cultural que finca
raízes no passado. (ARROYO, 2000)
• Hobsbawm (1987) reconstrói a história dos
conceitos como artífice, ofício, mestre e artesão,
sua herança e como a industrialização tentou
redefinir, superar, mas também recuperar o
conteúdo dessas formas de trabalho.
Mestres de Ofício, Não
Cata-ventos ✶
• Constantes que permanecem:
- O apego ao saber, ao estudo, à qualificação,
à identidade individual e coletiva, ao campo
de sua prática.
• Carregamos a ideia de coletividade, de
domínio coletivo de saberes e fazeres, as
passagens por rituais idênticos de titulação,
seleção e concursos.
Conclusão
• Neste contexto histórico, nesta
herança e neste debate político
contemporâneo o uso da expressão
“ofício de mestre” se constrói a
partir dos diálogos, lutas e
reafirmação da profissão docente.
• Arroyo (2000):
“Temos muitas histórias a contar sobre
nosso ofício porque não nos
arrependemos do que fomos outrora,
porque ainda somos”.

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