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Nutrição na Primeira Infância

Prof. Regina Maria de Oliveira


Características fisiológicas da infância
• De 0 a 2 anos.
• Fase marcada por um crescimento e desenvolvimento
acelerado  necessidades nutricionais elevadas
• Durante os primeiros meses de vida  imaturidade
do trato gastrointestinas, dos rins, do fígado e sistema
imunológico  alimentação deve satisfazer as
necessidades nutricionais possibilitando o
crescimento e desenvolvimento sem exceder a
capacidade funcional dos sistemas orgânicos
Leite Materno
• De 0 a 6 meses é recomendado o aleitamento materno
exclusivo, pois:
– O leite materno é o leite natural, completo e ideal para cada bebê;
– É mais prático e econômico, além de ser superior a qualquer outro
leite;
– É mais higiênico e sem risco de contaminação;
– A quantidade de leite ingerida pela criança corresponde às
necessidades próprias de cada bebê.
– Fortalece a musculatura da face;
– É de fácil digestão e absorção e é menos alergênico;
– Estabelece a relação mãe-filho
“A criança que toma leite materno não
necessita de outro tipo de alimento ou
bebida até os primeiro seis meses de
vida, incluindo água, sucos ou chás.”
Tipos de leite materno
• Colostro:
Leite produzido pela mãe na primeira semana após o
nascimento.
- É um liquido espesso de coloração amarelada, pelo seu alto
teor de betacaroteno;
- Apresenta maior concentração de proteína, menor
quantidade de gordura e carboidrato, menor valor
energético;
- Apresenta papel imunológico  proteção contra infecções;
- Tem a função de estabelecer a flora intestinal ideal.
- Tem ação laxativa na eliminação do mecônio.
Tipos de leite materno
• Leite de Transição:
É o leite produzido pela mãe a partir da
primeira semana até mais ou menos 10 dias
do nascimento.
- Apresenta composição intermediária entre o
colostro e o leite maduro;
- Apresenta coloração amarelada.
Tipos de leite materno
• Leite Maduro:
É o leite humano secretado a partir de 15 dias
do parto, quando a composição se torna
“estável”.
- Apresenta coloração branco opaco, com
pouco odor e sabor ligeiramente adocicado;
- O seu volume varia de 800 a 1000ml/dia.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Proteinas:
– A dieta da mãe não influem sobre a quantidade de
proteínas no leite.
– O leite de vaca tem maior concentração de
caseína  coágulos maiores e mais firmes
– A caseína do leite humano forma coágulos mais
tênues, facilitando a digestão, esvaziamento
gástrico e melhorando o trânsito intestinal.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Proteínas:
– Os aminoácidos são apresentados em quantidades
suficientes para o metabolismo imaturo do recém-
nascido (o organismo do bebê não possui enzimas
específicas para metabolizar fenilalanina, tirosina e
metionina em grande quantidade)  fator de
proteção para o sistema nervoso central.
– A caseína proveniente do leite de vaca interfere na
absorção de ferro X O leite humano favorece a
absorção de ferro.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Lipídios:
– O leite materno apresenta concentração ótima de lipídios,
ômega 3 e ômega 6  imprescindível na formação das
membranas celulares (retina e cérebro), são também
precursores de substâncias que regulam a PA, frequência
cardíaca, coagulação sanguínea e resposta imunológica X leite de
vaca é rico em gorduras saturadas e colesterol, pobre em AGE
 necessidade de acréscimo de óleo vegetal.
– O leite materno apresenta uma lipase  melhora a
digestibilidade do leite por promover maior digestão e absorção
das gorduras X leite de vaca é de difícil digestão para a criança.
– A qualidade e a quantidade de lipídios do leite dependerão da
alimentação da mãe  orientar adequadamente.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Carboidrato:
– O principal carboidrato do leite humano é a lactose,
presente em maior quantidade no leite maduro do
que no colostro, e que fornece galactose e glicose
como produto da digestão. A glicose fornecida será
utilizada para fonte de energia e a galactose
juntamente com os lipídios (galactocerebrosídios)
para formação do sistema nervoso central. A lactose
também facilita na absorção do ferro e cálcio,
contribuindo assim para mineralização óssea e
prevenção do raquitismo no lactente.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Minerais:
• A concentração de minerais no leite materno é menor quando
comparada à do leite de vaca, porém as quantidades oferecidas
são adequadas para o crescimento e desenvolvimento humano.
O leite humano está adaptado à imaturidade das funções
orgânicas do bebê, não sobrecarregando nenhum órgão,
permitindo maior estabilidade hídrica ao lactente. O ferro é
altamente biodisponível no leite humano (esta
biodisponibilidade está associada à presença de vitamina C pre.
• OBS: A introdução de outros alimentos precocemente pode
afetar a biodisponibilidade de ferro, assim como a utilização de
chás na alimentação infantil, pois o ferro se liga aos taninos,
formando compostos que impedem sua absorção.
Leite Materno X Leite de Vaca
• Vitaminas:
– O conteúdo de vitaminas hidrossolúveis no leite materno
dependerá da dieta que a mãe realizará. Se esta estiver em
bom estado nutricional, garantirá a produção de leite com
teores adequados de vitaminas, tornando-se ideal à espécie
humana. Em relação às vitaminas lipossolúveis, podemos
dizer que a concentração de vitamina D no leite humano é
baixa, porém isto pode ser contornado com banhos de sol
pelo lactente, em horários adequados. O leite materno
também apresenta pouca quantidade de vitamina k. Dessa
forma, recomenda-se que, após o parto, ocorra
administração desta vitamina.
Aleitamento artificial
• Na impossibilidade do aleitamento natural, os
leites industrializados constituem a melhor
alternativa  fórmulas infantis (NAN, APTAMIL)
• Demais tipos de leite: de vaca integral
pasteurizado, longa vida ou em pó 
recomendado somente após 6 meses, com
suplementação medicamentosa.
• Caso seja necessário utilizar antes de 6 meses
fazer diluição adequada e fazer suplementação de
vitaminas e minerais.
Aleitamento artificial
• Por serem acrescidas de lactose ou amido (maltose-dextrinas) não
necessitam de adição de açúcar ou farinha;
• A quantidade de proteínas é reduzida e em alguns casos acrescenta-
se proteína solúvel, melhorando a relação caseína/proteína solúvel,
favorecendo a digestão e absorção;
• Adequação da concentração de minerais tornando o leite de vaca
mais adequado ao organismo da criança;
• Têm uma melhor relação cálcio/fósforo, favorecendo a
mineralização óssea;
• São enriquecidas com vitaminas e oligoelementos,
destacando-se o ferro;
Aleitamento artificial
• Algumas fórmulas são acrescidas de substâncias com provável
efeito protetor contra processos infeccioso, a colonização do
intestino por bifidus bactérias e diminuírem as enterobactérias;
• Algumas fórmulas são acrescidas de probióticos e prebióticos,
com importante papel na promoção do equilíbrio da microbiota
intestinal e do estado imunológico do organismo.

 O leite materno é o padrão de referência em alimentação


infantil para a composição das fórmulas.
Probióticos
• Os chamados probióticos são microorganismos vivos da nossa
flora intestinal normal, ou seja, são as bactérias presentes
normalmente no nosso intestino, com a função de auxiliar o
funcionamento do intestino e nos proteger de bactérias que
possam nos fazer mal. Os objetivos dos alimentos enriquecidos
com probióticos são auxiliar na proliferação dessas bactérias para
regular o trânsito intestinal e nos proteger de possíveis infecções.
• Os probióticos são muito usados em iogurtes e leites
fermentados, os mais conhecidos são os chamados Lactobacilos.
Prebióticos
• Os prebióticos são fibras não digerríveis, mas que fermentam em
nossos intestino e estimulam o crescimento das bacterias
probióticas.
• Além de melhorar o funcionamento do intestino e diminuir os
riscos de infecções, os prebióticos também podem diminuir a
absorção de gorduras pelo intestino, diminuindo assim o
colesterol total.
• Exemplos de fibras prebióticas mais comuns são:
• - a inulina, encontrada no almeirão, chicória, trigo, cebola, alho e
alho poró;
• - a pectina, encontrada em frutas cítricas, maças, cenoura, farelo
de aveia, soja, lentilha e ervilha;
Alimentação Complementar
• A partir dos seis meses o leite materno e o
aleitamento exclusivo não supre todas as
necessidades nutricionais da criança 
introdução de outros alimentos (papas, purês ou
sucos) além do leite materno.
• Conceito: é o conjunto de outros alimentos,
além do leite oferecidos durante o período de
aleitamento.
Esquema para introdução dos
alimentos complementares
Refeição Até 5 meses 6 meses 7 a 10 meses 11 a 12 meses
Café-da-manhã Leite materno Leite materno Leite materno Leite materno
+ papa de fruta
Lanche da Leite materno Papa de fruta + Papa de fruta Papa de fruta
manhã leite materno
Almoço Leite materno Papa salgada Papa salgada Refeição da
família
Lanche da Leite materno Leite materno Leite materno Papa de fruta +
tarde + papa de fruta Leite materno
Pão ou biscoito
Jantar Leite materno Leite materno Papa salgada Papa salgada
Lanche da Leite materno Leite materno Leite materno Leite materno
noite

Com o inicio da introdução de alimentos complementares é


necessário oferecer água.
Esquema para introdução dos
alimentos complementares
• Iniciar com a introdução de sucos de frutas;
• Evoluir para papas de frutas;
• Seguir para legumes, hortaliças e tubérculos
cozidos;
• Só então iniciar as papas salgadas.
Para o preparo de sucos
• Escolher frutas frescas, da época e maduras;
• Não adicionar açúcar aos sucos de fruta, a não ser em limonadas ou
suco de maracujá.
• As hortaliças também podem ser combinadas às frutas na elaboração
do suco (cenoura com laranja, couve com limão e maracujá).
• Preparar o suco no momento de servir para preservar o sabor e o valor
nutritivo.
• De início devem ser oferecidos em pequena quantidades (10 a 30ml) e
aumentados gradativamente (100ml).
• Oferecer após as refeições ou no intervalo delas, nunca antes.
• Suco de laranjas mais ácidas podem ser oferecidas adicionadas de
água fervida, diminuindo gradativamente o volume de água conforme
a aceitação da criança
Para o preparo de papa de fruta
• São excelentes para estimular a mastigação.
• Podem ser raspadas ou amassadas.
• É importante variar as frutas para melhorar o
funcionamento do intestino.
– Banana-maça e maça são obstipantes
– Mamão, banana-nanica e abacate são laxantes
• Iniciar com uma colher por dia e aumentar
gradativamente até a criança consumir a fruta
inteira.
Para o preparo de papas salgadas
• Iniciar com pequenas porções (uma colher de sopa ao dia)
e um alimento diferente por vez para avaliar possíveis
reações alérgicas, evoluindo para porções maiores de
acordo com aceitação da criança.
• Iniciar com consistência mais líquida, porém sem
liquidificar ou passar pela peneira, somente amassar com
o garfo até servir os alimentos em pequenos pedaços,
respeitando a maturidade da criança.
• Utilizar as sopinhas industrializadas pronta em ocasiões
especiais.
A sopa deverá ser preparada com:
• 1° grupo: carnes – carne bovina (músculo,
coxão-mole, patinho, acém, etc), frango sem
pele, peixe sem espinhas (cação, badejo,
linguado) e vísceras (figado bovino ou de ave),
ovos somente a gema, clara somente após os 10
meses.
A sopa deverá ser preparada com:
• 2° grupo: hortaliças
– Verduras: acelga, espinafre, almeirão, couve,
repolho, etc.
– Legumes: cenoura, abóbora, abobrinha,
beterraba, chuchu, vagem (duas variedades)
A sopa deverá ser preparada com:
• 3° grupo: cereais e tubérculos ( um deles ou
um de cada grupo)
– Cereais – arroz, macarrão, aveia, semolina, fubá,
etc
– Tubérculos – batata, mandioca, mandioquinha,
inhame, etc.
Os 10 passos para a alimentação de
crianças menores de 2 anos (OMS)
1. Dar somente leite materno até os 6 meses, sem oferecer água,
chás ou qualquer outro alimento.
2. A partir dos 6 meses, introduzir de forma lenta e gradual outros
alimentos, mantendo o leite materno até os 2 anos de idade ou
mais.
3. Após 6 meses, dar alimentos complementares (cereais, tubérculos,
carnes, leguminosas, frutas, legumes) três vezes ao dia se a criança
receber leite materno, e cinco vezes ao dia se estiver desmamada.
4. A alimentação complementar deve ser oferecida sem rigidez de
horários, respeitando-se sempre a vontade da criança.
5. A alimentação complementar deve ser espessa desde o início e
oferecida de colher; deve-se começar com consistência pastosa
(papas/purês) e, gradativamente, aumentar a consistência até se
chegar à alimentação da família.
Os 10 passos para a alimentação
de crianças menores de 2 anos
6. Oferecer à criança diferentes alimentos ao longo do dia. Uma
alimentação variada é uma alimentação colorida.
7. Estimular o consumo diário de frutas, verduras e legumes nas
refeições.
8. Evitar açúcar, café, enlatados, frituras, refrigerantes, balas,
salgadinhos, guloseimas, nos primeiros anos de vida. Usar sal com
moderação.
9. Cuidar da higiene no preparo e manuseio dos alimentos; garantir o
seu armazenamento e conservação adequados.
10. Estimular a criança doente e convalescente a se alimentar,
oferecendo sua alimentação habitual e seus alimentos preferidos e
respeitando a sua aceitação.
Alimentação para lactentes entre
um e dois anos de idade
• Nesta fase as refeições de sal devem evoluir para refeições
semelhantes às dos adultos.
• Evitar a utilização de alimentos artificiais e corantes, assim como
salgadinhos e refrigerantes.
• Os pais devem oferecer alimentos variados, saudáveis e em
porções adequadas  auto-regulação da fome.
• A refeição deve ser realizada à mesa em cadeiras próprias
(cadeirão) juntamente com a família, em ambiente tranquilo, sem
televisão ligada ou outro tipo de distração.
• Deve ser incentivada a ingestão média de 600ml de leite, assim
como outros derivados (iogurtes, queijos, etc), inclusive as
crianças amamentadas ao seio.
• A recusa alimentar é comum  expor a
criança várias ao alimento (8 a 10 exposições).
• Oferecer sucos e bebida em copo de plástico
após as principais refeições.

“Ao avaliar a ingestão nutricional de uma


criança, devemos verificar os hábitos e
padrões alimentares da família.”
Pirâmide Alimentar para crianças
de 1 a 3 anos
2 porções   1 porção

 2 porções
3 porções 

 1 porção

 4 porções
3 porções 

 5 porções
Grupos de alimentos a sua
quantidade em medidas caseiras
• Grupo dos pães e cereais:
– Arroz cozido: 2 col de sopa
– Aveia: 2 col de sopa
– Batata cozida: 1 unidade pequena
– Macarrão: 2 col de sopa
– Pão de francês: ½ unidade
– Biscoito maisena/ cream cracker: 3 unidades
• Grupo de verduras e legumes:
– Legumes cozido/picados: 1 col de sopa
– Legumes crus: 1 a 2 col de sopa
– Verduras cruas: 3 folhas médias
– Verduras refogadas: 1 col de sopa
Grupos de alimentos a sua
quantidade em medidas caseiras
• Grupo das frutas:
– Banana-nanica: ½ unidade
– Mamão papaia: ½ unidade pequena
– Maça: ½ unidade
– Suco de laranja: ½ copo de requeijão
– Goiaba: 1 unidade
– Laranja: 1 unidade
• Grupo das leguminosas:
– Feijão cozido (grãos): 1 col de sopa
– Lentilha/ervilha/grão-de-bico: 1 col de sopa
Grupos de alimentos a sua
quantidade em medidas caseiras
• Grupo das carnes e ovos:
– Carne de boi cozida/grelhada: 2 col de sopa/ ½ bife (35g)
– Carne frango cozida/ grelhada: ½ sobrecoxa/ 1 filé
pequeno(35g)
– Carne de peixe cozida/ grelhada: ½ posta pequena (65g)
– Bife de figado: ½ bife pequeno
– Ovo cozido: 1 unidade
– Ovo frito: ½ unidade
Grupos de alimentos a sua
quantidade em medidas caseiras
• Grupo dos leites e derivados:
– Leite de vaca fluído: 1 copo médio (200ml)
– Leite em pó integral: 2 col de sopa
– Iogurte de polpa de fruta: 1 pote (120g)
– Queijo prato/mussarela/minas: 2 fatias
• Açúcares e doces:
– Açúcar refinado: 1 col de sopa
– Achocolatado: 1 col de sopa
– Doce caseiro: 1 col de sopa
– Geléia: 2 col de sobremesa
• Óleos e gorduras:
– Manteiga ou margarina: 1 col de chá cheia
– Óleo de soja: 1 col sopa
Referencia bibliografica
• GALISA, M.S, et al. Nutrição: conceitos e
aplicações. São Paulo: Ed. M. Books, 2008.
• Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de
alimentação do Departamento de
Nutrologia: Alimentação do lactente ao
adolescente. 2 ed. São Paulo: SBP, 2008.
Atividade
1. Caracterize fisiologicamente a primeira infância.
2. Que tipos de aleitamento existem? Explique cada um deles e aponte suas
vantagens.
3. Defina colostro e a sua importância.
4. Compare os aspectos nutricionais do leite materno e do leite de vaca com
relação aos macronutrientes.
5. Quando é indicada a oferta de água para crianças menores de 6 meses?
Explique.
6. Defina alimentação complementar.
7. Que cuidados devem ser tomados na introdução de novos alimentos no
plano alimentar do lactente?
8. Proponha um plano alimentar para um bebê de 1 ano e 6 meses com base na
pirâmide alimentar para crianças de 1 a 3 anos, contendo 6 refeições diárias.
9. Sugira 3 combinações de alimentos, segundo as recomendações anteriores,
para a confecção de uma sopinha para um bebê que iniciou a alimentação
complementar. Faça todas as recomendações necessárias à sua introdução
(introdução de papas salgadas).

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