Вы находитесь на странице: 1из 37

Escola de Ciências Sociais Aplicadas

Curso: Serviço Social

AULA 2 – Conceito de Estado


Moderno e Sociedade Civil

Disciplina: Estado e Movimentos


Sociais 1
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

PLATÃO:
o Rei-Filósofo para a justiça
428-347 a.C.
Para Platão, cada indivíduo tem em sua alma três
Razão princípios fundamentais que a constitui:

Coragem
Alma racional - que busca o conhecimento e deve
reger a vida humana;

Alma irascível - que é o seu princípio de defesa;


Apetites
Alma Desejante - que busca a satisfação dos
instintos, impulsos, desejos e paixões.

Através da educação, o indivíduo deve alcançar o


equilíbrio entre essas três partes, no entanto, a alma
racional deve preponderar.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Depois, fazendo uma analogia entre o indivíduo e a cidade (polis),


Platão também dividiu esta em três grupos sociais

Produtores – responsáveis pela produção econômica: agricultores, pastores, artesãos, etc. Este
grupo corresponderia à Alma Desejante.

Guardiões – responsáveis pela defesa da cidade, como os soldados. Este grupo


corresponderia a Alma Irascível.

Governantes – responsáveis pelo governo da cidade. Este grupo corresponderia à Alma


Racional.
A justiça na cidade dependeria do equilíbrio entre esses três grupos sociais, ou seja
cada qual cumprindo sua função, uma vez que se trata de aspectos necessários à vida
da cidade.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

A razão está para o corpo na mesma proporção que o governante


está para cidade.
Mas quem deve ser o governante?
Platão propõe um modelo de educação que possibilite iguais
condições de acesso a todos os indivíduos, independente do
grupo social a que pertença.
Ao mais aptos continuariam até o ponto mais alto deste
processo: a FILOSOFIA.
Os mais sábios seriam os habilitados a administrarem a cidade.

Dizemos, por isso, que a concepção política de Platão é Aristocrática, pois


supões que a grande massa de pessoas é incapaz de dirigir a cidade e que
apenas uma pequena parcela de sábios está apta a exercer o poder político.

Para Platão o filósofo é aquele que, saindo do mundo das trevas, da ilusão,
alcança a verdade, o mundo das idéias. O rei-filósofo é aquele que pela
contemplação das idéias, conheceu a essência da justiça, por isso deve
governar a cidade.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social
ARISTÓTELES:
o homem como animal político
384-322 a.C.

Por virtude, Aristóteles entende o hábito Na filosofia aristotélica a política é o


de praticar ações que estejam no meio desdobramento natural da ética.
entre os dois excessos. Ambas, na verdade, compõem a
unidade do que Aristóteles chamava
de filosofia prática.

Se a ética está preocupada com a


felicidade individual do homem, a
VÍCIO POR FALTA VIRTUDE VÍCIO POR
EXCESSO política se preocupa com a felicidade
Covardia Coragem Temeridade
coletiva da polis. Logo, o papel da
política é investigar e descobrir as
Avareza Liberdade Prodigalidade
formas de governo e de instituições
Irascibilidade Gentileza Indiferença capazes de assegurar a felicidade
Modéstia Magnificência Vaidade coletiva.
Vulgaridade Respeito próprio Vileza
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

É de Aristóteles a afirmativa de que ”o homem


é um animal político”, isto é, que o homem é
por natureza um ser social, pois, para
sobreviver, não pode ficar completamente
isolado de seus semelhantes.

A polis grega, portanto, é vista por Aristóteles


como um fenômeno natural para o homem.
Logo, a sociedade deve ser organizada
conforme esta mesma natureza humana.
Buscando como bens sociais aquelas coisas
que correspondem aos anseios dos homens
que a organizam.

Aristóteles entende ainda que a cidade tem precedência sobre cada um dos
indivíduos, uma vez que cada indivíduo isoladamente não é auto-suficiente,
pois a falta de um indivíduo não destrói a cidade. Logo, “o todo deve
necessariamente ter precedência sobre as partes”.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Aristóteles distinguia duas


espécie de seres humanos:
1. os que vegetam em tribos amorfas e
selvagens ou formam imensos reba-
nhos em monarquias monstruosas
2. Os que se encontram harmoniosa-
mente associados em cidades (polis).
Os primeiros nasceram para ser escra-
vos, para que os últimos pudessem
dar-se ao luxo de gozar de um modo
mais nobre de vida.
Como se vê, Aristóteles defendia que os homens não são naturalmente iguais, pois
uns nascem para escravidão e outros para o domínio. Seu pensamento era reflexo
da realidade social da Atenas clássica: onde a sociedade estava dividida em três
grupos sociais:

CIDADÃOS – homens maiores de 21 anos filhos de pai e mãe atenienses.


METECOS – estrangeiros que moravam em Atenas. Não tinham direitos políticos.
ESCRAVOS – a grande maioria da população. Considerados propriedade de seus
senhores. Havia leis que impediam maus tratos contra escravos.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

MAQUIAVEL:
os fins justificam os meios
(1469-1527)

Concebeu o pensamento político moderno desvinculado dos conceitos éticos


do pensamento antigo e dos valores cristãos do período medieval.

Para Maquiavel havia uma distância entre a


teoria e a prática política.
Quando escreve o Príncipe (1513-15), trata
a política como ela realmente se dá, sem
nenhum arranjo teórico.

Muitos afirmam que o papel da política seria o


de regular as lutas e tenções entre o povo e os
poderosos. As tenções entre classes existirão
sempre, logo, segundo Maquiavel, buscar este
apaziguamento é uma ilusão. Itália na época de Maquiavel
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

O foco para Maquiavel sempre foi o Estado, não aquele imaginário


e que nunca existiu; mas aquele que é capaz de impor a ordem! O
ponto de partida e de chegada é a realidade corrente, ou seja: ver
e examinar a realidade como ela é e não como se gostaria que
fosse.

O que Maquiavel se questiona incessantemente é: como fazer


reinar a ordem – como instaurar um estado estável – como
resolver o ciclo de estabilidade e caos. Ele chega a algumas
conclusões interessantes – A ordem deve ser construída para
evitar a barbárie. Uma vez alcançada, não é definitiva.

Em O Príncipe, Maquiavel faz uma análise não-moral dos atos de diversos


governantes, procurando mostrar em que momentos suas opções foram
interessantes para manutenção do poder.
O grande mérito de Maquiavel foi o de ter separado a reflexão política do âmbito
da moral e da religião, constituindo-se numa esfera autônoma.
Assim, no campo da política, os fins justificam os meios. Já no campo da moral,
não seria correto separa meios e fins, pois toda conduta deve ser julgada pelo
todo de suas ações e conseqüências, o que engloba caminhos e metas.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

HOBBES:
a necessidade do Estado soberano

(1588-1679)
Hobbes foi o primeiro dos filósofos chamados contratualistas.
Afirmava a necessidade de um contrato ou pacto social para garantir
a vida coletiva.

Por que um contrato?


- Porque em seu estado natural, todo homem é
livre e igual, logo, a relação entre iguais
precisaria ser arbitrada por alguém ou alguma
instância, daí a necessidade desse acordo.

Hobbes descordava de Aristóteles no que diz respeito a sociabilidade


natural do homem e de sua natural vocação para vida social.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Para Hobbes, cada homem sempre encara seu semelhante como um


concorrente que precisa ser dominado. Onde não houver domínio de um
homem sobre o outro, haverá uma competição intensa até que esse domínio
seja alcançado.

A conseqüência óbvia desta disputa infindável entre homens em


estado de natureza foi a geração de um estado de guerra e de
matança permanente nas comunidades primitivas.
Nas palavras de Hobbes:
“o homem é o lobo do próprio homem”
Só havia uma forma para dar fim a brutalidade social
primitiva: a criação social da sociedade política,
administrada pelo Estado. Para isso os homens tiveram
que firmar um contrato entre si, pelo qual cada um
transferiria o se poder de governo sobre si próprio para
um terceiro – o Estado – para que este governasse a
todos, impondo ordem, segurança e direção à
conturbada vida social
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

A questão da defesa de um Estado


absoluto, forte marca em todo o corpo
do Leviatã, se historiizada - e esta
contextualização histórica passa
principalmente pela compreensão do
impacto que um clima de instabilidade
política, experimentado pela sociedade
inglesa da época, causara nas
investigações e reflexões de Hobbes –
é atenuada diante da rica diversidade
teórico-filosófica desenvolvida pelo
autor sobre o homem, o Estado e a
sociedade.
No Leviatã, compara o Estado a uma criação monstruosa do homem, destinada a por
fim à anarquia e ao caos da comunidade primitiva. O nome Leviatã refere-se ao
monstro bíblico citado no livro de Jó da seguinte maneira: “seu corpo é como
escudos de bronze fundidos (...) em volta de seus dentes está o terror (...) seu
coração é duro como a pedra e apertado como a bigorna do ferreiro. No seu pescoço
está a força, e diante dele vai a fome (...) não há poder sobre a terra que se lhe
compare, pois foi feito par anão ter medo de nada”
(Jó 40-41).
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

LOCKE: a concepção do Estado liberal

Assim como Hobbes, John Locke também refletiu sobre a


(1632-1704) origem do poder político e sobre sua necessidade para
congregar os homens, que, em estado de natureza,
viviam isolados.

Ao contrário de Hobbes, que via no estado de natureza um estado de


violência humana, Locke faz uma reflexão mais moderada.

No estado de natureza todos seriam iguais, livres e juízes de suas próprias


causas, o que traria problemas de relacionamento entre os indivíduos.

É neste contexto que nasceria o Estado, com a função de garantir a


segurança dos indivíduos e de seus direitos naturais, como a liberdade, a
igualdade e a propriedade, conforme expõe Locke em sua obra Segundo
tratado sobre o governo.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

LOCKE X HOBBES

Diferentemente de Hobbes, portanto, Locke concebe


a sociedade política como um meio de assegurar os
direitos naturais do indivíduos e não como o
resultado de uma transferência dos direitos do
indivíduo ao governante.

Assim nasce a concepção de ESTADO LIBERAL, segundo a qual o


Estado deve regular as relações entre os homens e atuar como juiz
nos conflitos sociais. Mas deve fazer isso garantindo as liberdades
e direitos individuais, tanto no que se refere ao pensamento e
expressão quanto à propriedade e atividade econômica.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social
MONTESQUIEU: a divisão de poderes

(1689-1755)
Executivo
Montesquieu é o autor de uma
das teorias políticas mais
interessantes do Estado
moderno: a divisão funcional
dos três poderes.
Judiciário Legislativo

Ao refletir sobre as possibilidades de abuso do poder nas monarquias,


Montesquieu propôs que se estabelecesse a divisão do poder político em
três instâncias:
PODER EXECUTIVO (que executa as normas e decisões relativas à
administração pública),
PODER LEGISLATIVO (que elabora e aprova as leis) e
PODER JUDICIÁRIO (que aplica as leis)
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

ROUSSEAU:
a legitimação do Estado pela vontade geral
(1712-1778)
Rousseau, assim como Hobbes e Locke, é outro dos
pensadores modernos que formulou uma teoria contratualista
sobre a relação Estado-sociedade.

Características do Discurso sobre a origem das desigualdades:


• Valorização da vida natural;
• Ataque à corrupção, a avareza e os vícios da sociedade,
• Exaltação à liberdade que o homem selvagem teria desfrutado
na pureza de seu estado natural,
• Denunciando a falsidade e ao artificialismo da vida civilizada.

No contrato social, Rousseau defende a tese de que o único fundamento legítimo do


poder político é o pacto social pelo qual cada cidadão, como membro de um povo,
concorda em submeter sua vontade particular à vontade geral.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Rousseau dizia que cada homem, como cidadão, somente deve


obediência ao poder político se esse puder representar a vontade geral do
povo ao qual pertence. O compromisso de cada cidadão é com o seu
povo. Somente o povo é a fonte legítima da soberania do Estado.

Assim cada cidadão passa a assumir obrigações em relação à


comunidade política sem estar submetido à vontade particular de uma só
pessoa. Unindo-se a todos, cada cidadão só deve obedecer às leis – que,
por sua vez, devem exprimir a vontade geral. Logo,

REPEITAR AS LEIS
=
OBEDECER À VONTADE GERAL
=
RESPEITAR A SI MESMO
=
CIDADANIA
=
BEM COMUM
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Estado
Hegel (1770-1831)

• O Estado político é a esfera dos interesses públicos e


universais no qual as contradições estão
mediatizadas e superadas. O Estado não é a
expressão ou o reflexo do antagonismo social, mas
sua superação. É a unidade recomposta e
reconciliada consigo mesma.

Disciplina: NOME DA DISCIPLINA 18


Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Estado
De acordo com Montaño e Duriguetto (2010), para Hegel
o Estado ideal envolve uma relação justa e ética da
harmonia entre os elementos da sociedade. O Estado é
eterno, não histórico; transcende a sociedade como uma
coletividade idealizada. Ele é mais do que as instituições
políticas.

O Estado é para Hegel o representante da coletividade


social, acima dos interesses particulares das classes,
assegurando que a competição entre os indivíduos e os
grupos permanecessem em ordem, enquanto os
interesses coletivos do “todo” social seriam preservados
na ações do próprio Estado.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Estado
Karl Marx (1818-1883)

• O Estado é para Marx, nada mais que um órgão ou


instrumento de dominação de uma classe sobre a outra.
Para ele as idéias dominantes de uma época são as
idéias da classe economicamente dominante do
período.

• O tema Estado na obra de Marx está sempre vinculado


à noção de que a estrutura social e a consciência
humana estão na relação direta das condições materiais
de uma sociedade. Desta maneira as formas de Estado
emergem das relações de produção e não do
desenvolvimento geral da mente humana, ou do
conjunto das vontades humanas.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Estado
Max Weber (1864-1920)
• A autoridade política se caracteriza pelo exercício de
um das três formas:
• Legalidade – Burocracia: tem sua base de
fundamentação na tradição jurídica, no direito. A
autoridade política é legal, pautada pela “ordem
impessoal do direito” e os governados devem
obediência às regras e normas que compõem a
ordem impessoal, como as constituições e demais
códigos jurídicos característicos do Estado Moderno.
A forma em que se estrutura e funciona um Estado
de Direito ou de bases legais é a Burocracia.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

• Tradição – Patrimonialismo: É Estado que têm como


domínio político o modelo de autoridade pessoal do
governante, advinda do costume e exercida
tradicionalmente, seus princípios têm uma certa rigidez,
sendo fixos e formais. Nas circunstâncias de governos
tradicionais, os governados podem ser pares ou súditos
e os servidores são ligados pessoalmente ao chefe. É o
oposto do princípio da impessoalidade, neste perfil,
predominam as relações pessoais e de influência junto à
autoridade.
• Segundo Montaño e Duriguetto (2010) para Weber, o
Estado é uma organização que representa uma forma
de manifestação da política correspondente a
racionalização própria da sociedade moderna.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

• Carisma: Quando abolidos os regimes tradicionais ou


legais. As autoridades se constituem a partir do
“carisma, qualidade tida como excepcional de liderança,
que se manifesta como uma espécie de magnetismo
pessoal mágico e que leva a pessoa ‘carismática a ter
certa preponderância sobre as demais”.

• Podem ser situados como autoridades carismáticas,


heróis militares, líderes revolucionários, demagogos,
ditadores, líderes político-religiosos - que governam
estados cujas doutrinas e confissões guiam
politicamente os governados, entre outros.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

MARX e ENGELS:
o Estado como instrumento de
(1818-18863) dominação de classe. (1820-1895)
Marx e Engels compreendem que a comunidade humana primitiva era uma
sociedade sem classes e sem Estado. Nela, as funções administrativas eram
exercidas pelo conjunto dos membros da comunidade

No momento do desenvolvimento econômico em que surgiram as


desigualdades de classe e os conflitos entre explorados e exploradores.

Assim, o papel do Estado teria sido o de amortecer o choque desses conflitos,


evitando o confronto direto entre as classes.

Até aqui não estamos longe da teoria liberal, contudo, segundo


Engels, o Estado nasce no meio do conflito, e desde sempre, foi
representado pela classe mais poderosa, com o intuito de reprimir
a classe dominada: os escravos na antiguidade, os servos no
feudalismo e os assalariados no capitalismo.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

O Estado atua como instrumento do


domínio de classe. Ele é determinado
pela estrutura social de modo a atender
s demandas específicas de uma dada
forma de sociabilidade, garantindo que
essa forma se mantenha.

Isso significa que o Estado só existe para administrar os problemas causados


pela forma anti-social (desigual, excludente) da sociedade civil. E ele só
poderia deixar de existir quando a sociedade não fosse mais dividida em
classes antagônicas.

Assim, Marx e Engels diferenciaram-se de todos os outros


autores anteriores, porque sua crítica ao Estado não visava
atingir uma ou outra forma de Estado, mas a essência
mesma do Estado, de qualquer Estado: o Estado se origina
exatamente das insuficiências de uma sociedade realizar em
si mesma, de forma concreta, os idéias universalistas, ou
seja, em garantir em sua dinâmica a igualdade de condições
sociais. Portanto, o Estado nasce da desigualdade para
manter a desigualdade.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Estado
Antonio Gramsci (1891-1937)

• O Estado é todo complexo de atividades práticas e


teóricas com as quais a classe dirigente não só justifica
e mantém seu domínio, mas consegue obter o consenso
ativo dos governados (Montaño e Duriguetto 2010, p.45)
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Sociedade Civil
Hegel (1770-1831)

• A sociedade civil é um sistema de carecimentos,


estrutura de dependências recíprocas, na qual os
indivíduos satisfazem suas necessidades através do
trabalho, da divisão do trabalho e da troca; asseguram a
defesa de suas liberdades, propriedades e interesses
através da administração da justiça e das corporações.
Trata-se da esfera dos interesses privado,
econômico/corporativos e antagônicos entre si.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Sociedade Civil
Karl Marx (1818-1883)
• Para Marx, a sociedade civil não é fundada pelo Estado
que lhe absorve, como afirmara Hegel. Ao contrário, é a
sociedade civil, como conjunto das relações econômicas
que explica o surgimento do Estado, seu caráter e a
natureza de suas leis.

• A sociedade civil se divide em classes sociais que se


constituem em função de diferentes posições dos
indivíduos em face dos meios de produção.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Sociedade Civil
Antonio Gramsci (1891-1937)

• A sociedade civil como parte do momento estrutural,


como Marx a classifica, constituiu o ponto de partida
para a análise de Gramsci. Entretanto este
introdução profunda inovação na tradição marxista:
é integrar a sociedade civil ao momento
superestrutural. Este é constituído por dois grandes
níveis: a sociedade civil (conjunto dos organismos
vulgarmente denominados privados); e o segundo,
denominado sociedade política ou Estado.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

• Para Gramsci não há isolamento da sociedade civil


com relação ao mundo da produção. Este constitui o
solo da sociabilidade a partir da qual se produzem
interesses e antagonismos; se forjam as agregações
de interesses e vontades, se produz a subordinação
fundamental.
• O conceito de sociedade civil liga-se ao terreno das
relações sociais de produção, das formas sociais de
produção, da vontade e da consciência e ao papel
que, em ambas, exerce o Estado.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

• A sociedade civil é o momento organizativo a mediar as


relações de produção e a organização do Estado,
produzindo organização e convencimento. A sociedade
civil faz parte do Estado (Superestrutural), que por sua
vez é permeado por interesses e conflitos das classes
sociais conformadas na estrutura econômica (Montaño e
Duriguetto 2010, p.45-46).
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

FUNÇÃO DO ESTADO
Não existe consenso sobre esta questão. Muitas respostas foram dadas,
mas destacamos duas, defendidas por correntes opostas: a liberal e a
marxista.
O QUE DEVE SER O ESTADO O QUE É O ESTADO
X
A função do Estado é agir como O Estado não é um simples
mediador dos conflitos entre os mediador de grupos rivais, mas
diversos grupos sociais, uma instituição que interfere de
promovendo a conciliação, modo parcial, quase sempre
amortecendo choques entre tomando partido das classes
setores divergentes e, enfim, sociais dominantes. Assim, a
harmonizando os grupos rivais, função social do Estado é
preservando o interesse do bem garantir o domínio de uma
comum. classe sobre a outra
John Locke Karl Marx
Jean-jacques Rousseau Friedrich Engels
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

ESTADO X SOCIEDADE CIVIL

Costuma ser definida como o largo campo das relações sociais que se
desenvolve fora do poder institucional do Estado.
Sindicatos, Empresas, Escolas, Clubes, Movimentos, Associações, etc.
O relacionamento entre os membros da sociedade civil provoca o
surgimento das mais diversas questões: Econômicas, Sociais, Culturais,
Trabalhistas, etc.

Os partidos políticos surgem para atuar como ponte entre a sociedade


civil e o Estado, pois não pertencem, por inteiro, nem ao Estado nem a
sociedade civil
Ao partidos deveriam captar os desejos da sociedade e encaminhá-los
para o campo da decisão política do Estado.
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

REGIMES POLÍTICOS
É o modo característico pelo qual o Estado se relaciona com a sociedade
civil. Na linguagem política contemporânea, os regimes políticos são
classificados em dois tipos fundamentais:
DEMOCRACIA e DITADURA
Palavra de origem grega Palavra de origem latina que
que significa poder do povo significa ditar, imputar.

DEMOCRACIA DIRETA  Eliminação da participação


X popular.
DEMOCRACIA REPRESENTATIVA
 Concentração do poder político

Participação política do povo Inexistência do Estado de


direito
Divisão funcional do poder
político  Fortalecimento da repressão

 Vigência do estado de direito Controle dos meios de


comunicação
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Questão para Debate

Senadores empregam fantasmas e até parlamentares cassados


(Jornal o Globo de 11/03/2012).
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

• Senado é uma das câmaras dos parlamentos. Seus


membros – os senadores – representam os Estados-
membros da Federação e podem ser eleitos diretamente
(como no caso do Brasil) ou por indicação do Estado
que representam (exemplo típico: Alemanha).

• As suas atribuições variam de país para país, sendo que


no Brasil têm a responsabilidade de zelar pelos direitos
constitucionais do povo, julgar o Presidente da
República e analisar e votar projetos de lei, entre outras
atividades. Cada Estado e o Distrito Federal elegem três
Senadores, com um mandato de oito anos, renovando-
se a representação de quatro em quatro anos,
alternadamente, por um e dois terços. Cada Senador é
eleito com dois suplentes, registrado na sua chapa, que
o substitui na ordem de registro. No Brasil, só podem ser
eleitos os que possuírem 35 anos ou mais. (Google
apud Wikpédia)
Escola de Ciências Sociais Aplicadas
Curso: Serviço Social

Referência:
MONTAÑO, Carlos e DURIGUETTO, Maria Lúcia.O
Estado Moderno e a sociedade civil nos clássicos da
teoria política, In: Estado, Classe e Movimento Social.
1ª Ed., São Paulo:Cortez, 2010. (Biblioteca básica de
Serviço Social)

Вам также может понравиться