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Psicológicos da
Educação
Aula 03 – História Crítica das
relações entre Psicologia e
Educação: explicações para o
fracasso escolar
Angelina Pandita Pereira
Objetivo da aula
Compreender criticamente as
contribuições da Psicologia da
Educação ao campo das ideias
pedagógicas no contexto histórico
brasileiro.
Que letra é essa? A
história de Patrick
Explicação inatista
Explicação
/ médico- Explicação técnica
sociofamiliar
organicista
Souza (2004)
Explicações inatistas/médico-organicistas
Se baseiam em teorias essencialistas de desenvolvimento
(ASBAHR; NASCIMENTO, 2013).
http://pasandoeltiempo2.blogspot.com.br/
Explicação sociofamiliar
- “instrumentos conceituais da psicologia clinica de inspiração psicanalítica, que buscam no
ambiente sociofamiliar as causas dos desajustes infantis. Amplia-se, assim, o espectro de
possíveis problemas presentes no aprendiz, que supostamente explicam seu insucesso escolar:
as causas agora vão desde as físicas até as emocionais e de personalidade, passando pelas
intelectuais” (p. 68)
- relação pobreza econômica pobreza cultural pobreza psíquica
Higiene mental escolar: visa estudar e corrigir os desajustamentos infantis.
Classes fracas
Fábricas de rótulos
Embora as práticas continuem a sistematicamente se voltar a negros e pobres, a explicação se
desloca da raça para a cultura, e uma concepção de cultura elitizada, sem consideração das
relações de poder.
Teoria da Carência Cultural
Esther Milner (1951) – relações entre prontidão para a leitura e padrões de interações pais e filhos.
“Quando de seu ingresso na escola, a criança de classe baixa parece ressentir-se principalmente de
duas vantagens que a criança de classe média tem. A primeira é uma atmosfera familial afetuosa e
positiva ou um padrão de relação com adultos que está sendo reconhecido como um requisito de
motivação para qualquer tipo de aprendizagem controlada por adultos. As crianças de classe baixa,
no estudo de Milner, percebiam o adulto principalmente como hostil. A segunda vantagem é descrita
como ampla oportunidade de interagir verbalmente com adultos. Este segundo ponto pode ser
ilustrado por uma atmosfera radicalmente diferente em torno da mesa das refeições. Nos lares das
crianças com elevados escores (as de classe média) havia conversação mais espontânea durante as
refeições entre adultos e crianças. Em contraste, pais de crianças com baixos escores (as de classe
baixa) tendiam a proibir ou desencorajar a conversação das crianças durante as refeições”. (p. 73)
Converte-se em educação compensatória com profecia auto realizadora. Em contexto que divisão de
classe coincide em grande medida com divisão racial, reproduz-se, de forma mais sutil, o preconceito.
Explicação sóciofamiliar e colonização
“É preciso limitá-lo (o colonizado) pela coerção psicológica, por várias formas de violência
simbólica, a violência que afirma a supremacia dos valores brancos, a agressividade que
impregna o confronto vitorioso desses valores com os modos de vida ou do pensamento do
colonizado. Uma delas, a imposição arbitrária de um ambiente cultural – apresentado, no
entanto, como único verdadeiro, pois evoluído, civilizado – opera pela detração do colonizado e
de suas formas de viver” (p. 412)
E professores, psicólogos, médicos e policiais acabam como cães de guarda (expressão de
Fanon) desse sistema.
Papel do psicólogo – situar o acontecido historicamente. “se trata de estudar as situações e não
apenas processos patológicos em andamento dentro dos indivíduos; que os contextos mais
amplos não existem lá fora, em determinada periferia do capital social, mas estão nos
interstícios de tudo o que abrangem” (Patto, 2015, p. 414, com base em Fannon e Laing)
Esta explicação na fala de uma
professora
“estas crianças vêm para a escola todas sujas, malcheirosas, a família não está nem aí. Não tem
o mínimo de noção de espaço, coordenação, lateralidade é toda atrapalhada. Algumas crianças
não tem nada de discriminação visual, como é que eu posso alfabetizar? As histórias são de
amargar: em casa tem pai bêbado, a mãe que espanca e vive cheia de amantes e o irmão
drogado” (PATTO, 2009, p. 408)
Explicação de ordem técnica
Professor, individualmente, não se relaciona OS SONS DA MINHA PRÓPRIA VOZ...
apropriadamente com a singularidade do aluno.
Me
Não está preparado para o aluno pobre. pergunto se
minha
Não conhece o aluno concreto. professora
fica cansada
Não teve formação técnica adequada, está preparado
de dizer
para o estudante ideal, mas não para o estudante das Blá Blá Blá o
classes populares. (ANGELLUCI; KALMUS; PAPPARELLI; dia todo...?
PATTO, 2004)
Explicação técnica
Teorias críticas
Teorias tradicionais
Souza (2004)
Por que alguns estudantes não Em que condições a dificuldade no
aprendem? processo de aprendizagem emerge?
18/09 – avaliação
25/09 - Piaget
Calendário da turma da noite
11/09 – Participação nas apresentações de trabalho
18/09 – avaliação
25/09 - Piaget
Atividade de aprofundamento e
consolidação de aprendizado.
Ensaio – sugestão de estrutura
• Aula seguinte
• PIAGET, J. Os progressos da Psicologia da Criança e do
Adolescente. In: PIAGET, J. Psicologia e Pedagogia. Rio
de Janeiro: Forense Universitária, 2017, p. 22-37.
Complementar:
• MONTOYA, A.O.D. Contribuições da Psicologia e
Epistemologia Genéticas para a educação. In: CARRARA,
K. (org). Introdução à Psicologia da Educação: seis
abordagens. São Paulo: Avercamp, 2004, p. 157-186.
• PIAGET, J. A epistemologia genética. São Paulo: Abril
Cultural, 1983.
PATTO, Maria Helena Souza. "De gestores a cães de
guarda: sobre psicologia e violência. Temas em
Psicologia, v. 17, n. 2, p. 405-415, 2009. Disponível em:
<
http://pepsic.bvsalud.org/pdf/tp/v17n2/v17n2a12.pdf
>. Acesso em: 01 Ago. 2019.
ANGELUCCI, C.B.; KALMUS, J.; PAPARELLI, R. e PATTO,
M. H. S. O estado da arte da pesquisa sobre o fracasso
escolar (1991-2002): um estudo introdutório. Educação
e Pesquisa, vol.30, n.1, p. 51-72, 2004.
• Complementar:
PATTO, Maria Helena Souza. "Escolas cheias, cadeias
vazias" nota sobre as raízes ideológicas do pensamento
educacional brasileiro. Estud. av., São Paulo, v. 21, n.
61, p. 243-266, Dez. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pi
d=S0103-40142007000300016&lng=en&nrm=iso>.
Acesso em: 18 Fev. 2019.
PATTO, M. H. S. Raízes históricas das concepções sobre
fracasso escolar: o triunfo de uma classe e sua visão de
mundo. In: PATTO, M. H. S. A Produção do Fracasso
Escolar: histórias de submissão e rebeldia. 3ª ed. São
Paulo: Casa do Psicólogo, 1999. p. 23 - 72. OU 4ª Ed