Вы находитесь на странице: 1из 27

Universidade Católica de Moçambique

Faculdade de Ciências de Saúde


Curso de Licenciatura em Farmácia - 3º ano
IIº Semestre - Módulo II
Tratamento da Leucemia

Discentes:
Adriana Helena João Maurício
Eliete Sara João Ferrão
Idalêncio Pedro David
Docente:
Simone Armando Chunguane
Telda Lemos sozinho
Beira, 2019

22.11.2019 12° Grupo 1


Conteúdos
1. Introdução;
2. Objectivo;
3. Conceito; Epidemiologia;
4. Factores de risco;
5. Mecanismo fisiopatológico;
6. Tipos de leucemia;
7. Sinais e sintomas;
8. Diagnostico;
9. Tratamento;
10. Modo de prevenção;
11. Conclusão;
12. Referência bibliográfica;

22.11.2019 2
1.Introdução
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA - Brasil) existem mais de 12 tipos de
leucemia, sendo que os quatro primários são leucemia mielóide aguda (LMA),
leucemia mielóide crónica (LMC), leucemia linfocítica aguda (LLA) e leucemia
linfocítica crónica (LLC). O aspecto comum deste grupo heterogéneo de neoplasias é
a sua origem a partir das células progenitoras hematopoéticas. Essas doenças
envolvem primariamente a medula e, em menor grau, os órgãos hematopoiéticos
secundários (baço, fígado e linfónodos) e geralmente se manifestam através de
sintomas relacionados com hematopoiese alterada. O presente trabalho versará
acerca da Quimioterapia da Leucemia, em que no mesmo encontrar-se-ão aspectos
referentes ao conceito, epidemiologia, factores de risco, mecanismo fisiopatológico,
tipos, sinais e sintomas, diagnostico, tratamento e o modo de prevenção da leucemia.

22.11.2019 3
2.Objectivos
2.1. Geral
 Conhecer o tratamento a base de quimioterápicos na leucemia.

2.2. Específicos
 Conceituar a leucemia;
 Classificar os diferentes tipos de leucemia;
 Mencionar os estágio de progressão da leucemia linfocítica crónica;
 Explicar o tratamento a base de quimioterápicos na leucemia.

22.11.2019 4
3. Leucemia- Conceito e Epidemiologia
A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos, geralmente, de origem
desconhecida. Tem como principal característica o acúmulo de células doentes na
medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais.(INCA)

Epidemiologia
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do biénio
2018/2019, sejam diagnosticados 5.940 casos novos de leucemia em homens e
4.860 em mulheres. Esses valores correspondem a um risco estimado de 5,75 casos
novos a cada 100 mil homens e 4,56 casos novos para cada 100 mil mulheres. O risco
de desenvolver LLA é maior em crianças de até 5 anos. Após essa idade, o risco
declina lentamente até a faixa dos 20 anos, começando a aumentar lentamente
após os 50 anos. Cerca de 40% dos casos de LLA acontecem em adultos.(INCA)

22.11.2019 5
4.Factores de risco

As causas da leucemia ainda não estão definidas, mas suspeita-se da


associação entre determinados factores com o risco aumentado de desenvolver
alguns tipos específicos da doença:
 Tabagismo: LMA;
 Benzeno (encontrado na gasolina e largamente usado na indústria química):
LMA e LMC, LLA;
 Radiação ionizante (raios X e gama) proveniente de procedimentos médicos
(radioterapia). O grau de risco depende da idade, da dose de radiação e da
exposição: LMA e LMC e LLA. (ONCOGUIA,2018)

22.11.2019 6
5. Mecanismo fisiopatológico
A malignização costuma ocorrer nas células-tronco pluripotemtes, embora,
de vez em quando, ocorre na célula-tronco diferenciada com capacidade mais
limitada de auto-renovação. A proliferação anormal, expansão clonal e
diminuição de apoptose (morte celular programada) acarreta substituição dos
elementos sanguíneos normais por células malignas.(MSD,2018)

22.11.2019 7
6.Classificação da leucemia
As leucemias podem ser agrupadas com base na velocidade em que a doença
evolui e torna-se grave(aguda ou crónica), todavia também podem ser agrupadas
baseando-se nos tipos de glóbulos brancos que elas afectam: linfóides ou
mielóides. (INCA)
Combinando as duas classificações, existem quatro tipos mais comuns de
leucemia:
 Leucemia linfóide crónica (LLC);
 Leucemia linfóide aguda(LLA);
 Leucemia mielóide crónica(LMC);
 Leucemia mielóide aguda(LMA).

22.11.2019 8
7.Sinais e sintomas

Os principais sintomas decorrem do acúmulo de células defeituosas na medula óssea.


A diminuição dos glóbulos vermelhos ocasiona anemia. A redução dos glóbulos
brancos provoca baixa da imunidade, deixando o organismo mais sujeito a infecções
muitas vezes graves ou recorrentes. A diminuição das plaquetas ocasiona
sangramentos, sendo os mais comuns das gengivas e pelo nariz e manchas roxas
(equimoses) e/ou pontos roxos (petéquias) na pele. O paciente pode apresentar
gânglios linfáticos inchados, mas sem dor, principalmente na região do pescoço e das
axilas.
Desconforto abdominal (provocado pelo inchaço do baço ou fígado); dores nos ossos
e nas articulações. Caso a doença afecte o Sistema Nervoso Central (SNC), podem
surgir dores de cabeça, náuseas, vómitos, visão dupla e desorientação.(INCA,2018)

22.11.2019 9
8.Diagnóstico e Estadiamento
O hemograma completo, o exame do esfregaço de sangue periférico e o aspirado e
biópsia de medula óssea são essenciais para estabelecer o diagnóstico de leucemia.
(CHABNER & LONGO:2015).
Estadiamento da LLC (HARRISON:2015)

22.11.2019 10
9.Tratamento da leucemia(1)

O tratamento da leucemia pode ser feito com base:


1. No transplante de células-tronco hematopoéticas (TCTH: AL ou AT): terapia
curativa;
2. Na quimioterapia – dividida em três fases:
 Fase de indução;
 Fase de consolidação;
 Fase de manutenção. (Protocolos Clínicos e Directrizes Terapêuticas em
Oncologia:2014)

22.11.2019 11
9.1. Quimioterapia da Leucemia Mielóide Aguda (LMA) (2)
O tratamento da LMA exige uma quimioterapia inicial de indução de remissão,
com o objectivo de atingir remissão completa (RC) da doença e consequente
restauração das células sanguíneas normais. Esta fase é seguida por uma
terapia de pós-remissão para erradicar a doença residual mínima (DRM).
Depois, dois a quatro cursos de “consolidação” com ou sem tratamento
prolongado de “manutenção”.(Protocolos Clínicos e Directrizes Terapêuticas
em Oncologia – Ministério da Saúde, Brasília-DF-2014)

22.11.2019 12
9.1.1.Quimioterapia da LMA no adulto(3)

Terapia de indução Terapia de Consolidação


Tabela 1: Fármacos usados na terapia Tabela 2: Fármacos usados na terapia de
de indução. consolidação.
Citarabina alta-dose (HiDAC)
Ara-C (citosina arabinosídio) + Idarrubicina (7+3)
Fármaco Dosagem Via de Observação
Fármaco Dosagem Via de administração Observação administração

3000 mg/m² IV em 3 horas, a cada 12 horas no D1, D3 e D5


Citarabina 100 mg/m²/dia IV contínua do D1 ao D7
Citarabina 1500 mg/m² IV a cada 12 horas no D1, D3 e D5
Idarrubicina 12 mg/m² IV do D1 ao D3.

22.11.2019 13
9.1.1.1.Mecanismo de acção e resistência da Citarabina(4)
Mecanismo de acção Mecanismo de resistência
A Ara-C é um análogo da 2’- A resposta a Ara-C é fortemente
desoxicitidina, com 2’-hidroxila numa influenciada pelas actividades relativas das
posição trans a 3’-hidroxila do açúcar. A enzimas anabólicas e catabólicas que
2’-hidroxila dificulta a rotação da base determinam a proporção do fármaco
pirimidina em torno da ligação convertido em Ara-CTP. A enzima
nucleosídica e interfere no activadora que limita a velocidade do
emparelhamento das bases. O fármaco processo, a CdK produz a Ara-CMP. A sua
penetra nas células através de um acção é contraposta pela enzima de
transportador nucleosídico e é degradação citidina desaminase, que
convertido em outra forma activa, o 5’- converte o Ara-C num metabólito atoxico,
monofosfato ribonucleotídeo, pela a Ara-uridina (Ara-U). (GOODMAN &
desoxicitidinase (CdK). (GOODMAN & GILMAN: 2012)
GILMAN: 2012)

22.11.2019
14
9.1.2.Quimioterapia da LMA em crianças e adolescentes(1)
O tratamento da LMA em crianças consiste numa terapia de indução, que é
baseada em esquema com Antraciclina, Citarabina e Etoposídeo:

Tabela 3: Fármacos usados na quimioterapia da LMA em criança e adolescente

MEC

Fármaco Dosagem Via de Observação


administração

Etoposídeo 80 mg/m² IV Em 1 hora

Citarabina 1000 mg/m² IV em 6 horas após Etoposídeo

Mitoxantrona 6 mg/m² IV em bôlus após citarabina do D1 ao D6

22.11.2019 15
9.2.Tratamento da Leucemia Mielóide Crónica (LMC)(1)
O tratamento curativo da LMC é o TCTH-AL, não sendo recomendado o transplante
de células-tronco hematopoéticas autólogas.

9.2.1. Quimioterapia
A LMC pode ser tratada com Hidroxiureia, Alfa-Interferona isolada ou em
combinação com Citarabina, inibidores de tirosina-quinase (ITQ) como Imatinibe,
Dasatinibe ou Nilotinibe e TCTH-AL.
 Primeira linha: Mesilato de Imatinibe: 400 mg/dia VO;
 Alternativas: Dasatinibe ou Nilotinibe.
Reacção Adversa Medicamentosa (RAM)
Os eventos adversos mais comummente associados ao Imatinibe incluem edema
periorbital ou de membros inferiores, náusea, vómito, mialgia, diarreia, erupção
cutânea e hepatotoxicidade (elevação de enzimas hepáticas e insuficiência
hepática).
22.11.2019
16
Cont…(2)

Mecanismo de acção do Imatinibe


O Imatinibe é um inibidor da tirosina-quinase (ITQ), que bloqueia a actividade
quinase de BCR-ABL e inibe a proliferação de progenitores com cromossoma
Filadélfia positivo. A capacidade do Imatinibe de inibir a actividade da tirosina-
quinase do BCR-ABL está relacionada com sua ocupação no local da quinase na
proteína, que bloqueia o acesso ao ATP e previne a fosforilação do substrato,
inibindo a proliferação celular dependente de BCR-ABL.(Protocolos Clínicos e
Directrizes Terapêuticas em Oncologia – Ministério da Saúde, Brasília-DF-2014).

22.11.2019
17
Cont…(3)

Segunda linha

1.Hidroxiureia: 40 mg/kg/dia VO;


RAM: mielossupressão, sintomas gastrintestinais (estomatite, náusea, vómito,
diarreia e constipação) e dermatológicos (hiperpigmentação, erupção maculopapular,
eritema periférico e facial, úlceras cutâneas, atrofia da pele e unhas, descamação
cutânea e lesões similares à dermatomiosite).
2.Alfa-Interferona 2a: LMC em fase crónica: 5.000.000Unidades Internacionais
[UI]/m2/dia (dose máxima de 9.000.000 UI/dia), via subcutânea (VSC). Associada à
Citarabina, 20 mg/m2/dia por VSC durante 10 dias a cada mês.
RAM: Neutropenia ou úlceras orais persistentes devem motivar redução de dose.
22.11.2019
18
9.3.Tratamento de Leucemia Linfocítica Aguda (LLA)(1)

Fase de indução

Rituximabe: 375 mg/m² intravenosa (IV) no D1 e D11 (ciclo ímpar) ou no D1 e


D8 (ciclo par) se blastos leucémicos com expressão ≥ 20% para um total de 8
doses (4 primeiros ciclos) e durante as intensificações nos meses 6 e 18 de
tratamento.

22.11.2019
19
9.3.1.Ciclo de tratamento(2)
Ciclos 2, 4, 6 e 8

Fármaco Dosagem Via de Observação


Ciclos 1, 3, 5 e 7 administração

Fármaco Dosagem Via de Observação Metotrexato 200 mg/m² IV de 2 horas, seguido de 800
administração mg/m² IV em 22 horas no D1;

Folinato de cálcio 15 mg IV a cada 6 horas por 8 doses ou até


Ciclofosfamida 300 mg/m² IV em 3 horas a cada 12 horas por 6
que nível sérico de Metotrexato
doses do D1 ao D3;
for < 0.1 micromol por litro
(μmol/L), começando 24 horas
Mesna 600 mg/m² IV infusão do D1 ao D3, terminando 6 horas
após o término da infusão de
contínua após a última dose de
Metotrexato. Aumentar resgate
Ciclofosfamida
com Folinato de cálcio para 50-
100 mg IV a cada 4 - 6 horas se
Vincristina: 2 mg IV nos D4 e D11
níveis de Metotrexato estiverem
> 20 μmol/L ao término da
Doxorrubicina 50mg/m² IV em 24 horas no D4 (se FE <50%,
infusão ou se estiverem > 1
realizar a infusão em 48 horas);
μmol/L após 24 horas da infusão
ou se estiverem > 0.1 μmol/L
Dexametasona 40 mg VO ou IV do D1 ao D4 e do D11 ao D14;
após 48 horas da infusão;

Rituximabe 375 mg/m² IV no D1 e D11 nos ciclos 1 e 3 se


Citarabina 3000 mg/m² IV em 2 horas a cada 12 horas por 4
blastos leucémicos com expressão doses no D2 e D3 (se idade ≥ 60
de CD20 ≥ 20%. anos: 1000 mg/m²);

Metilprednisolona 50mg IV 2 vezes ao dia do D1 ao D3;

Rituximabe 375 mg/m² IV no D1 e D8 nos ciclos 2 e 4 se


blastos leucémicos com
expressão de CD20 ≥ 20%.

22.11.2019 20
Cont…(3)

Manutenção (durante 30 meses)

22.11.2019
21
9.4.Quimioterapia da Leucemia Linfocítica Crónica (LLC)(1)

22.11.2019
22
9.4.1.Fase de Consolidação (2)

22.11.2019
23
Cont…(3)

Mecanismo de acção do Metotrexato


O metotrexato com alta afinidade a
DHFR(Di-hidrofolato redutase),impede a
formação do FH4, com consequente
acúmulo do substrato inibitório tóxico
poliglutamato de FH2. A ausência de
folatos reduzidos impede a ocorrência
das reacções de troca de carbono
essenciais para a síntese de novo de
nucleotídeos de purinas e de timidilato e
interrompe a síntese de DNA e
RNA.(GOODMAN & GILMAN).

22.11.2019 24
10.Modo de prevenção de Leucemias

 Evitar produtos químicos cancerígenos conhecidos como: benzeno;


 Evitar o tabagismo;
 Evitar exposição excessiva aos raios ionizantes.

22.11.2019
25
11.Conclusão
A leucemia é um tipo de cancro que afecta as células sanguíneas, podendo levar
o individuo que apresenta a patologia à morte.
No final da realização do presente trabalho concluímos que a leucemia é um
cancro que felizmente pode ser curado, sendo que a leucemia do tipo linfocítica
crónica a mais grave e com um prognóstico na maior parte das vezes
desfavorável. Também pudemos concluir que para o tratamento eficaz desta
patologia, o melhor é fazer a combinação da quimioterapia e o tratamento a
base de células-tronco hematopoéticas.

22.11.2019 26
12.Referências bibliográficas
 Brunton, L. L., Chabner, B. A., & Knollmann, B. C. (2012). Goodman & Gilman. As
Bases Farmacológicas da Terapêutica.12ª edição. McGraw-Hill. São Paulo: Brasil.
 CHABNER, B.A. & LONGO, D.l.(2015) Manual de Oncologia de Harrison, 2ª
edição, McGraw-Hill. Porto Alegre: Brasil.
 Guia de Protocolos e Medicamentos para Tratamento em Oncologia e
Hematologia(2013), Albert Einstein Hospital Israelita, 1ª edição, São Paulo.
 http://www.oncoguia.org.br
 Instituto Nacional do Cancer (INCA): Brasil
 Manual Merck Sharp and Dohme – MSD (2018).
 Protocolos Clínicos e Directrizes Terapêuticas em Oncologia – Ministério da
Saúde, Brasília-DF-2014.
 ROBBINS (2010), Patologia Básica, 9ª edição, Elsevier. Brasil.

22.11.2019 27

Вам также может понравиться