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CAPÍTULO 4

CONSUMO PRIVADO, POUPANÇA DAS FAMÍLIAS


E INVESTIMENTO
Aula Teórica nº 4
Sumário:
3. Consumo Privado, Poupança das Famílias e
Investimento
3.1. Consumo privado, poupança das famílias e riqueza

Bibliografia:
Obrigatória: Amaral et al., cap. 2
Frank e Bernanke, cap. 22
Objectivos da aula:
No final desta aula o aluno deverá ser capaz de:
●Compreender o conceito de consumo privado.
● Enumerar os principais determinantes da despesa em consumo
privado.
● Compreender as diferenças entre as explicações keynesiana e do
Rendimento Permanente/Ciclo de Vida.
● Compreender e aplicar as funções de consumo e poupança
keynesianas lineares.
● Perceber os conceitos de propensão marginal e média a consumir
a poupar.
● Compreender a relação existente entre consumo privado e
poupança das famílias.
3.1. Consumo privado, poupança das famílias e
riqueza

O que é o consumo privado?


É a despesa em bens e serviços de consumo
(final), feita pelas famílias
Em Portugal, representa cerca de 60 por cento do
PIB
Consumo privado
Estrutura do consumo privado
Depende dos gostos e de outras circunstâncias
inerentes a cada família

Em termos agregados, a estrutura do consumo


portuguesa apresenta alterações relativamente
pequenas
Estrutura do Consumo
100.0

90.0

80.0

70.0

60.0

50.0

40.0

30.0

20.0

10.0

0.0
19601962196419661968197019721974197619781980198219841986198819901992199419961998200020022004200620082010201220142016

Duradouro Não duradouro


Ano 2016 1995
Alimentação, bebidas e tabaco 20,2 22,1
Vestuário e calçado 6,4 7,0
Habitação, água, eletricidade, gás e
outros combustíveis 18,7 12,8
Mobiliário, artigos de decoração,
equipamento doméstico e manutenção
corrente da habitação 5,1 6,6
Saúde 5,1 4,5
Transportes e comunicações 14,9 17,2
Lazer, recreação e cultura 6,2 8,0
Educação 1,2 1,1
Restaurantes e hóteis 12,0 10,6
Bens e serviços diversos 10,4 10,1
Consumo privado (C) e rendimento disponível
(Yd) e a Poupança das famílias (S)

A poupança das famílias (S) é a parte não gasta em


consumo do seu rendimento disponível.
Nem todo o rendimento dos factores primários
(rendimento primário ou PIB) fica disponível para ser
gasto em consumo.

S  Yd  C
3.1. 1.Consumo privado, poupança
das famílias e riqueza: determinantes

Quais os determinantes das despesas em


consumo por parte das famílias?

Rendimento disponível corrente


Perspectivas de rendimento no futuro
Riqueza
Remuneração da poupança (taxa de juro)
Inflação
Estrutura etária, educação, ocupação,
composição das famílias
Marketing e publicidade
Consumo privado (C) e rendimento disponível
das famílias (Yd)

O que é o rendimento disponível?


Rendimento que as famílias dispõem no presente
= Rendimento primário (terra, trabalho, capital)
+ Operações aditivas
prestações sociais (reforma, invalidez, subsídio de
desemprego)
transferências do resto do mundo
 - Operações subtractivas
impostos sobre o rendimento
contribuições para a segurança social
transferências para o resto do mundo
Rendimento Disponível e Consumo
140000

120000

100000

80000

60000

40000

20000

Rendimento disponível Consumo final das famílias


Rendimento Disponível e Consumo
140000

y = 0.9883x - 7555.7
R² = 0.9939
120000

100000

80000
Consumo

Series1
60000
Linear (Series1)

40000

20000

0
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000
Rendimento Disponível
Keynes (1936): A função de consumo Keynesiana
relaciona consumo com rendimento corrente.

Pretende modelizar as intenções de despesa (a


preços constantes) em consumo privado.
Assume que o rendimento disponível real
corrente das famílias é o principal determinante
deste comportamento (pode-se ignorar os
outros).
Impõe restrições sobre a reacção de C a Yd.
Consumo e perspectivas de rendimento futuro

 Teoria do rendimento permanente (Friedman, Nobel da Economia,


1976)
 Teoria do ciclo de vida (Modigliani, Nobel da Economia, 1985)
 Agentes racionais
 Escolha intertemporal
 Rendimento permanente
Rendimento “médio” que as famílias esperam receber ao longo
das suas vidas
Teoria do rendimento permanente
 Rendimento permanente
Rendimento “médio” que as famílias esperam
receber ao longo das suas vidas
 Rendimento anormalmente elevado:
As famílias aproveitam para poupar
 Rendimento anormalmente baixo:
As famílias recorrem a poupanças anteriores (ou
pedem emprestado)
 As famílias preferem um padrão estável de consumo
 Logo, o consumo não depende estritamente do
rendimento corrente
Teoria do ciclo de vida

Período da vida activa


Período da reforma
Manutenção de um padrão estável de
consumo
Implica que se poupe durante a vida
activa
... utilizando a poupança acumulada
durante a reforma
WRmáx

Activos

YL

Poupança
C
Poupança Negativa
0 WL NL Tempo
Consumo e riqueza

O rendimento é uma variável de fluxo


mede-se para um período em u.m./u.t.
(5 mil euros por ano)
A riqueza é uma variável de stock
mede-se num determinado momento em
u.m.
(250 mil euros em 27 de Março de 2009).
 Riqueza de uma família:
Valor dos seus activos, líquidos das responsabilidades
financeiras (dívidas)
Automóveis, casas e recheio, jóias, dinheiro no
banco, acções, etc.
Menos empréstimos bancários contraídos e outras
dívidas

 A poupança constitui um aumento da riqueza

 As teorias do consumo orientadas para o futuro relacionam


consumo com riqueza
A riqueza “presente” também pode ter componentes
futuras (ciclo de vida)
 Se um individuo possui uma riqueza WR no
ponto T, a restrição orçamental virá:
C.(NL-T) = WR+(WL-T).YL.

 A função consumo pode agora escrever-se:


C = aWR+cYL,

 onde os coeficientes a e c são respetivamente as


propensões marginais a consumir a riqueza e o rendimento
respetivamente.
Argumentos contra as teorias do rendimento
permanente e do ciclo de vida
Os consumidores têm uma grande “preferência
pelo presente”
Os consumidores não conseguem obter
empréstimos em períodos de baixo rendimento
(“restrições de liquidez”)
Os consumidores são “míopes” (não são racionais
e “não vêem bem ao longe”)
E como se mede o rendimento permanente?
 Consumo e taxa de juro

A taxa de juro real remunera a poupança


Taxas de juro reais mais elevadas podem levar a
um aumento da parte poupada do rendimento
O consumo reduz-se no imediato: o consumo
depende
negativamente da taxa de juro
Consumo e inflação
Acréscimos nos preços acompanhados de
acréscimos em igual proporção no rendimento
nominal não deveriam influenciar o consumo:
nessas condições, o rendimento real
permanece constante;
no entanto, os consumidores podem sofrer de
“ilusão monetária”.
Ilusão monetária: doença do foro económico em
que variações nominais são tomadas
erradamente por variações reais...
3.1.2. A função de consumo keynesiana

A função de consumo keynesiana (proposta por


Keynes em 1936) apresenta as seguintes
características:
Pretende modelizar as intenções de despesa (a preços
constantes) em consumo privado.
Assume que o rendimento disponível real corrente das
famílias é o principal determinante deste
comportamento (pode-se ignorar os outros).
Impõe restrições sobre a reacção de C a Yd.
Hipóteses sobre os comportamentos:
1) Trata-se de uma função contínua e diferenciável:

C  C Yd 
2) Esta função só tem sentido económico para um valor
positivo do consumo privado e do rendimento
disponível:

C Yd   0 , com Yd  0
 Hipóteses sobre os comportamentos:

1) Trata-se de uma função contínua e


diferenciável:
C  C Yd 
2) Esta função só tem sentido económico para
um valor positivo do consumo privado e do
rendimento disponível:
C Yd   0 , com Yd  0
3) Quanto maior o rendimento real, maiores serão as
intenções de despesa das famílias em bens de
consumo:
dC
C ' Yd   0
dYd
Esta hipótese também é referida como assumindo uma
Propensão Marginal a Consumir (dC/dYd) positiva.
 4) Cada u.m. adicional de rendimento disponível não
será totalmente gasta em consumo:
dC
C ' Yd   1
dYd
Esta hipótese também é referida como assumindo
uma Propensão Marginal a Consumir (dC/dYd)
menor que a unidade.
Conclusão 1: a propensão média a consumir é sempre superior
à propensão marginal a consumir

C C  cYd C dC
   c c
Yd Yd Yd dYd

Conclusão 2: a propensão média a consumir tende para a propensão marginal


à medida que o rendimento disponível aumenta

C
Y 
 
 c
Yd d
A teoria do consumo no modelo: aproximação linear
à função keynesiana geral:

C  C  c.Yd 0  c 1
 C – intenções de despesa em consumo privado,
medidas em u.m. (do ano base)/u.t.
 Yd – rendimento disponível das famílias, medido em
u.m. (do ano base)/u.t.
 c – propensão marginal a consumir, número puro.
 - consumo autónomo, medido em u.m. (do ano
base)/u.t.
C
Nada impede que seja negativo, desde que C  0.
 Representação gráfica da função de consumo
keynesiana, versão linear

C
C  C  c.Yd

45º

0 Yd
 c, propensão marginal a consumir
dC
 c   0;1
dYd
 Quando o rendimento disponível aumenta em 1
u.m./u.t. …
 … as intenções de consumo privado aumentam em c
u.m./u.t.
 c é o declive da curva que representa a função de
consumo (constante, neste caso linear).
 C/Yd , propensão média a consumir

C C
 c
Yd Yd

 A propensão média a consumir:


 Varia com o rendimento disponível (não é constante),
mesmo neste caso linear.
 É maior (menor) que a propensão marginal a
consumir se o consumo autónomo for positivo
(negativo).
 Consumo autónomo, C

 É a parte do consumo que não depende do


rendimento disponível.
 Representa a influência de outras determinantes do
consumo.
 Geometricamente, é a ordenada na origem da função
de consumo.
 Não deve ser interpretado como valor do consumo
quando o rendimento disponível é nulo…
 … porque não se pode verificar essa situação.
Rendimento Disponível e Consumo
140000

y = 0.9883x - 7555.7
R² = 0.9939
120000

100000

80000
Consumo

Series1
60000
Linear (Series1)

40000

20000

0
0 20000 40000 60000 80000 100000 120000 140000
Rendimento Disponível
 Consumo Privado e Poupança das Famílias
 Poupança das Famílias: parte do seu rendimento
disponível que não é consumida
 S = Yd - C
 Com a função de consumo keynesiana linear,
obtemos as intenções de poupança das famílias:

S  Yd  C 
 S  C  (1  c).Yd 
 S  C  s.Yd
 Função de poupança keynesiana linear:
S  C  s.Yd
 s - propensão marginal a poupar (dS/dYd):
 Montante pelo qual as intenções de poupança das
famílias aumentam quando o rendimento disponível
aumenta em 1 u.m./u.t.
 De notar que s = (1 - c), ou s + c = 1.
 Nada impede que a poupança das famílias (S)
seja negativa num determinado período.
 Neste caso a família gastou mais em consumo do que
o que “ganhou”.
 Endividou-se ou usou património.
 Representação gráfica das funções de consumo e
poupança keynesianas, versão linear
C

C  C  c.Yd
45º

0
Yd

S  C  s.Yd
0
Yd
A função Consumo

Suponha que um estudo sobre o comportamento agregado das famílias de um determinado país,
realizado para um ano que escolhemos como base, permitiu determinar que o seu consumo
dependia do respectivo rendimento disponível e que essa dependência era do tipo linear. Sabe-se,
adicionalmente, que:
 valor do rendimento disponível, para o qual a poupança é nula, é de 455 u.m./ano;
 um aumento de rendimento disponível de 10 u.m./mês traduz-se num aumento das intenções
de consumo de 8 u.m./mês.
Perante a informação fornecida:
a) Calcule a expressão da função de consumo e interprete o significado dos seus parâmetros.
b) Calcule a expressão da função de poupança, interprete o significado dos seus parâmetros
e relacione-os com os da função calculada na alínea anterior.
c) Determine a expressão da propensão média ao consumo e demonstre, matematicamente,
que o valor desta propensão é sempre maior que a da correspondente propensão marginal.
Interprete o significado daquelas grandezas.
A função Consumo

Determine a função representativa do consumo privado de uma economia


em relação à qual se sabe o seguinte:
 As intenções de consumo das famílias são caracterizadas por uma
dependência linear relativamente ao seu rendimento disponível.
 Quando o rendimento disponível é 8925 unidades monetárias
(u.m.) /ano, o consumo privado é 6650 u.m. /ano.
 A um aumento de 10 u.m. /mês no rendimento disponível das
famílias, corresponde um aumento de 7 u.m. /mês no consumo
privado.
Interprete o significado dos parâmetros da função que determinou.

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