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Da arte poética, dela mesma e de suas espécies, da função que cada espécie

tem, do modo como se deve compor os enredos – se a composição poética se


destina a excelência – e ainda de quantas e de quais são suas partes, assim como
de todas as outras questões que resultam do mesmo método; eis o que falaremos,
começando, como é natural, das
coisas primeiras.

Falemos da poesia – dela mesma e das outras espécies, da efetividade de


cada uma delas, da composição que se deve dar aos mitos, se quisermos que o
poema resulte perfeito, e, ainda, de quantos e quais os elementos de cada espécie
e, semelhantemente, de tudo quanto pertence a esta indagação – começando,
como é natural, pelas coisas primeiras.

POÉTICA DE ARISTÓTELES
Visto que aqueles que realizam a mimese mimetizam personagens
em ação, é necessário que estes sejam de elevada ou de baixa
índole (as personagens seguem quase sempre esses dois únicos
tipos, pois é pelo vício e pela virtude que se diferenciam todos os
caracteres), em verdade ou melhores que nós, ou piores, ou tais
quais (...)

Poética de Aristóteles
A mais importante das partes é a trama dos fatos (he ton pragmaton
syntatis). Pois a tragédia é a mimese não de homens, mas das ações
e da vida [a felicidade e a infelicidade se constituem na ação, e o
objeto visado é uma ação, não uma qualidade; pois segundo os
caracteres, os homens possuem determinadas qualidades, mas,
segundo suas ações, eles são felizes ou o contrário. Então, não é para
constituir caracteres que aqueles que atuam se decidem a mimese,
os caracteres é que são introduzidos pela ação. Assim sendo, os fatos
e o enredo constituem a finalidade da tragédia, e a finalidade é, de
tudo, o que mais importa.

Poética de Aristóteles
Uma vez definidas essas partes, falemos, em continuidade, sobre
qual deve ser a trama dos fatos, pois esse é o elemento primeiro, e o
mais importante, da tragédia. Ficou estabelecido que a tragédia é
mimese de uma ação conduzida a seu termo, formando um todo e
tendo certa extensão; pois é possível constituir um todo sem que
atinja qualquer extensão devida.

Poética de Aristóteles
“Todo” é o que possui começo, meio e fim. “Começo” é o que em si
não é, por necessidade, antecedido de outro, mas após o qual algo
de diferente naturalmente existe ou se manifesta; ao contrário, “fim”
é o que naturalmente é antecedido, por necessidade e ou na maior
parte dos casos, de outro, mas após o qual nada advém; “meio” é o
que em si vem após outro e após o qual algo de diferente advém.
Assim, os enredos bem compostos não devem nem começar nem
terminar em função de um ponto escolhido ao acaso, mas se
conformar as ideias aqui mencionadas.”

Poética de Aristóteles
Dos enredos, uns são simples, outros complexos, pois também as ações,
cujos enredos mimetizam, possuem, efetivamente essas mesmas
características. Entendo por “simples” a ação que ocorre, como se definiu,
de modo continuo e uno mas sem que se dê, no que tange à modificação
da ação, reviravolta ou reconhecimento; por “complexa”, aquela em que a
modificação se faz por meio por reconhecimento, ou da reviravolta, ou de
ambas. Tudo isso deve ocorrer a partir da própria composição do enredo,
de tal modo que as ações reunidas tenham uma proveniência e que
ocorram ou por necessidade ou segundo a verossimilhança; pois há muita
diferença em dizer que que tal acontecimento ocorre por causa de outro
ou meramente depois de outro.

Poética de Aristóteles

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