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VI – VIA PERMANENTE

A via permanente ferroviária constitui a pista de rolamento


para os trens e é responsável por dar suporte e transmitir os esforços
das composições ao subleito (Figura 1) podendo ser dividida em
componentes de infraestrutura e superestrutura.
V – VIA PERMANENTE

V.1 – Infraestrutura

A infraestrutura é composta pelo conjunto das obras de arte e


de terraplenagem, desde o subleito, passando pela base até a camada de
sublastro e a superestrutura pela camada de lastro e pela grade que é
composta pelos dormentes, trilhos, conjuntos de fixações dos trilhos
aos dormentes.
V – VIA PERMANENTE

V.1 – Infraestrutura

Na construção das primeiras ferrovias, pouca importância era


dada ao estudo da infraestrutura, quanto aos materiais (solos), em que
eram feitos os cortes ou com que se construíam os aterros.
V – VIA PERMANENTE

V.1 – Infraestrutura

Estes estudos tiveram lugar, inicialmente, em países de grande


desenvolvimento ferroviário, como: Alemanha, França, Estados
Unidos da América, Inglaterra e Rússia. Nestes países, destacaram-se,
entre outros, os engenheiros: J. Einsenmann, Talbot, Schram, Lomas,
Timoshenko e R. Soneville.
VI – VIA PERMANENTE

VI.1 – Infraestrutura

VI.1.1 - Subleito

O subleito deve receber compactação, com o objetivo de


aumentar sua resistência. Cuidados devem ser tomados quanto à
drenagem, como o uso de trincheiras e drenos para rebaixar o nível
d’água quando necessário em cortes no terreno.

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VI – VIA PERMANENTE

VI.1 – Infraestrutura

VI.1.2 - Sublastro

O sublastro é uma camada situada entre o lastro e o subleito


constituído por material menos nobre que o lastro, por isso pode
resultar em economia da estrutura, além de melhorar o padrão técnico
da superestrutura e diminuir gastos com manutenção.

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V – VIA PERMANENTE

V.1 – Infraestrutura

V.1.2 - Sublastro

Seu dimensionamento segue os critérios de Terzaghi para


granulometria e de Araken Silveira para altura. Para vias menos
importantes, utiliza-se pedra britada sem seleção de diâmetro.

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VI – VIA PERMANENTE

VI.2 – Superestrutura

A superestrutura ferroviária deve atender, entre outras, as


seguintes finalidades básicas:

- Garantir a exata geometria do traçado originalmente previsto, ou


seja, alinhamento longitudinal e nivelamento transversal e longitudinal;
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

- Manter permanente o exato afastamento dos trilhos, ou seja, a


bitola, e da inclinação dos trilhos sobre a vertical;
- Transmitir as cargas atuantes, provenientes dos veículos, até a
camada de subleito sem apresentar deformações permanentes;
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

- Permitir a circulação dos veículos ferroviários com segurança


e suavidade mesmo em condições climáticas adversas;
- Garantir um rápido escoamento das águas pluviais para fora
da plataforma;
- Amortecer, ao máximo, as vibrações provenientes dos trens.
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.1 - Lastro

É o elemento da superestrutura situado entre os dormentes e a


plataforma. Para a escolha do tipo do lastro deve-se observar fluxo da
carga, tipo de carga, velocidade do trem, custo de aquisição,
resistência, durabilidade, estabilidade, drenabilidade, limpeza,
trabalhabilidade, disponibilidade e custo.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.1 - Lastro

Suas principais funções são:

– Corrigir as irregularidades existentes do subleito permitindo


um exato assentamento da via e formando uma superfície contínua e
uniforme para os dormentes e trilhos;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.1 - Lastro

– Facilitar a drenagem da superestrutura;


– Permitir reconstituição do nivelamento (através de
equipamentos de manutenção);
– Impedir deslocamentos verticais e horizontais dos dormentes;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.1 - Lastro

– Formar um suporte, até certo limite elástico, atenuando as


trepidações resultantes da passagens dos veículos rodantes;
– Distribuir convenientemente sobre o sub-lastro os esforços
resultantes das cargas dos veículos.

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V – VIA PERMANENTE

V.2.1 – Lastro

V.2.1.1 – Altura do Lastro

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2 - Dormentes

O dormente é o elemento da superestrutura ferroviária que fixa


os trilhos e mantém a bitola da via. Tem por função, receber e
transmitir ao lastro os esforços produzidos pelas cargas dos veículos.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1 - Materiais

Os dormentes podem ser confeccionados nos seguintes materiais:

– Madeira
– Aço
– Concreto
– Material sintético.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

- Principal tipo de dormente, pois a madeira reúne quase todas


as qualidades exigidas para o dormente;
- Dormentes de concreto e de aço o substituem devido a fatores
como escassez, reflorestamento deficiente, preços mais elevados, o uso
de madeiras de boa qualidade para fins mais nobres, etc.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

- Os de madeira de lei, difícil de achar hoje em dia;


- Chegam a durar 30 anos;
- Relativamente leves: 70kg.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

As vantagens dos dormentes de madeira são:

– Leves e de fácil manuseio;


– Serragem, furação e entalhamento fácil;
– Fixação fácil dos trilhos e placas de apoio;
– São pouco afetados pelas condições de manuseio e de transporte;
– Possuem valor residual. 21
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

As desvantagens dos dormentes de madeira são:

– Menor vida útil;


– São suscetíveis a ação de fungos, insetos e fogo;
– Exigem maior área de armazenagem e secagem quando tratados;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

– Gradual abertura da bitola e queda das condições da linha pelo


afrouxamento das fixações com consequente desgaste da via;
– Os dormentes especiais para os AMV’s são de preço elevado e
de difícil aquisição;
– Exigem maior área de armazenagem e secagem quando tratados.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

Fatores que condicionam a escolha do dormente de madeira:

– Resistência a destruição mecânica (dureza e coesão da madeira);


– Resistência ao apodrecimento;
– Maior ou menor facilidade de obtenção;
– Por razões de ordem econômica.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

O apodrecimento da madeira é causado por agentes biológicos


como fungos e insetos que se alimentam de tecido vegetal morto ou
vivo. O desenvolvimento do fungo será tanto mais vigoroso, quanto
mais favoráveis, forem as condições do meio.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

O tratamento químico da madeira consiste em tornar tóxico aos


fungos e insetos, através de sua impregnação com antissépticos, os
quais os mais utilizados podem ser classificados em dois grupos:

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

- Preservativos oleosos (creosoto, pentaclorofenol, entre outros);


- Preservativos hidrossolúveis (boliden K33, tanalith, entre outros).

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.1 - Madeira

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

O dormente de aço apresenta maior rigidez e fixação do trilho


mais difícil, feita geralmente por parafusos e castanhas, tendendo ao
afrouxamento e necessitando constante manutenção.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

É um dormente mais caro e apresenta o inconveniente de ser


específico para um determinado perfil de trilho, não podendo ser
aproveitado em uma substituição por outro perfil.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

Características dos dormentes de aço:

- Perfil em U
- Considerado um dormente de material misto, aço e brita
- Relativamente leve, 70kg

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

As vantagens dos dormentes de aço são:

– Material perfeitamente homogêneo;


– Longa vida útil;
– Boa resistência aos esforços transversais.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.2 - Aço

As desvantagens dos dormentes de aço são:

– Maior dificuldade para socaria e nivelamento;


– Falta de isolamento elétrico em linhas sinalizadas;
– Necessidade de linha com alto padrão de lastro e isenta de
impactos na superfície de rolamento.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Os dormentes de concreto passaram a ser desenvolvidos como


alternativa aos de madeira devido aos seus altos custos e escassez da
matéria prima e ainda pelos inconvenientes e aos de aço quanto aos
inconvenientes da sua utilização.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Os primeiros dormentes deste tipo eram de concreto armado e


a forma dos dormentes de madeira, sendo constituídos como um bloco
monolítico de seção constante.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Os resultados foram insatisfatórios pois os choques e vibrações


oriundas das cargas dos veículos causavam trincas ou fissuras, apesar
da armação metálica colocada para resistir aos esforços de tração.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Essas fissuras causavam rupturas, devido à grande rigidez desses


dormentes e apareciam, geralmente na sua parte média em virtude do
apoio irregular do dormente, sobre o lastro.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Devido a uma instalação defeituosa, ou mesmo a recalque do


lastro na região, imediatamente abaixo dos trilhos, o dormente passa a
se apoiar na sua parte média e terá que suportar momentos fletores
muito mais elevados do que aqueles previstos em projeto.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Características dos dormentes de concreto:

- Relativamente pesados de 240kg a 300kg


- Demanda máquinas para assentamento e manutenção
- O concreto e o aço utilizados obedecem as especificações
- Correntes para esses materiais e a fabricação, cura e manuseio
das peças são as mesmas dos artefatos de concreto em geral. 40
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

As vantagens dos dormentes de concreto são:

– Longa vida útil;


– Resistência aos agentes atmosféricos;
– Características físicas e mecânicas uniformes;
– Redução dos custos de manutenção da via.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

As desvantagens dos dormentes de concreto são:

– Necessidade de processo de fabricação apurado;


– Dificuldade de transporte e manuseio devido ao peso elevado;
– Dificuldade de fixação eficaz;
– Necessidade de linha com alto padrão de lastro e nivelamento;
– Perda total em caso de acidente. 42
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3 - Concreto

Os dormentes de concreto podem ser de três tipos:

- Concreto protendido (mais usado em cargas);


- Mistos ou polibloco;
- Bi-bloco.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.1 – Concreto Monobloco Protendido

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.1 – Concreto Monobloco Protendido

Os primeiros dormentes de concreto monobloco protendidos


acabavam, também, fissurando na parte média, provavelmente, devido
ao fator já apontado, de apoio no lastro, em sua parte média

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.1 – Concreto Monobloco Protendido

Com o desenvolvimento da tecnologia do concreto protendido e


aperfeiçoamento do seu desenho, quando a face inferior central ficou
mais alta e com protensão mais reforçada, foram obtidos dormentes de
concreto protendido de alta qualidade que se porta satisfatoriamente,
sob condições severas de serviço.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.2 – Misto ou Bi-bloco

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.2 – Misto ou Bi-bloco

É um dormente constituído por dois blocos de concreto, ligados por


uma barra de aço. Foi criado na França, sendo o dormente “Vagneux”
o protótipo do dormente misto moderno, chamado de “Dormente RS”.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.2 – Misto ou Bi-bloco

O dormente RS é constituído por dois blocos de concreto armado,


ligados por viga metálica que desempenha papel preponderante,
porque tem um comprimento quase igual ao do dormente e constitui a
robusta armadura principal dos blocos de concreto.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.2 – Misto ou Bi-bloco

Uma almofada de borracha de neoprene, ranhurada é colocada


entre o patim e o bloco, aumentando a elasticidade da linha. Esse tipo
de fixação é chamada de “fixação duplamente elástica RN”.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.3 – Polibloco

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.3 – Polibloco

O mais conhecido dormente polibloco, é o dormente FB, constituído


por dois blocos de extremidade de concreto armado, elasticamente
ligados por um bloco intermediário de concreto (viga), através de
cordoalhas de aço tensionadas, com até 15 tf. A elasticidade entre os
blocos é garantida por “coxins”, de um material elástico especial.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.3.3 – Polibloco

Esse dormente foi projetado para possuir mesmas características de


deformabilidade e resistência da madeira e durabilidade do concreto,
não devendo alterar o caráter elástico da via permanente nem devendo
ser assemelhado a um dormente de concreto protendido.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 – Plástico

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 – Plástico

Caracterizam-se por:

- Poderem ser confeccionados a partir de material reciclado;


- Possuírem mesmo formato dos dormentes de madeira;
- Serem usados de modo conjunto na mesma linha;
- Apresentarem produção e aplicação ainda em escala inicial.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 - Plástico

As vantagens dos dormentes de plástico são:

– Vida útil estimada em mais de 50 anos;


– Mais leve do que o dormente de madeira;
– Não racha, nem trinca;
– É eletricamente não condutivo;
– Mantém suas propriedades físicas sem deterioração; 56
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 - Plástico

– Utiliza mesma fixação dos dormentes existentes;


– Absorve vibrações preservando o material rodante e a geometria;
– Impermeável a água e a efeitos biológicos;
– Resistente a óleo Diesel, óleo mineral e graxa;
– Livre de produtos químicos tóxicos;
– É 100% reciclável. 57
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 - Plástico

As desvantagens dos dormentes de plástico são:

– É destruído pela ação do fogo ou contato com objetos de


temperatura elevada;
– Pode sofrer concorrência direta dos dormentes de madeira em
países com reservas florestais abundantes;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.2.1.4 - Plástico

– Material feito a partir do petróleo (fonte não renovável) cujo


preço está sujeito a elevações significativas no mercado internacional;
– Tecnologia em desenvolvimento e consolidação no mercado
ferroviário.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3 - Trilhos

Trilho é o elemento da superestrutura que constitui a superfície


de rolamento para as rodas dos veículos ferroviários servindo-lhes de
apoio e guia. Funcionam como viga contínua e transferem solicitações
das rodas para os dormentes. Devem possuir resistência à devido aos
apoios nos dormentes.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3 - Trilhos

Para exercer sua função de superfície de rolamento e suporte das


cargas transportadas pelos veículos é necessário que o trilho possua
dureza, tenacidade, elasticidade e resistência à flexão. O material que
melhor atender a esses requisitos na fabricação dos trilhos é o aço.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

O trilho ferroviário possui um perfil caracteristicamente composto


por três partes fundamentais: boleto, alma e patim.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

- Boleto

É a pista de rolamento da ferrovia, deve ser massuda para que o


desgaste não afete o momento de inércia da seção. Possui raios
arredondados a fim de propiciar a máxima superfície de contato junto à
roda, para minimizar a distribuição de pressão e reduzir o seu desgaste;
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

- Alma

É o elo entre o boleto e o patim, quanto maior a alma, maior a


distância entre eles, consequentemente será maior o momento de
inércia. Deve possuir espessura suficiente para resistir a flexão e
garantir adequada rigidez transversal.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

- Patim

É a base de apoio do trilho, fica em contato com o dormente


transferindo-lhe as tensões. Dessa forma, sua largura define o nível
com o qual solicitará o dormente. Deve possuir espessura suficiente
para garantir que a alma continue perpendicular ao dormente
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

São condicionantes dos trilhos:

- Estável ao tombamento (espessura de alma e patim compatíveis


com a solicitação);
- Limite de utilização devido a desgaste vertical concomitante ao
devido desgaste lateral;
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.1 - Componentes

- Resistência lateral (patim e boleto largos com a finalidade de


garantir resistência à flexão devido à força transversal, principalmente
atuante em curvas);
- Arestas arredondadas, diminuindo a ação de tensões residuais.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.2 – Trilhos Curtos

Estes trilhos foram utilizados até aproximadamente a década de


50. Neste tipo de montagem, os trilhos possuem livre dilatação quando
da variação de temperatura logo, o comprimento máximo do trilho é
função da folga na junta.

Folgamáx = lmáx ⋅ α ⋅ΔT


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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

Variando a temperatura, há alteração no comprimento dos trilhos,


esta dilatação ou contração é permitida na tecnologia de implantação
de trilhos curtos sendo absorvida nas juntas.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

Os trilhos longos soldados impedem que o trilho se movimente


nas variações de temperatura, tornando desnecessárias as folgas.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

Os retensores azuis não sofrem esforço longitudinal de origem


térmica portanto, não se deslocam e os retensores vermelhos estão
submetidos a uma parcela da força N, de forma que se desloca e resiste
bem pouco.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

A soma das resistências de cada lado resulta na força de reação a


N (equivalente ao engaste) e a soma dos deslocamentos resulta na
folga necessária nas extremidades, no trecho ld há movimentação
devido à temperatura e seu comprimento é variável pois:

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

- A força normal a resistida no trecho ld depende do ΔT imposto


ao trilho (diferença entre as temperaturas ambiente atual e a no instante
da instalação do trilho);

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

- Os retensores oferecem resistências iguais, de forma que


através de ensaios pode-se determinar a contribuição de cada metro da
via na resistência à força normal N. Esta resistência por metro de via é
conhecida como r;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

A extremidade do trilho está ligada a outro trilho por uma tala de


junção. Esta ligação fornece uma contribuição R na extremidade do
trilho, que normalmente pode ser desprezada. Assim temos:

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

- tinstalação: tmédio + 5° ± 5°;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.3 – Trilhos Longos

O comprimento máximo a ser utilizado deve ponderar o custo de


soldagem e transporte com a economia na conservação das juntas, mas
deve-se evitar o uso de trilhos longos soldados com comprimentos
próximos ao mínimo, o que levaria a trechos instáveis, distribuição de
tensões assimétrica no trilho e maior número de retensores e juntas.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.4 - Aço

O aço é o material utilizado nos trilhos por razões relacionadas à


resistência e qualidade:

- Elevada tensão de escoamento e ruptura (σe e σr);


- Composição química uniforme;

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.3.2 - Aço

- Isenção (garantida pelo processo de fabricação) de inclusões


não metálicas, vazios e trincas térmicas.

Os trilhos de aço especial são trilhos de alta qualidade (mais


resistência e dureza), produzidos com ligas que combinam em geral o
ferro com vanádio, cromo, molibdênio, titânio, nióbio, etc.
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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

São peças de aço, planas ou posicionadas em ambos os lados


do trilho que atuam na emenda mecânica dos trilhos. A junta é feita por
duas talas de junção justapostas, montadas na alma do trilho.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

Estas peças introduzem grandes esforços adicionais e defeitos


nas extremidades dos trilhos em relação aos dormentes. Os furos são
ovais para permitir dilatação das extremidades.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

Para fixação das talas de junção ao trilho são usados quatro ou


seis parafusos d alta resistência com torque pré-estabelecido possuindo
porcas e arruelas que se encaixam na tala facilitando o aperto. As
arruelas têm a função de evitar afrouxamento dos parafusos devido à
trepidação da linha, sendo mais usada a do tipo grower.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

As talas de junção são fabricadas por laminação a quente e são


realizados um ensaio de tração e um de dobramento.
Na Europa as juntas dos trilhos são dispostas coincidentemente
e nos EUA e no Brasil são alternadas ou desencontradas.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.4 – Talas de Junção

Eram designadas convencionalmente pela sigla TJ, seguida do


número que indica o peso por metro do trilho correspondente (TJ 25,
TJ 37, ...).

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5 – Fixações

São elementos que têm como função manter o trilho na posição


correta. Oferecem resistência aos deslocamentos longitudinal e
horizontal do trilho, provocado por variação de temperatura ou pela
frenagem dos veículos.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5 – Fixações

Devem permitir a substituição dos trilhos sem afrouxar seus


embutimentos no dormente de madeira.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

As fixações rígidas não permitem flexibilidade aos trilhos


forçando um engastamento e não têm capacidade de absorver parte
dos esforços gerados pela ação do tráfego como vibrações e impactos.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

As mais usadas são o prego de linha também chamado de


grampo de linha e o tirefond conhecido também como tirefão.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

Prego de linha

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

Tirefond e tirefonadeira

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

Quando utiliza-se fixação rígida é indispensável uso de


retensores desenvolvidos para impedir o deslocamento longitudinal
dos trilhos, fixados ao patim por pressão e encostados no dormente.

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.1 – Fixações Rígidas

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

Permitem maior conforto na via ao absorver parte dos esforços e


que os veículos circulem com maior suavidade. Existem diversos tipos
no mercado podendo ser usadas em todos os dormentes. As mais
conhecidas são:

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- GEO
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- Grampo elástico simples

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- Grampo elástico duplo


V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- Pandrol

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V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- Deenik
V – VIA PERMANENTE

V.2 – Superestrutura

V.2.5.2 – Fixações Elásticas

- RN

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