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Universidade de Évora - Escola de Ciências Sociais

Licenciatura em Psicologia 2015/16


Psicologia Ambiental

Influência do ruido no fenómeno


Burnout em trabalhadores open-space

Docente: Prof. Doutora Fátima Bernardo


Ana Simões, 31885 | Iris Correia, 31539 | Maria Arcadinho, 31842
Fundamentação da pesquisa

Open-Spaces

1. O open space cria um espaço flexível, permitindo uma redução dos


tempos de set-up (interrupção) e renovação. Também permite a
acomodação de um maior número de funcionários num espaço mais
pequeno.

2. Facilita a comunicação, aumenta a interação entre os funcionários e,


como resultado, melhora a satisfação, moral e produtividade do
empregado (Maher & Hippel, 2005).
1. Open space têm sido associados a um aumento do ruído no local de
trabalho e aumento de distúrbios e distrações, aumentando assim os
sentimentos de perda de privacidade

2. Resultando na insatisfação com o trabalho e com o próprio local de


trabalho, na redução da eficiência funcional e na diminuição do
desempenho (Maher & Hippel, 2005).
Fundamentação da pesquisa
Os escritórios open-space apresentam poucas paredes e divisórias, expondo assim o
trabalho de cada individuo, colocando os funcionários com uma estreita proximidade com
os seus colegas , não podendo evitar o contacto interpessoal e a ausência de privacidade
(Maher & Hippel, 2005).

Teoria da Overstimulation (Oldham, 1988): a combinação da interação social


excessiva com pequenas quantidades de espaço com característica pessoais, expõe os
funcionários a esta “overstimulation”. A overstimulation geralmente evoca uma resposta
negativa por parte dos indivíduos, tanto comportamental como a nivel de atitudes, sendo
que no local de trabalho isso irá ser traduzido na insatisfação dos funcionários (Maher
& Hippel, 2005).
a maior parte dos efeitos negativos aumento do ruído de fundo
parecem estar associados com

(Jahncke, Hygge, Halin, Green & Dimberg,


2011).
Processos de Memória de Trabalho (WM): são de extrema importância quando se
trabalha com tarefas complexas, onde é fundamental processar as informações
necessárias para a tarefa, armazenando temporariamente a informação para utilizar,
mais tarde, a necessária (Jahncke, Hygge, Halin, Green & Dimberg, 2011).

Ruido no trabalho
O ruido afeta tarefas diferentes de formas diferentes
(Jahncke, Hygge, Halin, Green & Dimberg, 2011).

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1980), o ruído pode


perturbar o trabalho, o descanso, o sono e a comunicação nos seres
humanos; pode prejudicar ou provocar reações psicológicas,
fisiológicas e até mesmo patológicas.
Os efeitos do ruído, em open-space, sentem-se ao nível
do desempenho cognitivo e da saúde (Jahncke &Halin,
2012).
.
O ruído (como o discurso irrelevante), prejudica
o desempenho e aumenta o stress
(Jahncke &Halin, 2012).

Os impactos do ruído num escritório com características open-space, não variam somente
com os tipos de ruído e a estrutura do escritório, mas também com as características
pessoais dos indivíduos expostos ao ruído (Jahncke &Halin, 2012).
Stress no trabalho
De acordo com Bernardino, o stresse pode desencadear inúmeras patologias físicas e
mentais que irão desencadear alterações no ambiente de trabalho como por exemplo:
problemas de relacionamento interpessoal, acidentes e insatisfação no trabalho (Martins,
Bronzatti, Vieira, Parra & Silva, 2000).

O stress relacionado com o trabalho resulta de várias situações em que o individuo


percebe este ambiente como ameaçador às suas necessidades de realização pessoal e
profissional, prejudicando sua interação com suas funções e com o ambiente de
trabalho (Martins, Bronzatti, Vieira, Parra & Silva, 2000).

O stress no trabalho é o resultado de um conjunto de várias condições, que são


potencialmente desestabilizadoras em razão de incongruências ou falta de adaptação
entre pessoas e o ambiente (Martins, Bronzatti, Vieira, Parra & Silva, 2000).
Satisfação no trabalho
A satisfação no trabalho pode ser vista como uma emoção ou como uma
atitude, que visa dar ao trabalhador um estado emocional e uma atitude
positivas perante o trabalho (Santos, 2012).

Para ocorrer esta mesma satisfação as empresas têm que conseguir facultar
aos trabalhadores um ambiente de realização profissional, com
oportunidades de crescimento pessoal e bem-estar geral, para que seja
possível manter os trabalhadores empenhados em atingir o seu máximo
potencial (Santos, 2012).
É de extrema importância para as empresas procurar manter os níveis de
satisfação elevados, isto porque os trabalhadores são o grande capital das
empresas (Santos, 2012).

No entanto, num espaço open space a satisfação pode ficar comprometida


devido aos elevados níveis de ruído que se fazem sentir num local com esta
tipologia, que por sua vez aumentam o nível de stress, o que vai contribuir para
que os indivíduos se sintam menos satisfeitos no local de trabalho e na função
que desempenham (Santos, 2012).
Síndrome de Burnout

Segundo Maslach (sob uma perspectiva social-psicológica):

Síndrome psicológico de exaustão emocional, despersonalização e redução


da realização pessoal que ocorre em indivíduos que trabalham com
pessoas de alguma forma

Exaustão emocional Despersonalização


falta ou carência de energia, caracteriza-se por tratar os
entusiasmo e um sentimento clientes, colegas e a
de esgotamento de recursos. organização como objetos.

Diminuição da realização pessoal no trabalho


tendência do trabalhador para se auto-avaliar
de forma negativa. Sentimento de infelicidade
e insatisfeitas com o desenvolvimento
profissional.
(Maslach & Leiter, n.d.)
Fases no Desenvolvimento do Processo de Burnout

1. Desgaste emocional
2. Relação despersonalizada com o meio de protecção contra sentimentos
de desvalorização devido a sentimentos de culpabilidade
3. Afastamento nas relações – o profissional face a estas dificuldades, tende
a proteger-se evitando o relacionamento com os outros, isto leva a
sentimentos de culpabilidade com elevados níveis de insatisfação
profissional e baixa realização pessoal.

O processo que leva a este esgotamento é vivido individualmente, podendo a sua


evolução durar vários anos, até mesmo décadas. É uma síndrome cumulativo, com
um aumento progressivo da sua gravidade, não sendo percebido pelo indivíduo.
Este, geralmente, recusa-se a acreditar que algo se passa consigo.

(Parreira, 1998; Carlotto, 2002)


Carga de Trabalho Comunidade
(muito trabalho, (isolamento, conflitos,
recursos insuficientes); desrespeito)

Sensação de Controlo Equidade (discriminação,


(microgestão, a falta de As 6 áreas do Burnout favoritismo)
influência)

Recompensa (insuficiente Valores (conflitos


remuneração, éticos, tarefas sem
reconhecimento, ou sentido)
satisfação)

(Maslach & Leiter, n.d.)


Burnout, Stress e Ansiedade

Stress
Resposta inespecífica, resultante de qualquer solicitação
no organismo, podendo ocorrer em variadíssimas
situações (guerra, desastres naturais, doença,
desemprego) inclusivé situações ligadas ao trabalho. Burnout resultante de
um stress crónico
esxperimentado no
Ansiedade contexto do trabalho.
É consequência do stress no plano comportamental, mas
causador dele no plano cognitivo e afectivo.

(Maslach & Leiter, n.d.; Parreira, 1998)


Hipóteses da pesquisa
H1: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um maior nível de
exaustão emocional, conduzindo ao síndrome de Burnout;

H2: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um maior nível de


stress;

H3: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um menor nível


de satisfação;

H4: espera-se que os trabalhadores que já efetuam a tarefa há mais de 10


anos possuam níveis crónicos de ansiedade e níveis mais avançados da
síndrome
Variáveis em Estudo
Variável independente: ruido; tempo que o individuo trabalha no call center;
Variável dependente (que se liga ao fenómeno de Burnout): exaustão
emocional; satisfação; stress;

Método
Amostra: 200 participantes – Sexo Masculino (100) + Sexo Feminino (100)
Idades compreendidas entre: 18 a 45 anos
Saber ler, escrever, não podem ser portadores de deficiências auditivas e/ou
mentais
Instrumentos:
1. Maslach Burnout Inventory (MBI)
2. Questionário de ruído de Alves, C - Adaptado
Procedimento

 Objetivo: verificar se o stress resultante do trabalho em open-space (call


centres) resulta no fenómeno de Burnout;

1. Entrega do consentimento informado


2. 2 questionários que iriam avaliar: Quarta-Feira de
a) Maslach Burnout Inventory (MBI) manhã
b) Ruido + stress

B) Questionário de ruído de Alves, C.:


A) Maslach Burnout Inventory (MBI): Este
Este questionário é composto por duas
questionário é utilizado para obter dados
partes, a primeira destinada ao ruído e à
acerca da exaustão emocional, da
perceção do individuo no contexto de
despersonalização e da reduzida realização
trabalho e a segunda, destinada à
pessoal da amostra estudada, sendo o
experiência individual de cada sujeito. é
questionário mais utilizado na pesquisa de
um questionário do tipo Likert (com 4 ou
dados relacionados com o burnout.
5 níveis de resposta)
Resultados Esperados

H1: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um maior nível de


exaustão emocional, conduzindo ao síndrome de Burnout:

Hipótese confirmada

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (1980), o ruído pode


perturbar o trabalho, o descanso, o sono e a comunicação nos seres
humanos; pode prejudicar ou provocar reações psicológicas,
fisiológicas e até mesmo patológicas.

Síndrome psicológico de exaustão emocional, despersonalização


e redução da realização pessoal que ocorre em indivíduos que
trabalham com pessoas de alguma forma.
H2: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um maior nível de stress;

Hipótese confirmada

O ruído acarreta alterações auditivas além de problemas na saúde física e mental,


tais como: distúrbios de sono, transtorno cardiovascular, stresse, fadiga e tensão
psicológica. Assim, a dinâmica da qualidade de vida pode assim ser afetada
fortemente pelo ruído (Lopes et al., 2007 cit in Alves, C., 2012).

Também Pimentel-Souza (1997) relatou que o ruído em intensidade elevada


pode desencadear alguns distúrbios comportamentais tais como alteração
de humor, ansiedade, nervosismo e stresse (Lopes et al., 2007 cit in Alves,
C., 2012).

o ruído é claramente um stressor ambiental


H3: Se os níveis de ruído forem muito elevados, espera-se um menor nível de
satisfação
Hipótese confirmada

Maiores níveis de ruído, aumentam o nível de stress, que por sua vez
contribui para que o individuo se sinta menos satisfeito no local de trabalho e
na função que desempenha
H4: espera-se que os trabalhadores que já efetuam a tarefa há mais de 10 anos possuam
níveis crónicos de ansiedade e níveis mais avançados da síndrome

Hipótese confirmada

Segundo Maslach (sob uma perspectiva social-psicológica):


Síndrome psicológico de exaustão emocional, despersonalização e
redução da realização pessoal que ocorre em indivíduos que trabalham
com pessoas de alguma forma

O processo que leva a este esgotamento é vivido individualmente,


podendo a sua evolução durar vários anos, até mesmo décadas. É uma
síndrome cumulativo, com um aumento progressivo da sua gravidade,
não sendo percebido pelo indivíduo. Este, geralmente, recusa-se a
acreditar que algo se passa consigo.
indivíduos expostos a níveis de ruído constantemente elevados, tendem a ter
níveis mais altos de ansiedade, pois o ruído é potenciador de comportamentos
disfuncionais no indivíduo (p. ex. isolamento), o que leva a que, com o passar,
dos anos, o indivíduo colapse a nível físico, psicológico e emocional (levando a
que a síndroma se desenvolva)

Limitações

1. Diferenças individuais que afetam o modo como o ruído é percebido e, por


conseguinte, o nível de stress experienciado;
2. Não existe grupo de controlo;
Referências Bibliográficas
Alves, C. (2012). O impacto do ruido na qualidade de vida dos enfermeiros de cuidados
intensivos. Dissertação de Mestrado, Escola Superior de Tecnologia da saúde de Lisboa,
Lisboa, Portugal.

Bruno, S. (2012). Satisfação no Trabalho: o caso de um Banco. Dissertação de Mestrado,


Instituto Politécnico de Setúbal, Setúbal, Portugal.

Carlotto, M. S. (2002). A síndrome de Burnout e o trabalho docente. Psicologia em Estudo, 7 (1),


21-29.

Jahncke, H., Hygge, S., Halin, N., Green, A., & Dimberg, K. (2011). Open-plan office noise:
Cognitive performance and restoration. Journal of Environmental Psychology, 373-382.

Jahncke, H. &. (2012). Performance, fatigue and stress in open-plan offices: The effects of noise
and restoration on hearing impaired and normal hearing individuals. Department of
Environmental Psychology, Faculty of Engineering and Sustainable Development, University of
Gävle, 260-272.

Maher, A., & Hipper, C. (2005). Individual differences in employee reactions to open-plan
offices. Journal Enviromental Psychology, 216-229.
Martins, L. M. M., Bronzatti, J. A. G., Vieira, C. S. C. A., Parra, S. H. B., & Silva, Y. B. (2000).
Agentes estressores no trabalho e sugestões para amenizá-los: opiniões de enfermeiros
de pós-graduação. Revista da Escola de Enfermagem USP, 34 (1), 52-8.

Maslach, C., & Leiter, M. P. (n.d.). Reversing Burnout. Stanford Social Innovation Review,
43-49.

Parreira, P. M. S. D. (1998). Contacto com a morte e síndroma de Burnout: estudo


comparativo com três grupos de enfermeiros de oncologia. Dissertação de Mestrado,
Instituto Superior de Psicologia Aplicada, Lisboa, Portugal.

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