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TEXTO DRAMÁTICO

AUTO DA BARCA DO INFERNO


Biografia
 São escassos e incertos os dados biográficos do autor
mas supõe-se que Gil Vicente tenha nascido em
Guimarães por volta de 1465.
 Não se sabe qual o seu ofício mas pensa-se que era o
ourives da rainha D. Leonor, autor da Custódia de
Belém. Em 1520, o rei D. Manuel I encarregou-o de
escrever, organizar e ensaiar os autos para a corte.
 Entre 1502 e 1536 fez representar cerca de meia centena
de peças, sempre ao serviço da família real.
 Supõe-se que terá morrido pouco depois de 1536.
Obra
 Gil Vicente viveu entre o fim da Idade Média e o
começo (português) do Renascimento, por isso as suas
obras reflectem valores sociais, religiosos e culturais
muito diversificados.
 A sua crítica é maliciosa, apresentando clérigos sem
vocação, fidalgos corruptos e vaidosos, profissões
liberais que assentam na exploração das camadas
populares, alcoviteiras que actuam sem escrúpulos
para defenderem os seus interesses, e até o povo
humilde que se deixa explorar pelos cobradores e
frades.
Exemplos de obras publicadas
 Auto da Visitação (1502)
 Auto de S. Martinho (1504)
 Auto da Índia (1509)
 Auto das Fadas (1511)
 Exortação da Guerra (1513)
 Quem tem Farelos (1515)
 Auto da Barca do Inferno (1517)
 Auto da Barca do Purgatório (1518)
 Auto da Barca da Glória (1519)
 Farsa de Inês Pereira (1253)
 Diálogo dos Judeus sobre a Ressurreição (1526)
 Comédia sobre a Divisa da Cidade de Coimbra (1527)
AUTO DA BARCA DO INFERNO
 Várias classes sociais que caracterizavam a sociedade
portuguesa, ao morrerem desfilam diante das barcas e
são interrogadas pelo Diabo e pelo Anjo, embarcando
de seguida na barca do destino.
Trilogia das Barcas
 O Auto da Barca do Inferno é a primeira parte da chamada
Trilogia das Barcas (sendo que a segunda e a terceira são
respetivamente : Auto da Barca do Purgatório (1518) e o
Auto da Glória (1519)
Sátira, criticando
 O teatro vicentino é caracterizado pela
o comportamento de todas as classes sociais: a Nobreza,
o Clero e o Povo.
Cenário

 Por se tratar de uma peça medieval, o cenário não


tinha adereços ou objetos – era simples ou mesmo
rudimentar.
 A peça era encenada em salões, praças e pátios de
igrejas.
A linguagem
 A obra foi escrita em
versos em tom coloquial
e com intenção
moralizante  Cada personagem
 Algumas passagens do apresenta, através da sua
texto fundem o linguagem, traços que
Português, o Latim e o denunciam a sua condição
Espanhol social.
Personagens

 Fidalgo
 Onzeneiro
 Parvo
 Sapateiro
 Alcoviteira
 Frade e a Amante
 Judeu
 Juiz e um Promotor
 Enforcado
 Quatro cavaleiros
Fidalgo
Alegorias do pecado
Arquétipo: Nobreza
cometido:
 Representa os nobres  Pagem: desprezo pelos
reconhecidos pela sua mais pobres
arrogância, orgulho, tirania  Manto: vaidade,
e vaidade ostentação
 Cadeira: prepotência e
exibicionismo
Onzeneiro
Arquétipo: Burguesia Alegoria do pecado cometido:
 Representa as pessoas que  Bolsão: representa a
beneficiam da usura, da ganância pelo dinheiro
agiotagem, da avareza e da
exploração da necessidade
alheia
Parvo

Arquétipo: Povo explorado O Parvo não traz


 Bem aventurados os pobres nenhuma alegoria de
de espírito porque deles é o pecado cometido
reino do Céu.  É absolvido dos pecados
que cometeu em vida,
por serem cometidos
“se malícia”, por
ingenuidade ou
necessidade.
Sapateiro
Arquétipo: comerciante
explorador Alegoria do pecado
cometido:
 Representa os
comerciantes que roubam  Avental: simboliza a
os seus clientes cobrando profissão
preços altos e oferecendo  Formas de sapatos
mercadoria de baixa (instrumentos)
qualidade para obter lucro.

 Ambos eram usados para


explorar os clientes.
Frade
Arquétipo: Clérigo por Alegorias do pecado
conveniência cometido:
 Representa as pessoas que  Amante (Florença) -
adotavam a vida clerical desrespeito ao celibato
sem vocação, apenas para  Espada, escudo, casco –
usufruir dos benefícios e gosto pela guerra
do status.  Hábito de frade, cruz –
religião e fé
 Dança cortesã – costume
mundano e vida sem
regras.
Alcoviteira
Alegoria do pecado
Arquétipo: Alcoviteira
cometido:
 Representa as pessoas que  Ela carrega uma arca que
obtêm lucro ou benefício contêm:
incitando o pecado da  Feitiços
luxúria e da prostituição,
 Mentiras
 Roupas insinuantes
Judeu
Alegoria do pecado
Arquétipo: Judeu cometido:
 Representa as pessoas que
 Bode: o bode opõe-se
não acreditavam na fé
católica, simbolicamente ao
carneiro.
 O preconceito da época
 Carneiro associa-se ao bem
fica nítido pois nem o
Diabo aceita o Judeu na sua e o Bode associa-se ao mal.
barca.
Procurador e Corregedor
Arquétipo: Funcionário Alegorias dos pecados
público corrupto / Juiz cometidos:
corrupto  Papelada
 Representam a corrupção,  Livros jurídicos
a injustiça, o suborno e o
 Processos
mau uso dos bens públicos.
Enforcado
Arquétipo: Criminoso e Alegoria do pecado
cometido:
suicida
 Corda no pescoço
 Representa as pessoas que
se deixam levar pela vida
de crimes e ainda tentam
ludibriar a condenação
terrena, tirando a própria
vida.
Quatro Cavaleiros
Arquétipo: Cruzados Alegoria da salvação:
 Representam os homens que  Cruz de Cristo - que
defendem a fé cristã com a simboliza a fé católica dos
própria vida durante a cavaleiros,
Reconquista.  As espadas e os escudos -
que simbolizam a
Reconquista e expansão da Fé
Cristã
9º ano

2019

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