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BIOÉTICA E SAÚDE

Igor Gaspari Nascimento.

Mestre em Políticas Públicas e Desenvolvimento Local -


EMESCAM
Pontuações sobre o tema
Todo homem possui um senso ético, uma
espécie de "consciência moral", estando
constantemente avaliando e julgando suas
ações para saber se são boas ou más, certas
ou erradas, justas ou injustas.
Pontuações sobre o tema
A ética está relacionada à opção, ao desejo de
realizar a vida, mantendo com os outros
relações justas e aceitáveis.

Idéias de bem e virtude, enquanto valores


perseguidos por todo ser humano e cujo
alcance se traduz numa existência plena e feliz.
Pontuações sobre o tema

Conceito permeado de racionalidade e que


permeia a história da humanidade dando
sustentação etimológica ao idealismo e ao
materialismo e seus respectivos
seguidores/defensores.
Idealismo x Materialismo
Idealismo Materialismo
Real/Realidade (Idéia/pensamento) Real/Realidade
Mundo
O pensamento Idealista cria a realidade O mundo existe sem a nossa existência.
1º nós existimos, depois as coisas. Fazemos parte do mundo/ trazemos para o
mundo a nossa realidade
Se trabalha a idéia de perfeições que Experimentação/ empirismo
existem somente em nossos pensamentos
e que transportamos para a realidade
Immanuel Kant, Friedrich Hegel, Renê Auguste Comte, Herbert Spencer, Ludwig
Descartes, Platão,Aristóteles... Feuerbach ...

Síntese/tentativa de unir os dois conceitos


Para Pensar

Você saberia definir os conceitos de Moral


e de Ética?
MORAL
Conjunto de Valores de uma sociedade, é
imposta, acarreta consequências, é algo óbvio
e que todos devem saber e obedecer.

Atrelado a um período histórico da sociedade

A moral pode então ser entendida como o


conjunto das práticas cristalizadas pelos
costumes e convenções histórico-sociais.
A moral tem um forte caráter social, estando
apoiada na tríade cultura, história e natureza
humana. É algo adquirido como herança e
preservado pela comunidade.
Fazemos uso de normas, praticamos
determinados atos e, muitas vezes, nos servimos
de determinados argumentos para tomar
decisões, justificar nossas ações e nos sentirmos
dentro da normalidade.
Os soldados que matam numa guerra, podem ser
moralmente condenados por seus crimes ou
estão apenas cumprindo ordens?
Diante dos dilemas da vida, temos a tendência
de conduzir nossas ações de forma quase que
instintiva, automática, fazendo uso de alguma
"fórmula" ou "receita" presente em nosso
meio social, de normas que julgamos mais
adequadas de serem cumpridas, por terem
sido aceitas intimamente e reconhecidas como
válidas e obrigatórias.
Ou como bem nos coloca Otaviano PEREIRA (1991, p.
24):
O velho se contrapondo ao novo é o que podemos
esperar como conflito saudável para o avanço da moral.
Ora, a vida das pessoas não deve ser como uma
geladeira para conservas. O ideal é evitar o
"congelamento" da moral em códigos impessoais, que
vão perdendo sua razão de ser, dado o caráter
dinâmico das próprias relações.
O mesmo autor prossegue:
A interação dialética entre o que é constituído (a moral
vigente) e o constituinte (a moral sendo repensada e
recriada) é necessária à sobrevivência tanto da própria
moral como da respiração dos indivíduos frente a ela
ÉTICA
Reflete sobre estes valores, faz questionamentos:
arte do bem viver, busca de virtudes;

Pode garantir a renovação da Moral;

Usada para norteamento de profissões,


profissionais, partidos políticos, etc;

Cada autor estabelece os seus princípios éticos.


Teoria sobre a prática moral, uma reflexão teórica
que analisa e critica os fundamentos e princípios
que regem um determinado sistema moral.

O dicionário Abbagnado, entre outras


considerações nos diz que a ética é "em geral, a
ciência da conduta" (ABBAGNANO, sd, p.360) e
Sanchez VASQUEZ (1995, p.12) amplia a definição
afirmando que "a ética é a teoria ou ciência do
comportamento moral dos homens em
sociedade. Ou seja, é ciência de uma forma
específica de comportamento humano."
A ética não cria a moral, procura determinar a
essência da moral, sua origem, as condições
objetivas e subjetivas do ato moral, as fontes
da avaliação moral, a natureza e a função dos
juízos morais, os critérios de justificação
destes juízos e o princípio que rege a mudança
e a sucessão de diferentes sistemas morais.
(ibid., p.12)
Aristóteles/ Ética a Nicômaco
Ética tida como uma relação de equilíbrio que é o
bom ou o bem.
Todo o indivíduo, assim como toda ação e toda
escolha, tem em mira um bem e este bem é
aquilo a que todas as coisas tendem.
Tal ciência é a ciência mestra (que é a Política) e
seu estudo caberá à Ética.

“Como no homem que dorme ou que permanece


inativo; mas a atividade virtuosa, não: essa deve
necessariamente agir, e agir bem” Aristóteles.
Filosofia política: A comunidade social e política
é o meio necessário para o exercício da moral.

O homem moral só pode viver na cidade e é


portanto um animal político, ou seja social e
não pode levar uma vida moral como indivíduo
isolado e sim no seio de uma comunidade.
Immanuel Kant/ Imperativos
Categóricos
 Princípios básicos da Ética Kantiana:
 Dever antes da felicidade (Felicidade é passageira o dever
é sólido)
 Ser Humano como finalidade e não como um meio. Usar
as pessoas: atitude antiética.
Ex: até quando ajudar o outro é ser ético. Você não faz isso
para o seu bem prazer ou pela sua felicidade?

 Condições necessárias para você desenvolver a Ética:

Ex: Uma escola não ensina seus alunos a serem Éticos, ela
se desenvolve no contato e na experiência das pessoas
com as coisas.
Ética profissional
É o conjunto de normas éticas que formam a consciência
do profissional e representam imperativos de sua conduta.

Ter ética profissional é o indivíduo cumprir com todas as


atividades de sua profissão, seguindo os princípios
determinados pela sociedade e pelo seu grupo de trabalho.

Cada profissão tem o seu próprio código de ética, que pode


variar ligeiramente, graças a diferentes áreas de atuação. No
entanto, há elementos da ética profissional que são
universais e por isso aplicáveis a qualquer atividade
profissional, como a honestidade, responsabilidade,
competência, etc.
Código de ética profissional
 É o conjunto de normas éticas, que devem ser seguidas pelos
profissionais no exercício de seu trabalho.

 O código de ética profissional é elaborado pelos Conselhos,


que representam e fiscalizam o exercício da profissão.

 O código de ética médica em seu texto descreve: O presente


código contém as normas éticas que devem ser seguidas
pelos médicos no exercício da profissão, independentemente
da função ou cargo que ocupem. A fiscalização do
cumprimento das normas estabelecidas neste código é
atribuição dos Conselhos de Medicina, das Comissões de
ética, das autoridades de saúde e dos médicos em geral. Os
infratores do presente Código, sujeitar-se-ão às penas
disciplinares previstas em lei.
BIOÉTICA

BIOS + ETHOS – ETICA DA VIDA


(Vida) (Ética) (Neologismo)
Um pouco de história...
 Na babilônia Código da Hamurabi 2300 A.C em seus
registros existem punições a médicos por seus erros

 Hipócrates (460-370 A.C) criou o corpo de doutrina,


que levou a medicina a categoria de ciência,
descartando o curandelismo.

 Idade média: obscurantismo religiosos cristão e


mulçumano entre 400 e 1000

 Século VI São Bento e a medicina monástica ao redor


dos conventos

 Ciência sendo explicada pela bíblia e a religião


Um pouco de história...
 Dissecação – Heresia na Europa
 Modernidade supera o catolicismo
 Século XVII – Momento crucial dessa
transição: o homem passa a estudar a
natureza
 Críticas ao Cientificismo: Frankenstein de
Mary Shelley
Surgimento do Conceito
O nascimento da bioética tem suas raízes com
o termino da 2ª guerra mundial a partir da
conscientização dos homens a uma reflexão
acerca da ética e do comportamento. A partir
deste marco se estimulou a ética no campo
médico fundamentada na vida e na razão
humana.
Bioética
A bioética é protetora da vida diante de
possíveis abusos em pesquisas onde se leva
em conta a moralidade, racionalidade e a
conduta humana frente ao que se investiga
Bioética

Interação de profissionais e estudiosos

Discussão da vida e da saúde humana.


BIOÉTICA
LIVRO: ESTUDO DE ÉTICA E SAÚDE
QUESTÕES ÉTICAS, DEONTOLÓGICAS E
LEGAIS. AUTONOMIA E DIREITOS DO
PACIENTE

Paulo Antônio de Carvalho Fortes


BIOÉTICA
A Bioética, de caráter eminentemente
multidisciplinar, compreende:

"o estudo sistemático da conduta humana na


área das ciências da vida e dos cuidados da
saúde, na medida em que esta conduta é
examinada à luz dos valores e princípios
morais (FORTES 2006)
DILEMAS ÉTICOS
Decisões que envolvem valores e princípios
podendo gerar DILEMAS ÉTICOS para os
profissionais de saúde.

Princípios Éticos: autonomia, a beneficência, a


não causação de dano e a justiça.

Profissional Paciente Princípios Éticos


AUTONOMIA

Etimologia grega, autogoverno, poder da


pessoa de tomar decisões que afetem sua vida,
sua integridade físico-psíquica, suas relações
sociais.
AUTONOMIA E O DIREITO MORAL
O direito moral do ser humano à autonomia gera
um dever dos outros em respeitá-lo.

Respeito do ser humano em sua individualidade


Kant: O Homem é o fim em si mesmo.

Fenômeno histórico socialmente determinado,


que vem deslocando paulatinamente, nas últimas
décadas, a beneficência como princípio prevalente
destas relações.

Pressupõe a aceitação do pluralismo social


BENEFICÊNCIA
As ações dos profissionais de saúde nas situações de
emergência, em que os indivíduos não conseguem
exprimir suas preferências ou dar seu consentimento,
fundamentam-se no princípio da beneficência,
assumindo o profissional o papel de protetor natural
do paciente por meio de ações positivas em favor da
vida e da saúde da pessoa.
Aliás, a inação do profissional nas circunstâncias de
grave e iminente perigo de vida pode consubstanciar
situação de omissão de socorro, contrariando o dever
de solidariedade imposto pelo acatamento ao princípio
de beneficência, Código Penal, art. 135.
Consentimento Esclarecido
Deve ser recolhido anteriormente à realização de todo
procedimento sobre o organismo humano de natureza física
ou psíquica.

Nos casos de permissão das:


 pessoas que se prestam a experimentações,
 na identificação das características pessoais por meio de
exames genéticos,
 no tocante às doações in vivo ou post mortem e na
recepção de órgãos e tecidos,
 por meio das técnicas de transplantes;
 Na aceitação ou não de um tratamento em Dependência
Química.
Consentimento Esclarecido
 Nos casos de coleta e produtos de origem humana;
 No reconhecimento antenatal das condições de
viabilidade do feto e na terapêutica intra-uterina;
 Na identificação de pessoas por meio de suas
"impressões" genéticas, nas manipulações do
patrimônio genético;
 Em situações relacionadas aos portadores do vírus
da imunodeficiência humana (HIV) e com síndrome
da imunodeficiência adquirida (AIDS);
 Assim como na utilização de dados pessoais e
nominativos por meio de sistemas de informatização
e bancos de dados.
Consentimento Esclarecido
O consentimento deve ser livre, voluntário,
consciente, não comportando vícios e erros.
Não pode ser obtido mediante práticas de
coação física, psíquica ou moral ou por meio
de simulação ou práticas enganosas, ou
quaisquer outras formas de manipulação
impeditivas da livre manifestação da vontade
pessoal.
PARA PENSAR

 Até que ponto o homem é realmente


livre em suas decisões? O homem pode
ser escravo de suas relações ou de
fatores sociais?
Consentimento Esclarecido
 Para se ter a garantia da liberdade de consentir é preciso que a
práxis dos profissionais de saúde esteja imbuída da noção do
respeito ao princípio da autonomia individual.

 Domínio psicológico, conhecimento e habilidades técnicas que


podem inviabilizar a real manifestação da vontade da pessoa com
quem se relacionam. Aceita-se que se utilizem da persuasão, mas
não da coação ou da manipulação.

 Persuasão, entendida como a tentativa de induzir alguém por meio


de apelos à razão para que livremente aceite crenças, atitudes,
valores, intenções ou ações advogadas pela pessoa que persuade.

 Já a manipulação apresenta valor ético contrário, pois tenta fazer


com que a pessoa realize o que o manipulador pretende sem saber
o que ele intenta
Ética Deontológica
A importância de se repassar a informação revelada onde a mesma
deve ser compreendida, não sendo suficiente que a pessoa seja mera
receptora.
Informações falseadas, incompletas ou mal-entendidas podem
ocasionar defeitos de raciocínio e comprometer sua decisão
autônoma.
As informações devem ser adaptadas às circunstâncias do caso e às
condições sociais, psicológicas e culturais, utilizando-se um padrão
orientado para cada paciente, que denominamos de padrão
subjetivo.
O Paciente tem autonomia para decidir sobre o que lhe interessa e
o profissional deve nesse sentido exercer a ética deontológica de
acordo com seus conhecimentos
Os Utilitaristas
Consideram que a beneficência e o princípio de não
causar dano justificam que em certas circunstâncias
a informação possa ser sonegada ao paciente, ou
mesmo que a ele seja ocultada a verdade.

Legitimam que o profissional de saúde maneje


qualitativamente ou quantitativamente as
informações a serem fornecidas, e, mesmo, esteja
isento de revelá-las caso possam conduzir a uma
deterioração do estado físico ou psíquico do
paciente, afetando a tomada de decisões.
Utilitaristas X Ética Deontológica
 A mentira violaria o princípio da
autonomia e não pode ser validada
eticamente
 O ocultamento da verdade sob alegações
de perigo de que informações nem
sempre bem-vindas, esperadas ou
desejadas possam causar danos
psicológicos.
Utilitaristas X Ética Deontológica
 Há casos em que se pode aceitar o fato
de que a mentira pode trazer benefícios
ao paciente, isto é, mantê-lo com saúde
ou mesmo, vivo.
 Para reparar a desintegração produzida
pela enfermidade, é preciso violar até
certo ponto a autonomia da pessoa,
objetivando restaurá-la
PARA PENSAR

Adeptos da seita das Testemunhas de Jeová,


que, mesmo em situações de risco de vida,
rejeitam a possibilidade de receberem
sangue.
VISÃO DO AUTOR
Devemos nos deter na questão da
competência dos indivíduos em decidir.

No âmbito legal presume-se que um adulto é


competente até que a justiça o considere
incompetente e restrinja seus direitos civis,
mas no campo da ética raramente se julga uma
pessoa incompetente com respeito a todas
esferas de sua vida.
Bioética e Pesquisa
Autorização para pesquisas e autorizações:

Código de Helsinque e desdobramentos;


Código de ética profissional;
Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido.
Ações para uma Pesquisa Ética

Conhecimento cientifico
Domínio da técnica
Planejamento das ações
Embasamento da comunidade cientifica
Respeito aos preceitos Éticos
Seleção da amostra
Dimensionamento da amostra
Seleção dos tratamentos a serem utilizados
Riscos da pesquisa
Tempo de duração do experimento
Necessidade do termo de consentimento
esclarecido
Bioética no Brasil
Começa a dar passo mais sólidos no país a
partir da década de 90. Em 1993 foi lançado o
periódico Bioética pelo Conselho Federal de
Medicina e em 1996 foi criada a Sociedade
Brasileira de Bioética que por meio da
Resolução 196/96 regulamentou a criação da
Comissão Nacional de Ética e Pesquisa
(CONEP), o que permitiu também a criação
dos Comitês Locais de Éticas especialmente
nos espaços acadêmicos.
Epicuro /Epicurismo
 Ligado a Aristóteles e Demócrites
 O ser humano nasce para sentir prazer
(prazer da alma), não desconsidera o
prazer corporal, entretanto o seu excesso
lhe causará dor, busca do prazer sereno.
 A felicidade é possível, mas deve ser
buscada e trabalhada
Epicuro: As Delícias de Jardim
 Busca da felicidade
 Ética libertadora ( o homem pode e deve
administrar os seus desejos e dores)
 Homem gestor de si? Até que ponto
somos livres?
 A liberdade é algo individual é o desvio de
uma fatalidade
Tetraphármakon
 Turquia Nuanda século XIX ruínas de
uma muralha com textos de Epicuro
retratados pelo Epicurista Diógenes:

1-Não há nada a temer quanto aos deuses;


II- Não há necessidade de temer a morte;
III -A felicidade é possível;
IV - Podemos escapar a dor.
Ética na Política
Ética e política Norberto
Bobbio
 Análise da ética sob a luz da filosofia política e
com aporte de Maquiavel.
 Ética e política dualismo que se relaciona entre
a Igreja e o Estado. Uma tem a missão de
ensinar e manter a ordem em nome de Deus e
a outra mostra-se necessária para manter a
ordem entre os homens.
 Política como fonte de poder que vem
substituir o poder tirano da sociedade feudal.
Se assemelha a doutrina religioso por meio da
moral e do controle da ética, que, sob as mãos
dos detentores do poder controla a sociedade.
Valor analítico da relação Ética e
Política
 Redução da Política a Moral e da Moral a
Política:
 Erasmo – A Educação do Príncipe cristão.
1515. (O outro lado da face demoníaca
do poder)
Homem honesto, bom, aqueles príncipes
que cultivam a bondade vencerão
verdadeiramente os seus adversários.
 Hobbes – O leviatã (O Contrato Social)
Redução da Igreja ao Estado
Primeiras Conclusões
 A Ética é superior a política ou a política
a Ética?
 Filosofia de Croce: Economia e Ética
A política faz parte do mundo da economia
enquanto que a Ética é colocada em um
plano superior, entretanto ambos se
complementam em suas especificidades.
Primeiras Conclusões
Uma ação política imoral é condenável?
Como é imoral se estamos admitindo que
a Ética é uma instância superior?
Admitindo que as ações podem ser julgadas
conforme os princípios, isto é, de acordo
com algo que antecede a ação.
Ex a pena de morte.
Pergunta chave do texto de
Noberto Bobbio:

 A quem a Política e suas determinações


Éticas serve? Aos justos ou aos Injustos?

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