Circuitos CA Parte2

Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão
ou corrente senoidal
Vamos estabelecer as relações algébricas que governam
as relações fasoriais de tensão e corrente nos
dispositivos passivos que fazem parte da maioria dos
circuitos elétricos : resistores, indutores e capacitores.
Deve-se notar que ao fazer as transformações das
funções trigonométricas para a forma fasorial, estamos
na verdade fazendo uma transformação no domínio do
tempo para o domínio da frequência. Vamos estudar
como a variação da frequência muda o comportamento
desses dispositivos.
Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão ou
corrente senoidal
• Comportamento do Resistor: i(t)
V(t)
Sabemos que um resistor obedece a lei de Ohm, e esta lei diz que
existe uma relação direta entre a corrente elétrica que
atravessa o resistor e a tensão elétrica entre seus terminais.
corrente senoidal
Quando aplicada uma tensão senoidal em um resistor, passará através
dele uma corrente elétrica com a mesma forma de onda, mesma
frequência e mesma fase da tensão.
A amplitude da corrente é função da tensão aplicada e da resistência

do resistor.
i(t)
corrente senoidal
• Assim :
v(t) = R. i(t)
Se ao resistor é aplicada uma tensão senoidal
v(t) = Vmax sen(ωt)

Então :
i(t) = V(t)/R = Vmax sen(wt)/R = (Vmax/R)sen(wt) = Imax sen(wt)
Onde : Imax = Vmax /R

corrente senoidal
Podemos concluir que :
Em um elemento puramente resistivo, a tensão entre seus terminais e

a corrente que o atravessa estão em fase e a relação entre os valores
de pico das duas grandezas é dada por Vmax = Imax * R.
VM Vef
Z R 
I M I ef
IR VR
ϕ =Өv – Өi =0
corrente senoidal
Conceito de Impedância (Z):
A impedância (Z) representa o efeito de oposição à passagem de
corrente que os elementos de um circuito oferecem. Ela determina a
amplitude do sinal de corrente e sua defasagem em relação ao sinal de
tensão. A impedância de um circuito é dada em função dos elementos
passivos que o compõem (resistor, indutor, capacitor).
Matematicamente, trata-se da relação entre o fasor de tensão pelo
fasor da corrente, de modo semelhante à primeira Lei de Ohm:
Logo, podemos concluir que a impedância de um

circuito é uma grandeza complexa (possui um
módulo e um ângulo ou parte real e parte
imaginária)
corrente senoidal
A impedância de um circuito puramente resistivo nas formas complexas
é representada da seguinte maneira:
• Forma polar:
• Forma cartesiana:
corrente senoidal
A impedância equivalente de um circuito é representada nas formas
complexas da seguinte maneira:
• Forma cartesiana:
• Forma polar:
• Ou seja:
corrente senoidal
Em que:
R – componente resistiva (parte real), em Ω

X – componente reativa (parte imaginária), em Ω
Um resistor não provoca defasagem entre tensão e corrente, logo o

ângulo de defasagem é nulo.
corrente senoidal
Exemplo
Uma tensão senoidal:
É aplicada sobre um resistor de resistência elétrica igual a 50 Ω, de

acordo com a Figura 3.3. Pede-se:
a) Calcule a corrente elétrica do circuito na

forma complexa polar.
corrente senoidal
Da primeira Lei de Ohm para corrente alternada :
• Vem:
corrente senoidal
b) Represente a expressão matemática da tensão e da corrente em função
do tempo.
• Valor de pico da tensão:

corrente senoidal
Expressão matemática da tensão:
30º
• Valor de pico da corrente:
• Expressão matemática da corrente:

30º
corrente senoidal
c) Esboce a forma de onda da tensão e da corrente, indicado seus
valores de pico.
corrente senoidal
d) Esboce o diagrama fasorial da tensão e da corrente:
corrente senoidal
• Comportamento do Indutor
corrente senoidal
• Um indutor é um elemento de circuito que armazena energia, na
forma de campo magnético.
Quando um indutor é percorrido por uma corrente
alternada(variável no tempo) é criado um campo magnético
(também alternado) em torno das suas espiras. Tal campo
magnético produz, por indução eletromagnética uma tensão
em seus terminais, denominada de “tensão induzida”
A tensão induzida em seus terminais é proporcional à

variação da corrente que o percorre e esta constante de
proporcionalidade é denominada de INDUTANCIA (L) do
indutor.
VL (t) = L diL(t)/dt
corrente senoidal
• Um indutor é, portanto, um elemento que se opõe `a variação de
corrente que o percorre. É capaz de induzir tensão em si mesmo
quando a corrente por ele é variável. Se ele é considerado ideal
(resistência do condutor nula), a tensão induzida nos seus terminais é
dada por:
VL (t) = L diL(t)/dt
• L é a indutância do indutor, cuja unidade é o Henry (H)

• A indutância depende das dimensões do indutor ( comprimento e
diâmetro do enrolamento), do material do qual é feito o núcleo
(ar,ferro,ferrite) e do número de espiras.
corrente senoidal
• Em circuito puramente indutivo (possui apenas fonte alternada e
indutor), isto é, desprezando a resistência do fio, podemos escrever:
diL (t ) d ( I m senwt )
vL (t )  L *  L*  wLI m cos wt
dt dt
vL (t )  Vm sen( wt  90)
Vm  wLI m
Vm
 wL Reatância indutiva(Ω)
Im
corrente senoidal
• De acordo com as formas de onda da tensão e corrente no indutor,
podemos concluir que a tensão está adiantada de 90º em relação a
corrente ou que a corrente está atrasada de 90º em relação tensão.
corrente senoidal
• De acordo com as formas de onda da tensão e corrente no indutor,
podemos concluir que a tensão está adiantada de 90º em relação a
corrente ou que a corrente está atrasada de 90º em relação tensão.
I L  I ef 0º
VL  Vef 90º
VL  Vef 0º
I L  I ef   90º
corrente senoidal
Conclusão :
1)Num indutor a corrente está atrasada em relação à tensão. Se for
aplicada uma tensão senoidal sobre um indutor ideal, a corrente fica
atrasada de 90° em relação à tensão.
Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão ou corrente
senoidal
2) A reatância indutiva é simbolizada por XL e mede a oposição que o
indutor oferece à variação de corrente, dada pela seguinte expressão:
X L  jL  j 2fL (Ω)
3) A impedância de um circuito puramente indutivo (ZL) nas formas

complexas é representada da seguinte maneira:
corrente senoidal
Exemplo
Uma tensão senoidal:
É aplicada sobre um indutor de indutância igual a 100 mH, de acordo

com a Figura a seguir:
corrente senoidal
Pede-se:
a) A reatância indutiva e expresse a impedância do circuito na forma
complexa polar.
b)Calcule a corrente elétrica na forma complexa polar.

Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão ou corrente
senoidal
• Indutor Ideal em CA:
corrente senoidal
• REATANCIA INDUTIVA
• Reatância indutiva é a oposição que um indutor oferece à passagem

da corrente alternada.
• É representada por XL e sua unidade também é o ohm (Ω)
• O valor (em módulo) da reatância indutiva é diretamente
proporcional à indutância L e a frequência f da corrente (ou sua
frequência angular ω)
corrente senoidal
• REATANCIA INDUTIVA
• XL = 2πfL ou XL= ωL sendo:

• XL = módulo da reatância indutiva em Ohm(Ω)
• L = indutância da bobina em Henry (H)
• f = freqüência da corrente em Hertz( Hz)
• ω = freqüência angular da corrente em radianos/segundo (rd/s)
• Percebe-se que quanto maior a indutância ou a freqüência, maior
será XL.
corrente senoidal
• Em um circuito de corrente alternada,

• XL= v/i , considerando as variáveis v e i na forma de números
complexos:
• XL=v/i =V[0°]/I /_ -90° = XL/_90° = jXL.
• Neste caso Ve I podem ser valores de pico, de pico à pico ou eficazes.
• Assim, podemos representar a reatância indutiva por XL=ωL/_90° ou
XL= jωL
Resposta dos elementos : R, L e C a uma
tensão ou corrente senoidal
• Percebe-se portanto que a reatância indutiva de um indutor ideal tem

fase sempre igual a 90°(forma polar) ou tem somente parte
imaginária positiva (forma cartesiana)
• A fase da reatância indutiva, que corresponde à defasagem entre a
tensão e a corrente no indutor, denomina-se φ.
• Se a tensão possui fase inicial Θ₀, a corrente no indutor passa a ter
fase (Θ⁰-90°) de forma que a fase da reatância indutiva continua
sendo φ= 90°
Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão ou corrente senoidal
• Potência em um indutor ideal
• Em um circuito puramente indutivo, sem resistência ôhmica, não há

dissipação de energia.
• Pelo gráfico observa-se que a potência tem semi-ciclos positivos e
negativos, de forma que sua potência média é zero.
• Qdo. é positiva, o indutor está recebendo energia do circuito,
armazenando-a sob forma de campo magnético.
• Qdo. é negativa, está devolvendo a energia armazenada.
• O Capacitor:
Um capacitor ou condensador é um dispositivo que armazena cargas
elétricas. A Figura abaixo mostra esquematicamente um capacitor de
placas paralelas e seu símbolo. Trata-se de duas placas condutoras
paralelas, denominadas armaduras, separadas por um material
isolante, denominado dielétrico.
• Um capacitor é um elemento que armazena energia na forma de

campo elétrico. A capacidade de armazenar cargas elétricas de um
capacitor é medida por meio de sua capacitância C, cuja unidade é
dada em Farad (F).
• A capacitância de um capacitor de placas paralelas é diretamente

proporcional à área de suas placas e da constante dielétrica do
material isolante introduzido entre essas placas e inversamente
proporcional à distância de separação das placas do capacitor. Quanto
maior for a constante dielétrica do material não condutor introduzido
entre as placas, maior será a capacitância do capacitor
• Um capacitor se opõe à variação de tensão. Quando uma tensão é

aplicada em um capacitor, há um acúmulo de cargas em suas placas.
• A medida da carga elétrica (q) que o capacitor pode armazenar por
unidade de tensão aplicada (VC) é a Capacitância C.
• Então surge uma corrente de deslocamento de valor máximo
inicialmente, que diminui à medida que o capacitor é carregado.
Quando as placas se carregam totalmente, essa corrente é nula. Por
outro lado, a tensão no capacitor começa em zero e cresce até atingir
o valor praticamente igual da tensão que o alimenta.
• Para uma tensão variável no tempo aplicada às placas de um

capacitor, a carga internamente armazenada pelo mesmo será dada
por :
𝑞 𝑡 = 𝐶 ∗ 𝑣(𝑡) (1)
• Pela definição de corrente já definida antes:
𝑑𝑞(𝑡)
• 𝑖 𝑡 = (2)
𝑑𝑡
• Diferenciando a eq.(1), obtemos a relação entre a tensão e a corrente
em um capacitor:
𝑑𝑞(𝑡) 𝑑𝑣(𝑡) 𝑑𝑉(𝑡)
=C* 𝑖 𝑡 =𝐶∗
𝑑𝑡
(3)
𝑑𝑡 𝑑𝑡
• A eq.(3) define a lei de circuitos para uma capacitor. Se esta equação

for integrada, obtemos a seguinte relação para a tensão sobre um
capacitor:
𝟏 𝒕
𝒗 𝒕 = ‫𝒊 ׬‬ 𝒕 𝒅𝒕
𝑪 −∞
Ou seja , esta equação indica que a tensão de um capacitor depende da

corrente que o percorreu até o tempo presente.
• Em circuito puramente capacitivo (possui apenas fonte alternada e

capacitor), isto é, desprezando a resistência do fio, podemos escrever:
𝑑𝑣(𝑡)
𝑖 𝑡 =𝐶∗
𝑑𝑡
𝑑{𝑉𝑚𝑎𝑥𝑠𝑒𝑛 𝑤𝑡 }
𝑖 𝑡 =𝐶∗
𝑑𝑡
𝑖 𝑡 = 𝐶 ∗ 𝑉𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝑤 ∗ cos 𝑤𝑡 = 𝐼𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + 90)
onde : Imax = w*C*Vmax

w = 2¶f
• Então, temos:
𝑉𝑚𝑎𝑥 1 Reatância Capacitiva (Xc ) dada em Ω
=
𝐼𝑚𝑎𝑥 𝑤𝐶
Podemos concluir que num capacitor, a corrente está adiantada em

relação à tensão. Se for aplicada uma tensão senoidal sobre um
capacitor ideal, a corrente fica adiantada de 90° em relação à tensão,
ou de outra forma, a tensão está atrasada de 90º em relação a
corrente.
A reatância capacitiva mede a

oposição que o capacitor oferece
à variação de corrente, dada pela
seguinte expressão:
𝑉ሶ 𝑉𝑚𝑎𝑥/_0
Xc = = =Xc /_-90
𝐼ሶ 𝐼𝑚𝑎𝑥/_90
Xc = -j (1/w*C)
• Exemplo: Uma tensão senoidal é aplicada sobre um capacitor de

capacitância igual a 47 μF. Pede-se:
• Calcule a reatância capacitiva e expresse a impedância na forma

complexa polar.
• Xc = -j (1/wC) = -j (1/2π*60*47*10-6) = -j56,44 Ω = 56,44 /_-90 Ω
b) Calcule a corrente elétrica na forma complexa polar.

Da primeira Lei de Ohm para corrente alternada, vem:
c) Represente a expressão matemática da tensão e da corrente em

função do tempo.
• Valor de pico da tensão:
• v(t) = 179,61 sen (wt + 60) V
• Valor de pico da corrente:
• i(t) = 8,26 sen (wt + 150) A

Esboce a forma de onda da tensão e da corrente, indicado seus valores de

pico (Vp e Ip) e o ângulo de defasagem entre tensão e corrente (φ).
A tensão está atrasada de (60 – 150 = -90)

em relação a corrente.
• Conclusão:
• Se a corrente está adiantada em relação à tensão aplicada, o circuito

é capacitivo; se a corrente está atrasada em relação à tensão, o
circuito é indutivo; se a corrente e a tensão estão em fase, o circuito é
resistivo.
• Exemplos:
1) A expressão para a tensão em um capacitor de 1µF é dada por: vc (t) = 30 sen(400t)
Qual a expressão senoidal para a corrente ?
Solução :
• Cálculo de Xc : Xc = 1/wC = 1/(400*1x10-6) = 2500 Ω
• Como Xc = Vmax / Imax , então Imax = Vmax / Xc = 30 / 2500 = 0,0120 A = 12mA
• Para um capacitor alimentado em tensão alternada, a corrente está adiantada de 90º em
relação a tensão Assim teremos :
ic (t) = 0,012sen(400t + 90)
• Exemplos:
A expressão para a corrente em um capacitor de 100µF é dada por: ic (t) = 40 sen(500t+60)
Qual a expressão senoidal para a tensão ?
Solução :
• Cálculo de Xc : Xc = 1/wC = 1/(500*100x10-6) = 20 Ω

• Como Xc = Vmax / Imax , então Vmax = Imax *Xc = 40*20 = 800 V
• Para um capacitor alimentado em tensão alternada, a tensão está atrasada de 90º em

relação a corrente. Assim teremos :
vc (t) = 800sen(500t + 60 -90)
vc (t) = 800sen(500t -30)

Potencia em Circuitos CA
Suponhamos um circuito C.A em que:
e 𝒕 = 𝑽𝒎 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒗 𝒆 𝒊 𝒕 = 𝑰𝒎 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒊
A potencia instantânea nesse circuito é :
𝒑 𝒕 = 𝒗 𝒕 ∗. 𝒊(𝒕) = 𝑽𝒎 ∗ 𝑰𝒎 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒗 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒊
Pela relação trigonométrica
1
𝑠𝑒𝑛𝐴 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝐵 = [cos 𝐴 − 𝐵 − cos(𝐴 + 𝐵)
2
𝑉𝑚 ∗ 𝐼𝑚
𝑝(𝑡) = [cos(θ𝑣 − θ𝑖) − cos(2𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 + θ𝑖)
2
𝑉𝑚 𝐼𝑚
𝑝(𝑡) = ∗ ∗ [cos(𝜃𝑣 − θ𝑖) − cos 2𝑤𝑡 + 𝜃𝑣 + θ𝑖 ]
2 2
𝒑(𝒕) = 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝒗 − θ𝒊) − 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒘𝒕 + 𝜽𝒗 + θ𝒊)

Observamos que :
a) A potência transmitida “pulsa” ou “oscila” em torno do valor : [Vrms * Irms * cos (θv-θi)]
com frequência dupla 2w (dobro da frequência da fonte). Durante algum período, a
potência é negativa, indicando que, neste período a energia flui no sentido negativo
(contrário a energia enviada pela fonte).
• Quando a corrente tiver o mesmo sinal que a tensão, a potencia é fornecida pelo gerador
(fonte CA). Se corrente e tensão tiverem sinais opostos, o valor da potencia é negativo e,
neste caso a fonte CA esta absorvendo energia.
• O termo : [Vrms * Irms * cos (θv-θi)] é chamado de potência média ou potência real e representa
a potencia que é efetivamente enviada pela fonte e absorvida pela carga. É aquela potencia
análoga ao que calculamos nos circuitos CC. O ângulo (θv-θi) é o ângulo de defasagem
entre a tensão e a corrente. Como cos (-φ) = cos φ, podemos concluir que a potencia real
não depende do fator de a tensão estar atrasada ou adiantada em relação à corrente.
• Aplicando a relação trigonométrica :
Cos (A+B) = cos A*cos B - sen A * sen B
Na equação de p(t), obtemos :
𝒑 𝒕 = 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒄𝒐𝒔φ ∗ 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒘𝒕 − 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒔𝒆𝒏φ ∗ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒘𝒕
I II
• Ou seja, decompomos a potência em duas componentes (designadas por
I e II na figura) : a primeira componente “pulsa” em torno do valor médio
(Vrms * Irms * cos θ), porém nunca fica negativa. E a segunda componente
tem valor médio nulo.
• Introduzimos então as seguintes grandezas:
𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑐𝑜𝑠φ > Potencia Ativa ou Real

Q = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑠𝑒𝑛φ > Potencia Reativa ou “Não ativa”
E podemos escrever a equação anterior de modo mais compacto:
𝒑 𝒕 = 𝑷 ∗ 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒘𝒕 − 𝑸 ∗ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒘𝒕
• Significados IMPORTANTES desses conceitos em circuitos C.A:
a) A potencia ativa P é definida como o valor médio da potencia
instantânea p(t) e, portanto significa que é a potencia útil ou real
que é esta efetivamente sendo transmitida.
b) Já a potencia reativa Q é, por definição, igual ao valor máximo

daquela componente de p(t) que caminha pra trás e pra frente no
circuito, resultando em “valor médio” nulo, e, portanto, incapaz de
realizar trabalho útil. Esta potencia é resultante da variação da
energia magnética ou elétrica armazenada nos elementos indutivos
ou capacitivos presentes no circuito.
• A Potencia Reativa (Q) é a parcela de potência necessária para

produzir os campos eléctrico e magnéticos necessários para o
funcionamento de alguns tipos de cargas como, por exemplo,
motores, transformadores, cargas não-lineares, retificadores
industriais etc.
• A dimensão da potencia ativa P é o Watt (W) e seus múltiplos kW e

MW, porém para enfatizar o fato de que a potencia reativa Q
representa uma potência “não ativa”, ela é medida em “voltampere
reativo” (Var) e seus múltiplos (kVAr e MVAr)
• A tabela a seguir indica de forma resumida as potencias ativa e

reativa para os tipos de carga mais comumente encontrados em
circuitos C.A
• Notamos, nesta tabela o seguinte:
a) Uma carga indutiva (pura ou não) absorve potencia reativa Q
positivo. Ou seja um indutor consome potência reativa.
b) Por outro lado, uma carga capacitiva (pura ou não) absorve

potencia reativa Q negativa, ou seja, um capacitor na verdade
“gera” ou “fornece” potencia reativa ao circuito.
c) A potencia ativa é sempre positiva, ou nula para circuitos indutivos
ou capacitivos puros.
d) Em circuitos puramente resistivos não existe potencia reativa.
Análise de casos particulares da potencia instantanea
• Corrente em fase com a tensão : Circuito Resistivo
θ = 0 e cos(θ) = 1 ; Neste caso não existe a parte negativa da forma
de onda da potencia, significando que toda a potencia fornecida pela
fonte C.A é consumida no circuito.
Pmedio = V*I (Watts)

Análise de casos particulares da potencia instantanea
• Corrente em quadratura com a tensão :
θ = ±90º e cos(θ) = 0 ; Neste caso as parte negativa da forma de onda
da potencia é igual às parte positiva, isto é, a potencia média é nula.
Vejamos no caso do circuito puramente indutivo.
Pmedio = 0
Isto indica que em um circuito

puramente indutivo não há dissipação
de energia. Na verdade, ocorre apenas
uma troca de energia. Ora o indutor
recebe energia (ciclo positivo),
armazenando na forma de campo
magnético ora fornece energia (ciclo
negativo).
Nesse circuito não existe potencia
Conceito de Potencia Complexa:
• Consideremos um circuito C.A no qual os fasores da tensão e da

corrente são os seguintes:
• 𝑉ሶ = 𝑉𝑟𝑚𝑠/_𝜃𝑣
• 𝐼 ሶ = 𝐼𝑟𝑚𝑠/_𝜃𝑖
• Introduzindo a corrente conjugada : 𝐼∗ = 𝐼𝑟𝑚𝑠/_ − 𝜃𝑖

• A potencia complexa S é definida pelo produto do fasor tensão pelo
conjugado do fasor corrente.
• 𝑆ሶ = 𝑉ሶ ∗ 𝐼 ∗ሶ = 𝑉𝑟𝑚𝑠/_𝜃𝑣*𝐼𝑟𝑚𝑠/_ − 𝜃𝑖
• Definindo a defasagem entre a tensão e a corrente : θv – θi = ϕ , temos:

• 𝑆ሶ = 𝑉ሶ ∗ 𝐼 ∗ሶ = 𝑉𝑟𝑚𝑠*𝐼𝑟𝑚𝑠/_𝜑
• 𝑆ሶ = 𝑉𝑟𝑚𝑠*𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑐𝑜𝑠𝜑 + 𝑗𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑠𝑒𝑛𝜑
𝑺ሶ = 𝑷 + 𝒋𝑸
• O modulo da potencia complexa é denominada de Potência Aparente,
𝑺 = 𝑷𝟐 + 𝑸𝟐 = 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔
A Potência ativa (W) representa a
porção líquida do copo, ou seja, a
e é medida e.m V.A (volt-ampére). parte que realmente será utilizada
para matar a sede. Como na vida nem
tudo é perfeito, a cerveja contêm uma
parte de espuma, representada pela
Potência Reativa (VAr). Essa espuma
está ocupando lugar no copo, porém
não é utilizada para matar a sede.
• O conteúdo total do copo representa a Potência Aparente.
• Tanto a espuma como a cerveja ocupam espaço no copo, da mesma

forma que a potência ativa e reativa ocupam na rede elétrica,
diminuindo a real capacidade de transmissão de potência ativa da
rede, em função de potência reativa ali presente.
• Fator de Potência:
• A maioria das cargas das unidades consumidoras consome energia

reativa indutiva, tais como: motores, transformadores, reatores para
lâmpadas de descarga, fornos de indução, entre outros.
• As cargas indutivas necessitam de campo eletromagnético para seu

funcionamento, por isso sua operação requer dois tipos de potência:
• Potência ativa: potência que efetivamente realiza trabalho gerando
calor, luz, movimento, etc. É medida em W. A figura abaixo mostra
uma ilustração disto.
• Potência Reativa: potência usada apenas para criar e manter os

campos eletromagnéticos das cargas indutivas. É medida em Var.
• Assim, enquanto a potência ativa é sempre consumida na execução
de trabalho, a potência reativa, além de não produzir trabalho, circula
entre a carga e a fonte de alimentação, ocupando um espaço no
sistema elétrico que poderia ser utilizado para fornecer mais energia
ativa.
• o fator de potência é a razão entre a potência ativa(P) e a potência

aparente(S). Ele indica a eficiência do uso da energia. Um alto fator de
potência indica uma eficiência alta e inversamente, um fator de
potência baixo indica baixa eficiência energética. Um triângulo
retângulo é frequentemente utilizado para representar as relações
entre W, Var e VA
O fator de potencia depende grandemente do tipo de
carga ligada ao circuito eléctrico (resistivo, indutivo,
capacitivo ).
Para cargas lineares, o fator de potência é
determinado pelo cosseno do ângulo de desfasamento
entre a tensão e a corrente.
Portanto: FP = cos (φ), onde φ representa o ângulo de

desfasamento conforme ilustrado na figura abaixo:
O ângulo entre a potencia aparente e a potencia
ativa ou real representa o desfasamento entre
tensão e corrente e o seu cosseno é igual ao fator
de potência.
Observa-se que quanto menor for a potência

reativa maior será o fator de potência e
consequentemente melhor será a qualidade da
energia.
O seu valor varia de 0 a 1, tanto para cargas indutivas

como capacitivas. Quanto mais aproximado a unidade (1)
for o valor do fator de potência, maior será a eficiência
do equipamento ou da instalação eléctrica.
• Para cargas resitivas o fator de Potência é igual a unidade. Isto deve-se
ao fato de não existir um desfasamento entre a corrente e a tensão ou
seja o ângulo de desfasamento é igual a zero.
Portanto: FP = cos (φ)=Cos(0) = 1

Circuitos CA Parte2

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Resposta dos elementos : R, L e C a uma tensão

A amplitude da corrente é função da tensão aplicada e da resistência

v(t) = Vmax sen(ωt)

Onde : Imax = Vmax /R

Em um elemento puramente resistivo, a tensão entre seus terminais e

Logo, podemos concluir que a impedância de um

R – componente resistiva (parte real), em Ω

Um resistor não provoca defasagem entre tensão e corrente, logo o

É aplicada sobre um resistor de resistência elétrica igual a 50 Ω, de

a) Calcule a corrente elétrica do circuito na

• Valor de pico da tensão:

• Valor de pico da corrente:

• Expressão matemática da corrente:

A tensão induzida em seus terminais é proporcional à

• L é a indutância do indutor, cuja unidade é o Henry (H)

X L  jL  j 2fL (Ω)

3) A impedância de um circuito puramente indutivo (ZL) nas formas

É aplicada sobre um indutor de indutância igual a 100 mH, de acordo

b)Calcule a corrente elétrica na forma complexa polar.

• Reatância indutiva é a oposição que um indutor oferece à passagem

• XL = 2πfL ou XL= ωL sendo:

• Em um circuito de corrente alternada,

• Percebe-se portanto que a reatância indutiva de um indutor ideal tem

• Potência em um indutor ideal

• Em um circuito puramente indutivo, sem resistência ôhmica, não há

• Um capacitor é um elemento que armazena energia na forma de

• A capacitância de um capacitor de placas paralelas é diretamente

• Um capacitor se opõe à variação de tensão. Quando uma tensão é

• Para uma tensão variável no tempo aplicada às placas de um

• A eq.(3) define a lei de circuitos para uma capacitor. Se esta equação

Ou seja , esta equação indica que a tensão de um capacitor depende da

• Em circuito puramente capacitivo (possui apenas fonte alternada e

𝑖 𝑡 = 𝐶 ∗ 𝑉𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝑤 ∗ cos 𝑤𝑡 = 𝐼𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝑠𝑒𝑛(𝑤𝑡 + 90)

onde : Imax = w*C*Vmax

Podemos concluir que num capacitor, a corrente está adiantada em

A reatância capacitiva mede a

• Exemplo: Uma tensão senoidal é aplicada sobre um capacitor de

• Calcule a reatância capacitiva e expresse a impedância na forma

• Xc = -j (1/wC) = -j (1/2π*60*47*10-6) = -j56,44 Ω = 56,44 /_-90 Ω

b) Calcule a corrente elétrica na forma complexa polar.

c) Represente a expressão matemática da tensão e da corrente em

• v(t) = 179,61 sen (wt + 60) V

• Valor de pico da corrente:

• i(t) = 8,26 sen (wt + 150) A

Esboce a forma de onda da tensão e da corrente, indicado seus valores de

A tensão está atrasada de (60 – 150 = -90)

• Se a corrente está adiantada em relação à tensão aplicada, o circuito

• Cálculo de Xc : Xc = 1/wC = 1/(500*100x10-6) = 20 Ω

• Para um capacitor alimentado em tensão alternada, a tensão está atrasada de 90º em

vc (t) = 800sen(500t -30)

A potencia instantânea nesse circuito é :

𝒑 𝒕 = 𝒗 𝒕 ∗. 𝒊(𝒕) = 𝑽𝒎 ∗ 𝑰𝒎 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒗 ∗ 𝒔𝒆𝒏 𝒘𝒕 + 𝜽𝒊

Pela relação trigonométrica

𝒑(𝒕) = 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒄𝒐𝒔(𝜽𝒗 − θ𝒊) − 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝐜𝐨𝐬(𝟐𝒘𝒕 + 𝜽𝒗 + θ𝒊)

Cos (A+B) = cos A*cos B - sen A * sen B

Na equação de p(t), obtemos :

𝒑 𝒕 = 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒄𝒐𝒔φ ∗ 𝟏 − 𝒄𝒐𝒔𝟐𝒘𝒕 − 𝑽𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝑰𝒓𝒎𝒔 ∗ 𝒔𝒆𝒏φ ∗ 𝒔𝒆𝒏𝟐𝒘𝒕

𝑃 = 𝑉𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝐼𝑟𝑚𝑠 ∗ 𝑐𝑜𝑠φ > Potencia Ativa ou Real

E podemos escrever a equação anterior de modo mais compacto:

b) Já a potencia reativa Q é, por definição, igual ao valor máximo

• A Potencia Reativa (Q) é a parcela de potência necessária para

• A dimensão da potencia ativa P é o Watt (W) e seus múltiplos kW e

onde : Imax = wCVmax

• Xc = -j (1/wC) = -j (1/2π6047*10-6) = -j56,44 Ω = 56,44 /_-90 Ω

Cos (A+B) = cos Acos B - sen A sen B