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estética Weitz rejeita quaisquer definições essencialistas

de arte por assumirem erradamente que existe um


conjunto de propriedades intrínsecas e
manifestas dos objetos artísticos (características
que todas as obras de arte e só as obras de arte
exibem e sem as quais não seriam obras de arte).
Isso não só não se verifica, como teria uma
Morris Weitz implicação indesejável caso se verificasse: teria um
(1916-1981)
O papel da teoria na efeito castrador da criatividade dos artistas, estaria
estética, 1950 a impor limites a uma atividade que se caracteriza
pela sua abertura à mudança, à expansão e à
inovação.
A posição de Weitz ficou conhecida como
antiessencialismo.
estética Apesar do fracasso das teorias essencialistas
da arte (é impossível encontrar propriedades
intrínsecas e manifestas que todos os objetos
artísticos exibam), talvez seja possível encontrar
uma definição de arte assente em propriedades
extrínsecas e relacionais: características que
não sejam inerentes ao próprio objeto em si
O mundo da arte, 1961 mesmo considerado, mas que dependem
fundamentalmente do tipo de relações que este
estabelece com outras realidades.

É esta a sugestão que Arthur Danto dá na


análise da obra Caixa de Brillo, de Andy Warhol:
estética

Danto conclui que o que distingue a obra de


Warhol dos seus semelhantes no quotidiano não
são as suas características formais, nem
quaisquer outras características que lhe sejam
intrínsecas, mas sim o facto de esta se inserir no
contexto de uma prática social instituída – o
mundo da arte.
estética
O reconhecimento de um objeto como
sendo uma obra de arte tornou-se
independente das suas propriedades
intrínsecas.
A teoria institucional da arte, proposta
por George Dickie, é a tentativa
contemporânea para explicar o que é a
arte de forma abrangente, incluindo
objetos tão diversificados como uma
sinfonia, os quadros de Dali ou os ready
Marcel Duchamp
Antecipação de um braço partido
made de Duchamp.
(1915)
estética Para Dickie e a teoria institucional da arte,
uma obra é arte se, e só se, é um artefacto que
possui um conjunto de características à qual foi
atribuído o estatuto de candidato a apreciação
por uma ou várias pessoas que atuam em nome
de determinada instituição social: o mundo da
arte.
George Dickie Ou seja, a teoria institucional da arte argumenta
(1926 - ) que qualquer artefacto pode ser uma obra de arte
na condição de ser considerado como tal por um
representante do mundo da arte: galerias, críticos
de arte, museus e outras instituições similares.
Quaisquer que sejam as suas propriedades
intrínsecas, não são elas que permitem considerar
um objeto como uma obra de arte.
estética
A propriedade que confere aos objetos o
estatuto de arte não é intrínseca, mas
relacional. A relação que Dickie tem em
mente é um objeto ter sido proposto para
apreciação por alguém que represente o
mundo da arte (uma das suas instituições).

Contudo, se o ato de batizar um artefacto


como arte não é arbitrário, tem de obedecer a
critérios específicos, sendo eles que contam
para definir a arte, não as instituições que os
Marcel Duchamp aplicam.
Bottle rack (1914)
estética A teoria institucional da arte dá uma
definição processual de arte e não uma
definição funcional, defendendo que aquilo que
faz com que algo seja uma obra de arte não são
as suas propriedades intrínsecas e manifestas,
mas sim o modo como é tratada por quem a criou,
por quem a expõe e por quem a aprecia.

Atribuir o estatuto de candidato à apreciação de


um artefacto acarreta uma certa responsabilidade,
pois caso ninguém o venha a apreciar, a pessoa
que fez essa atribuição pode perder alguma
Marcel Duchamp credibilidade no mundo da arte.
Bottle rack (1914)
O mérito da teoria institucional da
arte foi ter posto em destaque o
facto de o conceito de arte ser uma
construção cultural, um produto de
instituições que refletem as
tendências próprias de certos
momentos históricos e não algo
intemporal.
A capacidade criadora dos artistas,
bem como a evolução histórica das
sociedades faz deste movimento
constante um problema filosófico em
aberto.
Teoria institucional da arte
Objeções

Torna a definição de arte inútil


Sustenta que qualquer coisa pode tornar-se arte, desde que esse estatuto lhe
seja atribuído por um representante do mundo da arte, pelo que não há boas
razões para distinguir entre arte e não arte, tornando pouco informativa e inútil
qualquer definição de arte.

Oferece uma definição viciosamente circular de arte


Sustenta que o estatuto da obra de arte é atribuído por representantes do mundo
da arte e, por sua vez, o mundo da arte é definido como o conjunto daqueles que
têm o poder de fazer essas atribuições.
Ou seja, para saber o que é uma obra de arte temos de saber o que é o mundo
da arte; e para saber o que é o mundo da arte temos de saber o que são obras
de arte, nunca esclarecendo o significado destes termos.
estética Para Levinson e a teoria histórica da arte,
uma obra é arte se, e só se, alguém com direitos
de propriedade sobre isso tem a intenção séria
de que seja encarado da mesma forma como
foram corretamente encarados outros objetos
abrangidos pelo conceito de «obra de arte».

Assim, mesmo um homem do Neolítico (antes de se


constituir o mundo da arte) poderia produzir uma
Jerrold Levinson obra de arte ao combinar algumas pedras coloridas
(1948 - ) de forma a provocar prazer visual (que é uma das
formas como as obras de arte foram
corretamente encaradas ao longo da história).
estética Também existem objetos que foram
concebidos com a intenção oposta de
provocar náusea visual e que são
considerados obras de arte. Mas ambos
os casos correspondem a formas como
as obras de arte foram corretamente
encaradas ao longo da história (têm
bons precedentes históricos).
Para que um objeto seja uma obra de
arte: 1. não se exige que o artista tenha
consciência de que a sua intenção tem
bons precedentes na história da arte,
bastando que esses precedentes, de
facto, existam.
estética 2. A intenção do criador de que o objeto seja
visto ou encarado como uma obra de arte
deve ser uma intenção séria, não passageira
ou meramente ilustrativa.
3. O criador tem de ter direito de
propriedade sobre o objeto (pode usá-lo
como bem entender), pelo que não pode
transformar em arte qualquer coisa que
queira.
(Duchamp tentou, sem sucesso, converter
este edifício num dos seus ready made. Entre
outras razões possíveis, uma foi o facto de
Duchamp não ter direitos de propriedade
sobre o mesmo)
Edifício Woolworth, Nova Iorque
estética
A teoria histórica da arte mostra por que
razão na arte vale tudo (não há limites
definidos em relação às coisas que as
pessoas podem seriamente pretender que
sejam encaradas como obras de arte), embora
nem tudo resulte (para que algo seja
atualmente considerado arte é preciso ter em
conta a história da arte, ter bons precedentes
históricos).
Esta teoria possibilita também a existência
de arte solitária, isto é, de arte fora do
contexto institucional da arte.
Sentada (série mulher-cão), 1994
Paula Rego

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