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ADPF

Direito Constitucional II – FD/UNB

Profa. Ana Claudia Farranha


Catalina Gutierrez Gongora
Murilo Borsio Bataglia
Arguição de Descumprimento de
Preceito Fundamental - ADPF
Objetivos e Condições de
características admissibilidade
Parâmetros de
Legitimação
controle
Petição inicial Medidas cautelares

Procedimento Decisão final

Objeto do controle Recursos


Objetivos e
características
art. 102, §1o - A arguição de descumprimento de
preceito fundamental, decorrente desta
STF
Constituição, será apreciada pelo Supremo
Tribunal Federal, na forma da lei.

art. 103, §1o – O Procurador-Geral da República


CF 88
deverá ser previamente ouvido nas ações de
PGR inconstitucionalidade e em todos os processos de
competência do Supremo Tribunal Federal

art. 103, §3o – Quando o Supremo Tribunal


Fedderal apreciar a inconstitucionalidade, em tese,
AGU de norma legal ou ato normativo, citará,
previamente, o Advogado-Geral da União, que
defenderá o ato ou texto impugnado
Lei
9.882/99 Regulamenta art.
102, §1o , CF
Objetivos e
características
Lei Regulamenta art. Art. 1o - A arguição prevista no §1o do art.
9.882/99 102, §1o , CF 102 da CF será proposta perante o STF, e
terá por objeto evitar ou reparar lesão a
preceito fundamental, resultante de ato do
Poder Público
Parágrafo único. Caberá também arguição
de descumprimento de preceito
fundamental:
I – quando for relevante o fundamento da
controvérsia constitucional sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou municipal,
incluídos os anteriores à Constituição
Objetivos e
características
 Objetivo geral da ADPF: impedir que condutas
ou normas contrárias a preceitos fundamentais
decorrentes da CF88 comprometam a
regularidade do sistema normativo, afetando a
supremacia constitucional.
 Também preserva a segurança jurídica
 Controle de tipo:

a) judicial; b) abstrato; c)repressivo


 Competência:
STF
Objetivos e
características
Para “[…] evitar ou reparar lesão a
ADPF PRINCIPAL preceito fundamental, resultante
(direta, atuônoma) de ato do Poder Público” (art. 1o,
caput, Lei 9.882/99)

Como um incidente de um
ADPF processo. Deve ter relevante
controvérsia sobre lei ou ato
normativo federal, estadual ou
municipal, incluídos os anteriores à
ADPF incidental Constituição (art. 1o, parágrafo
(por derivação) únido, I, Lei 9.882/99)

Baixo uso – Esvaziada.


Mesmos legitimados da ADPF
principal.
Mais restrita.
Legitimados Art. 103, CF

ADPF ADIn

I - o Presidente da República*;
II - a Mesa do Senado Federal*;
III - a Mesa da Câmara dos Deputados*;
IV - a Mesa de Assembléia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito
Federal*; 
V - o Governador de Estado ou do Distrito Federal***; 
VI - o Procurador-Geral da República*;
VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil*;
VIII - partido político com representação no Congresso Nacional*;
IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional***
*Legitimados universais
*** Legitimados especiais (demonstrar pertinência temática)
Legitimados Art. 103, CF

 Lista de legitimados diz respeito à ADPF principal


 Veto do Presidente da República eliminou a
referência aos legitimados da ADPF incidental.
 Solução: usar os mesmos da ADPF principal
 Problema: “Se os legitimados forem os mesmos,
não há motivo processual para alguém ingressar
com a ADPF incidental e não com a principal, que
é bem mais ampla” (DIMOULIS; LUNARDI, 2016,
p.173).
Legitimados Art. 103, CF

Não há legitimado passivo na ADPF

Mas há varias formas de participação de


autoridades e pessoas relacionadas com o
ato/conduta impugnada

Min. Público pode AGU – defender


Relator pode ouvir: pedir vista – 05 dias dispositivos
autoridades responsáveis (art. 7o. Parágrafo impugnados
pelo descumprimento unico, Lei 9.882/99) (art. 103 § 3o, CF)
– 10 dias p/ manifestação
(art. 6o Lei 9.882/99)
Relator pode ouvir partes do processo (se
ADPF incidental)
Petição inicial Art. 3o, Lei 9.882/99

Indicar o ato questionado

PETIÇÃO Indicar o preceito violado


INICIAL
Prova da violação do
preceito a) Declaração de
inconstitucionalidade
Pedidos total ou parcial;
b) Meios para sanar a
violação do preceito
c) Pedido de medida
cautelar ....
Se Petição Inicial não contiver esses
elementos, o Relator pode: Cabe Agravo no prazo de
• Indeferir liminarmente a ADPF (art. 4o, 05 dias (art. 4o, § 2o, Lei
Lei 9.882) 9.882)
Petição inicial Art. 3o, Lei 9.882/99

• CAUSA PETENDI ABERTA: “[…] significa que o


STF não se limita aos fundamentos apresentados
pelo autor na petição inicial. Realiza, de ofício,
ampla verificação em face à Constituição. O STF
adotou essa interpretação em vários processos,
decidindo que a Corte pode se basear em
fundamentos não apresentados pelo autor.
Objeto

Ato do Poder Público que causa descumprimento a preceito


fundamental (art. 1o, caput, Lei 9.882/99)

Contra lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluindo os


anteriores à CF
Procedimento

 Órgão responsável pelo ato impugnado pode se manifestar no prazo de


10 dias (art. 6o, Lei 9.882/99);
 Após isso: relator pode pedir informações a outros interessados e,
eventualmente, designar AUDIÊNIAS PÚBLICAS para ouvir pessoas
com “EXPERIÊNCIA E AUTORIDADE NA MATÉRIA” (art. 6o, § 1o, Lei
9.882).
 Lei 9.882/99 da ADPF não regulamenta participação do PGR, mas art.
103, § 1o, CF impõe sua oitiva (assim como Lei 9,868/99 para ADI,
ADO e ADC, mas sem estipulação de prazo).
 Pedido de vista pelo MP: prazo de 05 dias
 Na ADPF incidental: relator pode ouvir partes do processo que a
ensejou.
 AGU: defender o ato impugnado (quando for lei ou ato normativo)
 Ministro relator: elabora relatório, pede dia para julgamento em plenário
Procedimento

 Quorum de deliberação: 2/3 dos ministros (8 ministros)


– art. 8o Lei 9.882/99
 Não há quorum específico para decisão: é suficiente a
maioria simples

 “Inicialmente o relator apresenta o relatório e o seu voto.


Em seguida, votam os Ministros presentes na ordem
inversa de antiguidade, isto é, começando pelo mais
recente membro do Tribunal” (DIMOULIS; LUNARDI,
2016, p. 177).
Procedimento

AUDIÊNCIAS PÚBLICAS Regimento interno do STF, art. 154


Início em 2008

Aborto de
ADPF 54
anencéfalos

Importação de
ADPF 101
pneus usados

ADPF Ações afirmativas


Condições de admissibilidade

 Semelhança ADPF com demais ações:


- Finalidade (supremacia da CF, tutela de
direitos fundamentais)
- Efeitos: Afastamento do ato inconstitucional

• A ADPF deve preencher lacunas e não


SUBSIDIARIEDADE substituir ações existentes, nem concorrer
com elas.
• Art. 4o, § 1o, Lei 9.882 – “não será admitida
ADPF quando hover qualquer outro meio
eficaz de sanar a lesividade”.
Condições de admissibilidade

 Situação jurídica provocada por decisões


DESCUMPRIMENTO ou condutas que desrespeitam
mandamentos constitucionais ou deveres
relacionados com o texto constitucional
 Violação da norma

RELEVÂNCIA DA  “[…] há decisão monocrática do STF que


CONTROVÉRSIA
CONSTITUCIONAL
indefiriu liminarmente ADPF por não
satisfazer o requisisto da relevância,
apresentado como implícito” (DIMOULIS;
LUNARDI, 2016, p. 182)
Condições de admissibilidade

 Cabe sempre ADPF:


Atos normativos oriundos de autoridades municipais, por estarem
excluídos da ADIn e da ADC, conforme art. 102, I, a, CF.

Atos normativos anteriores à entrada em vigor da Constituição,


contra os quais, conforme jurisprudência assentada do STF, não
cabe ADIn nem ADC
Atos do Poder Público que não apresentam caráter normativo (atos
administrativos, atos de execução e qualquer outra manifestaçào
estatal juridicamente relevante)

Controle judicial das Emendas Constitucionais (mas STF também


fiscaliza emendas mediante ADIn)

Em caso de violação de preceitos implicitamente contidos na


Constituição. E em casos onde não há clara inconstitucionalidade,
mas uma desconformidade com mandamentos constitucionais
Parâmetros de controle

“Preceito fundamental decorrente da Constituição”

• Preceito fundamental: “O Tribunal [STF] decidiu que possuem qualidade


de preceitos fundamentais os direitos e garantias individuais, as
cláusulas pétreas do art. 60, §4o, CF, e os princípios sensíveis do art.
34, VII, CF, esclarecendo que essa enumeração não exclui a
fundamentalidade de outros preceitos constitucionais.

• Desta Constituição: bloco de constitucionalidade: CF + EC + tratados


de direitos humanos
“Em âmbito federal, o bloco de constitucionalidade é composto pela
Constituição vigente (normas originárias ainda vigentes; emencas
constitucionais conforme o art. 60, CF; emendas constitucionais de revisão
conforme o art. 3o do ADCT) e os tratados internacionais sobre direitos
humanos que foram incorporados ao direito brasileiro mediante o
procedimento do art. 5o, §3o, CF” (DIMOULIS; LUNARDI, 2016, p.186-
187)
Medidas cautelares

 Art. 5o, caput, Lei 9.882/99 permite a concessão de


medida cautelar (“liminar”), mediante decisão da
maioria absoluta dos ministros.
 Pode consistir na: suspensão de processos judiciais
ou efeitos de decisões judiciais (art. 5o §3o, Lei 9.882)
 OBS: Relator pode conceder medida cautelar
monocraticamente (em casos de extrema urgência ou
perido de lesão grave), estando sujeita a confirmação
pelo Plenário do STF.
 Da decisão que nega liminar, cabe pedido de
reconsideração, desde que tenha ocorrido fato novo
Decisão final

 Art. 8o, Lei 9.882/99


 Para a decisão final: 2/3 dos ministros
 Pode declarar inconstitucionalidade de ato normativo
ou sua constitucionalidade, como outras providências.
 Decisão pode fixar modo de interpretação e aplicação
do preceito fundamental lesado por ato do poder
público (art. 10, caput, Lei 9.882)
 Efeito: erga omnes + vinculante
 Não faz coisa julgada material
 Não necessidade de aguardar a publicação, basta
concluir julgamento para ter validade a decisão (art.
10, §1o, Lei 9.882/99)
Recursos

 Art. 12, Lei 9.882/99


 Decisão final é irrecorrível
 Não há previsão legal de embargos,
mas STF já admitiu
 STF também admite Agravo Regimental
contra decisão monocrática com base
no art. 317 (RISTF).
Exemplo ADPF

ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO


FUNDAMENTAL (Med. Liminar)  - 54
TEMA: Aborto de anencéfalos

• ORIGEM: Distrito Federal


• ENTRADA NO STF E DISTRIBUÍDO: 17/06/2004
• RELATOR: Ministro Marco Aurélio
• PARTES: Requerente- CONFEDERAÇÃO NACIONAL DOS
TRABALHADORES NA SAÚDE - CNTS (CF 103, 0IX) 
Dispositivo Legal Questionado

Art. 124, 126 e 128, I e II, do Decreto-Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940 (Código Penal).

Decreto-Lei nº 2848, de 07 de dezembro de 1940.


 
 Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.


Aborto provocado por terceiro
 
 Art. 126 Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

 Art. 128 Não se pune o aborto praticado por médico:


Aborto necessário

 I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;


Aborto no caso de gravidez resultante de estupro
 II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da
gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.
Decisão

O Tribunal, por maioria e nos termos do voto do Relator, julgou


procedente a ação para declarar a inconstitucionalidade da
interpretação segundo a qual a interrupção da gravidez de feto
anencéfalo é conduta tipificada nos artigos 124, 126, 128, incisos I e II,
todos do Código Penal, contra os votos dos Senhores Ministros
Gilmar Mendes e Celso de Mello que, julgando-a procedente,
acrescentavam condições de diagnóstico de anencefalia
especificadas pelo Ministro Celso de Mello; e contra os votos dos
Senhores Ministros Ricardo Lewandowski e Cezar Peluso
(Presidente), que a julgavam improcedente. Ausentes,
justificadamente, os Senhores Ministros Joaquim Barbosa e Dias
Toffoli.
REFERÊNCIAS
DIMOULIS, Dimitri; LUNARDI, Soraya.
Curso de processo constitucional. 4.
ed., atual e ampl. São Paulo: Atlas, 2016

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